Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se

Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se
Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se

Os olhos delas analisavam as palavras dela com o pequeno surto que dava. Realmente Natalia considerava-se tão especial para que precisasse ter um motivo para não gostar dela? Na verdade, considerava entediante a personalidade alheia, não entendendo o que alguns viam nela. Era simplesmente a definição de sem graça, não tendo nada que se destacasse além de ser um dos Filhos da Magia, o que definitivamente tornava tudo mais interessante. Permaneceu inexpressiva conforme a fala da outra tornava-se mais hostil, tentando não sentir-se atacada com aquilo. Estava cansada demais da recuperação e o comportamento da outra era ainda mais irritante naquela situação. Colocou a mão na cabeça, pensando que, talvez, se não tivesse passando por tantas situações, Anastasia teria sido um pouco mais racional. "Não tenho uma inimizade com você. Você teria que ser um pouco mais divertida para isso." Soltou um suspiro depois, massageando a própria cabeça. Notou uma leve mudança na personalidade alheia, mas talvez tivesse que provocá-la mais um pouco para descobrir a origem. Por um segundo, questionou se não havia mais algo para Natalia que não soubesse. Havia certa animosidade quanto aos filhos de Circe e Hécate no Acampamento Meio-Sangue e a filha de Afrodite, inicialmente, tinha pensado que não era tão justificado. Flynn possuía os amigos que queriam vingança, aqueles que estavam tristes e, de alguma forma ou outra, culpavam aqueles que tinham desmaiado inesperadamente. Uma leve desconfiança se instaurou na mente de Anastasia, algo que não tinha anteriormente. "Você tem essa sua personalidade de Mary Sue, sonsa para caramba, e ainda espera que eu goste de você? É alguma obrigação? Aqui vai uma dica para você, Nati, você não é tão importante assim." A provocação saiu facilmente dela, com um sorriso ácido que destinava aqueles que não eram merecedores. Para ser sincera, Anastasia queria ver onde era o limite da filha de Hécate, observar qual era o momento que finalmente explodiria. Estava ansiosa para aquilo. Jamais tinha visto a outra se irritar verdadeiramente, o que era o suficiente para que quisesse alguma coisa. Mais que tédio, ela estava curiosa para saber mais a respeito do porquê aquele comportamento tão repentino.

Os Olhos Delas Analisavam As Palavras Dela Com O Pequeno Surto Que Dava. Realmente Natalia Considerava-se

      ໋      Natalia inspirou lentamente, apertando a mão em volta das flores, os olhos fechando automaticamente enquanto pensava nas razões para se manter calma. O mental já abalado pedia para que ela recuasse. Dar as costas era uma ótima opção, evitar conflitos. Seria bom não dar motivos, pois o alvo que tinha sobre a cabeça já era demasiado grande para atrair mais atenção. Por outro lado, a razão afetada, efeito do cansaço que toda aquela situação contribuía, pedia por uma reação, e a filha de Hécate assumiu aquela opção por puro desgosto. Os olhos se voltaram para a semideusa, esboçando, sem medo algum, a irritação que sentia. Sua primeira ação foi um rolar de olhos, esboçando sua também indiferença. Se havia suplicado antes, fora por empatia, algo que ela não conseguia sentir partindo da filha de Afrodite. Analisando as feições da outra, notou a cicatriz marcada pelo curativo; se não fosse o choque abrupto na conversa, ela tentaria se compadecer com a situação, mas as chances para aquilo esvaíram-se rápido, junto com a paciência. Movendo-se sutilmente para a direção contrária, Natalia jogou as flores em direção ao fogo recém-aceso, mencionando suas preces apenas em mente. "Seu desgosto por mim é uma incógnita." Virou-se para fitá-la mais uma vez, cruzando os braços, assumindo uma postura imperativa. Suas feições cansadas eram de conflito, mas ela se manteria daquela forma por tempo suficiente. Não se deixaria ir por baixo tão facilmente. "Você é assim? Desgosta das pessoas por escolha própria? Em um dia qualquer, você levanta e fala que vai começar uma inimizade por pura diversão? Sua vida é tão tediosa a esse ponto?" Aquela não era a Natalia que comumente reverteria a situação com bom humor e algumas risadas. Ali, prostrada para Anastasia, estava uma que ela mal reconhecia, mas que não repreendia. Talvez, ir ao caminho mais rígido e de poucos amigos não era tão ruim assim. Precisava se proteger de alguma maneira, não dar brechas para expor o quão frágil estava. "Sinceramente," Uma mão foi ao rosto, esfregando os dedos nos dois olhos. Não, não choraria. Derramar lágrimas seria a última das possibilidades. "Vindo de sua atitude sem fundo algum, acho que eu poderia esperar qualquer coisa, não acha? Como você mesma disse, não gosta de mim. Algo de bom vindo de você seria suspeito." Deixou escapar uma risada unida ao descontentamento e sarcasmo. Ainda assim, ela iria ao "x" da questão. "Quais suas razões para não gostar de mim? Eu nunca te fiz nada. Tentei ser amigável, mas," Agora ela massageava as têmporas com força. Havia feito para criar tal desagrado? Era impossível ser odiada por apenas ser quem era. Pelo menos, era o que acreditava. "Mas, você me repeliu no primeiro instante. Sim, há pessoas que não gostam de mim e por motivos que eu mesma dei… Porém, você… O que eu fiz para você?"

      ໋      Natalia Inspirou Lentamente, Apertando A Mão Em Volta Das Flores, Os Olhos Fechando

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11 months ago
Os Olhos Dela Iluminaram-se Suavemente Ao Escutar A Respeito Da Banda. Tinha Sido Uma Das Partes Favoritas
Os Olhos Dela Iluminaram-se Suavemente Ao Escutar A Respeito Da Banda. Tinha Sido Uma Das Partes Favoritas

Os olhos dela iluminaram-se suavemente ao escutar a respeito da banda. Tinha sido uma das partes favoritas da semideusa, mas também era porque era amiga da maioria dos integrantes. Talvez fosse um pouco tiete da sua parte, mas Anastasia tinha observado eles tocarem com muita felicidade. Havia algo magnético sobre como estavam focado naquilo que gostavam. "Eles são, né? Estou muito orgulhosa de todos, especialmente de Joseph." Por ser seu melhor amigo e por ser a primeira vez dele tocando, acreditava que tinha feito um grande trabalho. Anastasia, no entanto, estava mais focada em embebedar-se e dançar naquele momento do que qualquer coisa. Queria ficar alcoolizada o suficiente para que deitasse a cabeça no travesseiro e simplesmente dormisse, sem pensar muito. O tipo de sono que não tinha fazia algum tempo, já que permanecia constante preocupada. "Alguém te arrastou aqui?" O questionamento saiu com um pequeno sorriso divertido, já que era o que tinha acontecido com vários campistas, principalmente aqueles que não eram grande fãs de bailes. Não tinha acontecido nada parecido no chalé de Afrodite, obviamente, já que não perderiam a festa da mãe por nada e também uma chance de ficarem maravilhosos. Uma parte de si ficou um pouco mais aliviada com as palavras alheias, mesmo que tivesse escondido imediatamente. Não deveria fazer aquilo. "Na verdade, não. Ninguém me interessa o suficiente." O que era uma grande verdade. Haviam poucos que captavam o olhar da filha de Afrodite.

