Ela Era Bem Direta, O Que Garantiu Um Sorriso Nos Lábios De Anastasia. Os Olhos Estudaram Ela, Tentando

Ela Era Bem Direta, O Que Garantiu Um Sorriso Nos Lábios De Anastasia. Os Olhos Estudaram Ela, Tentando
Ela Era Bem Direta, O Que Garantiu Um Sorriso Nos Lábios De Anastasia. Os Olhos Estudaram Ela, Tentando

Ela era bem direta, o que garantiu um sorriso nos lábios de Anastasia. Os olhos estudaram ela, tentando interpretar a intensidade dos sentimentos, o que poderia facilmente descobrir, mas optou por não utilizar os poderes naquele momento. Para ser bem sincera, nem ligava tanto assim, uma vez que a informação já estava sendo processada. No entanto, ainda achava um casal pouco provável, que precisava ver ambos para ter uma certeza de qual opinião teria. "Eu sei bem como se sente, mas... Meio que nunca saio daqui. Deve ser por isso que prefira os estilos clássicos." Mesmo que uma vez ou outra se arrependesse, Anastasia sabia que não duraria muito tempo vivendo no mundo além da barreira. "Um pouquinho, mas a vida é sobre se desafiar." Ainda sim, um resquício de sorriso permanecia nos lábios de Anastasia. Segurou um pouco mais forte a barra na frente, esperando que o coração não fosse pular para fora do peito.

FINALIZADO.

A pergunta veio tão rápida quando sua resposta. ❝ ― Amo sim. ❞ — De maneira bem simples e objetiva. Love não tinha problemas em revelar algo uma vez já descoberto para Anastasia, soltando uma lufada de ar pelos lábios. Ao menos, não era alguém que tinha aversão ao rapaz. Ou esperava que não. ❝ ― Não sei porque. A YSL é uma das melhores marcas atuais e tem estado cada vez mais em alta com os perfumes... Chanel está tão batida que... Argh. ❞ — Era claro que seu lado patricinha sempre estaria latente na tailandesa mesmo que em condições como aquelas que estavam vivendo no momento. ❝ ― Queria saber como foram o lançamento das novas coleções... Ficar presa aqui tem me deixado um pouco sentida de estar perdendo as tendências do momento. ❞ — Se queixou enquanto adentravam na fila inexistente e já era puxada para o primeiro carrinho. ❝ ― Tô sempre pronta! ❞ — Disse de maneira exaltada enquanto segurava firme na barra de segurança e em poucos segundos todos os outros carrinhos já estavam cheios, fazendo que o trilho começasse a andar e o carrinho subir para a primeira queda. ❝ ― Você não tem medo de altura, né? ❞

A Pergunta Veio Tão Rápida Quando Sua Resposta. ❝ ― Amo Sim. ❞ — De Maneira Bem Simples E Objetiva.

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9 months ago
FLASHBACK . A Expressão Permaneceu Nada Agradável, Uma Vez Que Continuava Não Muito Feliz Com Aquela

FLASHBACK . A expressão permaneceu nada agradável, uma vez que continuava não muito feliz com aquela ambientação. "Odeio tanto barulho. O ponto do resort é relaxarmos, certo?" Estava tão relaxada, os músculos tão leves quanto plumas, então tinham decidido entrar naquele lugar que parecia um show de horrores. Não que tivesse medo, mas os pelos pareciam constantemente arrepiados por um perigo que não era real, o que era excessivamente incômodo. Era alguém que preferia velas perfumadas, banhos cheirosos e um bom livro do que ficar explorando mistérios e desbravando lugares que não deveriam ter nada demais. Estava prestes a respondê-la quando a estátua caiu no chão, fazendo com que os olhos arregalassem, pensando que não parecia ser uma boa ideia. Imediatamente, tomou a dianteira, puxando suavemente Melis para suas costas. Não que a outra precisasse de uma proteção excessiva, afinal Melise já tinha evoluído com as armas, mas era inevitável para a filha de Afrodite não ter o sentimento superprotetor tratando-se da amiga. "Certo, vai que acordamos alguma coisa aqui." Olhou em volta, como se tivesse tentando definir se era seguro ou não pegarem algo. "Vamos pegar só um punhado. O que está aqui parece não ser muito receptivo a semideuses roubando alguns dracmas." Com passos cuidadosos, Anastasia pegou um pouco e colocou no bolso, não tendo certeza se estava fazendo o correto. Esperou ela pegar, mas permanecia atenta ao que acontecia ao redor delas. "No três, nós corremos embora, ok?" O olhar foi dado por cima do ombro, esperando que Melis tivesse compreendido as instruções. "Um... Dois... Três!" Pegou a mão dela e, com um sorriso no lábio, puxou ela de perto daquele monte de ouro. Atravessaram a porta em alguns segundos e finalmente sentia que podia respirar corretamente novamente. Sequer tinha percebido que estava sem fôlego, ansiosa para o que estava prestes a acontecer. "Já que estamos aqui, quer ver mais alguma sala?"

FLASHBACK . A Expressão Permaneceu Nada Agradável, Uma Vez Que Continuava Não Muito Feliz Com Aquela
FLASHBACK . A Expressão Permaneceu Nada Agradável, Uma Vez Que Continuava Não Muito Feliz Com Aquela

𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊.

