"Posso Facilmente Te Ajudar Com Isso, Afinal, Dor é Uma Emoção." Em Um Segundo, Estava Encarando Os

"Posso Facilmente Te Ajudar Com Isso, Afinal, Dor é Uma Emoção." Em Um Segundo, Estava Encarando Os

"Posso facilmente te ajudar com isso, afinal, dor é uma emoção." Em um segundo, estava encarando os orbes escuros alheios, que causavam tanta fascinação nela, e, no outro, estava desbravando a mente alheia, algo que nunca tinha feito anteriormente. Cada conexão se formava de uma maneira diferente, uma vez que todas as mentes eram únicas. Precisou de um momento para identificar onde estava e como a Rem funcionava. Assim como o poder que possuía, sentia-se como se estivesse envolta em sombras e escuridão, algo que a lembrava levemente a de Kitty, mas sem a parte da mente querer a devorar, é claro. Era quase reconfortante, como a noite que a envolvia e a deixava sozinha. Assim que chegou o lado que conseguia sentir as emoções alheias, foi quando tirou aquela parte que entendia a dor e a colocava como principal. Não tirou completamente, uma vez que não era para ele estranhar tanto a resposta súbita do corpo, mas aliviou o suficiente para que provasse o ponto que desejava. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios dela, tentando não pensar como era boa a sensação de poder finalmente utilizar o poder depois de tanto tempo. Ocasionalmente, ficava cansada de apenas ficar lendo e lendo, sem nunca poder mudar o que estava vendo nas mentes alheias. Sabia que a maioria das pessoas não apreciava ter os sentimentos adulterados, mesmo que um ou outro tivesse a buscado anteriormente para que se livrassem daqueles mais intensos.

"Vê?" Piscou em direção a ele, a arrogância levemente presente no sorriso que dava em direção ao semideus. Entrar na mente dele sequer era uma dificuldade para ela, ainda mais agora que tinha compreendido a essência alheia. "Claro que tenho um plano, não sou uma tola suicida." Aproximou-se mais alguns centímetros, permitindo que a mão fosse para a lateral do rosto alheio. Anastasia continha aquele brilho no olhar que costumava aparecer quando estava empunhando uma espada. Estava determinada a convencê-lo a fazer o que desejava e não mediria esforços para conseguir. "Mas para ele funcionar, preciso de alguém que preencha meus pontos fracos. Mesmo que eu seja incrível com a espada e com o chicote e agora com a pistola, não sou forte fisicamente e você é o nosso incrível instrutor de combate corpo a corpo." A explicação saiu com um leve tom jocoso que continha um pouco do que estava planejando. Mesmo que gostasse muito de Rem, mais do que outras pessoas, não era burra o suficiente para convidá-lo sem ter a certeza do que ansiava. Além disso, eles combinavam na hora do combate. Já tinham provado isso mais de uma vez, então, para ela, fazia sentido que desejasse que fosse com ele ao Submundo. "Nós podemos ser um grande time... Assim que você estiver 100%, se você preferir. Não sou ansiosa, posso facilmente esperar."

"Posso Facilmente Te Ajudar Com Isso, Afinal, Dor é Uma Emoção." Em Um Segundo, Estava Encarando Os

Não se sentia tão otimista quanto queria fazer parecer. Na realidade, tinha por intenção apenas confortar Nastya, pois era impossível saber, com certeza, se as coisas ficariam bem. Era difícil ser otimista, também, quando um amargor preenchia seu âmago, fazendo com que quisesse desistir de tudo aquilo. Naquele dia, por exemplo, tinha praticamente se arrastado até a arena de treinamento, forçando-se mais do que deveria, como se impusesse ao corpo que ele funcionaria exatamente da mesma maneira que vinha funcionando até o fechamento da fenda. Por óbvio, em razão do pouco tempo de recuperação e recente colocação, ainda não tinha se habituado à prótese desenhada pelos filhos de Hefesto, estranhando o corpo que se acoplava ao lugar onde costumava estar sua perna. Mas ele não era o pior ali.  Melis estava no Submundo e podia não sair de lá. O luto que experimentava suplantava qualquer  autopiedade que estivesse sentindo.