Os Olhos Dela Iluminaram-se Suavemente Ao Escutar A Respeito Da Banda. Tinha Sido Uma Das Partes Favoritas
⭑🕯️ʿ Apoiar-se No Balcão Enquanto Esperava O Drink Para Ver Se Parecia Confortável E Casual
⭑🕯️ʿ Apoiar-se No Balcão Enquanto Esperava O Drink Para Ver Se Parecia Confortável E Casual

⭑🕯️ʿ apoiar-se no balcão enquanto esperava o drink para ver se parecia confortável e casual ali era uma tentativa muito forçada. estava nervoso e os dedos tamborilando na madeira elegante eram a prova disso. não conseguia disfarçar, porém, pelo menos não totalmente. mantinha sua atenção na semideusa mas logo desviava para o bar de volta procurando dionísio. o deus não parecia ter pressa em preparar a bebida, nem sabia se aquela era a sua e dada a forma como o deus olhava discretamente na direção deles, provavelmente estava demorando de propósito. a voz tão indiferente de anastasia lhe fez estremecer levemente, mordendo o interior da bochecha. nunca se acostumaria com ouvir a voz dela soando assim para si. lhe deixava ainda mais nervoso. “ ━━━ estou me divertindo sim, tem... muita coisa interessante pra ver. a banda também... foi boa." foi incrível, seu irmão tinha tocado muito bem e sasha aproveitou a primeira parte do show. o filho de Hades queria naquele momento ter alguém para realmente dizer que sim, na verdade veio com uma pessoa lhe acompanhando, mas esse não era o caso e mentir seria ainda mais vergonhoso do que parecer sozinho. “ ━━━ não, na verdade não. não queria nem ter vindo, não sou muito de festas." comentou, tentando soar indiferente também. “ ━━━ e você? veio acompanhada?" questionou por cortesia e curiosidade. parte de si estava com medo da resposta que ouviria pois não sabia qual opção era seria mais complicada para si.

⭑🕯️ʿ Apoiar-se No Balcão Enquanto Esperava O Drink Para Ver Se Parecia Confortável E Casual
⭑🕯️ʿ Apoiar-se No Balcão Enquanto Esperava O Drink Para Ver Se Parecia Confortável E Casual

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11 months ago
"Meus Pêsames. Tenho Certeza Que Deve Ser Difícil Perder Algum Amigo." Mesmo Que Não Conhecesse Ele,
"Meus Pêsames. Tenho Certeza Que Deve Ser Difícil Perder Algum Amigo." Mesmo Que Não Conhecesse Ele,

"Meus pêsames. Tenho certeza que deve ser difícil perder algum amigo." Mesmo que não conhecesse ele, se compadecia pela perda de Kitty. É claro que, constantemente, tinham suas diferenças, principalmente pelo incômodo que sentia na própria mente quando estava perto dela. Era estranho que, ao mesmo tempo que sentia-se tão desgostosa e com raiva dela, havia aquela parte também que desejava abraçá-la e consolá-la pela perda que tivera. A filha de Hades tinha aquele tipo de energia que fazia você desejar proteger e manter, talvez a mesma que tenha feito pular na frente das pelúcias para salvá-la do destino. Não tinha arrependimentos, porém permanecia curiosa sobre o porquê as sombras que protegiam a outra pareciam flertar com a conexão que Anastasia mantinha com as outras mentes. Na menção da queda, os olhos buscaram no rosto dela os hematomas, que já estavam bem melhores. Por um momento, a invejou por aquilo; desejava mais que tudo estar naquele nível. Apenas alguns machucados que melhorariam em questão de horas ou, no máximo, dois dias. Desejou, por um momento, apertar a região para verificar se doíam e, confusa na própria mente, quase levantou a mão para seguir as ordens automáticas que a cabeça proferia. Segurou o impulso, no entanto. "Deve ter doído bastante." Não sabia ao certo o que dizer. De repente, parecia desajeitada com as palavras, culpando as poções e magias para aliviar a dor. "Você não precisa ficar aqui se não quiser. Não é como se o que aconteceu comigo importasse para você."

"Meus Pêsames. Tenho Certeza Que Deve Ser Difícil Perder Algum Amigo." Mesmo Que Não Conhecesse Ele,

O não de Anastasia deixou Kitty meio desconcertada. O que deveria fazer então? Parecia não haver muitos motivos para ficar ali do lado dela, visto que sequer se davam bem. No entanto, havia algo que a compelia a permanecer, os pés firmes no chão enquanto sentia o silencio amistoso da outra pinicar sua pele. Baixou os olhos para os próprios dedos, cheios de pequenos ferimentos proporcionados pelos ursos. Deveria ir embora. Não gostava da enfermaria. Kitty abriu a boca para se despedir quando a pergunta veio, fazendo com que fechasse e abrisse novamente os lábios. "Estou." A mentira saiu alta e clara, como muitas vezes tinha repetido durante o dia. Contudo era uma péssima mentirosa, portanto suspirou, se rendendo a verdade. "Mais ou menos. O inicio do e o final do dia parecem pertencer a dois dias diferentes, tantas coisas aconteceram, boas e ruins. Acima de tudo, perdi um amigo." Parecia esquisito ressentir-se da morte quando era uma filha de Hades, mas havia um egoísmo pequeno e presente em seu peito. Flynn era seu instrutor de necromancia, algo que deveria ser natural, mas que Kitty não dominava. E agora ele havia partido sem ensinar seus segredos. Kitty não poderia mais vê-lo por causa disso, porque sem seu instrutor, não sabia invocar espíritos. Flynn, o filho de Thanatos, estava para sempre fora do alcance de Kitty. Ela, que sempre gostou de pensar em mortes gloriosas, odiou o fato de perder um amigo. "Uma estrela caiu em minha cabeça, acredita? Em algum momento eu caí também." Tocou o próprio rosto, onde sabia que os hematomas estavam clareando. "Também fiquei aqui na enfermaria, mas foram apenas algumas horas." O tom deixava explícito quão pouco apreciava o local.

