misley:
com muitos comentários sendo feitos mentalmente, megan se controlava para não deixá-los escapar, como normalmente faria se estivesse na companhia de algum amigo. costumava ser a pessoa que conversava no cinema, mas acreditava fielmente que conseguia controlar bem seu tom de voz assim como o número de vezes que soltava algo. quando o mais novo dirigiu a palavra para si, ou melhor, para qualquer um ao seu redor, ficou em silêncio e checou se ninguém ia responder antes de sussurrar de volta. “namorado da anna. faz tempo que você viu o primeiro filme?” ergueu uma sobrancelha. “não sei, nunca vi o segundo filme. sem spoilers aqui.” brincou ao final.
“Ah.” Murmurou de volta, simplesmente. O assunto morreu por alguns segundos, mas é claro que Lucian sentiu aquele familiar comichão de continuar falando; era o que sempre acontecia quando via um filme, afinal. “Eu vi o primeiro filme umas quinze vezes, eu acho. Mas faz bastante tempo, uns cinco anos. Sempre achei que todas as falas e cenas iam ficar grudadas no meu cérebro pra sempre, mas que bom que não foi o caso.”
chambersriver:
@chambersriver : cortei o cabelo, gostou?
@lucizn: ..........sim? tá bonito
@lucizn: mas vc podia ter batido aqui no quarto pra perguntar
@lucizn: eu não mordo
harrythi:
por mais que sempre tivesse algo para ler em sua casa, fazia um bom tempo que harry não lia alguma ficção. até lembrava de ter folheado um ou outro suspense policial nos últimos meses, mas nem lembrava direito do contexto do livro. andando pela livraria, tentava achar um que lhe chamasse a atenção, tendo intenções de conversar com um dos funcionários do lugar, mas ninguém parecia disponível. decidiu se arriscar, chamando a atenção da pessoa mais próxima de si. “ei… eu sei que esse não é o seu trabalho, mas você tem algum livro para me indicar? suspense policial, ficção científica, romance, qualquer coisa para passar o tempo… estou aceitando até uma leitura mais infantil, se quer saber. esse é o nível do meu desespero.”
Lucian levantou o olhar do que lia — ou melhor, folheava as páginas —, já com a resposta ‘eu não trabalho aqui’ pronta, mas travou as palavras antes que passasse vergonha. afinal, o moreno já tinha dito que queria uma indicação mesmo assim. Suspirou e olhou em volta rapidamente, para se certificar que estavam os dois sozinhos ali. Talvez o outro homem estivesse falando com outra pessoa... Mas não. Só o Hartell estava naquela seção. “Hm... Revistas de esporte?” Arriscou, indicando com o olhar a edição que estava em suas mãos. “Você devia perguntar a outra pessoa, eu sou o pior leitor possível. Os únicos que eu lia eram os da escola.”
“you take care of everyone, my love, but who is taking care of you?”
— (daytime responsibility, nighttime loneliness) // r.i.d
Lucian odiava e se esforçava muito para não ser aquela pessoa. Mas simplesmente não conseguia evitar. Por mais que fosse algo que fizesse a maioria das pessoas ter raiva dele, o Hartell era aquele cara inconveniente que não conseguia calar a boca quando assistia a algum filme. “Ei. Quem é esse cara mesmo?” Sussurrou para a pessoa ao seu lado. “O loiro, abraçado com a... Anna? Eu acho. Ele é importante? Faz alguma coisa legal? Tô entediado.”
ethanbennett:
Ethan havia encerrado o expediente no estúdio de tatuagem e estava dando uma última ajeitada no local antes de fechar o estabelecimento. Foi então que ouviu o sininho da porta de entrada tocar, avisando-lhe sobre a chegada de um novo cliente. Virou o corpo na direção do som agudo e recepcionou, com um sorriso nos lábios, a pessoa que acabara de adentrar a Drawing on the Skin.
“Boa noite! Infelizmente já estamos fechados…” Falou ao mordiscar o canto da boca, um pouco sem graça. “Mas você pode voltar aqui amanhã!” Acrescentou rapidamente. “Vou adorar te atender.”
Entrou no lugar com pressa, logo fechando a porta atrás de si. A respiração ofegante desacelerou o ritmo de pensamento e percepção do moreno. Olhou em volta, identificando um estúdio de tatuagem. Demorou um pouco ainda para identificar a pessoa que falava com ele. “Yeah, no shit.” Respondeu, em uma respiração rápida. Inclinou o corpo para frente, respirando fundo e recuperando o fôlego, ao mesmo tempo em que pensava em uma desculpa que convencesse o dono do local. Decidiu contar parte da verdade. “Tem um cara esquisito me seguindo, acho que ele quer me assaltar, não sei. Tá tarde.” Não que tivesse mesmo um ladrão em potencial seguindo o Hartell, mas, sim, ele tinha visto alguém que o tinha feito fugir. “Você tem como apagar as luzes aqui da frente e a gente ficar em algum cômodo lá no fundo? Eu perdi ele por um tempo, mas com toda essa iluminação ele vai achar a gente bem rápido.”
dbaxtcr:
“é sério.” acabou rindo da experiência alheia, sacudindo a cabeça para os lados. “sinceramente, você tem cara de quem tá com sono sempre.”
“tem algum tipo de filme que você curta?” brincou, já aproveitando para emendar a pergunta. “eu me arriscaria no shazam se fosse para ver filme, mas... se você tiver sugestão melhor, tô ouvindo.”
Riu junto dele, não teve nem a cara de pau de fingir estar indignado. “Já me falaram muito que eu tenho uma cara preguiçosa. Nunca discordei, mas vai entender. Eu vivo demais e durmo de menos, por isso o sono.”
