ʚ♡ɞ 𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘𝐀 : anastasia's instagram feed .
A conta de Anastasia é privada, principalmente depois de ser seguida por alguns campistas meio duvidosos. Raramente posta foto mostrando o rosto, preferindo fotos do dia-a-dia que demonstrem em pequenos gestos um pouco da sua vida. Também raramente marca outras pessoas na foto, já que considera que fazem parte da vida privada e ninguém precisa ficar se intrometendo.
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bem preparada para um simples mergulho // @zeusraynar .
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aproveitando cada segundo // @aguillar .
me sentindo adorável // @misshcrror .
protegendo ela de todos esses fantasmas esquisitos // @melisezgin .
sempre aproveitando uma chance de tomar um drink // @kittybt .
comemorando que finalmente aconteceu // @d4rkwater .
espero que a marquinha venha // @mcronnie .
and haters gonna hate // @maximeloi .
finalmente saiu a praiazinha
chegamos, galera!
Os olhos delas analisavam as palavras dela com o pequeno surto que dava. Realmente Natalia considerava-se tão especial para que precisasse ter um motivo para não gostar dela? Na verdade, considerava entediante a personalidade alheia, não entendendo o que alguns viam nela. Era simplesmente a definição de sem graça, não tendo nada que se destacasse além de ser um dos Filhos da Magia, o que definitivamente tornava tudo mais interessante. Permaneceu inexpressiva conforme a fala da outra tornava-se mais hostil, tentando não sentir-se atacada com aquilo. Estava cansada demais da recuperação e o comportamento da outra era ainda mais irritante naquela situação. Colocou a mão na cabeça, pensando que, talvez, se não tivesse passando por tantas situações, Anastasia teria sido um pouco mais racional. "Não tenho uma inimizade com você. Você teria que ser um pouco mais divertida para isso." Soltou um suspiro depois, massageando a própria cabeça. Notou uma leve mudança na personalidade alheia, mas talvez tivesse que provocá-la mais um pouco para descobrir a origem. Por um segundo, questionou se não havia mais algo para Natalia que não soubesse. Havia certa animosidade quanto aos filhos de Circe e Hécate no Acampamento Meio-Sangue e a filha de Afrodite, inicialmente, tinha pensado que não era tão justificado. Flynn possuía os amigos que queriam vingança, aqueles que estavam tristes e, de alguma forma ou outra, culpavam aqueles que tinham desmaiado inesperadamente. Uma leve desconfiança se instaurou na mente de Anastasia, algo que não tinha anteriormente. "Você tem essa sua personalidade de Mary Sue, sonsa para caramba, e ainda espera que eu goste de você? É alguma obrigação? Aqui vai uma dica para você, Nati, você não é tão importante assim." A provocação saiu facilmente dela, com um sorriso ácido que destinava aqueles que não eram merecedores. Para ser sincera, Anastasia queria ver onde era o limite da filha de Hécate, observar qual era o momento que finalmente explodiria. Estava ansiosa para aquilo. Jamais tinha visto a outra se irritar verdadeiramente, o que era o suficiente para que quisesse alguma coisa. Mais que tédio, ela estava curiosa para saber mais a respeito do porquê aquele comportamento tão repentino.