O Não De Anastasia Deixou Kitty Meio Desconcertada. O Que Deveria Fazer Então? Parecia Não Haver Muitos
O Não De Anastasia Deixou Kitty Meio Desconcertada. O Que Deveria Fazer Então? Parecia Não Haver Muitos

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10 months ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @zmarylou Em Chalé De Afrodite .
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @zmarylou Em Chalé De Afrodite .

# ʚ♡ɞ  STARTER para @zmarylou em chalé de afrodite .

Assim que Mary veio pedir o favor a Anastasia, ela soube que não poderia negar. Como uma apaixonada por moda, sabia adaptar-se a diferentes ocasiões com looks que combinavam perfeitamente. Depois do que tinha acontecido, acreditou que precisava de um tempo para clarear a mente e distrair-se um pouco do caos que estava acontecendo para o lado de fora da sua porta. Não queria sentir como se os sentimentos estivessem presos na garganta, incapazes de saírem. "O que você está procurando no seu novo guarda-roupa exatamente? Tenho várias opções." Tinha aberto uma garrafa de vinho rosé e alguns aperitivos para que aquele momento fosse um pouco mais prazeroso para Mary, já que era uma grande decisão uma mudança. Não sabia de onde tinha vindo essa radicalização, mas Anastasia aprovava prontamente. "Talvez algo mais boho? Acho que combinaria por conta do seu cabelo." Pegou algumas opções do guarda-roupa gigante que mantinha em seu quarto, virando-se para mostrar para a filha de Zeus.


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8 months ago
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.

Os olhos de Anastasia desceram até o objeto que ele segurava, levemente curiosa, mas não comentou nada. Ainda sim, ficou se perguntando o que era. Assim que escutou as palavras, curtas e grossas, sabia que estava chateado com ela. Não que o culpasse, mas Anastasia não sabia como falar sobre o que tinha feito com que comentasse sobre a decisão que tinha feito. Mesmo que fosse difícil para ela, se afastar tinha sido o certo para que não ansiasse ter mais qualquer envolvimento com o semideus (pelo menos, era o que falava para si mesma). Colocou o livro sobre a poltrona, segurando o pulso alheio impedindo que ele fosse embora. Sabia que o mais seguro era deixá-lo ir naquela situação, ainda mais com tantos fatores envolvidos. Ele fazia parte, no entanto, dos poucos que conseguiam ultrapassar as barreiras impostas pela Lee e que frequentemente colocava para cima novamente, evitando qualquer sentimento que poderia ser relacionado à mágoa. "Come on, Santi." A voz continha até mesmo pesar. Não era o tipo de pessoa que se desculpava com facilidade, mesmo quando sabia que a culpa tinha sido sua. Para ela, era um sinal de fraqueza e estava, há tanto tempo, não ser fraca mais. A mão deslizou até a dele, obrigando que ficasse. A outra facilmente encontrou a parte de cima, garantindo que ele ficasse o suficiente para escutá-la a respeito do que tinham para conversar. "Vamos conversar, por favor." Havia tanto que gostaria de falar, mas temia que talvez entrasse em um limbo que não desejava estar. Agora que tinha Melis novamente, parte da angústia dela tinha sumido, mesmo que não completamente. Para ela, sempre haveria aquela dor, aqueles pesadelos. Toda vez que fechava os olhos, estava novamente sendo atacada pelas pelúcias, perdendo o pai ou no sonho com a cobra. Sabia que dormia muito melhor com Santiago ao seu lado, mas era orgulhosa demais para permitir ser a primeira pessoa a falar a respeito daquilo. Quando estavam juntos, havia sempre o silêncio ensurdecedor. Agora, no entanto, parecia apático, o que definitivamente não era o que ansiava.

Não perderia tempo dando justificativas vazias ou falando o quanto se arrependia, porque, no final, não era o que sentia verdadeiramente. Mentir jamais fez parte dela e não seria agora que começaria. "Eu tive que tirar um tempo para pensar." A mordida no lábio veio naturalmente enquanto pensava como traria o tópico. Era ridículo, como escritora e filha de Afrodite, não encontrar as palavras corretas, ainda mais quando encontrava os olhos frios e irritados de Santiago. O outro jamais tinha olhado para ela daquela forma, o que com certeza fazia com que ansiasse pedir por perdão, mas seria contra a própria vontade. Queria ser mais verdadeira do que nunca, mas a verdade teria um preço no qual não estava disposta a pagar. Ter Santiago em sua vida era algo necessário, afinal ele fazia parte da sua pequena família imperfeita. Ela queria tê-lo por perto. "As… Coisas estavam começando a ficar confusas na minha cabeça." Esse era um dos motivos que não tinha feito oferendas para a mãe mais. Não precisava de qualquer sentimento interferindo os pensamentos, mesmo que fosse a natureza inerte de Anastasia. Eram sempre as próprias emoções interferindo na capacidade de pensar logicamente.

Havia a hesitação presente em seus atos e na sua expressão. Talvez o melhor que pudesse fazer por Santiago era deixá-lo ir e que a amizade deles fosse uma memória para ambos, mesmo que permanecesse com aquela incerteza do que poderia ter sido se tivesse ficado. Anastasia não era uma desistente, no entanto. Naquele momento, tudo que restavam eram dúvidas e, mesmo conversando com ele e tentando mentir para si mesma, elas permaneciam fortalecidas "Não estava conseguindo pensar claramente mais. Foi isso que aconteceu." Não estava procurando redenção de alguma forma. Mesmo que se tratasse de Santiago, Anastasia não mudaria a si mesma para caber nos padrões de outra pessoa. Quando ousou olhar para ele, no entanto, soube que talvez houvesse mais. A preocupação tomou conta da própria expressão, mesmo que soubesse que poderia ser injusto da parte dela quando havia se afastado por motivos egoístas. "Como você está?" As palavras continuavam baixas por conta do lugar onde estavam.

Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

Certo, talvez ele não fosse exatamente figurinha carimbada entre os frequentadores assíduos da biblioteca mas, desde a queda das amigas ao submundo, havia se tornado pelo menos um rosto familiar entre os nerds que ali passavam o tempo. De sua própria maneira, Santiago cultivava o hábito da literatura quando o assunto era ficção, mas não tinha muito interesse em leituras acadêmicas–exceto quando a ocasião o pedia de maneira desesperada. Agora que Kat e Melis haviam retornado, sua intenção ao se esconder entre as estantes de livros era diferente: invés da pesquisa em busca de respostas, procurava um lugar quieto para colocar as próprias ideias no lugar. O motivo para a escolha era um só–ninguém o pensaria em procurar ali, o que seria suficiente para comprar-lhe paz por um par de horas.

