g-othandgore:
Ela terminou de assinar alguns relatórios que precisaria entregar no dia seguinte à sua folga, quando decidiu tomar um banho para preencher o tempo ocioso. Passou um bom tempo dentro da banheira que havia em seu banheiro independente, pensando em coisas da vida e, como de praxe, bebendo uma generosa taça de vinho que ficava estrategicamente posicionada de modo que pudesse ser consumida a todo momento por ela sem maiores problemas. Quando terminou, enfiando-se em roupas bem mais confortáveis, precisou admitir a si mesma como sentia falta da movimentação de Hyana pelo apartamento quando a colega saía para fazer suas coisas e seus horários coincidiam. Contudo, esse momento passou rápido; ela optou por se distrair de outro modo, agora alcançando o celular que fora jogado de lado, para enviar uma mensagem a @lucizn. Direta e reta, mas demonstrando algum interesse, como Asami sempre fora, apesar de estar reaprendendo a fazê-lo agora.
💬 ASAMI KATSUMI: Estou de folga hoje. Que tal passar aqui em casa quando terminar seu expediente?
E foi isso. O que restava-lhe naquele instante, era esperar. Para tanto, Asami seguiu até a janela de seu quarto e acendeu um cigarro, silenciosa e observando a movimentação lá debaixo, da rua, como era de seu feitio.
Tinha certeza que ela sabia que seu expediente acabava mais cedo naquele dia e calculara exatamente a hora certa para enviar a mensagem; ela não saía do Starbucks, afinal. Lucian, muito observador, tinha percebido isso muito antes de ficarem pela primeira vez e era ótimo ter a sensação de estar certo, embora soubesse que Asami nunca iria admitir. Tinha um sorriso brincalhão nos lábios ao digitar a resposta para ela.
💬 LUCIAN HARTELL: Oi, Asami, como vai? Boa tarde. Ou boa noite, depende. Logo eu chego aí. Mas você já sabia isso ;)
💬 LUCIAN HARTELL: Mal posso esperar pra te ver.
Porque claro que sim. Podiam chamá-lo de player o quanto quisessem, mas Luci era carinhoso e totalmente sincero até com o relacionamento menos sério, o que, não por acaso, era o que quase todos de sua vida foram. Trocou de roupa no carro, agora usando uma regata e uma bermuda larga. Deu um jeito no cabelo, o que significava bagunçar um pouco os fios e fez o caminho até Asami. Não tinha muito o que fazer sobre o cheiro de café, mas não se importava muito. Nos últimos tempos, ele sempre estava cheirando a café.
Tocou a campainha e se apoiou no batente da porta, pronto para quando ela abrisse a porta. “Boa noite.” Cumprimentou, fingindo olhar a hora em um relógio inexistente no próprio pulso. Mas logo deixou de cerimônia e entrou no local, parando por alguns segundos na porta apenas para cumprimentá-la com um beijo rápido (player, é claro, mas também carinhoso). “Acha que eu posso te dar uma aula de como mandar mensagem? Seu caso é muito grave.” Brincou, tentando manter o tom sério.