concordoeliostermos:
“ ––– Mas cê não tá prestando atenção?” Eliah havia assistido Frozen há alguns anos, e lembrava-se de ter ficado com o hino let it go na cabeça por dias. Com um segundo filme, esperava apenas a reprise da música, mas pelo visto a produção havia deixado passar. “ ––– Sei não. Ele me parece tá tentando pedir a mão da ruiva em casamento, mas tá assim desde o começo do filme, e já ficou chato. Não tem dificuldade, pô. Chega, pergunta se quer casar e se ela disser sim, fechou.” Como se fosse simples assim, mas Duncan não tinha qualquer experiência com casamento.
“Não?” Respondeu, como se fosse algo óbvio. “Sai do meu pé, você não deve tá entendendo nada também, dá pra ver pela sua cara.” Provocou, bem humorado. “Hmm...” Franziu as sobrancelhas, prestando atenção na cena do filme por um tempo e pensando nas palavras do loiro. “Ah, eu entendo o cara. Acho que ele quer que seja romântico, perfeito e essas coisas. Não vou começar uma palestrinha aqui nem nada, mas não é todo mundo que nasce com o dom de dizer as coisas certas.”
letsgcbarby:
Embora os cabelos estivessem grudados em sua nuca, por conta do calor, uma brisa fresca fazia seu cabelo resvalar sobre a face, chegando à fazer cócegas nas bochechas, enquanto ela se encontrava sentada, os pés na areia. Para alguém que nunca havia se sentido fazendo parte de algo, em Malta ela havia se encontrado, e se fechasse os olhos, era capaz de pensar que tudo estava bem. Que fazia parte de algo! E como se para reafirmar aquilo, havia se oferecido para ser uma contadora de histórias no evento. ❝—— … e as sereias dominam os sete mares, até onde seus olhos podem ver e além disso. E com sua mágica são capazes de enfeitiçar os pescadores! Ela pode vir, e te levar para o fundo do mar, então, eu compraria as lindas pulseirinhas que nossos amigos hippies estão vendendo, são amuletos. ❞
Ela era a versão em carne e osso do estereótipo das pessoas que eram naturais de uma cidade ou país tropical e ensolarado e eram praticamente cartões postais e propagandas ambulantes para os turistas. Lucian conseguiu sentir isso, essa sensação de que algo pertencia ao seu lugar certo e de direito mesmo que estivesse um pouco afastado da rodinha de pessoas para quem a mulher contava sua história fantasiosa. Não conseguiu evitar o riso baixo quando ouviu ela finalizar e as poucas pessoas passarem a se dispersar. “Uau.” Elogiou, tomando um gole do suco que segurava. “Isso é que é uma boa isca de turista. Quase me fez ir lá comprar, mesmo não tendo dinheiro aqui comigo.”
oliverz:
oliver não era o tipo de pessoa que gostava de atividades paradas, provavelmente havia visto mais filmes pela metade do que inteiros. inclusive durante a sessão no evento trocava olhares com uma garota sentada ali perto, focava mais no flerte do que na tela. ‘ uh? virou-se para o outro lado ao ouvir a voz do garoto. ‘ que anna? levantou o pescoço tentando encontrar um loiro na multidão. ‘ do que você tá falando?
Irrompeu em uma risada um pouco alta demais para o local em que estavam. Acabou tendo que tampar a boca com uma das mãos até que o riso passasse. Balançou a cabeça negativamente. “Cara, e eu achando que era o mais perdido aqui. Quem é a Anna que você tá de olho, hein? Ou é um... cara loiro abraçado com a Anna? Kristoff!” Exclamou, de repente, lembrando o nome do personagem. “Nem pra compartilhar com os amigos, sabe.”
bzcks:
Apesar da passada grande, alcançar a cadela de patinhas curtas parecia sempre ser um problema quando ela se desprendia da coleira. Ainda mais com a próxima vítima, o sapato alheio, à vista e tão acessível. “Sinto muito.” saiu como um murmúrio, estava puxando rosie o mais delicadamente possível, tentando ver o quanto de dano ela tinha conseguido fazer desta vez, e sem coragem o suficiente pra levantar a cabeça e encarar a outra pessoa. “Ainda estou tentando ensinar modos a essa aqui.”
Lucian estava em seu horário de almoço, comendo um sanduíche do lado de fora de seu local de trabalho e do aeroporto e de uniforme. Se não estivesse segurando comida, ele prontamente se abaixaria e brincaria com o cachorro, mas achou melhor não o fazer por respeito ao dono e para não causar mal ao animal. Ficou olhando para a cabeça do homem, já que este não o olhava. “Tudo bem. Não pode entrar cachorro aqui, só se for no colo ou na malinha de viagem.”
dbaxtcr:
“é sério.” acabou rindo da experiência alheia, sacudindo a cabeça para os lados. “sinceramente, você tem cara de quem tá com sono sempre.”
“tem algum tipo de filme que você curta?” brincou, já aproveitando para emendar a pergunta. “eu me arriscaria no shazam se fosse para ver filme, mas... se você tiver sugestão melhor, tô ouvindo.”
Riu junto dele, não teve nem a cara de pau de fingir estar indignado. “Já me falaram muito que eu tenho uma cara preguiçosa. Nunca discordei, mas vai entender. Eu vivo demais e durmo de menos, por isso o sono.”