໋ Natalia inspirou lentamente, apertando a mão em volta das flores, os olhos fechando automaticamente enquanto pensava nas razões para se manter calma. O mental já abalado pedia para que ela recuasse. Dar as costas era uma ótima opção, evitar conflitos. Seria bom não dar motivos, pois o alvo que tinha sobre a cabeça já era demasiado grande para atrair mais atenção. Por outro lado, a razão afetada, efeito do cansaço que toda aquela situação contribuía, pedia por uma reação, e a filha de Hécate assumiu aquela opção por puro desgosto. Os olhos se voltaram para a semideusa, esboçando, sem medo algum, a irritação que sentia. Sua primeira ação foi um rolar de olhos, esboçando sua também indiferença. Se havia suplicado antes, fora por empatia, algo que ela não conseguia sentir partindo da filha de Afrodite. Analisando as feições da outra, notou a cicatriz marcada pelo curativo; se não fosse o choque abrupto na conversa, ela tentaria se compadecer com a situação, mas as chances para aquilo esvaíram-se rápido, junto com a paciência. Movendo-se sutilmente para a direção contrária, Natalia jogou as flores em direção ao fogo recém-aceso, mencionando suas preces apenas em mente. "Seu desgosto por mim é uma incógnita." Virou-se para fitá-la mais uma vez, cruzando os braços, assumindo uma postura imperativa. Suas feições cansadas eram de conflito, mas ela se manteria daquela forma por tempo suficiente. Não se deixaria ir por baixo tão facilmente. "Você é assim? Desgosta das pessoas por escolha própria? Em um dia qualquer, você levanta e fala que vai começar uma inimizade por pura diversão? Sua vida é tão tediosa a esse ponto?" Aquela não era a Natalia que comumente reverteria a situação com bom humor e algumas risadas. Ali, prostrada para Anastasia, estava uma que ela mal reconhecia, mas que não repreendia. Talvez, ir ao caminho mais rígido e de poucos amigos não era tão ruim assim. Precisava se proteger de alguma maneira, não dar brechas para expor o quão frágil estava. "Sinceramente," Uma mão foi ao rosto, esfregando os dedos nos dois olhos. Não, não choraria. Derramar lágrimas seria a última das possibilidades. "Vindo de sua atitude sem fundo algum, acho que eu poderia esperar qualquer coisa, não acha? Como você mesma disse, não gosta de mim. Algo de bom vindo de você seria suspeito." Deixou escapar uma risada unida ao descontentamento e sarcasmo. Ainda assim, ela iria ao "x" da questão. "Quais suas razões para não gostar de mim? Eu nunca te fiz nada. Tentei ser amigável, mas," Agora ela massageava as têmporas com força. Havia feito para criar tal desagrado? Era impossível ser odiada por apenas ser quem era. Pelo menos, era o que acreditava. "Mas, você me repeliu no primeiro instante. Sim, há pessoas que não gostam de mim e por motivos que eu mesma dei… Porém, você… O que eu fiz para você?"
FLASHBACK . A expressão de desagrado foi óbvia em sua expressão, não fazendo nenhum esforço para disfarçar. Mesmo que não fosse confessar em voz alta, Raynar sabia quando ela provavelmente estava mentindo, então não fazia questão nenhuma de fingir ou sentir alguma coisa diferente. "Se alguém tirar uma foto minha assim, aí sim teremos um afogamento." Os olhos dela desviaram do rosto alheio, olhando em volta como se procurasse. Apertou os lábios, levemente nervosa, uma vez que não estava mais em sua roupa mais atraente possível. Mesmo que fosse só um biquini, Anastasia gostava de estar bonita, mesmo que soubesse o quão fútil era aquilo. Se fazia com que se sentisse bem, então fazia sentido gastar tempo com as roupas que utilizava no dia-a-dia. Um sorriso natural apareceu nos lábios dela quando viu a comida ao redor deles. Afundou o rosto e depois o corpo, esperando que aquilo fosse o suficiente para que conseguisse observar os peixes, que não demoraram a ir ao redor deles. Havia tantas cores, aparecendo como uma aquarela perto deles. Fazia tempo que não observava algo tão belo assim, gravando a imagem na mente para que pudesse descrevê-la mais tarde para o pai. Voltou para a superfície assim que o oxigênio acabou, tirando o snorkel por um segundo. Os olhos voltaram-se para o semideus. "Será que algum dia vamos ter algum tempo de paz assim novamente?" O corpo, naqueles dias, parecia ter sido tomado por uma leveza inerte, que espalhava em cada uma de suas células. Parecia constantemente flutuando entre as nuvens, o humor sendo apaziguado pelo clima que semelhava a tropicalidade.