"Pior que eu não posso nem te dizer que não vai ter, amiga. Você viu todos os sustos com aqueles piratas que gritam..." Era muito provável que dentro da Sala do Tesouro tivesse mais alguma coisa parecida para assustá-las. Ainda assim, Melis sentiu uma onda de animação tomar conta dela quando recebeu a resposta positiva da amiga e a observou empurrando a porta. Seguiu o olhar de Nastya em direção ao tesouro e não conseguiu conter a empolgação. "Pelo deuses, isso é incrível!" Exclamou alto, já se adiantando para entrar na sala. "Eu não sei, mas ouvi o pessoal falando que dá para carregar pelo menos uns vinte desses dracmas cada!" Pretendia visitar a atração de uma forma ou de outra, mas não podia negar que os outros comentários dos semideuses sobre o que encontraram naquela sala foi um dos motivos para que Melis estivesse tão ansiosa. "E olha aquilo ali, parece algum tipo de estátua de anima..." Antes que pudesse terminar a frase, sua animação fez com que ela se aproximasse rapidamente da estátua, esbarrando nela de forma desajeitada. A estátua caiu no chão se quebrando. Dela, soaram gritos que fizeram Melis se arrepiar. Com os olhos arregalados, ela voltou para perto de Nastya em um pulo. A amiga era sempre sua protetora. "Vamos só pegar nossos dracmas e fugir! Parece que sou um perigo para a decoração desse navio."

𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊.

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9 months ago
"Posso Facilmente Te Ajudar Com Isso, Afinal, Dor é Uma Emoção." Em Um Segundo, Estava Encarando Os

"Posso facilmente te ajudar com isso, afinal, dor é uma emoção." Em um segundo, estava encarando os orbes escuros alheios, que causavam tanta fascinação nela, e, no outro, estava desbravando a mente alheia, algo que nunca tinha feito anteriormente. Cada conexão se formava de uma maneira diferente, uma vez que todas as mentes eram únicas. Precisou de um momento para identificar onde estava e como a Rem funcionava. Assim como o poder que possuía, sentia-se como se estivesse envolta em sombras e escuridão, algo que a lembrava levemente a de Kitty, mas sem a parte da mente querer a devorar, é claro. Era quase reconfortante, como a noite que a envolvia e a deixava sozinha. Assim que chegou o lado que conseguia sentir as emoções alheias, foi quando tirou aquela parte que entendia a dor e a colocava como principal. Não tirou completamente, uma vez que não era para ele estranhar tanto a resposta súbita do corpo, mas aliviou o suficiente para que provasse o ponto que desejava. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios dela, tentando não pensar como era boa a sensação de poder finalmente utilizar o poder depois de tanto tempo. Ocasionalmente, ficava cansada de apenas ficar lendo e lendo, sem nunca poder mudar o que estava vendo nas mentes alheias. Sabia que a maioria das pessoas não apreciava ter os sentimentos adulterados, mesmo que um ou outro tivesse a buscado anteriormente para que se livrassem daqueles mais intensos.

"Vê?" Piscou em direção a ele, a arrogância levemente presente no sorriso que dava em direção ao semideus. Entrar na mente dele sequer era uma dificuldade para ela, ainda mais agora que tinha compreendido a essência alheia. "Claro que tenho um plano, não sou uma tola suicida." Aproximou-se mais alguns centímetros, permitindo que a mão fosse para a lateral do rosto alheio. Anastasia continha aquele brilho no olhar que costumava aparecer quando estava empunhando uma espada. Estava determinada a convencê-lo a fazer o que desejava e não mediria esforços para conseguir. "Mas para ele funcionar, preciso de alguém que preencha meus pontos fracos. Mesmo que eu seja incrível com a espada e com o chicote e agora com a pistola, não sou forte fisicamente e você é o nosso incrível instrutor de combate corpo a corpo." A explicação saiu com um leve tom jocoso que continha um pouco do que estava planejando. Mesmo que gostasse muito de Rem, mais do que outras pessoas, não era burra o suficiente para convidá-lo sem ter a certeza do que ansiava. Além disso, eles combinavam na hora do combate. Já tinham provado isso mais de uma vez, então, para ela, fazia sentido que desejasse que fosse com ele ao Submundo. "Nós podemos ser um grande time... Assim que você estiver 100%, se você preferir. Não sou ansiosa, posso facilmente esperar."

"Posso Facilmente Te Ajudar Com Isso, Afinal, Dor é Uma Emoção." Em Um Segundo, Estava Encarando Os

Não se sentia tão otimista quanto queria fazer parecer. Na realidade, tinha por intenção apenas confortar Nastya, pois era impossível saber, com certeza, se as coisas ficariam bem. Era difícil ser otimista, também, quando um amargor preenchia seu âmago, fazendo com que quisesse desistir de tudo aquilo. Naquele dia, por exemplo, tinha praticamente se arrastado até a arena de treinamento, forçando-se mais do que deveria, como se impusesse ao corpo que ele funcionaria exatamente da mesma maneira que vinha funcionando até o fechamento da fenda. Por óbvio, em razão do pouco tempo de recuperação e recente colocação, ainda não tinha se habituado à prótese desenhada pelos filhos de Hefesto, estranhando o corpo que se acoplava ao lugar onde costumava estar sua perna. Mas ele não era o pior ali.  Melis estava no Submundo e podia não sair de lá. O luto que experimentava suplantava qualquer  autopiedade que estivesse sentindo.