Tinha muito no que pensar, e o fazer enfurnado no próprio Chalé o estava levando à loucura. Sempre havia alguma alma penada para o assombrar com batidas na porta do quarto, uma ou outra obrigação como Conselheiro pedindo por sua atenção e, entre as celebrações pelo retorno dos caídos e as preparações para os tempos de guerra que estavam por vir, sentia como se já não tivesse um minuto sequer para ser egoísta. Sua vida estava em frangalhos por mais motivos que não a morte iminente, e só o que queria fazer era os processar em ordem alfabética de maneira a decidir como dar um rumo para o próprio juízo, que parecia pendurado por um só fio de sanidade.

Estava aninhado na poltrona mais afastada dos demais assentos, o diário aberto em seu colo sem sequer ser folheado conforme encarava o dia acinzentado que o esperava lá fora. Com uma caneta em mãos, se propôs a itemizar a lista de todos os problemas que tinha para resolver, e notou que os três maiores começavam com a letra A: Alina, Anastasia e Antonia. Duas de três o vinham evitando tal qual a praga, e a terceira parecia determinada a dar-lhe motivos para se preocupar. Absorto em despejar todos os palavrões conhecidos pela língua inglesa em uma página, escolheu ignorar os sons da aproximação alheia até que a tinha diante de si, como se conjurada pela intensidade dos sentimentos registrados em papel e tinta. Reconheceu a voz antes mesmo de erguer o olhar para a encarar, e tratou de fechar o caderno que carregava consigo para cima e para baixo antes de a cumprimentar.

Ao tentar evitá-lo, Anastasia havia garantido que as linhas entrelaçadas de seus destinos os fizessem se esbarrar. ʿ Você não esperava me encontrar em lugar nenhum, pelo que entendi. ʾ A amargura da resposta deixava claro que não seria tomado para otário com justificativas para a ausência, não quando havia mandado mensagens–não quando havia dormido em seus braços e acordado com o frio da cama de enfermaria vazia em seu lugar. ʿ Yup. ʾ Prosseguiu de maneira curta e afiada, sem fazer nenhuma questão de oferecer uma resposta verdadeira. Se Nastya planejava ocultar as caraminholas de sua cabeça invés de ter uma conversa entre adultos, dois podiam jogar o mesmo jogo. Santi se colocou de pé, enfiando diário e caneta de volta na mochila e a jogando sobre o ombro. ʿ Seat's all yours though. ʾ Indicou com o queixo, pronto para dar-lhe as costas e determinado a não se humilhar por uma mísera chance de a desvendar.

ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

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9 months ago
A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava

A mente funcionava com bastante velocidade, mesmo que permanecesse parada, afundada na água. Estava imersa nos próprios pensamentos, procurando justificativas para o que estava acontecendo. Será que tinha feito algo que Santiago tinha desprezado? Repassava a conversa em busca de compreensão, mas, quanto mais nadava no mar de indecisão, mais se afogava. Havia tanto que queria saber e buscar, não entendendo o porquê do afastamento súbito sem sequer ter a sinceridade por trás das palavras. Sabia que não deveria duvidar tanto, porém, no momento em que se encontrava, o semideus parecia uma incógnita. Ainda não compreendia também o motivo de não ter conseguido estabelecer a conexão que ansiava com a mente alheia, submersa no constante vazio. Não deixou de manter a pergunta interna se, de alguma forma, o outro tinha desenvolvido algum tipo de escudo mental inatingível, mas não sabia como aquilo era possível. Sequer fazia parte do domínio de Bóreas. Foi quando escutou a voz dele desculpando-se por alguma coisa, interrompendo as divagações que pareciam tomar conta da mente. Os olhos levantaram-se na direção de Santiago, pensando que, mesmo que se conhecessem há anos, ainda havia mistérios que os envolviam que jamais ousariam contar ao outro. Ao mesmo tempo que achava assustador, queria descobrir mais. "Pelo quê?" Ficou confusa, não entendendo o que tinha acontecido. Por força do hábito, permitiu que a conexão entre as mentes se formasse. Assim que os sentimentos de Santiago vieram em vermelho e com certo gosto de vinho tinto, no entanto, fechou rapidamente. As bochechas se coraram mais pela intensidade do que pelo sentimento em si, o calor invadindo o corpo de forma involuntária. A garganta pareceu ser inundada por labaredas e ficou sem palavras por um segundo. Não que fosse tímida ou ingênua. Anastasia sabia muito bem o efeito que causava nas pessoas, fruto da beleza de Afrodite. Sempre apreciou olhares em si, ser desejada ou invejada. Os olhos brilharam, repletas de uma malícia imaculada, os braços movendo-se para as costas como se ansiasse para que ele olhasse para cada parte dela atentamente. "Você sabe que não precisa pedir desculpas por isso. Pode apreciar quanto quiser." Mesmo que a voz contivesse a brincadeira, desejando manter a leveza entre os dois, que sempre foram muito próximos, havia também uma sinceridade que não sabia se Santiago captaria.

A pergunta para ela saiu quase como cômica. Não imaginava um mundo em que, por consequência, não voltaria para o Acampamento Meio-Sangue. Tinha construído uma vida lá e, mesmo quando construísse uma nova casa, um novo futuro, o passado continuaria sendo importante para ela. Estaria lá para cada um dos seus amigos e irmãos que estabeleceu laços. Até aquele momento, tinham sido 16 anos. Os campistas tinham sido a única coisa que ela teve durante todos esses anos, auxiliando-a a se reerguer toda vez que estava prestes a cair. "Claro que vou. Somos família." A garantia saiu de forma natural e não hesitou em sequer uma palavra. Independente da mágoa que sentia naquele momento, jamais imaginaria não ter Santiago em sua vida. A mente viajou, por um segundo, nas noites que passaram juntos e nas confissões feitas quando o mundo era tomado pela luz lunar. O que faria sem o seu confidente? Havia poucas pessoas que a faziam se sentir tão acolhida e aceita por quem era. Mesmo quando o mundo estava desabando, Santiago parecia estar ali para ela, sem julgamentos. "Você não vai se livrar de mim tão cedo, Santiago Aguillar." A promessa saiu novamente em tom de brincadeira, mas Anastasia sentiu a garganta fechar por um segundo e o peito ficar mais pesado. Manteve os olhos focados nele, tentando compreender o que passava naquela mente. Não estabeleceria mais nenhuma conexão com a mente dele, já que a última vez a tinha deixado um tanto desconcertada.