O bom da falta de questionamentos é que ele não precisa tirar o sorriso de vitória do rosto salpicado de queimaduras. Mesmo com todo o protetor solar do mundo, a ausência de sol e o céu coberto de nuvens do acampamento, tinham sensibilizado a pele do filho de Zeus. O bronze dos treinamentos dando espaço para a skin mais clara, dos tempos que morava entre as montanhas e com neve até os joelhos. “ 🗲 ━━ ◤ Não, claro que não. ◢ Provocou com os cantos da boca exageradamente para baixo, a cabeça negando com veemência. “ 🗲 ━━ ◤ Um afogamento aqui está mais para humilhação. Acho que vi alguém com uma câmera... ◢ Hornsby disse aquilo só para irritá-la, não achou que fosse realmente assustar. Usando o apoio da escada, ele saiu de trás e ergueu o braço, a mão espalmadas nas costas do colete salva-vida. “ 🗲 ━━ ◤ Tenha cuidado, Santos. Deveria ter sugerido que pulasse logo. Uma entrada rápida e limpa. ◢ Segurando a vontade de carregá-la pelo colete e colocar no meio daqueles corais, Raynar esperou que entrasse completamente dentro d'água. “ 🗲 ━━ ◤ Vou nos levar o mais distante dos outros, porque essa movimentação toda vai assustar a maioria dos peixes. ◢ Com Anastasia a tiracolo, o filho de Zeus caminhou submerso. Os olhos azuis focados na movimentação da água, na corrente que passava pelas pernas. Quando achou um lugar ideal, destampou a garrafinha com comida de peixe e espalhou ao redor dos dois. “ 🗲 ━━ ◤ Vejo você lá embaixo, firecracker. ◢
Permanecia em um estado de estupor ainda. Mesmo que soubesse que o andamento dos eventos poderia dar errado, não imaginava que resultaria em tantos feridos. Isso incluía Damon, que ainda apertava o coração dela ao olhar para ele naquela maca da enfermaria. Tinha o visitado anteriormente, mas ele não parecia tão lúcido quanto ansiava, o que fez com que a preocupação crescesse dentro dela. Foi visitar mais alguns amigos que sofreram devido aos monstros e, então, decidiu voltar a vê-lo no dia seguinte, mais limpa e com os ferimentos já cicatrizados devido às habilidades de semideusa. Ao encontrá-lo melhor, o peito pareceu alegrar-se automaticamente com a percepção, quase correndo em direção ao semideus. Sabia como ataques poderiam ser brutais e aquele tinha levado seis semideuses. Por mais que tentasse não pensar sobre o assunto, ficava questionando constantemente qual seria o paradeiro deles e o porquê de não terem enviado alguém à busca deles. Talvez estivessem vivos… Pelo menos, era o que mais ansiava.
Deixou as flores na mesa ao lado (e elas, obviamente, eram rosas) e levou um dos vários cookies que tinha assado para ele. Deixou o resto do lado das flores, mesmo que, antes de sair, devesse avisá-lo que alguns não estavam em seu melhor estado. Mesmo que estivesse treinando na confeitaria, principalmente com a ajuda de Archie, ainda não era a melhor. Ainda ansiava fazer algo que pudesse ajudar os amigos a se sentirem um pouco melhor nas situações que estavam acontecendo de forma tão constante. Sentou-se ao lado dele com um largo sorriso, que transmitia o alívio que estava sentindo naquele momento. Entregou para ele, tentando conter os sentimentos que pareciam ansiar por serem transmitidos na superfície. "Ainda bem que você está melhor… Ontem, você parecia meio esquisito ainda." Uma risada suave saiu dela. Os braços envolveram o semideus de forma delicada e rápida, temendo que talvez carregasse algum ferimento que não tinha sido cicatrizado por completo. "Como está se sentindo? Tomei um susto quando soube o que tinha acontecido com você." Nunca foi a melhor pessoa disfarçando o nervosismo.
Uma expressão chateada apareceu no rosto de Anastasia, que não sabia o porquê do outro não ter gostado do nome. Ela, no entanto, ficou mais animada quando começou a pensar em outras possibilidades. Tinha uma teoria que, se não fosse tão medrosa a ponto de não querer sair do Acampamento Meio-Sangue, provavelmente seguiria na carreira de comunicação, talvez trabalhando com relações públicas ou publicidade. Havia o charme em planejar esse tipo de coisa. "Josephetes combina tanto, mas posso pensar em algo mais relacionado ao conceito, tipo no kpop, que tem uns nomes de fandom mais alternativos." Não que fosse uma grande fã, mas escutava principalmente grupos femininos mais bonitinhos e que combinavam com o seu gosto, como Girls Generation e Twice. Músicas mais fortes nunca foram muito seu gosto, não apreciando demasiadamente rock, por exemplo. "Que tal padeiros*? Você sabe, Barker, baker." Os olhos brilharam com a possibilidade, pensando se não tinha gostado mais de padeiros do que de josephetes. Realmente era uma grande dúvida.
