harrythi:
por mais que sempre tivesse algo para ler em sua casa, fazia um bom tempo que harry não lia alguma ficção. até lembrava de ter folheado um ou outro suspense policial nos últimos meses, mas nem lembrava direito do contexto do livro. andando pela livraria, tentava achar um que lhe chamasse a atenção, tendo intenções de conversar com um dos funcionários do lugar, mas ninguém parecia disponível. decidiu se arriscar, chamando a atenção da pessoa mais próxima de si. “ei… eu sei que esse não é o seu trabalho, mas você tem algum livro para me indicar? suspense policial, ficção científica, romance, qualquer coisa para passar o tempo… estou aceitando até uma leitura mais infantil, se quer saber. esse é o nível do meu desespero.”
Lucian levantou o olhar do que lia — ou melhor, folheava as páginas —, já com a resposta ‘eu não trabalho aqui’ pronta, mas travou as palavras antes que passasse vergonha. afinal, o moreno já tinha dito que queria uma indicação mesmo assim. Suspirou e olhou em volta rapidamente, para se certificar que estavam os dois sozinhos ali. Talvez o outro homem estivesse falando com outra pessoa... Mas não. Só o Hartell estava naquela seção. “Hm... Revistas de esporte?” Arriscou, indicando com o olhar a edição que estava em suas mãos. “Você devia perguntar a outra pessoa, eu sou o pior leitor possível. Os únicos que eu lia eram os da escola.”
bzcks:
Apesar da passada grande, alcançar a cadela de patinhas curtas parecia sempre ser um problema quando ela se desprendia da coleira. Ainda mais com a próxima vítima, o sapato alheio, à vista e tão acessível. “Sinto muito.” saiu como um murmúrio, estava puxando rosie o mais delicadamente possível, tentando ver o quanto de dano ela tinha conseguido fazer desta vez, e sem coragem o suficiente pra levantar a cabeça e encarar a outra pessoa. “Ainda estou tentando ensinar modos a essa aqui.”
Lucian estava em seu horário de almoço, comendo um sanduíche do lado de fora de seu local de trabalho e do aeroporto e de uniforme. Se não estivesse segurando comida, ele prontamente se abaixaria e brincaria com o cachorro, mas achou melhor não o fazer por respeito ao dono e para não causar mal ao animal. Ficou olhando para a cabeça do homem, já que este não o olhava. “Tudo bem. Não pode entrar cachorro aqui, só se for no colo ou na malinha de viagem.”
letsgcbarby:
Embora os cabelos estivessem grudados em sua nuca, por conta do calor, uma brisa fresca fazia seu cabelo resvalar sobre a face, chegando à fazer cócegas nas bochechas, enquanto ela se encontrava sentada, os pés na areia. Para alguém que nunca havia se sentido fazendo parte de algo, em Malta ela havia se encontrado, e se fechasse os olhos, era capaz de pensar que tudo estava bem. Que fazia parte de algo! E como se para reafirmar aquilo, havia se oferecido para ser uma contadora de histórias no evento. ❝—— … e as sereias dominam os sete mares, até onde seus olhos podem ver e além disso. E com sua mágica são capazes de enfeitiçar os pescadores! Ela pode vir, e te levar para o fundo do mar, então, eu compraria as lindas pulseirinhas que nossos amigos hippies estão vendendo, são amuletos. ❞
Ela era a versão em carne e osso do estereótipo das pessoas que eram naturais de uma cidade ou país tropical e ensolarado e eram praticamente cartões postais e propagandas ambulantes para os turistas. Lucian conseguiu sentir isso, essa sensação de que algo pertencia ao seu lugar certo e de direito mesmo que estivesse um pouco afastado da rodinha de pessoas para quem a mulher contava sua história fantasiosa. Não conseguiu evitar o riso baixo quando ouviu ela finalizar e as poucas pessoas passarem a se dispersar. “Uau.” Elogiou, tomando um gole do suco que segurava. “Isso é que é uma boa isca de turista. Quase me fez ir lá comprar, mesmo não tendo dinheiro aqui comigo.”
dbaxtcr:
depois de conferir a programação para mais tarde, os dois filmes escolhidos, drew soltou um assovio baixo. “frozen 2…” lembrava-se vagamente da animação, assim como de sua reação ao final do longa. “você prefere o primeiro ou o segundo?” virou-se para a pessoa mais próxima de si. “eu preferiria continuar na praia, mas ver um filminho também parece legal… shazam, no caso. vi frozen 2 uns anos atrás e nem curti.”