“Ouch. Tá, eu nunca fui muito ligado em filme não, era um cara mais ativo. E agora não tenho muito tempo. E eu não sei se teria uma sugestão, cara, você é que tem que me dizer. Acabei de chegar, pô, Valletta mudou bastante do que era cinco anos atrás.”
g-othandgore:
Ela terminou de assinar alguns relatórios que precisaria entregar no dia seguinte à sua folga, quando decidiu tomar um banho para preencher o tempo ocioso. Passou um bom tempo dentro da banheira que havia em seu banheiro independente, pensando em coisas da vida e, como de praxe, bebendo uma generosa taça de vinho que ficava estrategicamente posicionada de modo que pudesse ser consumida a todo momento por ela sem maiores problemas. Quando terminou, enfiando-se em roupas bem mais confortáveis, precisou admitir a si mesma como sentia falta da movimentação de Hyana pelo apartamento quando a colega saía para fazer suas coisas e seus horários coincidiam. Contudo, esse momento passou rápido; ela optou por se distrair de outro modo, agora alcançando o celular que fora jogado de lado, para enviar uma mensagem a @lucizn. Direta e reta, mas demonstrando algum interesse, como Asami sempre fora, apesar de estar reaprendendo a fazê-lo agora.
💬 ASAMI KATSUMI: Estou de folga hoje. Que tal passar aqui em casa quando terminar seu expediente?
E foi isso. O que restava-lhe naquele instante, era esperar. Para tanto, Asami seguiu até a janela de seu quarto e acendeu um cigarro, silenciosa e observando a movimentação lá debaixo, da rua, como era de seu feitio.
Tinha certeza que ela sabia que seu expediente acabava mais cedo naquele dia e calculara exatamente a hora certa para enviar a mensagem; ela não saía do Starbucks, afinal. Lucian, muito observador, tinha percebido isso muito antes de ficarem pela primeira vez e era ótimo ter a sensação de estar certo, embora soubesse que Asami nunca iria admitir. Tinha um sorriso brincalhão nos lábios ao digitar a resposta para ela.
💬 LUCIAN HARTELL: Oi, Asami, como vai? Boa tarde. Ou boa noite, depende. Logo eu chego aí. Mas você já sabia isso ;)
💬 LUCIAN HARTELL: Mal posso esperar pra te ver.
Porque claro que sim. Podiam chamá-lo de player o quanto quisessem, mas Luci era carinhoso e totalmente sincero até com o relacionamento menos sério, o que, não por acaso, era o que quase todos de sua vida foram. Trocou de roupa no carro, agora usando uma regata e uma bermuda larga. Deu um jeito no cabelo, o que significava bagunçar um pouco os fios e fez o caminho até Asami. Não tinha muito o que fazer sobre o cheiro de café, mas não se importava muito. Nos últimos tempos, ele sempre estava cheirando a café.
Tocou a campainha e se apoiou no batente da porta, pronto para quando ela abrisse a porta. “Boa noite.” Cumprimentou, fingindo olhar a hora em um relógio inexistente no próprio pulso. Mas logo deixou de cerimônia e entrou no local, parando por alguns segundos na porta apenas para cumprimentá-la com um beijo rápido (player, é claro, mas também carinhoso). “Acha que eu posso te dar uma aula de como mandar mensagem? Seu caso é muito grave.” Brincou, tentando manter o tom sério.
agathayoon:
Agatha não havia bebido tanto assim, entretanto, levando em consideração o fato de não beber nunca - ou quase nunca -, dois drinks dos mais doces e coloridos foram o suficiente para alterá-la daquele modo. Felizmente, provavelmente não se lembraria de nada no dia seguinte ou se recusaria a sair e encarar as pessoas da cidade por pelo menos um mês. Não soube ao certo em que momento concluiu que seria interessante subir na mesa de bilhar e anunciar que pagaria bebidas para todo mundo, ou quando começou a sentir um calor intenso e teve a brilhante ideia de se livrar das roupas que a incomodavam, arrancando a camiseta para atirá-la diretamente contra o rosto de @, se abaixando com um sorrisinho malicioso. – Ops! – Deu risada como se tivessem acabado de contar uma piada muito engraçada. – Vooocê ai, se junte a mim aqui em cima. É muuuuito mais divertido, eu garanto. – Estendeu a sua mão.
Lucian tinha combinado de encontrar um amigo ali, para relembrarem os velhos tempos, mas acabou que ele nunca apareceu e o moreno se viu sozinho no meio de todas aquelas pessoas bebendo e se divertindo. O próprio copo de bebida ainda estava na metade, resultado de pequenas bebericadas durante as horas que passou ali, observando. Era estranho. Quando frequentava aquele lugar, na adolescência, munido de uma identidade falsa, conseguia reconhecer a maior parte das pessoas, muitas delas eram amigos e amigas, algumas se tornariam mais do que isso ao longo da noite. Mas agora? Sentia-se um pouco deslocado ali. Assim que recebeu seu segundo copo de bebida, cedido pela garota um pouco alterada, parou de enxergar por alguns segundos por conta da peça de roupa que tampou seus olhos. Passou a segurar a camiseta em uma das mãos, enquanto a outra aceitou o toque da mulher. Riu um pouco enquanto balançava a cabeça. “Obrigado, mas vou ter que recusar.” Aproveitou-se do toque para puxá-la levemente para baixo. “Por que você não desce aqui, uh? Essa bebida que você me pagou não vai se beber sozinha.”
Golden child, Lion boy; Tell me what it’s like to conquer. Fearless child, Broken boy; Tell me what it’s like to burn.
oh darling, even rome fell // p.s. (via madzie-bane)