Os olhos terminaram de analisar o outro e um sorriso tornou-se visível nas feições da filha de Afrodite, que tinha aprovado a roupa que a mãe tinha escolhido ao outro. "Você está bonito, todo galante. Parece que está pronto para quebrar um coração hoje." Piscou para ele, pensando que parecia um daqueles modelos de revista. Talvez fosse a benção temporária da mãe, mas todos pareciam incrivelmente belos naquela noite. A roupa de Joseph era de muito bom gosto, lembrando dos desfiles que tinha presenciado em Paris uma vez, quando saiu em uma missão. Lembrava de observar tudo com muito fascínio. "E destruir isso aqui?" Apontou para o vestido, como se ele falasse por si só. "Não, obrigada." Jamais cometeria de ofender Afrodite naquele nível. Sabia que muitos dos campistas tinham dificuldades com os deuses, mas Anastasia jamais tinha colocado uma grande expectativa em cima da deusa para que esperasse algo além do mínimo.
Era notável o nervosismo de Joseph naquela noite, afinal, quando topou entrar para o grupo não imaginou que, em tão pouco tempo, estariam se apresentando num baile patrocinado por Afrodite e Eros para todo o acampamento. Querendo ou não, sua ansiedade gritou assim que subiram no palco e a primeira música iniciou. Tentou ignorar a plateia no começo, pelo menos até sentir aquele suor frio desaparecendo e, todas as suas inseguranças, dando lugar a pensamentos mais positivos e um entusiasmo sem tamanho. De longe pode avistar Anastásia e, dada ao tempo da amizade de ambos, sabia que tinha um dedinho da semideusa no meio. O que particularmente agradeceu, não queria vacilar logo na sua estreia.
Quando ocorreu a pausa para tomarem uma água, Joseph não esperava ver a filha de Afrodite ali, mas não escondeu o quanto aquela visita foi agradável, tanto que não se importou quando foi puxado para o abraço que buscou retribuir com igual carinho, mas o riso só se fez presente quando ouviu aquelas perguntas. — Josephetes é um pouco demais, não? Não teria um nome mais... Bonito? — Com o afastamento alheio, o filho de Poseidon apenas afastou os braços do corpo para que a outra pudesse analisar melhor as roupas que havia ganhado para a ocasião. — Gostou? — Questionou por pura curiosidade. — Posso assinar o vestido, quer? — Claro que a resposta seria um belo não, mas não ia perder a chance de implicar. — Obrigado pelo presente, você não tem ideia do quanto me salvou ali. Achei que teria um infarto nos primeiros minutos. — Confessou enquanto pegava uma garrafa de água, tomando alguns goles antes de fechar a mesma.
FLASHBACK . "Com certeza, Yas. É a coisa certa. Não fique pensando nisso." Joseph era como um irmão para Anastasia, então era de se esperar que, inicialmente, tenha demonstrado certa resistência naquela enrolação dos dois. Como tudo na vida, no entanto, aos poucos o relacionamento dos dois foi ganhando um grande espaço em seu coração e começou a perceber como havia muito carinho entre os dois nos pequenos gestos. Como uma boa intrometida, uma vez ou outra olhava os sentimentos de ambos e pareciam genuínos o suficiente para que não duvidasse sequer um momento que desse certo. Anastasia, mesmo sendo uma romântica incorrigível por conta da mãe que tinha, acreditava que um bom amor era construído a partir de confiança e vontade de ambas as partes. Na sua percepção, aquele parecia o caso deles. "Não pense nisso!" Quase saiu em forma de repreensão, mesmo que não fosse sua intenção. "Pense que é bom viver todos os dias com alguém que te ama e te deseja o melhor. Tempo é apenas uma percepção. Pessoas diferentes têm percepções diferentes. Ao mesmo tempo que dois meses pode parecer um tempo gigantesco para mim, para outros dois meses é nada." Deu de ombros, já que, para ela, amores não eram para serem vividos como se tivessem data para finalizar. Não era assim que funcionava, mesmo quando eram semideuses. Deuses, quase sentia saudades de se apaixonar de forma avassaladora. "É isso que importa. No mundo que estamos, sendo feliz você já tem mais do que a maioria." Uma risada escapou dela, já que era uma verdade.