“Cara... ‘Tá falando sério?” Franziu o nariz em direção ao outro rapaz. “Preferir é um termo muito forte. Eu assisti o primeiro umas dez vezes há uns anos pra me preparar e desde então não aguento ver essa rainha do gelo na minha frente.” Riu pelo nariz, balançando a cabeça negativamente. “E filme de super herói me dá sono, acredita? E, pensando bem, eu bem que preciso de um descanso... Quer mesmo ir assistir o Shazam, então?”
nckhil:
“… e então você dá enter! Dependendo do programa que você utilizar, algumas funções são mais fáceis, como este.” Ao ver uma pessoa precisando de auxílio com a tecnologia, Nik acabara se prontificando no mesmo, afinal, plataformas novas eram extremamente complicadas. E, como um homem nascido na década de 1980, demorara algum tempo para conseguir compreender as tecnologias — e ainda digitava devagar no celular, sem compreender como adolescentes o faziam tão rápido.
Não conseguia parar de encarar. Enquanto o prefeito de Valletta mexia no computador de última geração da biblioteca pública da cidade, o olhar de Lucian estava longe da tela, cravado no homem que o ensinava a navegar na máquina. Era completamente novo e esquisito conhecer o governante da cidade e ele ter todas aquelas características que o Hartell nunca imaginaria. Ele, inclusive, se pegou pensando no que o pai estava achando dos novos rumos que a cidade tinha tomado. Então percebeu que o silêncio tinha se estendido demais. “Huh, obrigado. Acho que não tô acostumado com tanta tecnologia aqui, a mudança deve ter sido recente. Bom, eu não sou muito um parâmetro bom.” Suspirou e soltou um riso meio envergonhado. “Faz tempo que não venho aqui.”
chambersriver:
@chambersriver : cortei o cabelo, gostou?
@lucizn: ..........sim? tá bonito
@lucizn: mas vc podia ter batido aqui no quarto pra perguntar
@lucizn: eu não mordo
ethanbennett:
Ethan havia encerrado o expediente no estúdio de tatuagem e estava dando uma última ajeitada no local antes de fechar o estabelecimento. Foi então que ouviu o sininho da porta de entrada tocar, avisando-lhe sobre a chegada de um novo cliente. Virou o corpo na direção do som agudo e recepcionou, com um sorriso nos lábios, a pessoa que acabara de adentrar a Drawing on the Skin.
“Boa noite! Infelizmente já estamos fechados…” Falou ao mordiscar o canto da boca, um pouco sem graça. “Mas você pode voltar aqui amanhã!” Acrescentou rapidamente. “Vou adorar te atender.”
Entrou no lugar com pressa, logo fechando a porta atrás de si. A respiração ofegante desacelerou o ritmo de pensamento e percepção do moreno. Olhou em volta, identificando um estúdio de tatuagem. Demorou um pouco ainda para identificar a pessoa que falava com ele. “Yeah, no shit.” Respondeu, em uma respiração rápida. Inclinou o corpo para frente, respirando fundo e recuperando o fôlego, ao mesmo tempo em que pensava em uma desculpa que convencesse o dono do local. Decidiu contar parte da verdade. “Tem um cara esquisito me seguindo, acho que ele quer me assaltar, não sei. Tá tarde.” Não que tivesse mesmo um ladrão em potencial seguindo o Hartell, mas, sim, ele tinha visto alguém que o tinha feito fugir. “Você tem como apagar as luzes aqui da frente e a gente ficar em algum cômodo lá no fundo? Eu perdi ele por um tempo, mas com toda essa iluminação ele vai achar a gente bem rápido.”
concordoeliostermos:
“ ––– Mas cê não tá prestando atenção?” Eliah havia assistido Frozen há alguns anos, e lembrava-se de ter ficado com o hino let it go na cabeça por dias. Com um segundo filme, esperava apenas a reprise da música, mas pelo visto a produção havia deixado passar. “ ––– Sei não. Ele me parece tá tentando pedir a mão da ruiva em casamento, mas tá assim desde o começo do filme, e já ficou chato. Não tem dificuldade, pô. Chega, pergunta se quer casar e se ela disser sim, fechou.” Como se fosse simples assim, mas Duncan não tinha qualquer experiência com casamento.