Ele tinha deixado Anastasia fazer movimentos com a própria espada, apenas dando indicações de golpes – era o máximo que conseguia fazer, descobriu assim que tentou deixar a bengala que vinha  usando como apoio  e empunhar, também, uma espada. Que raios de instrutor de combate corpo a corpo seria se não podia nem mesmo com o peso do próprio corpo? Remzi não queria admitir à filha de Afrodite o quão decepcionado estava com a situação, porque era perceptível que Nastya estava tão exausta quanto ele. Não entendia como a situação com Melis poderia ser culpa dela, por isso franziu o cenho em estranhamento.  ‘ Está exagerando, canim. Foi você quem abriu aquela fenda? ’   se tinham alguém a quem culpar, que fosse Hécate e Hades. Havia certo ressentimento em relação aos semideuses que tinham auxiliado no processo, mas só porque ele seguidamente se lembrava que era a magia de Héktor que havia invocado Campe. Contudo, quando a Lee disse que estava indo atrás da amiga, o Bakirci não pode deixar de arregalar os olhos enquanto a encarava. Será que ela sabia que era o que ele vinha planejando desde que abriu os olhos e soube da  notícia? Ou, ao menos, até perceber que não poderia. Riso ácido escapou de seus lábios ao ouvir o convite, apenas para que ele o deixasse morrer em seguida. ‘ Acha que vou ser de alguma utilidade numa missão como essa? Desse jeito? ’  elevou as sobrancelhas, deixando escapar um pouco de sua frustração, seguida de um suspiro longo e o atravessar dos dedos no cabelo, enquanto pensava melhor a respeito.   ‘ Você ao menos tem um plano em mente? Como pretende chegar lá? ’

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10 months ago
Estava Despreparada E Cansada, Fruto Dos Dias Que Não Foi Permitido Que Instruísse. Mesmo Que Os Anseios
Estava Despreparada E Cansada, Fruto Dos Dias Que Não Foi Permitido Que Instruísse. Mesmo Que Os Anseios

Estava despreparada e cansada, fruto dos dias que não foi permitido que instruísse. Mesmo que os anseios permanecessem, o corpo enfaixado e os hematomas impossibilitavam que empunhasse a espada e, agora, também a corrente. Os pensamentos flutuavam em sua cabeça, a noite comandada pela fraqueza a atormentando sempre que ficava em silêncio. Talvez fosse esse um dos motivos que tinha tornado as oferendas mais frequentes, rogando por mais sabedoria e clareza para Atena. Esperava que não cometesse tolices estratégias novamente, principalmente quando tinha certeza que haveria mais combates para frente. Lutaria dia e noite até que estivesse afiada novamente e se tornasse a melhor naquilo. Sequer tinha percebido a presença da semideusa quando escutou as palavras da outra, os pelos do braço eriçando levemente pelo instinto que é trazido pelos reflexos. "Sempre estou com raiva de alguém." Uma risada saiu dos lábios dela, já que, muitas vezes, usava a raiva como motivo de treino. Naquele momento, no entanto, era bem mais complexo do que uma emoção simples como a raiva. Havia bem mais que estava em jogo além de alguém falando mal de si ou de algum desentendimento que tivera. "Mas não é por isso. Acho que, nesse meio tempo que fiquei na enfermaria, desacostumei. Poderia ter sido mais rápida e mais precisa." A espada estava um pouco mais pesada conforme segurava, então a transformou em pulseira novamente. A respiração estava pesada e o corpo coberto de suor, então achou que fazer uma pausa não seria de todo mal. "Mas obrigada pela preocupação. Vou usar esse seu espírito quando precisar brigar realmente com alguém." Um sorriso alargou-se na expressão dela, mantendo uma leveza nas palavras. Não desejava brigar fisicamente com alguém tão cedo. "Quer treinar um pouco? Posso te ajudar."