Talvez porque estava chateada com Santiago, tentando compreender o porquê daquilo estar acontecendo com a mente dele, mas Anastasia sentia um impulso fortalecendo conforme mais pensava e mais olhava para ele. A água quente a fervia de fora para dentro e os olhares do semideus sobre ela não tinham a ajudado na sensação, mesmo que tivesse tentando manter a conversa leve como tinham voltado por um momento. Afundou na água, permitindo que ela lavasse a máscara biodegradável, fechando os olhos para que fosse engolida pelo calor que estava sentindo. No final, era uma pessoa verdadeiramente rancorosa e vingativa, assim como excessivamente emocional. Mesmo que tentasse trabalhar nos seus piores traços, numa tentativa de inibir até que parassem de ser uma preocupação, continuavam sendo um grande problema. Era movida pelo coração, jamais pela mente. Por isso, quando levantou do ofurô, não disfarçou nenhum pouco o corpo molhado e as gotas que escorriam por cada uma de suas curvas. A cicatriz em seu rosto, descoberta de qualquer maquiagem, quase fez com que voltasse para a água, mas não seria medrosa a ponto de esconder-se novamente para que não fosse vista. Fez isso durante semanas. Sabia que poderia estar indo longe demais quando andou até ele com a elegância provida aos filhos de Afrodite, movida pela mágoa e algo mais. As mãos foram até o joelho desnudo dele, apoiando-se conforme olhava diretamente para ele. Quando tinham se conhecido, tantos anos atrás, uma das primeiras características que tinha notado eram os olhos dele, dotados de uma cor tão clara que causaria inveja a qualquer filho de Afrodite. Um sorriso, que era mescla de sagacidade e provocação, adornava os lábios dela e intensificou-se quando se inclinou em direção ao filho de Bóreas. Conforme o movimento acontecia, os dedos, ainda quentes e molhados da água do ofurô, deslizavam suavemente para cima, sentindo a pele alheia. A tentação de não parar permanecia vívida conforme sentia o coração bater de forma mais acelerada, pensando o quão fácil seria não ter mais espaço entre eles, mas não era o que mais ansiava naquele momento. Eram amigos, afinal de contas, e continuaria repetindo isso para si incansavelmente até que qualquer outro pensamento tomasse conta. Os lábios desviaram o caminho até a bochecha alheia, dando um beijo talvez um pouco mais demorado que deveria. "Até mais, Santi. Vou receber uma massagem agora." Afastou-se dele sem hesitação, a destra indo em direção aos fios alheios, bagunçando-os com carinho de uma forma que a ajudasse lembrá-la de se acalmar. Se era ele quem devia se sentir provocado, por que era o corpo dela que parecia queimar? "Nos vemos depois, ok?" Um sorriso, quase forçado, pendia nos lábios dela, quando finalmente se virou e foi embora, caminhando enquanto sentia as pernas quase querendo vacilar. Precisava saber o que estava acontecendo.

FINALIZADO.

A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
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Mesmo com a relativa distância que agora os separava, ainda a podia sentir como a gravidade, o mantendo em sua órbita. Não se lembrava de uma única ocasião em que não estivera sob a força da atração que tanto precisava se esforçar para repelir. Eram polos opostos, e o magnetismo que ali o mantinha era algo que há muito havia desistido de negar para si mesmo, e que não podia ser dito em voz alta. Assistiu o dançar de seus dedos sobre a superfície da água, e mesmo o gesto inocente era suficiente para fazer sua imaginação perambular. Hesitante, seus olhos vagaram da mão até seu rosto, e então não pode conter seu deslizar: se permitiu a absorver por inteiro, a pele exposta sob o vapor, cada curva o parecendo convidar – conhecidas e há muito esquecidas, sabendo que tocá-las seria uma redescoberta para cada um de seus sentidos. O demorar de sua atenção onde não devia seria impossível de ocultar, e Santiago soube ter sido uma péssima ideia se colocar na situação em que estavam mas, como se assistisse um acidente, era incapaz de desviar o olhar. Por fim prendeu-se aos seus lábios, curvados por uma risada vazia, e todo seu corpo tensionou com a vontade de os provar. Estava fazendo seu melhor para manter-se respeitoso, mas era apenas um homem – sacudiu a cabeça como se para dissipar o desejo, o substituindo pelo único fragmento de si que ainda parecia capaz de raciocinar. ʿ Shit. Sorry. ʾ Ofereceu com o resquício de cortesia que lhe restava mas, de maneira quase travessa, pontuara a frase com um sorriso contido e um dar de ombros: não mostrava real remorso ao pedir desculpas porque não se arrependia do que vira.

De maneira cômica, talvez seu deslize a ajudasse a entender o porquê se havia afastado, como mais uma das peças do confuso quebra-cabeça que a julgava capaz de montar.

O espaço entre os dois lhe era desconfortável, mas servia para a proteger, e aquele era o lembrete a qual precisava se apegar. Poderia tolerar a dor em seu peito em troca de um breve momento se assim o quisesse, o sacrifício parecendo pouco frente ao conforto de a aninhar, mas não seria capaz de suportar a ferir se a deixasse chegar realmente perto e então a afastasse. Por vezes as palavras quase vinham à ponta da língua, implorando que ela o lesse e encontrasse todas as respostas, mas não o fazia por medo de que um castigo que era só seu também a viesse assolar. Estava preso em uma prisão de sua própria criação e, masoquista como era, não tinha desejo nenhum de escapar. Aceitaria o pouco como tudo e, com o mantra habitual como arma, teria que bastar.