“Não?” Respondeu, como se fosse algo óbvio. “Sai do meu pé, você não deve tá entendendo nada também, dá pra ver pela sua cara.” Provocou, bem humorado. “Hmm...” Franziu as sobrancelhas, prestando atenção na cena do filme por um tempo e pensando nas palavras do loiro. “Ah, eu entendo o cara. Acho que ele quer que seja romântico, perfeito e essas coisas. Não vou começar uma palestrinha aqui nem nada, mas não é todo mundo que nasce com o dom de dizer as coisas certas.”
allienando:
Ela não gostava de ser a pessoa que se levantava no meio do filme, atrapalhando assim a visão de outros, mas a pipoca estava tão boa que até tinha aceitado que extrapolaria suas calorias diárias ao buscar o segundo saquinho. Voltava para seu lugar quando fora interrompida pelo garoto, demorando um breve instante para o reconhecer. No momento em que o fez, contudo, ela abaixou-se, para que não atrapalhasse ainda mais quem desejava realmente assistir ao filme, para que respondesse a dúvida levantada. ❝—— É o Kristoff! Ele salvou a Anna no primeiro filme e, nesse, bem, eu não sei, porque não é tão bom quanto o primeiro e eu… ❞ Seus olhos focaram nos dele, estreitos, relembrando-se de que Lucian sempre fazia aquilo. ❝—— Eu não acredito que você ainda faz isso, Hartell. ❞ Apontou, antes de sentar-se ao lado dele, desistindo de voltar para o lugar onde outrora se sentou. Ela não podia acreditar que ele estava ali, em carne e osso: seu melhor amigo. Desde que se mudara haviam mantido a amizade à distância, chegando até a recebê-lo algumas vezes em Nova Iorque. Mas agora… as coisas eram diferentes! E sem que pensasse muito bem, ela o abraçou com força. ❝—— Eu não acredito que esteja mesmo aqui! ❞
Lucian achava que sabia o que Allie estava fazendo desde que ambos voltaram para Valletta, um mês atrás. Mas também sabia que ela não teria como se esconder no feriado, já que a cidade inteira estaria em um lugar só e ela com certeza iria. Pareceu até que a sorte estava brincando com ele quando a encontrou no meio de todas as pessoas que tinham se reunido para assistir Frozen 2. Decidiu esperar pela oportunidade, que não demorou a aparecer. Quis puxá-la para um abraço na hora, mas se conteve. Provavelmente seriam linchados dali por uma avalanche de crianças se fizessem muito alarde. Ficou observando a amiga lhe responder com um sorriso típico de quem segurava a risada. Mas não conseguiu evitar o breve som melodioso que saiu de seus lábios quando ela própria percebeu o que estava fazendo e o que fazia para ele desde sempre. Levantou as sobrancelhas. “Fazer o que? Acho que ainda não aprendi a calar a boca e não fazer perguntas.” Respondeu, o tom de voz divertido. Deixou os ombros relaxarem quando ela se sentou ao seu lado; a presença da melhor amiga sempre fora reconfortante e Lucian estava feliz em saber que aquilo ainda era verdade, mesmo depois de tanto tempo sem se verem. Retribuiu o abraço com alguns segundos de atraso, pois fora tomado pela surpresa, mas com a mesma intensidade. “E eu não acredito que a gente tá aqui há um mês se desencontrando, Allie Lynn Curtis!” Sussurrou, mas ainda mantendo um falso tom de indignação. “Você tá fugindo de mim, é isso? Eu praticamente tive que caçar você aqui hoje, que absurdo.”