Encostada na parede, Melis observava de longe como Nastya se portava em seu treinamento. A semideusa até tentava memorizar o que ela estava fazendo para poder reproduzir quando estivesse em seu horário. Provavelmente não iria conseguir fazê-lo com a mesma perfeição, mas talvez até pudesse surpreender seus instrutores. Quando a amiga terminou seu treinamento, Melis esperou até que saísse da arena para poder se aproximar. "Dez de dez, Nastya! Maravilhosa, rainha, divônica, kinga, lendária!" Começou a bater palmas para a amiga, fazendo movimentos engraçados conforme a elogia. "Você acabou com tudo ali!" Parou ao lado dela com um sorriso animado. O que Melis fazia de melhor era apoiar seus amigos e também demonstrar o quanto os admirava. "E fez isso tão rápido! Cheguei quando você estava começando e você já está aqui, perfeita! Depois você precisa me ensinar como..." Parou por um momento e tirou aquele segundo para pensar. Realmente ela havia derrotado todos com muita rapidez. Será que havia perdido alguma coisa importante? "Nastya, você está com raiva de alguém?" No mesmo momento, Melis mudou a postura. O que é que tenha acontecido, a semideusa estaria preparada para ajudar. Anastasia sempre fazia o mesmo por ela. "Quer que eu te defenda? Quem foi? Quem foi? Me diz que eu vou lá fazer barraco! Não tenho medo de falar não!" | @ncstya

 Encostada Na Parede, Melis Observava De Longe Como Nastya Se Portava Em Seu Treinamento. A Semideusa

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9 months ago
A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava

A mente funcionava com bastante velocidade, mesmo que permanecesse parada, afundada na água. Estava imersa nos próprios pensamentos, procurando justificativas para o que estava acontecendo. Será que tinha feito algo que Santiago tinha desprezado? Repassava a conversa em busca de compreensão, mas, quanto mais nadava no mar de indecisão, mais se afogava. Havia tanto que queria saber e buscar, não entendendo o porquê do afastamento súbito sem sequer ter a sinceridade por trás das palavras. Sabia que não deveria duvidar tanto, porém, no momento em que se encontrava, o semideus parecia uma incógnita. Ainda não compreendia também o motivo de não ter conseguido estabelecer a conexão que ansiava com a mente alheia, submersa no constante vazio. Não deixou de manter a pergunta interna se, de alguma forma, o outro tinha desenvolvido algum tipo de escudo mental inatingível, mas não sabia como aquilo era possível. Sequer fazia parte do domínio de Bóreas. Foi quando escutou a voz dele desculpando-se por alguma coisa, interrompendo as divagações que pareciam tomar conta da mente. Os olhos levantaram-se na direção de Santiago, pensando que, mesmo que se conhecessem há anos, ainda havia mistérios que os envolviam que jamais ousariam contar ao outro. Ao mesmo tempo que achava assustador, queria descobrir mais. "Pelo quê?" Ficou confusa, não entendendo o que tinha acontecido. Por força do hábito, permitiu que a conexão entre as mentes se formasse. Assim que os sentimentos de Santiago vieram em vermelho e com certo gosto de vinho tinto, no entanto, fechou rapidamente. As bochechas se coraram mais pela intensidade do que pelo sentimento em si, o calor invadindo o corpo de forma involuntária. A garganta pareceu ser inundada por labaredas e ficou sem palavras por um segundo. Não que fosse tímida ou ingênua. Anastasia sabia muito bem o efeito que causava nas pessoas, fruto da beleza de Afrodite. Sempre apreciou olhares em si, ser desejada ou invejada. Os olhos brilharam, repletas de uma malícia imaculada, os braços movendo-se para as costas como se ansiasse para que ele olhasse para cada parte dela atentamente. "Você sabe que não precisa pedir desculpas por isso. Pode apreciar quanto quiser." Mesmo que a voz contivesse a brincadeira, desejando manter a leveza entre os dois, que sempre foram muito próximos, havia também uma sinceridade que não sabia se Santiago captaria.

A pergunta para ela saiu quase como cômica. Não imaginava um mundo em que, por consequência, não voltaria para o Acampamento Meio-Sangue. Tinha construído uma vida lá e, mesmo quando construísse uma nova casa, um novo futuro, o passado continuaria sendo importante para ela. Estaria lá para cada um dos seus amigos e irmãos que estabeleceu laços. Até aquele momento, tinham sido 16 anos. Os campistas tinham sido a única coisa que ela teve durante todos esses anos, auxiliando-a a se reerguer toda vez que estava prestes a cair. "Claro que vou. Somos família." A garantia saiu de forma natural e não hesitou em sequer uma palavra. Independente da mágoa que sentia naquele momento, jamais imaginaria não ter Santiago em sua vida. A mente viajou, por um segundo, nas noites que passaram juntos e nas confissões feitas quando o mundo era tomado pela luz lunar. O que faria sem o seu confidente? Havia poucas pessoas que a faziam se sentir tão acolhida e aceita por quem era. Mesmo quando o mundo estava desabando, Santiago parecia estar ali para ela, sem julgamentos. "Você não vai se livrar de mim tão cedo, Santiago Aguillar." A promessa saiu novamente em tom de brincadeira, mas Anastasia sentiu a garganta fechar por um segundo e o peito ficar mais pesado. Manteve os olhos focados nele, tentando compreender o que passava naquela mente. Não estabeleceria mais nenhuma conexão com a mente dele, já que a última vez a tinha deixado um tanto desconcertada.