Ele tinha deixado Anastasia fazer movimentos com a própria espada, apenas dando indicações de golpes – era o máximo que conseguia fazer, descobriu assim que tentou deixar a bengala que vinha  usando como apoio  e empunhar, também, uma espada. Que raios de instrutor de combate corpo a corpo seria se não podia nem mesmo com o peso do próprio corpo? Remzi não queria admitir à filha de Afrodite o quão decepcionado estava com a situação, porque era perceptível que Nastya estava tão exausta quanto ele. Não entendia como a situação com Melis poderia ser culpa dela, por isso franziu o cenho em estranhamento.  ‘ Está exagerando, canim. Foi você quem abriu aquela fenda? ’   se tinham alguém a quem culpar, que fosse Hécate e Hades. Havia certo ressentimento em relação aos semideuses que tinham auxiliado no processo, mas só porque ele seguidamente se lembrava que era a magia de Héktor que havia invocado Campe. Contudo, quando a Lee disse que estava indo atrás da amiga, o Bakirci não pode deixar de arregalar os olhos enquanto a encarava. Será que ela sabia que era o que ele vinha planejando desde que abriu os olhos e soube da  notícia? Ou, ao menos, até perceber que não poderia. Riso ácido escapou de seus lábios ao ouvir o convite, apenas para que ele o deixasse morrer em seguida. ‘ Acha que vou ser de alguma utilidade numa missão como essa? Desse jeito? ’  elevou as sobrancelhas, deixando escapar um pouco de sua frustração, seguida de um suspiro longo e o atravessar dos dedos no cabelo, enquanto pensava melhor a respeito.   ‘ Você ao menos tem um plano em mente? Como pretende chegar lá? ’


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8 months ago
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.

Os olhos de Anastasia desceram até o objeto que ele segurava, levemente curiosa, mas não comentou nada. Ainda sim, ficou se perguntando o que era. Assim que escutou as palavras, curtas e grossas, sabia que estava chateado com ela. Não que o culpasse, mas Anastasia não sabia como falar sobre o que tinha feito com que comentasse sobre a decisão que tinha feito. Mesmo que fosse difícil para ela, se afastar tinha sido o certo para que não ansiasse ter mais qualquer envolvimento com o semideus (pelo menos, era o que falava para si mesma). Colocou o livro sobre a poltrona, segurando o pulso alheio impedindo que ele fosse embora. Sabia que o mais seguro era deixá-lo ir naquela situação, ainda mais com tantos fatores envolvidos. Ele fazia parte, no entanto, dos poucos que conseguiam ultrapassar as barreiras impostas pela Lee e que frequentemente colocava para cima novamente, evitando qualquer sentimento que poderia ser relacionado à mágoa. "Come on, Santi." A voz continha até mesmo pesar. Não era o tipo de pessoa que se desculpava com facilidade, mesmo quando sabia que a culpa tinha sido sua. Para ela, era um sinal de fraqueza e estava, há tanto tempo, não ser fraca mais. A mão deslizou até a dele, obrigando que ficasse. A outra facilmente encontrou a parte de cima, garantindo que ele ficasse o suficiente para escutá-la a respeito do que tinham para conversar. "Vamos conversar, por favor." Havia tanto que gostaria de falar, mas temia que talvez entrasse em um limbo que não desejava estar. Agora que tinha Melis novamente, parte da angústia dela tinha sumido, mesmo que não completamente. Para ela, sempre haveria aquela dor, aqueles pesadelos. Toda vez que fechava os olhos, estava novamente sendo atacada pelas pelúcias, perdendo o pai ou no sonho com a cobra. Sabia que dormia muito melhor com Santiago ao seu lado, mas era orgulhosa demais para permitir ser a primeira pessoa a falar a respeito daquilo. Quando estavam juntos, havia sempre o silêncio ensurdecedor. Agora, no entanto, parecia apático, o que definitivamente não era o que ansiava.

Não perderia tempo dando justificativas vazias ou falando o quanto se arrependia, porque, no final, não era o que sentia verdadeiramente. Mentir jamais fez parte dela e não seria agora que começaria. "Eu tive que tirar um tempo para pensar." A mordida no lábio veio naturalmente enquanto pensava como traria o tópico. Era ridículo, como escritora e filha de Afrodite, não encontrar as palavras corretas, ainda mais quando encontrava os olhos frios e irritados de Santiago. O outro jamais tinha olhado para ela daquela forma, o que com certeza fazia com que ansiasse pedir por perdão, mas seria contra a própria vontade. Queria ser mais verdadeira do que nunca, mas a verdade teria um preço no qual não estava disposta a pagar. Ter Santiago em sua vida era algo necessário, afinal ele fazia parte da sua pequena família imperfeita. Ela queria tê-lo por perto. "As… Coisas estavam começando a ficar confusas na minha cabeça." Esse era um dos motivos que não tinha feito oferendas para a mãe mais. Não precisava de qualquer sentimento interferindo os pensamentos, mesmo que fosse a natureza inerte de Anastasia. Eram sempre as próprias emoções interferindo na capacidade de pensar logicamente.

Havia a hesitação presente em seus atos e na sua expressão. Talvez o melhor que pudesse fazer por Santiago era deixá-lo ir e que a amizade deles fosse uma memória para ambos, mesmo que permanecesse com aquela incerteza do que poderia ter sido se tivesse ficado. Anastasia não era uma desistente, no entanto. Naquele momento, tudo que restavam eram dúvidas e, mesmo conversando com ele e tentando mentir para si mesma, elas permaneciam fortalecidas "Não estava conseguindo pensar claramente mais. Foi isso que aconteceu." Não estava procurando redenção de alguma forma. Mesmo que se tratasse de Santiago, Anastasia não mudaria a si mesma para caber nos padrões de outra pessoa. Quando ousou olhar para ele, no entanto, soube que talvez houvesse mais. A preocupação tomou conta da própria expressão, mesmo que soubesse que poderia ser injusto da parte dela quando havia se afastado por motivos egoístas. "Como você está?" As palavras continuavam baixas por conta do lugar onde estavam.

Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

Certo, talvez ele não fosse exatamente figurinha carimbada entre os frequentadores assíduos da biblioteca mas, desde a queda das amigas ao submundo, havia se tornado pelo menos um rosto familiar entre os nerds que ali passavam o tempo. De sua própria maneira, Santiago cultivava o hábito da literatura quando o assunto era ficção, mas não tinha muito interesse em leituras acadêmicas–exceto quando a ocasião o pedia de maneira desesperada. Agora que Kat e Melis haviam retornado, sua intenção ao se esconder entre as estantes de livros era diferente: invés da pesquisa em busca de respostas, procurava um lugar quieto para colocar as próprias ideias no lugar. O motivo para a escolha era um só–ninguém o pensaria em procurar ali, o que seria suficiente para comprar-lhe paz por um par de horas.

Tinha muito no que pensar, e o fazer enfurnado no próprio Chalé o estava levando à loucura. Sempre havia alguma alma penada para o assombrar com batidas na porta do quarto, uma ou outra obrigação como Conselheiro pedindo por sua atenção e, entre as celebrações pelo retorno dos caídos e as preparações para os tempos de guerra que estavam por vir, sentia como se já não tivesse um minuto sequer para ser egoísta. Sua vida estava em frangalhos por mais motivos que não a morte iminente, e só o que queria fazer era os processar em ordem alfabética de maneira a decidir como dar um rumo para o próprio juízo, que parecia pendurado por um só fio de sanidade.

Estava aninhado na poltrona mais afastada dos demais assentos, o diário aberto em seu colo sem sequer ser folheado conforme encarava o dia acinzentado que o esperava lá fora. Com uma caneta em mãos, se propôs a itemizar a lista de todos os problemas que tinha para resolver, e notou que os três maiores começavam com a letra A: Alina, Anastasia e Antonia. Duas de três o vinham evitando tal qual a praga, e a terceira parecia determinada a dar-lhe motivos para se preocupar. Absorto em despejar todos os palavrões conhecidos pela língua inglesa em uma página, escolheu ignorar os sons da aproximação alheia até que a tinha diante de si, como se conjurada pela intensidade dos sentimentos registrados em papel e tinta. Reconheceu a voz antes mesmo de erguer o olhar para a encarar, e tratou de fechar o caderno que carregava consigo para cima e para baixo antes de a cumprimentar.

Ao tentar evitá-lo, Anastasia havia garantido que as linhas entrelaçadas de seus destinos os fizessem se esbarrar. ʿ Você não esperava me encontrar em lugar nenhum, pelo que entendi. ʾ A amargura da resposta deixava claro que não seria tomado para otário com justificativas para a ausência, não quando havia mandado mensagens–não quando havia dormido em seus braços e acordado com o frio da cama de enfermaria vazia em seu lugar. ʿ Yup. ʾ Prosseguiu de maneira curta e afiada, sem fazer nenhuma questão de oferecer uma resposta verdadeira. Se Nastya planejava ocultar as caraminholas de sua cabeça invés de ter uma conversa entre adultos, dois podiam jogar o mesmo jogo. Santi se colocou de pé, enfiando diário e caneta de volta na mochila e a jogando sobre o ombro. ʿ Seat's all yours though. ʾ Indicou com o queixo, pronto para dar-lhe as costas e determinado a não se humilhar por uma mísera chance de a desvendar.

ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

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10 months ago
Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se
Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se

Os olhos delas analisavam as palavras dela com o pequeno surto que dava. Realmente Natalia considerava-se tão especial para que precisasse ter um motivo para não gostar dela? Na verdade, considerava entediante a personalidade alheia, não entendendo o que alguns viam nela. Era simplesmente a definição de sem graça, não tendo nada que se destacasse além de ser um dos Filhos da Magia, o que definitivamente tornava tudo mais interessante. Permaneceu inexpressiva conforme a fala da outra tornava-se mais hostil, tentando não sentir-se atacada com aquilo. Estava cansada demais da recuperação e o comportamento da outra era ainda mais irritante naquela situação. Colocou a mão na cabeça, pensando que, talvez, se não tivesse passando por tantas situações, Anastasia teria sido um pouco mais racional. "Não tenho uma inimizade com você. Você teria que ser um pouco mais divertida para isso." Soltou um suspiro depois, massageando a própria cabeça. Notou uma leve mudança na personalidade alheia, mas talvez tivesse que provocá-la mais um pouco para descobrir a origem. Por um segundo, questionou se não havia mais algo para Natalia que não soubesse. Havia certa animosidade quanto aos filhos de Circe e Hécate no Acampamento Meio-Sangue e a filha de Afrodite, inicialmente, tinha pensado que não era tão justificado. Flynn possuía os amigos que queriam vingança, aqueles que estavam tristes e, de alguma forma ou outra, culpavam aqueles que tinham desmaiado inesperadamente. Uma leve desconfiança se instaurou na mente de Anastasia, algo que não tinha anteriormente. "Você tem essa sua personalidade de Mary Sue, sonsa para caramba, e ainda espera que eu goste de você? É alguma obrigação? Aqui vai uma dica para você, Nati, você não é tão importante assim." A provocação saiu facilmente dela, com um sorriso ácido que destinava aqueles que não eram merecedores. Para ser sincera, Anastasia queria ver onde era o limite da filha de Hécate, observar qual era o momento que finalmente explodiria. Estava ansiosa para aquilo. Jamais tinha visto a outra se irritar verdadeiramente, o que era o suficiente para que quisesse alguma coisa. Mais que tédio, ela estava curiosa para saber mais a respeito do porquê aquele comportamento tão repentino.

Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se

      ໋      Natalia inspirou lentamente, apertando a mão em volta das flores, os olhos fechando automaticamente enquanto pensava nas razões para se manter calma. O mental já abalado pedia para que ela recuasse. Dar as costas era uma ótima opção, evitar conflitos. Seria bom não dar motivos, pois o alvo que tinha sobre a cabeça já era demasiado grande para atrair mais atenção. Por outro lado, a razão afetada, efeito do cansaço que toda aquela situação contribuía, pedia por uma reação, e a filha de Hécate assumiu aquela opção por puro desgosto. Os olhos se voltaram para a semideusa, esboçando, sem medo algum, a irritação que sentia. Sua primeira ação foi um rolar de olhos, esboçando sua também indiferença. Se havia suplicado antes, fora por empatia, algo que ela não conseguia sentir partindo da filha de Afrodite. Analisando as feições da outra, notou a cicatriz marcada pelo curativo; se não fosse o choque abrupto na conversa, ela tentaria se compadecer com a situação, mas as chances para aquilo esvaíram-se rápido, junto com a paciência. Movendo-se sutilmente para a direção contrária, Natalia jogou as flores em direção ao fogo recém-aceso, mencionando suas preces apenas em mente. "Seu desgosto por mim é uma incógnita." Virou-se para fitá-la mais uma vez, cruzando os braços, assumindo uma postura imperativa. Suas feições cansadas eram de conflito, mas ela se manteria daquela forma por tempo suficiente. Não se deixaria ir por baixo tão facilmente. "Você é assim? Desgosta das pessoas por escolha própria? Em um dia qualquer, você levanta e fala que vai começar uma inimizade por pura diversão? Sua vida é tão tediosa a esse ponto?" Aquela não era a Natalia que comumente reverteria a situação com bom humor e algumas risadas. Ali, prostrada para Anastasia, estava uma que ela mal reconhecia, mas que não repreendia. Talvez, ir ao caminho mais rígido e de poucos amigos não era tão ruim assim. Precisava se proteger de alguma maneira, não dar brechas para expor o quão frágil estava. "Sinceramente," Uma mão foi ao rosto, esfregando os dedos nos dois olhos. Não, não choraria. Derramar lágrimas seria a última das possibilidades. "Vindo de sua atitude sem fundo algum, acho que eu poderia esperar qualquer coisa, não acha? Como você mesma disse, não gosta de mim. Algo de bom vindo de você seria suspeito." Deixou escapar uma risada unida ao descontentamento e sarcasmo. Ainda assim, ela iria ao "x" da questão. "Quais suas razões para não gostar de mim? Eu nunca te fiz nada. Tentei ser amigável, mas," Agora ela massageava as têmporas com força. Havia feito para criar tal desagrado? Era impossível ser odiada por apenas ser quem era. Pelo menos, era o que acreditava. "Mas, você me repeliu no primeiro instante. Sim, há pessoas que não gostam de mim e por motivos que eu mesma dei… Porém, você… O que eu fiz para você?"

      ໋      Natalia Inspirou Lentamente, Apertando A Mão Em Volta Das Flores, Os Olhos Fechando

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9 months ago
"Aqui, é Claro." Mas Também Tinha Um Pouco Relacionado Com Os Ataques, Mas Não Queria Falar Sobre

"Aqui, é claro." Mas também tinha um pouco relacionado com os ataques, mas não queria falar sobre aquilo. "Claro que é útil em muitas situações, mas não contra os mortos. Mortos não sentem muitas coisas, sabe?" Um sorriso provocativo apareceu nos lábios dela. Por muito tempo, principalmente quando entrou, ansiava por ter um poder mais ofensivo. A habilidade na espada, combinado à uma transmutação ou talvez algum controle de elemento, seriam o ideal para a Anastasia de 15 anos que ainda estava aprendendo muito sobre a vida. Aprendeu, depois de um tempo, que poderia facilmente tornar o próprio poder uma força, então o fez. "Sou uma pessoa difícil, mas que posso ser convencida de algumas formas. Cabe a você descobrir quais formas são essas." O flerte saiu naturalmente dos lábios da filha de Afrodite. Para ela, era inevitável provocar levemente Remzi, ainda mais quando ambos nutriam a relação cheio de provocações e promessas não cumpridas. Ambos eram convencidos o suficiente para tomarem suposições para si, mas Anastasia era orgulhosa demais para sequer dar um passo certeiro em direção ao que queria. Para ela, a parte mais divertida era manter os pequenos jogos. Por isso, não hesitou em aproximar-se um pouco mais dele, mantendo os olhos fixos no dele. Ao escutar as palavras alheias, no entanto, o revirar de olhos veio de forma teatral. "Não precisa. Esse tipo de coisa não me assusta." Ainda sim, os pelos pareciam eriçados até demais. Manteve o queixo aberto, caminhando como se nada fosse a afetar. "A não ser que você esteja assustado."