Já imaginava que fosse ouvir alguma coisa a respeito de Joseph e sua felicidade afinal conseguia ver isso nas expressões dele sem precisar de um poder para sentir emoções. Não que ela estivesse diferente, mas sempre foi muito contida, fria e regrada a respeito de emoções. Ela precisava ser assim para manter seu poder sob controle e também porque possuía mais desafetos do que afetos durante sua longa jornada de vida. ❝ ― Só... Aconteceu. Ainda não sei se fiz a coisa certa, mas a vida é muito curta para se pensar demais, não é? ❞ — Perguntou para a garota buscando por alguma segurança de que estava tudo bem. Estavam enfrentando momentos difíceis no acampamento e parecia que se tornaria ainda pior, então era comum que pensasse que a qualquer momento acabasse morta. Com Flynn foi assim. ❝ ― Então só vou tentar aproveitar enquanto ainda temos tempo afinal semideuses não vivem tanto assim. ❞ — Não queria pesar o clima, mas a frase saiu de maneira inevitável. ❝ ― Desculpa. Péssimo momento, mas... Enfim. Tô feliz e bastante, e isso me basta por agora. ❞
Anastasia assentiu com a cabeça, como se estivesse absorvida em um transe. A situação ainda parecia um tanto irreal na cabeça dela, mas tudo que envolvia o Acampamento nos últimos tempos parecia como um grande pesadelo. "É verdade. Ela é uma das pessoas mais doces que eu conheço aqui." Esse era um dos motivos que Anastasia sempre desejou protegê-la ali dentro. Adorava treiná-la em relação à espada e estar presente nos dias dela, porque Melis era carregada de uma bondade e gentileza inerente. Tornava os dias cinzentos nos mais brilhantes, se é que fazia algum sentido. Talvez esse fosse um dos motivos que fazia com que aquele fardo se tornasse ainda mais pesado. Voltou-se para a irmã meio assustada pela sugestão da outra, sequer pensando que alguém tinha morrido. Para ela, eles tinham, no máximo, apenas se machucado. "Acredito que sim. Você não acha que Hefesto seria tão mórbido a ponto de televisionar se eles estivessem mortos, seria?" Mesmo que tivesse certo afastamento em relação aos deuses (exceto, é claro, a mãe e Atena), nutria certa esperança em relação ao homem. Não era tão justificado, mas talvez tivesse lido livros de mitologia o suficiente para que acreditasse que podia ser bondoso. O peito apertava toda vez que sequer pensava na possibilidade da amiga não estar tão bem assim, então logo retirava o pensamento da cabeça. Precisava acreditar que estavam todos bem na medida do possível ou acabaria enlouquecendo. "E não acho que a Melis voltaria para me assombrar, nem o Arthur. A Katrina, no entanto, com certeza me assombraria. Ela é meio esquisita comigo." Não que se preocupasse, de qualquer forma. Jamais foram próximas e trocavam, muitas vezes, algumas palavras desgostosas, mas nada que a fizesse odiá-la a ponto de desejar a morte da semideusa. "Mas espero que esteja viva também. Não vou ficar desejando a morte de ninguém."
Zevliyah estava sobre a cama da irmã, abraçada com um dos travesseiros dela, pensando em tudo e em nada com seus botões. Do mesmo jeito que a outra se sentia mal quando pensava em Melis, ela própria se sentia desejando sumir do mapa quando pensava em Tadeu: ambas sentiam que poderiam ter feito muito mais, podendo salvá-los, ajudá-los bem mais do que haviam conseguido até então. E era isso que machucava Zev naquele instante, enquanto suspirava e também aspirava a essência do perfume de Anastasia sobre a capa daquele travesseiro a que se agarrava. "É claro que vai! A Melis é uma das pessoas mais gente boa que eu conheço nesse lugar. Se fosse eu ou você na posição dela, dificilmente, mas ela?" Franziu o cenho conforme refletia sobre a indagação dela. "Quero dizer... Você acha que podem estar vivos, então? Eu tento não desacreditar disso, mas às vezes... É meio difícil." Engoliu em seco ao que os olhos claros repousavam sobre a figura da irmã naquele momento. "Tadeu não me perdoaria, provavelmente. Eu juro que tentei puxá-lo pra cima... Você acha que eles poderiam voltar pra... 'Cê sabe..." A frase se perdeu no ar por alguns instantes, sentindo-se arrepiar com a menção que se seguiu. "Voltar pra assombrar a gente?"