Quando por fim se ocupou encarando as luzes que adornavam o ambiente, um sorriso agridoce adornava sua expressão. A ideia de que ela o deixaria para trás doía, sim, mas também o deixava feliz por vê-la tendo a coragem que lhe faltava, a confiança nas próprias habilidades, e a vontade compartilhada de desbravar o mundo. Sabia que nunca a poderia visitar: vê-la construir uma nova vida sem ele seria uma forma de tortura extrema demais até para ele. Por enquanto tinham o pairar de uma possível guerra sobre seus ombros, os mantendo ancorados no mesmo lugar, e Santi entendia o privilégio que era poder a ouvir falar sobre seus sonhos de maneira tão aberta em meio ao que viviam, com certo brilho no olhar. Haviam criado uma bolha onde os problemas do mundo real não existiam e, tão logo saíssem dali, a sentiriam estourar. ʿ Você vai voltar para me ver ? ʾ Perguntou, e em seu tom havia uma mistura de duas emoções perigosas: vulnerabilidade por perguntar algo que expunha seu apego sem rodeios, e algo perigosamente próximo de um flerte. Ela tinha razão em seu diagnóstico sobre o motivo pelo qual se via amarrado ao Acampamento Meio-Sangue mas, dado a oportunidade, gostaria de ser o lugar para qual ela podia voltar. ʿ Ih, eu nunca vou ter isso aí. ʾ Começou, gesticulando para indicar ao que se referia para evitar ter que o falar em voz alta. Era fisicamente impossível que entrasse em detalhes sobre o porquê, mas nada o impedia de deixar nas entrelinhas, como uma trilha de migalhas que ela pudesse seguir na esperança de o entender. ʿ Mas já estou resignado. A vida no Acampamento não é tão ruim assim, e eu não preciso pagar aluguel. ʾ Foi o ponto de vista otimista e superficial que ofereceu. Se fosse sincero, tinha, sim, para o que voltar: seus amigos, sua família, todos os que vestiam laranja como ele, o único lugar no planeta onde havia sido acolhido sem pestanejar. Pensou em Ilya e Antonia, em Eva e Kitty, em Katrina e em Zev, e o que antes era negativo passou a reconfortar – certo, talvez fosse um fracassado incapaz de fazer coisa melhor com a sua vida mas, contanto que pelo menos um deles partilhasse do mesmo destino, o poderia suportar. Mesmo quando pensava em Bóreas e Zéfiro, os únicos Olimpianos a quem sua ira não se estendia, sentia uma certa segurança de que não estaria sozinho nunca, e entendia como era sortudo por ter com quem contar. Aquilo tornava a ideia da ausência de Anastasia algo a que ainda o dilaceraria, mas que a que podia sobreviver. ʿ Eu ainda quero ver o mundo, mas acho que já encontrei meu lar. ʾ Admitiu, seus pensamentos se voltando para a situação em que o lar que tinha como seu se encontrava. Pensou na fenda, em traidores e em castigos, em medos e incertezas e, acima de tudo, na sensação de dever que tinha em ajudar. Sua lealdade ia para além do cargo de conselheiro, algo tão novo e a que não tivera tempo suficiente para se ajustar. Se dependesse de Santiago, a maioria dos deuses poderia muito bem ir para o caralho, mas pelos semideuses valeria à pena lutar. Eram sua tribo, mesmo os de quem não gostava, e iria para a linha de frente se necessário para os salvar. Sua coragem era diferente da de Nastya, mas esperava que ela o pudesse notar.


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8 months ago
ʚ Com @arktoib .

ʚ com @arktoib .

ʚ flashback em verão de 2022 .

Estava com Antonia, distraídas, conversando e aproveitando o dia de verão no acampamento, quando o tempo começou a mudar. De repente, nuvens escuras se formaram no céu, e um vento frio trouxe consigo o cheiro de chuva. Antes que pudessem perceber, as primeiras gotas começaram a cair, pingando pesadas e rápidas, sinalizando que uma tempestade estava se aproximando. O que era um dia ensolarado virou um caos de vento e água. Sem pensar duas vezes, Anastasia agarrou o braço de Antonia e puxou-a para correr em direção ao lugar protegido mais próximo. Começou a rir conforme corria, a adrenalina do momento impulsionando para que continuassem até encontrarem um lugar seguro o bastante, não desejando desafiar Zeus e seus raios. Os pés afundavam na terra, que rapidamente se transformava em lama. Ao chegarem sob um toldo abandonado, ofegante e encharcada, olhou para a semideusa. O que não esperava, no entanto, era ser afetada por uma cena que poderia passar horas e horas descrevendo. O cabelo molhado da filha de Atena, grudando no rosto, as roupas, encharcadas e coladas... Com certeza, não era uma cena que pretendia esquecer tão fácil, principalmente pelo calor que espalhava no corpo dela com aquele simples olhar. O coração bateu acelerado contra o peito, pensando se um dia tinha visto algo tão bonito assim. Poderia passar horas admirando cada singularidade. Permitiu aproximar-se lentamente, tirando uma mecha de cabelo molhada do rosto dela. "Se eu soubesse que íamos acabar assim, teria pedido por essa chuva mais cedo." A voz era repleta de brincadeira e flerte, um sorriso presente. "Será que vai demorar para passar?"

ʚ Com @arktoib .

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9 months ago
Permanecia Em Um Estado De Estupor Ainda. Mesmo Que Soubesse Que O Andamento Dos Eventos Poderia Dar

Permanecia em um estado de estupor ainda. Mesmo que soubesse que o andamento dos eventos poderia dar errado, não imaginava que resultaria em tantos feridos. Isso incluía Damon, que ainda apertava o coração dela ao olhar para ele naquela maca da enfermaria. Tinha o visitado anteriormente, mas ele não parecia tão lúcido quanto ansiava, o que fez com que a preocupação crescesse dentro dela. Foi visitar mais alguns amigos que sofreram devido aos monstros e, então, decidiu voltar a vê-lo no dia seguinte, mais limpa e com os ferimentos já cicatrizados devido às habilidades de semideusa. Ao encontrá-lo melhor, o peito pareceu alegrar-se automaticamente com a percepção, quase correndo em direção ao semideus. Sabia como ataques poderiam ser brutais e aquele tinha levado seis semideuses. Por mais que tentasse não pensar sobre o assunto, ficava questionando constantemente qual seria o paradeiro deles e o porquê de não terem enviado alguém à busca deles. Talvez estivessem vivos… Pelo menos, era o que mais ansiava.

Deixou as flores na mesa ao lado (e elas, obviamente, eram rosas) e levou um dos vários cookies que tinha assado para ele. Deixou o resto do lado das flores, mesmo que, antes de sair, devesse avisá-lo que alguns não estavam em seu melhor estado. Mesmo que estivesse treinando na confeitaria, principalmente com a ajuda de Archie, ainda não era a melhor. Ainda ansiava fazer algo que pudesse ajudar os amigos a se sentirem um pouco melhor nas situações que estavam acontecendo de forma tão constante. Sentou-se ao lado dele com um largo sorriso, que transmitia o alívio que estava sentindo naquele momento. Entregou para ele, tentando conter os sentimentos que pareciam ansiar por serem transmitidos na superfície. "Ainda bem que você está melhor… Ontem, você parecia meio esquisito ainda." Uma risada suave saiu dela. Os braços envolveram o semideus de forma delicada e rápida, temendo que talvez carregasse algum ferimento que não tinha sido cicatrizado por completo. "Como está se sentindo? Tomei um susto quando soube o que tinha acontecido com você." Nunca foi a melhor pessoa disfarçando o nervosismo.