"Aqui, é Claro." Mas Também Tinha Um Pouco Relacionado Com Os Ataques, Mas Não Queria Falar Sobre

' Por essas situações está se referindo aos ataques ao Acampamento ou a isso aqui? ' gesticulou com o indicador, referindo-se ao lugar onde estavam. Curioso considerar que Nastya também estivesse temerosa em relação à Ilha de Circe, justo quando pensou que tal temor se limitaria aos homens. Era nítido, contudo, o quanto a filha de Afrodite estava tensa, ao ponto de, inconscientemente, levar a mão em direção às suas armas. ' Seu poder pode ser muito útil para nós, no futuro, a depender do momento. Não sabemos o que está por vir. Pode não ser tão ofensivo quanto você gostaria, mas tem sua utilidade '  não se lamentaria, porém, a sensação de impotência devia ser inerente a cada semideus que não tivesse o rei na barriga. Se Remzi fosse pensar, estava longe de ser o mais poderoso em termos de ofensividade, não importava quantos anos de treinamento tivesse. No caso de uma guerra, ficaria à mercê das habilidades físicas.  ' Você podia ter dito que eu nunca irei  prová-la logo de cara. Isso meio que me dá esperança '  retrucou convencido, já que não estava diante de um não, só de um ainda não. O sorriso esmaeceu, entretanto, assim que viu a atmosfera em seu entorno mudando – efeito dos sentidos inatos. Temia que a madeira podre fosse se desfazer abaixo de seus pés se pisassem muito forte conforme avançavam, dada a idade aparente do navio. Agora que estava ali, a lembrança de outros tempos fez com que ficasse nostálgico e meio nauseado, mas além de um leve torcer das feições  e a perda do humor, nenhum outro indício estava dando. ' Podemos voltar se estiver com medo, Nastya. Ainda dá tempo '

' Por Essas Situações Está Se Referindo Aos Ataques Ao Acampamento Ou A Isso Aqui? ' Gesticulou Com

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10 months ago
ʚ♡ɞ  𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐀 : Anastasia's Instagram Feed .

ʚ♡ɞ  𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐀 : anastasia's instagram feed .

A conta de Anastasia é privada, principalmente depois de ser seguida por alguns campistas meio duvidosos. Raramente posta foto mostrando o rosto, preferindo fotos do dia-a-dia que demonstrem em pequenos gestos um pouco da sua vida. Também raramente marca outras pessoas na foto, já que considera que fazem parte da vida privada e ninguém precisa ficar se intrometendo.

Confira as últimas postagens .

ʚ♡ɞ  story .

bem preparada para um simples mergulho // @zeusraynar .

ʚ♡ɞ  feed .

aproveitando cada segundo // @aguillar .

me sentindo adorável // @misshcrror .

protegendo ela de todos esses fantasmas esquisitos // @melisezgin .

sempre aproveitando uma chance de tomar um drink // @kittybt .

comemorando que finalmente aconteceu // @d4rkwater .

espero que a marquinha venha // @mcronnie .

and haters gonna hate // @maximeloi .

finalmente saiu a praiazinha

chegamos, galera!


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11 months ago
Os Dedos Tamborilaram A Lateral Da Taça Que Ostentava Na Destra, As Unhas Promovendo Um Som Fino. Ficou
Os Dedos Tamborilaram A Lateral Da Taça Que Ostentava Na Destra, As Unhas Promovendo Um Som Fino. Ficou

Os dedos tamborilaram a lateral da taça que ostentava na destra, as unhas promovendo um som fino. Ficou pensativa por um segundo, mas sabia que as ofensas ao Sr. D. poderiam ser levadas ao extremo. "Exatamente, eu não consigo saber sobre a sua mente. Mesmo que você seja transparente, de acordo com você, eu não tenho como ter certeza. Não acha isso torturante?" Era isso que constantemente parecia perseguir a filha de Afrodite, a ideia de que não conseguia ler alguém. É claro que sentia-se excessivamente em Crepúsculo, maltratando a pobre da garota porque não conseguia ler sua mente (ou seus sentimentos, nesse caso, mas tinha bastante similaridade), mas continuava incomodando-se com aquilo. Bem, pelo menos não tratava ela como se estivesse fedendo. Se fosse confessar, a outra sempre tinha um aroma envolvendo dela que era único e bom, mas seria estranho comentar aquilo, mesmo que o álcool começasse a fazer efeito. "Beba. Em algum momento, vai parar de sentir que é forte e vai começar a achar gostoso." Piscou para a mulher, uma vez que já estava acostumada com o gosto de álcool. Era o tipo de pessoa que, todas as sextas-feiras, delicia-se com um vinho no final da tarde para comemorar a finalização de uma semana. Ultimamente, a rotina andava um pouco bagunçada com os últimos acontecimentos, mas definitivamente ainda apreciava esses momentos sozinha. "Esse é um mojito. Rum, suco de limão, água com gás, gelo, açúcar e folhas de hortelã. Achei que gostaria de algo diferente." A sobrancelha arqueou-se suavemente, como se insinuasse que, no fundo, a escolha tinha sido de Kitty. Aproximou-se da outra o suficiente para que pudesse estender a mão e bater as taças. "Cheers, minha querida Kitty Cat." O canto dos lábios se curvou para cima em um sorriso.