Is there anything you want to tell the people at home watching you tonight? Any words of encouragement for young girls trying to make it big in Hollywood? MAXXXINE 2024 | dir. Ti West
"Pode até ser, mas até dentre as sensações das emoções existem diferenças. Mesmo que eu consiga entendê-las mais facilmente, não existe um padrão, por exemplo, de felicidade ou amor. A forma como você sente amor não é a mesma forma como eu sinto amor, entende?" Entendia o que Kitty desejava dizer, mas decifrar emoções era diferente de decifrar pessoas. Quando lia as emoções alheias, mesmo que não intencionalmente, elas carregavam muito sobre a forma como os outros permitiam sentir, ainda mais quando elas misturavam-se a ponto de não saber onde cada uma começava e a outra terminava. Não sabia muito bem como explicar, mas já tinha observado casos onde a felicidade carregava culpa e a tristeza carregava apreciação. Na maioria das vezes, havia mais complexidade do que simplesmente o preto no branco. Observou a outra tomar um drink da bebida, um sorriso aparecendo nos lábios ao perceber que talvez fosse um pouco forte demais para o que estivesse esperando. Não que tivesse problemas com álcool, mas Anastasia já estava acostumada com o sabor e as diferenciações, mesmo que continuasse não apreciando, por exemplo, whisky e suas variações em drinks. "Posso perguntar qualquer coisa? Eu tomaria cuidado com isso. Todos nós temos segredos." Os olhos delas brilharam com aquela nova opção, pensando que poderia ser o suficiente para que pudesse provocar alguma reação que não era tão comum na filha de Hades. "Já? Mas você tomou poucos goles. Como você é bêbada? Agora quero saber."
O som das unhas de Anastasia chamaram atenção de Kitty, que olhou para as unhas, os dedos e então para o rosto dela, confusa. "Não acho torturante. A maioria das pessoas passa por isso todos os dias. Nunca sabemos o que o outro está pensando ou sentindo. Por isso as pessoas são interessantes, porque precisamos desvendá-las." Comentou, mas apesar de discordar dela, tentou se imaginar sem seus poderes. A geocinese fazia parte de seu ser. A ligação com a terra a acompanhava a todo momento, uma ligação sem fim. Era capaz de sentir tudo através do solo e imaginava que perderia um sentido se não fosse mais possível sentir. Havia um desequilíbrio se não pudesse mais contar com seu poder, então Kitty se curvou em direção à loira, um sorriso começando a aparecer em seus lábios. "Vamos, o que quer saber? Pode me perguntar, não tenho segredos." Bem, tinha alguns, mas não achava que Nastya se aproximaria deles. Parecia improvável. Kitty levou o drink a boca novamente, ignorando a piscada dela que a fez corar. Conseguiu ingerir sem fazer uma careta, o que considerou como uma vitória. Ainda assim, sentia o líquido quente pela garganta, arranhando de maneira desconfortável. Kitty até bateu as taças com ela e tomou mais um pouco, porém decidiu que três goles eram o suficiente. O bastante. Forte demais para o seu gosto delicado, portanto empurrou o drink de lado, balançando a cabeça. "Acho que é o bastante para mim. Já experimentei, não quero ficar bêbada. Não vai querer que eu fique bêbada do seu lado." Havia ficado uma vez só, uma lembrança lamentável que não pretendia repetir de maneira alguma, ainda mais em um baile elegante.
"A adaga é muito parecida com a espada, acho que você consegue aprender bastante, mesmo que ela exija um pouco mais de... Proximidade. E, é claro, a espada é bem menos versátil." Jamais tinha visto alguém arremessar uma espada, por exemplo. É claro que não era muito especialista em ataques a distância, preferindo sentir a adrenalina quando você tem incerteza do ataque do adversário e é obrigado a analisá-lo para prever o que teria a seguir. "Se ele te matar, eu mato ele de volta. Ele já está me provocando demais ultimamente, talvez utilize só como uma desculpa." Uma piscada foi direcionada para a semideusa, demonstrando a intenção de brincadeira por trás das palavras. Tinha uma amizade com Kerim que adorava, havendo muito companheirismo por compartilharem o cargo de instrutor e com duas lâminas ainda. Ainda sim, com certeza brigaria caso fizesse algo com Melis, já que tinha tomado ela como sua protegida. Havia algo no comportamento alheio que era tão genuíno a ponto de ser impossível não gostar dela. "Sair no soco eu me garanto. Preciso de alguém que faça barraco." Uma risada saiu dela, já que sabia que poderia confiar nela.