Talvez porque estava chateada com Santiago, tentando compreender o porquê daquilo estar acontecendo com a mente dele, mas Anastasia sentia um impulso fortalecendo conforme mais pensava e mais olhava para ele. A água quente a fervia de fora para dentro e os olhares do semideus sobre ela não tinham a ajudado na sensação, mesmo que tivesse tentando manter a conversa leve como tinham voltado por um momento. Afundou na água, permitindo que ela lavasse a máscara biodegradável, fechando os olhos para que fosse engolida pelo calor que estava sentindo. No final, era uma pessoa verdadeiramente rancorosa e vingativa, assim como excessivamente emocional. Mesmo que tentasse trabalhar nos seus piores traços, numa tentativa de inibir até que parassem de ser uma preocupação, continuavam sendo um grande problema. Era movida pelo coração, jamais pela mente. Por isso, quando levantou do ofurô, não disfarçou nenhum pouco o corpo molhado e as gotas que escorriam por cada uma de suas curvas. A cicatriz em seu rosto, descoberta de qualquer maquiagem, quase fez com que voltasse para a água, mas não seria medrosa a ponto de esconder-se novamente para que não fosse vista. Fez isso durante semanas. Sabia que poderia estar indo longe demais quando andou até ele com a elegância provida aos filhos de Afrodite, movida pela mágoa e algo mais. As mãos foram até o joelho desnudo dele, apoiando-se conforme olhava diretamente para ele. Quando tinham se conhecido, tantos anos atrás, uma das primeiras características que tinha notado eram os olhos dele, dotados de uma cor tão clara que causaria inveja a qualquer filho de Afrodite. Um sorriso, que era mescla de sagacidade e provocação, adornava os lábios dela e intensificou-se quando se inclinou em direção ao filho de Bóreas. Conforme o movimento acontecia, os dedos, ainda quentes e molhados da água do ofurô, deslizavam suavemente para cima, sentindo a pele alheia. A tentação de não parar permanecia vívida conforme sentia o coração bater de forma mais acelerada, pensando o quão fácil seria não ter mais espaço entre eles, mas não era o que mais ansiava naquele momento. Eram amigos, afinal de contas, e continuaria repetindo isso para si incansavelmente até que qualquer outro pensamento tomasse conta. Os lábios desviaram o caminho até a bochecha alheia, dando um beijo talvez um pouco mais demorado que deveria. "Até mais, Santi. Vou receber uma massagem agora." Afastou-se dele sem hesitação, a destra indo em direção aos fios alheios, bagunçando-os com carinho de uma forma que a ajudasse lembrá-la de se acalmar. Se era ele quem devia se sentir provocado, por que era o corpo dela que parecia queimar? "Nos vemos depois, ok?" Um sorriso, quase forçado, pendia nos lábios dela, quando finalmente se virou e foi embora, caminhando enquanto sentia as pernas quase querendo vacilar. Precisava saber o que estava acontecendo.

FINALIZADO.