"Não Entendo Nada Sobre Vinhos. Seria Vergonhoso Ganhar Um Castigo Ou Maldição Por Conta Disso." Ainda

"Não entendo nada sobre vinhos. Seria vergonhoso ganhar um castigo ou maldição por conta disso." Ainda que não achasse justo. Como iria saber sobre vinhos suaves e secos? Parecia um tipo de conhecimento muito específico. E os conhecimentos específicos de Kitty se resumiam a assuntos que não eram agradáveis para a maioria, considerados mórbidos demais. De qualquer maneira, decidiu que não queria o vinho suave mais. Talvez o provasse em outra oportunidade. O comentário de Anastasia tirou a atenção de Kitty sobre vinhos, que balançou a cabeça de leve. "Você não tem como saber sobre a minha mente, mas acho que não é tão difícil de adivinhar." As pessoas sempre falavam sobre como a filha de Hades era fácil de ler, com os sentimentos sempre claros em suas expressões e na forma de agir. Não conseguia não ser autêntica e honesta em suas maneiras, portanto era fácil que todos ao redor soubessem como estava se sentindo. Kitty olhou com atenção quando ela pediu mojito, com mais atenção ainda quando fora colocado a sua frente. Verde, quase reluzente, parecendo delicioso. Kitty pegou o copo com certa desconfiança, imediatamente sentindo o cheiro de álcool na bebida. A filha de Hades deu um gole mínimo, o gosto forte de rum e limão explodindo em sua boca e queimando a garganta, deixando um rastro de fogo por onde descia. Kitty deixou o copo de lado e torceu o nariz, fechando os olhos enquanto as sobrancelhas escuras se uniam. "Pelos deuses, Anastasia, isso é bem... forte." Um eufemismo, porque ainda sentia os lábios arderem. "Qual o nome? Acho que nunca experimentei desse. Caipirinha?" Era a sua sugestão, visto o limão. Caipirinha era uma das poucas que conhecia pelo nome, visto um amigo brasileiro que tinha no acampamento.

"Não Entendo Nada Sobre Vinhos. Seria Vergonhoso Ganhar Um Castigo Ou Maldição Por Conta Disso." Ainda

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9 months ago
ʚ ROSE BOMB . Inside My Reddened Heart Burns Up And Makes Me Dance !

ʚ ROSE BOMB . inside my reddened heart burns up and makes me dance !

Como uma boa patricinha que é, Anastasia não permitiria que sua arma fosse qualquer outra coisa além de ouro imperial. Todas as suas outras armas são do mesmo material, então era esperado que desejasse seguir o mesmo padrão. Imagina se uma fosse dourada e a outra prateada? Acabaria com todo o seu aesthetic. Para a semideusa, não havia outra escolha além do ouro imperial e brigaria com quem fosse necessário para garantir que o seu desejo se tornasse uma ordem.

Precisava de uma arma que suprisse a necessidade do que estava fazendo no seu arsenal. Odiava arco e bestas, no entanto, então jamais foi uma opção válida para ela, mesmo que alguns tivessem insistido que talvez fosse uma boa ideia. Desde que se conhecia por gente, o balanço não fazia o menor sentido para ela, então precisava de algo que se identificasse. Por isso, escolheu uma pistola mágica que disparava balas de bronze celestial: rápida, precisa, imprevisível e dramática.

Sobre os aspectos mais específicos em relação à aparência, ela serve para complementar o resto do seu pacote. Dourada, com detalhes em rosé gold entalhados ao longo do metal da arma, que conferem a mesma personalidade que Anastasia deu às demais armas. São obras de um conjunto que refletem completamente a personalidade da filha de Afrodite, que prefere que até mesmo a letalidade contenha a beleza inerente.

A arma e os projéteis permanecem como anéis dourados em seus dedos, que podem ser facilmente puxados em caso de urgência. No entanto, uma vez que o revólver é acionado, é necessário recarregar manualmente com as balas, o que pode demorar um pouco mais em comparação a outras armas.


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11 months ago

"Você sabe o que quero dizer." Mesmo que ainda nutrissem uma relação amigável, nada se assemelhava ao que tiveram quando eram namorados. Não sabia exatamente o porquê continuavam conversando, principalmente depois do término que tinha sido em decorrência de um achismo de Anastasia que, desde o começo, estava controlando os sentimentos de Raynar por ela. Talvez por nunca se permitir ser verdadeiramente feliz, mas tinha colocado na cabeça, novamente, que os relacionamentos eram uma consequência de como se sentia e não uma forma deliberada que os outros escolhiam se sentir a respeito dela. "Não precisa pedir desculpas, ambos estávamos alcoolizados. Eu não estava no meu melhor estado." Naquela noite, tinha focado em se divertir como se o amanhã não existisse, assim como as responsabilidades. Tinha passado tanto tempo sendo instrutora de espada que, no mínimo sinal de liberdade, tinha se entregado. Uma escolha feita de forma tola, já que sabia que algo poderia acontecer. Não tinha hesitado em proteger os campistas, mas a visão e as decisões foram feitas de forma nada inteligente, o que também impactou em ser intoxicada pelo poder alheio, piorando ainda mais a situação que tinha sido colocado diante deles. Com a movimentação alheia, percebeu, finalmente, a situação que o outro se encontrava. O olhar passeou sem inibição pela pele exposta alheia, lembrando como costumava conhecer cada centímetro. Uma memória de desejo passou em sua cabeça, mas talvez sempre estivesse ali presente, mesmo que adormecida. Era melhor ignorar, de qualquer forma, já que poderia se tornar mais uma dor de cabeça do que algo que poderia lidar. Com os pensamentos efervecendo, pensava que talvez não estivesse sequer em decisões de falar a respeito de qualquer coisa que não envolvesse o que poderia fazer a respeito de ser destruída pelas consequências da sua tolice. O toque fez com que se sentisse um pouco acalentada, pensando que, mesmo com as complicações, Raynar era alguém que a conhecia quase por completo. Sabia o fardo que era para Anastasia carregar ferimentos e, acima de tudo, cicatrizes. O corpo, tão tenso, relaxou levemente e, enfim, pode soltar o ar que sequer sabia que estava prendendo.