Permanecia Em Um Estado De Estupor Ainda. Mesmo Que Soubesse Que O Andamento Dos Eventos Poderia Dar
Permanecia Em Um Estado De Estupor Ainda. Mesmo Que Soubesse Que O Andamento Dos Eventos Poderia Dar

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9 months ago
FLASHBACK . "Com Certeza, Yas. É A Coisa Certa. Não Fique Pensando Nisso." Joseph Era Como Um Irmão

FLASHBACK . "Com certeza, Yas. É a coisa certa. Não fique pensando nisso." Joseph era como um irmão para Anastasia, então era de se esperar que, inicialmente, tenha demonstrado certa resistência naquela enrolação dos dois. Como tudo na vida, no entanto, aos poucos o relacionamento dos dois foi ganhando um grande espaço em seu coração e começou a perceber como havia muito carinho entre os dois nos pequenos gestos. Como uma boa intrometida, uma vez ou outra olhava os sentimentos de ambos e pareciam genuínos o suficiente para que não duvidasse sequer um momento que desse certo. Anastasia, mesmo sendo uma romântica incorrigível por conta da mãe que tinha, acreditava que um bom amor era construído a partir de confiança e vontade de ambas as partes. Na sua percepção, aquele parecia o caso deles. "Não pense nisso!" Quase saiu em forma de repreensão, mesmo que não fosse sua intenção. "Pense que é bom viver todos os dias com alguém que te ama e te deseja o melhor. Tempo é apenas uma percepção. Pessoas diferentes têm percepções diferentes. Ao mesmo tempo que dois meses pode parecer um tempo gigantesco para mim, para outros dois meses é nada." Deu de ombros, já que, para ela, amores não eram para serem vividos como se tivessem data para finalizar. Não era assim que funcionava, mesmo quando eram semideuses. Deuses, quase sentia saudades de se apaixonar de forma avassaladora. "É isso que importa. No mundo que estamos, sendo feliz você já tem mais do que a maioria." Uma risada escapou dela, já que era uma verdade.

FLASHBACK . "Com Certeza, Yas. É A Coisa Certa. Não Fique Pensando Nisso." Joseph Era Como Um Irmão
FLASHBACK . "Com Certeza, Yas. É A Coisa Certa. Não Fique Pensando Nisso." Joseph Era Como Um Irmão

Já imaginava que fosse ouvir alguma coisa a respeito de Joseph e sua felicidade afinal conseguia ver isso nas expressões dele sem precisar de um poder para sentir emoções. Não que ela estivesse diferente, mas sempre foi muito contida, fria e regrada a respeito de emoções. Ela precisava ser assim para manter seu poder sob controle e também porque possuía mais desafetos do que afetos durante sua longa jornada de vida. ❝ ― Só... Aconteceu. Ainda não sei se fiz a coisa certa, mas a vida é muito curta para se pensar demais, não é? ❞ — Perguntou para a garota buscando por alguma segurança de que estava tudo bem. Estavam enfrentando momentos difíceis no acampamento e parecia que se tornaria ainda pior, então era comum que pensasse que a qualquer momento acabasse morta. Com Flynn foi assim. ❝ ― Então só vou tentar aproveitar enquanto ainda temos tempo afinal semideuses não vivem tanto assim. ❞ — Não queria pesar o clima, mas a frase saiu de maneira inevitável. ❝ ― Desculpa. Péssimo momento, mas... Enfim. Tô feliz e bastante, e isso me basta por agora. ❞

Já Imaginava Que Fosse Ouvir Alguma Coisa A Respeito De Joseph E Sua Felicidade Afinal Conseguia Ver

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8 months ago
Já Tinha Visto O Santiago Irritado Anteriormente, Principalmente Devido à Convivência Que Tiveram

Já tinha visto o Santiago irritado anteriormente, principalmente devido à convivência que tiveram ao longo dos anos. A amizade deles tinha sido fortalecida por conta daquele vínculo, sabendo que ambos podiam confiar um no outro, independente do que acontecesse. O afastar do outro fez com que o peito doesse, sabendo que tinha errado assim que viu a expressão no rosto alheio. Sabia que não era fácil, mas talvez fosse por melhor. No entanto, se aquele era o caso, não deveria estar se sentindo melhor? A ausência da mão alheia, um gesto que era tão natural para eles, parecia criar mais uma barreira entre os dois. Não queria perdê-lo, mas, naquele momento, parecia inevitável. Sentia-se uma tola por ter se permitido chegar tão longe, ainda mais quando havia tanto a se perder. Tinha prometido, no fim do último relacionamento, que não desejava passar por aquilo novamente. Os olhares magoados, as palavras cheias de rancor... Não deveria afetá-la novamente. Anastasia tinha colocado em sua mente que era quebrada demais para permitir ter afeto daquela forma. Ainda assim, estava ela ali, na mesma posição em que pediu aos deuses para não colocá-la novamente. O medo fazia com que o bolo na garganta se formasse.

Abriu a boca e a fechou novamente, sem saber ao certo o que dizer. Então, permitiu que ela abrisse, porém nenhum som foi produzido. Estava desnorteada com as palavras alheias. A proximidade dele, quando estava sentindo a respiração alheia contra o próprio rosto, foi a tortura que não esperava enfrentar, ainda mais quando absorvia os sentimentos que a inundavam. Era incapaz de enfrentar aquele tormento quando estavam tão perto. Ao olhar diretamente para ele, no entanto, via a mágoa contida, muito além das palavras. Não precisava entrar em sua mente facilmente para compreender aqueles sentimentos. Fechou os olhos, absorvendo cada aroma, cada golpe, cada emoção. Talvez merecesse isso, tinha sido egoísta de novo, mesmo quando prometeu que não o faria. Quando ele fez o mesmo gesto que tinha feito anteriormente, quando estavam no ofurô, o cenho dela franziu suavemente, sendo invadida pela preocupação novamente. Não buscaria pela mente dele; sabia que encontraria aquela barreira que conheceu e desaprovou. Queria saber mais, mas não estava em posição de questioná-lo sobre o assunto. Deu um passo como se quisesse ajudá-lo, a mão levantando em instinto, mas sabia que Santiago não queria sua proximidade. Talvez isso a magoasse ainda mais: saber que não poderia simplesmente abraçá-lo até que aquilo não fosse mais um problema. "Não estou me justificando." As palavras saíram de forma hesitante, sabendo que era um péssimo começo para o que estava prestes a dizer. "Você acha que é simples para mim?" A voz dela saiu mais baixa do que queria, quase um sussurro, mas carregada de emoção. "Eu sou um caos, Santiago. Não quero que você tenha que enfrentar isso, porque nem mesma eu sei como fazer." Mordeu o lábio, enfrentando novamente o bolo que se formava na garganta. Tinha lutado contra si mesma durante toda a vida: quando o pai morreu, quando vivenciaram a primeira missão, quando foi ferida tão gravemente que o rosto continha aquela maldita cicatriz.