A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

Mesmo com a relativa distância que agora os separava, ainda a podia sentir como a gravidade, o mantendo em sua órbita. Não se lembrava de uma única ocasião em que não estivera sob a força da atração que tanto precisava se esforçar para repelir. Eram polos opostos, e o magnetismo que ali o mantinha era algo que há muito havia desistido de negar para si mesmo, e que não podia ser dito em voz alta. Assistiu o dançar de seus dedos sobre a superfície da água, e mesmo o gesto inocente era suficiente para fazer sua imaginação perambular. Hesitante, seus olhos vagaram da mão até seu rosto, e então não pode conter seu deslizar: se permitiu a absorver por inteiro, a pele exposta sob o vapor, cada curva o parecendo convidar – conhecidas e há muito esquecidas, sabendo que tocá-las seria uma redescoberta para cada um de seus sentidos. O demorar de sua atenção onde não devia seria impossível de ocultar, e Santiago soube ter sido uma péssima ideia se colocar na situação em que estavam mas, como se assistisse um acidente, era incapaz de desviar o olhar. Por fim prendeu-se aos seus lábios, curvados por uma risada vazia, e todo seu corpo tensionou com a vontade de os provar. Estava fazendo seu melhor para manter-se respeitoso, mas era apenas um homem – sacudiu a cabeça como se para dissipar o desejo, o substituindo pelo único fragmento de si que ainda parecia capaz de raciocinar. ʿ Shit. Sorry. ʾ Ofereceu com o resquício de cortesia que lhe restava mas, de maneira quase travessa, pontuara a frase com um sorriso contido e um dar de ombros: não mostrava real remorso ao pedir desculpas porque não se arrependia do que vira.

De maneira cômica, talvez seu deslize a ajudasse a entender o porquê se havia afastado, como mais uma das peças do confuso quebra-cabeça que a julgava capaz de montar.

O espaço entre os dois lhe era desconfortável, mas servia para a proteger, e aquele era o lembrete a qual precisava se apegar. Poderia tolerar a dor em seu peito em troca de um breve momento se assim o quisesse, o sacrifício parecendo pouco frente ao conforto de a aninhar, mas não seria capaz de suportar a ferir se a deixasse chegar realmente perto e então a afastasse. Por vezes as palavras quase vinham à ponta da língua, implorando que ela o lesse e encontrasse todas as respostas, mas não o fazia por medo de que um castigo que era só seu também a viesse assolar. Estava preso em uma prisão de sua própria criação e, masoquista como era, não tinha desejo nenhum de escapar. Aceitaria o pouco como tudo e, com o mantra habitual como arma, teria que bastar.

Quando por fim se ocupou encarando as luzes que adornavam o ambiente, um sorriso agridoce adornava sua expressão. A ideia de que ela o deixaria para trás doía, sim, mas também o deixava feliz por vê-la tendo a coragem que lhe faltava, a confiança nas próprias habilidades, e a vontade compartilhada de desbravar o mundo. Sabia que nunca a poderia visitar: vê-la construir uma nova vida sem ele seria uma forma de tortura extrema demais até para ele. Por enquanto tinham o pairar de uma possível guerra sobre seus ombros, os mantendo ancorados no mesmo lugar, e Santi entendia o privilégio que era poder a ouvir falar sobre seus sonhos de maneira tão aberta em meio ao que viviam, com certo brilho no olhar. Haviam criado uma bolha onde os problemas do mundo real não existiam e, tão logo saíssem dali, a sentiriam estourar. ʿ Você vai voltar para me ver ? ʾ Perguntou, e em seu tom havia uma mistura de duas emoções perigosas: vulnerabilidade por perguntar algo que expunha seu apego sem rodeios, e algo perigosamente próximo de um flerte. Ela tinha razão em seu diagnóstico sobre o motivo pelo qual se via amarrado ao Acampamento Meio-Sangue mas, dado a oportunidade, gostaria de ser o lugar para qual ela podia voltar. ʿ Ih, eu nunca vou ter isso aí. ʾ Começou, gesticulando para indicar ao que se referia para evitar ter que o falar em voz alta. Era fisicamente impossível que entrasse em detalhes sobre o porquê, mas nada o impedia de deixar nas entrelinhas, como uma trilha de migalhas que ela pudesse seguir na esperança de o entender. ʿ Mas já estou resignado. A vida no Acampamento não é tão ruim assim, e eu não preciso pagar aluguel. ʾ Foi o ponto de vista otimista e superficial que ofereceu. Se fosse sincero, tinha, sim, para o que voltar: seus amigos, sua família, todos os que vestiam laranja como ele, o único lugar no planeta onde havia sido acolhido sem pestanejar. Pensou em Ilya e Antonia, em Eva e Kitty, em Katrina e em Zev, e o que antes era negativo passou a reconfortar – certo, talvez fosse um fracassado incapaz de fazer coisa melhor com a sua vida mas, contanto que pelo menos um deles partilhasse do mesmo destino, o poderia suportar. Mesmo quando pensava em Bóreas e Zéfiro, os únicos Olimpianos a quem sua ira não se estendia, sentia uma certa segurança de que não estaria sozinho nunca, e entendia como era sortudo por ter com quem contar. Aquilo tornava a ideia da ausência de Anastasia algo a que ainda o dilaceraria, mas que a que podia sobreviver. ʿ Eu ainda quero ver o mundo, mas acho que já encontrei meu lar. ʾ Admitiu, seus pensamentos se voltando para a situação em que o lar que tinha como seu se encontrava. Pensou na fenda, em traidores e em castigos, em medos e incertezas e, acima de tudo, na sensação de dever que tinha em ajudar. Sua lealdade ia para além do cargo de conselheiro, algo tão novo e a que não tivera tempo suficiente para se ajustar. Se dependesse de Santiago, a maioria dos deuses poderia muito bem ir para o caralho, mas pelos semideuses valeria à pena lutar. Eram sua tribo, mesmo os de quem não gostava, e iria para a linha de frente se necessário para os salvar. Sua coragem era diferente da de Nastya, mas esperava que ela o pudesse notar.