A mão dela encontrou a dele, entrelaçando suavemente os dedos e colocando entre eles. Mesmo que não se importasse com o toque, Anastasia não estava pronta para alguém ver o ferimento tão de perto, assim como tocá-lo com tanta intimidade. Independente do que o semideus falasse, continuava achando que estava monstruosa. Como poderia uma filha de Afrodite carregar uma cicatriz? "Você sabe que sempre gostei das suas." A voz saiu mais baixa, já que estava presa dentro dos próprios pensamentos. Será que a mãe falaria algo sobre aquilo? Talvez fosse algum tipo de maldição implícita ao ser incapaz de proteger Flynn, mesmo que sequer soubesse o que estivesse acontecendo. Também tinha destruído o vestido, que acabou com várias perfurações e manchas de sangue. Olhar para a roupa, depois de tudo que tinha acontecido, era mais uma memória trágica do que uma lembrança de algo que gostaria de manter. Os olhos, que antes estavam focados em ponto nenhum, viraram para o filho de Zeus, questionando-se a respeito da verdade nas palavras alheias. Dentre as possibilidades, poderia ser a que estava sendo apenas educado, uma vez que a filha de Afrodite tinha apenas invadido o quarto. De qualquer forma, precisava falar a respeito daquilo e alguém que tinha a conhecia profundamente seria capaz de entender as perturbações que a dilaceravam. Não hesitou novamente ao deitar ao lado dele, segurando a mão alheia. Era mais fácil ficar encarando os dedos e brincando com eles do que encarar o ex-namorado. "E se eu nunca mais for atraente de novo? Talvez nem eu mesma vá me reconhecer mais. Estou evitando me olhar no espelho, porque sinto que, assim que eu o fizer, a verdade vai ser jogada na minha cara." Mordeu o lábio inferior, batalhando contra as lágrimas que poderiam aparecer. "Quando comecei a ser instrutora, sabia que isso poderia acontecer, mas sempre me curei rápido. Agora... Tem algo diferente."

A hesitação aprofundou as expressões severas de seu rosto, que de fechadas ficavam um pouco mais acentuadas. O arrependimento do pedido não vindo quando tinha a maior das certezas de que estava certo. Era o maldito bom senso, ou outra coisa sem nome, que o permitia transitar em sociedade sem ser tão absurdamente alheio de tudo e todos. Raynar torceu os lábios e trincou o maxilar, os músculos proeminentes com o esforço imposto. Aquilo sim era sua culpa. Pesando a mão demais em provocações, navegando sem cuidado na linha cinzenta entre brincadeira e crueldade. “ 🗲 ━━ ◤ Complicadas. ◢ Repetiu devagar. Cada sílaba soando estranha e terminando com aquele tom suave de pergunta. O fim sim tinha sido complicado, mas Hornsby usava do pragmatismo para continuarem seguindo em frente. Pegar a rota menos complicada, de pensar demais sobre coisas que não deveriam ser colocadas sob a lente de um microscópio. “ 🗲 ━━ ◤ Podemos não ser mais namorados, Anastasia, mas eu me importo com você. E... Me desculpe... Pelo baile. Pelo o... O que eu falei. ◢ Em específico aquele momento que a perturbara tanto que anunciou a mágoa. Raynar puxou mais um pouco das cobertas ao redor da cintura, já prevendo que perderia alguns centímetros com o compartilhar da cama com Anastasia. Seus olhos a acompanharam sem piscar, preferindo estreitar ao máximo sem perder um segundo daquela decisão - que parecia ser muito difícil. E ele não estragaria sendo engraçadinho. A proximidade o fez atento, preocupado. Prescrutando cada ponto exposto da semideusa, cada imperfeição provocada pelo ataque. Imperfeição aos olhos dela, claro, porque ele carregava às próprias como marca de vida. De uma vida emprestada para quem não deveria durar muito. “ 🗲 ━━ ◤ Isso significa que sobreviveu, então, sim, eu gosto do que vejo. ◢ A mão pousou no lado da cabeça, os dedos entrando nos cabelos para afastá-los da bochecha machucada. Expondo, colocando em vista. “ 🗲 ━━ ◤ Se alguém considera isso uma falha, Anastasia... Essa pessoa carrega ainda mais, e piores. ◢ Raynar nutria uma aversão a relacionamentos, principalmente os duradouros. Rejeitava os mais efusivos, tolerava os mais calados. Era um raio de sol ambulante e muito simpático, para não dizer o contrário, e... Mesmo assim... Aprendia. No fundo, aprendia uma coisa ou outra sobre empatia. “ 🗲 ━━ ◤ Você não gosta do que vê. E vai querer me calar quando contar sobre as minhas, em todo o meu corpo, menos na cara porque sou alto demais. ◢ Tentou colocar um humor ali, uma gracinha, mas a seriedade ainda pesava em suas palavras. Na expressão que suavizava com preocupação, pura e simples. “ 🗲 ━━ ◤ Me conte, firecracker. Me conte o que vem guardando aí dentro. Por favor. ◢

A Hesitação Aprofundou As Expressões Severas De Seu Rosto, Que De Fechadas Ficavam Um Pouco Mais Acentuadas.

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