“Ouch. Tá, eu nunca fui muito ligado em filme não, era um cara mais ativo. E agora não tenho muito tempo. E eu não sei se teria uma sugestão, cara, você é que tem que me dizer. Acabei de chegar, pô, Valletta mudou bastante do que era cinco anos atrás.”
w. @staring-lua
Lucian seria o primeiro a concordar com o fato de que muitas coisas estranhas aconteciam e eram vistas em boates. Naquela noite, porém, a coisa estranha no Club Borealis era ele. Tinha acabado de chegar na cidade, literalmente. E, como seu carro chegaria depois, de barco, o Hartell estava sendo obrigado a carregar uma mochila com pertences essenciais para todo lugar. Incluindo a boate, é claro, aquela em que tinha entrado de graça usando sua lábia. Pelo menos não tinha perdido a prática. Era nisso que estava pensando quando um bêbado qualquer quase caiu em cima dele, derrubando bebida em sua regata branca cavada. Isso fez com que Luci se desequilibrasse um pouco e andasse para trás, e a mochila se chocasse com outra pessoa. Virou-se de frente para a mulher atingida imediatamente, mas o pedido de desculpas se perdeu por alguns segundos no sorriso de canto do moreno enquanto seus olhos se acostumavam à visão que tinha. Estavam muito próximos. “Hã, desculpa. Não foi culpa minha.”
allienando:
Ela não gostava de ser a pessoa que se levantava no meio do filme, atrapalhando assim a visão de outros, mas a pipoca estava tão boa que até tinha aceitado que extrapolaria suas calorias diárias ao buscar o segundo saquinho. Voltava para seu lugar quando fora interrompida pelo garoto, demorando um breve instante para o reconhecer. No momento em que o fez, contudo, ela abaixou-se, para que não atrapalhasse ainda mais quem desejava realmente assistir ao filme, para que respondesse a dúvida levantada. ❝—— É o Kristoff! Ele salvou a Anna no primeiro filme e, nesse, bem, eu não sei, porque não é tão bom quanto o primeiro e eu… ❞ Seus olhos focaram nos dele, estreitos, relembrando-se de que Lucian sempre fazia aquilo. ❝—— Eu não acredito que você ainda faz isso, Hartell. ❞ Apontou, antes de sentar-se ao lado dele, desistindo de voltar para o lugar onde outrora se sentou. Ela não podia acreditar que ele estava ali, em carne e osso: seu melhor amigo. Desde que se mudara haviam mantido a amizade à distância, chegando até a recebê-lo algumas vezes em Nova Iorque. Mas agora… as coisas eram diferentes! E sem que pensasse muito bem, ela o abraçou com força. ❝—— Eu não acredito que esteja mesmo aqui! ❞
Lucian achava que sabia o que Allie estava fazendo desde que ambos voltaram para Valletta, um mês atrás. Mas também sabia que ela não teria como se esconder no feriado, já que a cidade inteira estaria em um lugar só e ela com certeza iria. Pareceu até que a sorte estava brincando com ele quando a encontrou no meio de todas as pessoas que tinham se reunido para assistir Frozen 2. Decidiu esperar pela oportunidade, que não demorou a aparecer. Quis puxá-la para um abraço na hora, mas se conteve. Provavelmente seriam linchados dali por uma avalanche de crianças se fizessem muito alarde. Ficou observando a amiga lhe responder com um sorriso típico de quem segurava a risada. Mas não conseguiu evitar o breve som melodioso que saiu de seus lábios quando ela própria percebeu o que estava fazendo e o que fazia para ele desde sempre. Levantou as sobrancelhas. “Fazer o que? Acho que ainda não aprendi a calar a boca e não fazer perguntas.” Respondeu, o tom de voz divertido. Deixou os ombros relaxarem quando ela se sentou ao seu lado; a presença da melhor amiga sempre fora reconfortante e Lucian estava feliz em saber que aquilo ainda era verdade, mesmo depois de tanto tempo sem se verem. Retribuiu o abraço com alguns segundos de atraso, pois fora tomado pela surpresa, mas com a mesma intensidade. “E eu não acredito que a gente tá aqui há um mês se desencontrando, Allie Lynn Curtis!” Sussurrou, mas ainda mantendo um falso tom de indignação. “Você tá fugindo de mim, é isso? Eu praticamente tive que caçar você aqui hoje, que absurdo.”
misley:
com muitos comentários sendo feitos mentalmente, megan se controlava para não deixá-los escapar, como normalmente faria se estivesse na companhia de algum amigo. costumava ser a pessoa que conversava no cinema, mas acreditava fielmente que conseguia controlar bem seu tom de voz assim como o número de vezes que soltava algo. quando o mais novo dirigiu a palavra para si, ou melhor, para qualquer um ao seu redor, ficou em silêncio e checou se ninguém ia responder antes de sussurrar de volta. “namorado da anna. faz tempo que você viu o primeiro filme?” ergueu uma sobrancelha. “não sei, nunca vi o segundo filme. sem spoilers aqui.” brincou ao final.
“Ah.” Murmurou de volta, simplesmente. O assunto morreu por alguns segundos, mas é claro que Lucian sentiu aquele familiar comichão de continuar falando; era o que sempre acontecia quando via um filme, afinal. “Eu vi o primeiro filme umas quinze vezes, eu acho. Mas faz bastante tempo, uns cinco anos. Sempre achei que todas as falas e cenas iam ficar grudadas no meu cérebro pra sempre, mas que bom que não foi o caso.”
“you take care of everyone, my love, but who is taking care of you?”
— (daytime responsibility, nighttime loneliness) // r.i.d
Lucian odiava e se esforçava muito para não ser aquela pessoa. Mas simplesmente não conseguia evitar. Por mais que fosse algo que fizesse a maioria das pessoas ter raiva dele, o Hartell era aquele cara inconveniente que não conseguia calar a boca quando assistia a algum filme. “Ei. Quem é esse cara mesmo?” Sussurrou para a pessoa ao seu lado. “O loiro, abraçado com a... Anna? Eu acho. Ele é importante? Faz alguma coisa legal? Tô entediado.”