"Estou preferindo ficar esgotada, na verdade." O comentário saiu vago, mas não queria se abrir naquele momento. A cabeça estava sendo atormentada pela verdade que foi jogada em sua cara e todos os eventos anteriores. Parecia que jamais tinha um tempo para respirar e absorver o que acontecia completamente antes de algo terrível acontecer novamente. Odiava temer cada momento e, querendo ou não, a luta fazia com que pensasse cada movimento mais cuidadosamente. Caminhou até o estande, olhando as espadas que tinham a disposição. Os olhos voltaram-se para Melis, um sorriso aparecendo naturalmente nos lábios dela apenas de ver a garota por quem tinha construído um carinho inesperadamente. "Quer uma espada emprestada? Temos várias opções aqui."
"Como pode dizer isso, Nastya?" Parou em frente da semideusa e colocou as mãos em seus ombros. "Você estava sendo incrível, juro! Não achei em nenhum momento que havia perdido o jeito ou algo assim. Pelo contrário! Se que saber, estava até tentando memorizar alguns movimentos para as minhas aulas." Soltou a amiga e afastou-se para mostrar alguns dos movimentos que havia memorizado. Provavelmente não reproduzia com a mesma precisão, mas estava fazendo um esforço para não errar muito. "Acho que se eu fizer isso na minha próxima aula de adaga, o Kerim não vai querer tirar férias de mim ou me matar! A depender do meu nível de falta de coordenação." Torceu o rosto em uma careta, ao mesmo tempo que encolhia os ombros. Voltou a sorrir quando notou que Anastasia também parecia mais relaxada agora. "Combinado! Também pode me chamar se quiser. Não prometo que vou entrar na briga física, porque provavelmente perderia e te faria passar vergonha, mas fazer um barraco verbal eu gosto de vez em quando." Deu uma piscadela cúmplice para a amiga. A personalidade caótica de Melis facilitava aquele comportamento quando era necessário.
A ideia de treinar não era nada mal, já que realmente precisava melhorar. Estava sentindo que seu tempo para se preparar para algo grande no futuro estava terminando, então ela precisava evoluir seus poderes e habilidades como semideusa o quanto antes se queria ser útil, mas também não queria dar trabalho para Anastasia. "Eu adoraria! Mas você tem certeza? Acabou de sair de um treino! Não quero que fique esgotada."
# ʚ♡ɞ STARTER para @aidankeef, que disse "you really do notice everything don't you?", em campo de treinamento . Era estranho como parecia não tirar os olhos de Aidan, olhando como se fosse a primeira vez que realmente o via. Estava excessivamente diferente, o que fazia com que se perguntasse o que tinha causado aquela mudança. "Claro que notei. Você está todo arrumadinho." A voz dela tinha um leve tom de zombaria, mesmo que estivesse um tanto admirada quanto à atitude alheia. A curiosidade era clara em suas expressões, mas não ousaria demonstrar qualquer interesse pelo outro, principalmente devido às interações anteriores que tiveram. Ainda lembrava quando eram mais novos e o outro tinha ousado falar que o cabelo de Anastasia fedia. Era algo que tinha a marcado profundamente. Temia falar qualquer coisa agora, ainda mais quando ostentava uma cicatriz tão horrenda no rosto. Será que ele comentaria como estava feia? "Cortou o cabelo, fez a barba. Tudo isso para o nosso treinamento? Tome cuidado, Aidan, daqui a pouco vou começar a pensar que você gosta de mim lá no fundo." Um sorriso tímido apareceu nos lábios dela. Não era muito daquele tipo, preferindo sorrisos largos e cheios de charme, mas ainda estava tentando se adaptar à nova realidade. Mal conseguia se olhar no espelho ainda, o que explicitava no cabelo desgrenhado. "Pronto para o nosso treino de hoje?"