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11 months ago
# ʚ♡ɞ 𝐘𝐎𝐔 𝐂𝐀𝐍𝐍𝐎𝐓 𝐆𝐄𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐌𝐄

# ʚ♡ɞ 𝐘𝐎𝐔 𝐂𝐀𝐍𝐍𝐎𝐓 𝐆𝐄𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐌𝐄 . Se você procura ideias de conexão com a Anastasia, abaixo do ler mais existem algumas pré-estabelecidas que pensei. 

IMPORTANTE: Nenhuma possui gênero definido, pois Anastasia é bissexual e birromântica. 

# ʚ♡ɞ 𝐘𝐎𝐔 𝐂𝐀𝐍𝐍𝐎𝐓 𝐆𝐄𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐌𝐄

# AMIGÁVEIS . 

(   001   )   .   Foi uma das primeiras pessoas que encontrou no Acampamento. Diferente do que muitos pensavam, mesmo com tudo o que aconteceu, permaneceram juntos e, hoje em dia, são confidentes que contam tudo sobre o que estão pensando.  @d4rkwater

(   002   )   .   A pessoa pediu ajuda para que Anastasia fizesse alguma emoção desaparecer (pode ser o amor por alguém, tristeza ou raiva). Ao invés de apagá-la, a filha de Afrodite ajudou a pessoa a compreender o que estava acontecendo e como poderia superar o que estava sentindo.  @misshcrror

(   003   )   .   Realizaram alguma missão juntos e, mesmo que se odiassem, acabou garantindo o sucesso dela. Mesmo que não sejam os melhores amigos do mundo, vivem em um relacionamento que os dois permitem a mais extrema sinceridade um com o outro. 

(   004   )   .   Anastasia pode não ser a pessoa mais musculosa do mundo, mas definitivamente vê nessa pessoa alguém que deseja proteger. Como já passou por algumas situações que não foram fáceis de lidar, viu nela a possibilidade de evitar que passe pelas mesmas complicações. 

(   005   )   .   Ao contrário da última, alguém que adore desafiar Anastasia, levando ela ao limite. Mesmo que finjam que não gostam um do outro, sabem que se provocam em uma forma de carinho para que levem um ao outro no objetivo que têm.

# INIMIZADES && DESAVENÇAS . 

(   006   )   .   De vez em quando, Anastasia pode ser bem difícil de lidar, principalmente devido à arrogância e a constante decisão que quer estar certa. A pessoa pegou Anastasia deprezando algum de seus amigos, o que gerou em uma briga gigante entre os dois.  

(   007   )   .   Tudo começou com um jogo de xadrez, que a filha de Afrodite nem gosta tanto assim. Teimosa do jeito que é, apostou que ganharia, só que perdeu... O que garantiu que a outra pessoa agora pudesse chamá-la sempre que precisasse de algo (independente do que seja).

(   008   )   .   A pessoa estava sentindo algo que não era muito certo (pelo menos, na cabeça dela). Olhou para o lado e, pronto, viu Anastasia encarando fixamente ela. Mesmo que a filha de Afrodite jure de pé junto que estava pensando em outra coisa, foi o suficiente para que a pessoa nutrisse um eterno desgosto por Anastasia.