"Nunca foi minha intenção que você se sentisse assim." Era difícil encará-lo naquele momento, mas Anastasia fazia o melhor que podia. As palavras saíam tropeçadas da sua boca, como se temesse perdê-las a qualquer momento. Mesmo que tivesse a intenção de que se afastassem durante o tempo que ficou sumida, parecia que tornou toda a situação ainda mais difícil de ser explicada. Para ela, fazia todo sentido, já que seria mais fácil. Era uma grande medrosa naquele aspecto. Sabia que era uma desistente, mas não confessaria em voz alta. "Pelos deuses, acho que me importo tanto com você que dói." Controlou a vontade de segurar na mão dele, para que compreendesse através dos gestos a intensidade do significado dele para ela. "Nunca quis que você sentisse que eu não me importava com você, que eu estivesse brincando com você ou te torturando para o meu próprio prazer." Ele era a sua família. Mais do que qualquer coisa que eram ou que poderiam ser, não ansiava que ele fosse apenas passageiro. Precisava que ele ficasse, mas, ainda assim, parecia egoísta da sua parte falar que queria aquilo. Santiago merecia mais do que Anastasia. Foi quando decidiu agachar-se em frente à poltrona em que ele estava sentado, permitindo que os olhares se encontrassem novamente. "Me afastei porque pensei que seria mais fácil. Que, se eu desaparecesse por um tempo, você poderia viver sem o peso do que eu sou e do que eu não posso ser." Tinha dificuldades em enfrentar os problemas verdadeiramente. Poderia ser uma lutadora exímia, mas continuava batalhando com os demais problemas. Os relacionamentos antigos tinham demonstrado o quanto era difícil ter que enfrentar as consequências do poder e, acima de tudo, a realidade da própria mente, que parecia a vontade de pregar peças constantes em si.

Já Tinha Visto O Santiago Irritado Anteriormente, Principalmente Devido à Convivência Que Tiveram
Já Tinha Visto O Santiago Irritado Anteriormente, Principalmente Devido à Convivência Que Tiveram
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

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O encaixar da mão de Anastasia na sua foi quente e familiar. Mesmo com toda a mágoa e a animosidade que vinha alimentando, não podia mentir a si mesmo: tinha poucos confortos em sua vida, e aquele era o único que persistia até então. A pele delgada na sua, tão perto e tão longe–em outra situação, o toque por si só o teria feito relaxar, mas naquela em particular seus ombros se enrijeceram em resposta. Talvez fosse por isso que o dilacerasse tanto sentir a distância que se abria entre os dois como um abismo, quando as meras migalhas de afeto que coletava em momentos furtivos como aquele eram mais que suficientes. Nunca havia se permitido pedir por mais, e o pouco que tomava para si ainda era mais do que ela estava disposta a ofertar. Entendia, pois nada tinha a oferecer em retorno, mas não sabia como o aceitar.

Seria tão fácil a puxar para si. Tão fácil calar suas mil e uma dúvidas com um beijo–mas então viriam as perguntas e a incerteza, e o silencioso amaldiçoado lhe roubaria até mesmo o pouco que agora era nada, pois nunca seria capaz de dizer as três palavrinhas usadas desde que o mundo era mundo para explicar o que sentia por ela.

Afastou os dígitos dos dela como se estivessem em chamas, pois não podia se dar ao luxo de a querer com tanto afinco quando a sentia prestes a descartá-lo. Como em resposta ao que sentia, a brisa gelada do Norte soprou por entre a janela entreaberta, um sinal que ela saberia ler porque o o conhecia como ninguém: estava tentando e falhando em se controlar. ʿ  Agora você quer conversar ?  ʾ Questionou, o tom afiado como uma lâmina ao se permitir estacar onde estava. Seria fácil interpretá-lo de maneira errada, escolher rotular o destempero como raiva e o colocar na mesma caixa de sempre, mas o gelo em seus olhos pareceu derreter quando por fim se permitiu a encarar. ʿ  No. You don't get to do that.  ʾ A informou quase em uma acusação, pronto para deixar claro o quão insignificante ela o havia feito sentir ao ignorar sua existência mesmo com todas as tentativas de se reaproximar. ʿ  'Confusão' não é justificativa para me jogar no lixo como um brinquedo quebrado.  ʾ Prosseguiu, dando um passo e outro na sua direção, se inclinando para diminuir a diferença de altura até que seus narizes estavam a centímetros de se tocar. ʿ  O que caralhos tem de tão confuso afinal ?  ʾ A amargura na pergunta era palpável, pois lhe doía a ver permitir que a incerteza a respeito do que quer que fosse afetasse a única constância com a qual sempre haviam contado: um com o outro. ʿ  You're not the only one who's suffering. You don't get to torture me for sport when you know...  ʾ Pareceu tropeçar nas próprias palavras, interrompido pela dor lancinante que vinha toda vez que sentia seu coração empedrar–censurado pela deusa do amor, que se divertia ao castigá-lo. Anastasia não sabia, não realmente–não fazia ideia de como ele se sentia, e Santiago nunca lhe poderia contar. Levou a mão ao peito como se atingido por um golpe invisível, e recuou até se apoiar sobre o braço da poltrona vazia, parecendo quase impossível se manter de pé sempre que a maldição decidia lhe visitar.

Aceitou sua derrota e se acomodou de volta no assento, a respiração acelerada pouco fazendo para ajudar a encher seus pulmões de oxigênio quando mal parecia capaz de fazer o próprio peito subir e descer. Mesmo com a dor lhe partindo, tentou lhe dizer com o olhar tudo o que não podia o fazer com palavras. Se ela estava confusa, só o que tinha a oferecer em resposta era a certeza de quem sabia, desde a primeira risada que lhe roubara, que sua presença se havia tornado uma necessidade tão básica quanto o ar. ʿ  You don't get to ask how I'm doing after you've shown me how little you care.  ʾ Foi o melhor que conseguiu dizer, o mais próximo da verdade que era capaz de chegar. A voz foi quase um sussurro, como se envergonhado ao pronunciá-lo pois significava admitir, de maneira incontestável, que tudo o que queria era saber que ela se importava.

Estava exatamente como ela o havia deixado na última vez que estiveram juntos: Sozinho e ferido. Já não tinha como o ocultar.

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ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
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