# ROMÂNTICAS . 

(   009   )   .   Mesmo que o trauma do primeiro namoradinho tenha passado, Anastasia cometeu o mesmo erro com a pessoa. Estavam tão apaixonados, tão dedicados um ao outro... E, então, ela se sabotou novamente. Sentia-se como se era errado estar tão feliz, talvez estivesse projetando isso na pessoa. Terminou achando que estava manipulando a pessoa o tempo todo.

(   010   )   .   Era apenas um envolvimento temporário... Pelo menos, foram o que disseram. A verdade é que se tornou uma coisa mais frequente, com os dois dormindo juntos e acordando sorrindo um para o outro. São apenas dois amigos se divertindo, eu juro!

(   011   )   .   Como uma boa filha de Afrodite, Anastasia capta o interesse da pessoa, seja pela sua habilidade com a espada ou pela sua beleza. A verdade é que já pegou a pessoa olhando para ela algumas vezes, mas nunca comentou, achando que era apenas mais um efeito de ser filha de quem era.


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11 months ago
O Dry Martini, Tão Típico De Anastasia, Já Estava Em Sua Mão. Depois De Beber Um Pouco De Vinho,

O dry martini, tão típico de Anastasia, já estava em sua mão. Depois de beber um pouco de vinho, descobriu que precisava de alguma coisa mais forte se desejava esquecer aquela noite como desejava. Estava tomando um gole quando foi surpreendida pela figura do ex-namorado, que ainda era estranho ver por aí. Sempre o evitava pelo acampamento, mas, em um baile como aquele, sabia que eventualmente aconteceria. Não haviam tantas atrações quanto o Waterland, em que poderia simplesmente fingir que estava tão ocupada com a fila do carrossel ou do laser tag. As mãos dela seguraram a taça com um pouco mais de firmeza, quase como se tivesse medo que a mão fosse vacilar e derrubar o drink abruptamente. "Minha mãe sempre capricha em tudo." A voz saiu fria, indiferente, por mais que soubesse que não era o tom que desejava. Era estranho alguém tão especialista em emoções não saber lidar com as próprias, mesmo depois de anos tentando compreendê-las através das sessões que realizava periodicamente. Os olhos voltaram para a própria bebida, desviando a atenção dele. O coração batia um pouco mais acelerado, mas Anastasia culpava o álcool e a batida da música que tocava ao fundo. "Está se divertindo? Veio com alguém?" Tentou perguntar casualmente, como se tivesse puxando conversa com alguém que não se importava. Os olhos azuis da filha de Afrodite pareciam incrivelmente interessados na azeitona que ela mexia com a mão livre, mesmo que tenham escapado por um segundo para olhar para o semideus.

O Dry Martini, Tão Típico De Anastasia, Já Estava Em Sua Mão. Depois De Beber Um Pouco De Vinho,
☠︎︎ Starter With @ncstya
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¸ BAILE: bar de dionísio.

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⭑🕯️ʿ se aproximava do bar de dionísio para pegar uma bebida e só notou que uma das pessoas ali no balcão se tratava de anastasia quando já era tarde demais. até pensou em dar um passo para o lado e começar a ir para a mesa de delícias mas não iria desistir de pegar um drink por causa da ex-namorada, ainda mais tendo ficado logo de cara com ela, a garota entenderia que ele estava fugindo. não. podia lidar com isso, certo? talvez. a verdade é que geralmente a evitava porque as coisas ainda eram estranhas, ainda não sabia ao certo como tratá-la devido ao término abrupto e por ter sido o único relacionamento que mergulhou de cabeça sem ter receio de nada. anastasia conhecia todas as partes de si, todas as suas faces e inseguranças. então ainda era esquisito que uma pessoa que lhe conhecia tanto, tivesse se transformado em alguém tão distante ao longo dos anos. ignorando o susto que tomou e já pedindo um dos drinks coloridos de nome esquisito mas que não tinha tanto álcool já que não possuía uma resistência muito boa, sasha se apoiou no balcão, lançando um olhar para a semideusa. o sorriso foi meio tenso nas bordas, a atenção toda sobre ela. “ ━━━ sua mãe caprichou bem na festa. as cores são meio brega mas… está tudo muito bonito não é?”

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11 months ago
♡ JESSICA ALEXANDER Charles & Keith
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11 months ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @kaitoflames Em Enfermaria .
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @kaitoflames Em Enfermaria .

# ʚ♡ɞ  STARTER para @kaitoflames em enfermaria .

"Mais respeito, por favor. Mesmo estando parecendo uma múmia de tantas faixas, ainda sou uma filha de Afrodite." A sobrancelha se arqueou, tentando acreditar firmemente naquilo. Tentava se convencer que, mesmo que acabasse tendo várias e várias cicatrizes, Afrodite seria gentil e permitiria que a beleza da própria filha ficasse impecável. Talvez até mesmo qualquer mancha que permanecesse sumisse com o tempo. Ainda sim, colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, levemente incomodada. "Duvido você falar que não sou bonita mesmo assim."

# ʚ♡ɞ  STARTER Para @kaitoflames Em Enfermaria .

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11 months ago
"Eu Dou As Melhores Sugestões, Pode Falar." Um Sorriso De Brincadeira Apareceu Nos Lábios De Anastasia,
"Eu Dou As Melhores Sugestões, Pode Falar." Um Sorriso De Brincadeira Apareceu Nos Lábios De Anastasia,

"Eu dou as melhores sugestões, pode falar." Um sorriso de brincadeira apareceu nos lábios de Anastasia, já que sabia que o amigo tinha odiado. Bem, ele que sobrevivesse, pois já começaria a produção das camisetas no dia seguinte. Talvez tirasse uma foto do amigo quando não estivesse percebendo para que deixei tudo com uma vibe de moreno misterioso. "Seria muito previsível fazer algo relacionado ao mar. Prefiro fazer algo relacionado somente a você." Sabia que a maioria dos campistas poderiam compartilhar um histórico complicado com os pais divinos, ainda mais quando vários tinham sofrido em decorrência disso. Ao escutar as palavras alheias, um sorriso fácil apareceu nos lábios de Anastasia, que deu uma pequena reverência. "Minha mãe me fez muito bem." Piscou para o semideus, não tendo nenhum esforço em negar o que dizia. "Acho que já afugentei todas as pessoas possíveis do Acampamento, para ser sincera, ou quase todas. Devo ter quebrado alguns corações, mas não de alguém que eu me importasse."

"Oh, ela com certeza faria isso. Já vi muita gente aqui comendo da forma mais cuidadosa o possível para não sujar as roupas com medo das ações da minha mãe." Se pegou sorrindo com aquilo. Mesmo que não fosse próxima de Afrodite, Anastasia não possuía uma relação de desgosto pela mãe. De vez em quando, até sentia-se mais como ela em pequenas ações do dia-a-dia. "Algo especial? E o que seria?" Queria muito saber o que era. Será que era alguma confissão de amor? Se fosse ficaria muito orgulhosa, já que sabia um pouco sobre os verdadeiros sentimentos do homem.

Ok, ele não queria deixar a melhor amiga chateada, tanto que rapidamente se desculpou quando viu o semblante insatisfeito da mesma. ― Tudo bem, tudo bem, pode ser Josephetes. ― Até porque perto da próxima sugestão dada, bom, a primeira não soou tão ruim assim. ― Pelo menos não é nada relacionado ao mar. ― Completou com um riso sem graça. Sabia que no fundo a amiga arrumaria algo melhor no futuro, mas por hora, era melhor não prolongar o assunto. ― Bom, tudo isso graças a sua mãe. Se não fosse por Afrodite, acredite, eu não estaria tudo isso que está dizendo. Ao contrário de você, hm? Você já nasceu com essa benção e hoje, pelo visto, ganhou um bônus. Já destruiu quantos corações? Se me falar nenhum é mentira. ― Não dava para nega, Anastasia sempre foi muito bonita e naquela noite não estava diferente. E a roupa escolhida combinou perfeitamente com a semideusa, não tinha um defeito se quer. Por um momento, conforme a outra o encarava, Joe tratou de ajustar uma última vez suas roupas. O comentário referente ao autografo arrancou um riso diverso de Joe. Ele não era nem louco de estragar um presente dado por Afrodite, muito menos destruir seus anos de devoção a deusa com uma besteira como aquela. ― É brincadeira, não quero sua mãe brava comigo ou pior, me jogando uma maldição pela audácia. ― Buscou se defender, chegando a pedir desculpas mentalmente. ― Alias, eu preparei algo especial, então se você perder o meu solo ficarei bem chateado contigo.


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