— aviso: degradação duhh, menção à sangue, violência física, penetração vaginal, sexo desprotegido.
— word count: 2,6k.
— nota: estamos mais na metade do mês!! e o desafio segue de pé (orgulho de mim mesma, pra ser honesta).
as geladas gotículas de suor que desciam pela sua nuca causavam uma sensação gostosa em comparação à temperatura escaldante da boate. você evitava abrir os olhos, gostava de curtir o efeito do álcool de olhos fechados para que batesse mais forte. as mãos na sua cintura eram das suas amigas, encostando os seus corpos nos seus, dançando a música techno como ela devia ser dançada: loucamente.
"preciso de beber mais!" uma delas gritou para outra e, você que estava no meio, não deixou de ouvir.
"eu também." você abriu os olhos. já estava bêbada para um caralho, mas precisava de mais. até que esquecesse que o cachorro do seu chefe tinha a tratado como uma qualquer naquele dia. depois de te humilhar na frente de todos em uma reunião com uma empresa parceira, ele tinha tido a pachorra de te tirar das negociações por você ser muito "sensível".
sua amiga a puxou para o grande bar que exibia luzes quentes no canto do cômodo. você ajeitou o vestidinho azul que usava, os descendo até o meio da coxa. você provavelmente já tinha pagado um pouco da bochecha da bunda, mas e daí? ninguém parecia estar interessado o suficiente.
"um sex on the beach." sua amiga pediu.
"dois." você gritou para o barman.
"três." sua outra acompanhante se debruçou sobre o balcão, tentando cantar o atendente bonitinho.
estava prestes à xingar a sua amiga por ter atrasado a produção dos drinks quando seus olhos bêbados encontraram ele. estava o cabelo cortado em um mullet bagunçado, usava uma blusa de botões preta e tinha um sorriso travesso nos lábios que te fez arrepiar. e o pior: ele estava olhando de volta. ergueu o copo de cerveja que bebia e te deu uma piscadela.
você piscou embasbacada com a audácia do filha da puta. era Matías. seu ex-namorado que havia terminado com você por mensagem de texto há alguns meses atrás. você tinha sofrido como uma cachorra porque ele fazia o melhor oral de toda sua vida e sempre te fazia gozar, coisa que quase nenhum homem conseguia. e claro, ele era engraçadinho e carinhoso do jeito que você gostava.
sempre te levava para dançar e beber com os amigos dele, para jantar em lugares exóticos e vocês tinham uma intimidade natural e muito bonita. você não tinha problemas quando se tratava de Matí, porque ele sempre estava de bom humor. e de repente, um dia, tinha acordado estranho quando você o chamou para o café. depois de dizer que almoçaria com alguns amigos, nunca mais voltou. a mensagem tinha vindo só de madrugada, colocando um fim no relacionamento.
quando você se deu conta de que estava devaneando e seus olhos se focaram novamente, ele havia ido embora. você xingou baixinho e bebeu todo o líquido do seu copo de uma só vez. você iria dar a noite por encerrada para ir para casa vomitar e chorar pelo encontro repentino seu ex quando uma mão pousou na sua cintura.
"vai ficar olhando e não vai pagar nem uma bebida?" era Matí, com as mãos na sua cintura. ainda tinha usava o mesmo perfume misturado com o cheiro do cigarro. a cerveja complementava o cheirinho de perdição. você o olhou sobre os ombros como se ele fosse uma mosca pousada na sua pele.
"é que não dá pra mandar bebida por mensagem. não é por lá que você se comunica?" você comentou, um sorrisinho de falsa educação delineando seus lábios.
"ai não, nena. não me diga que não superou essa coisa boba." ele fez um beicinho, tocando sua mão para levá-la até os lábios dele. você estremeceu ao sentir os lábios gelados e molhados nas costas da sua mão. "eu era muito novo e muito bobo."
"todos os homens são." você arrancou sua mão dele, voltando a olhar para o bar que tinha se tornado de muito interesse. conseguia ler até mesmo o rótulo das garrafas de bebida para ignorá-lo.
"eu não sou muito cavalheiro." ele confessou, chamando o bartender (o que não estava beijando sua amiga) e pedindo duas doses de tequila. "mas, por você eu finjo ser porque você está muito gostosa nesse vestidinho que eu te dei."
você sentiu o ódio te consumir. nem tinha se dado conta de que usava o vestido tubinho que Matías tinha te dado como presente de aniversário (o único que vocês tinham passado juntos). tinha se tornado uma peça frequente do seu guarda-roupa. ele sempre adorava quando você usava e a noite sempre terminava em sexo. e ele nunca tirava o vestido do seu corpo.
"você é sempre descarado assim?" ele arrumou um espacinho do seu lado. agora vocês dois estavam um de frente para o outro, se encarando. Recalt tinha um sorriso cafajeste nos lábios e você tinha um biquinho de raiva. "não tem medo de levar um tapa?"
"não. eu tenho tesão em apanhar de mulher bonita." ele deu um dos shot para você, bebendo o dele de uma vez. você o mimetizou e sentiu a cabeça tontear. Matías sorriu. "está mais bonita do que antes."
"e você está mais baixo e mais insuportável." você bebeu o restinho do seu drink doce para não vomitar o líquido forte que tinha acabado de rasgar a sua garganta. por um segundo, você até achou que seria cômico se você vomitasse em Matías.
"mas 'tô mais pirocudo." ele pegou sua mão mais uma vez. desta vez, ele tinha um plano: te levar até a pista de dança até que você se esquecesse que o odiava. sua amiga te olhou com uma cara de reprovação, embora que não fosse intervir. você era grandinha, já sabia cuidar de si. "vai dançar comigo, não é, nena? sempre fomos bons nisso."
sua mente brilhou com a melhor ideia de que você já teve na vida. iria fazer com Matí o mesmo que ele havia feito com você: provocá-lo antes de deixá-lo na mão. um sorrisinho de divertimento surgiu nos seus lábios e você viu o argentino se animar.
"claro, Matí. vou dançar com você pelos velhos tempos." você o puxou para pertinho. você colou o seu quadril ao dele, os braços ao redor do pescoço do argentino. as mãos dele acharam a sua cintura com facilidade, apertando-a do jeitinho que você gostava. você rebolou, deu um sorrisinho para ele, um beijinho na bochecha e então se virou de costas. e aí que o show começava. roçar sua bunda contra ele tinha virado questão de honra e em poucos minutos você dançava como uma profissional. descendo, subindo, indo para frente e para trás. as mãos do Recalt corriam por todo o seu corpo e você até deixou que ele desse uns tapinhas na sua bunda de propósito. "sabe, eu queria muito fumar um cigarro. pega um copo d'água pra mim?"
a carinha de animado desabou. ele queria continuar dançando, você sabia. a ereção que ele tinha na calça o entregava. talvez fosse o jeitinho dele achar que te levaria para cama e você tinha estragado tudo. mas, como Matí podia negar você pedindo como uma princesinha? ainda mais quando você tinha o perdoado e provavelmente iria para casa com ele.
"te encontro na área dos fumantes." você sorriu depois que ele concordou silenciosamente, deixando um outro beijinho na bochecha dele.
você não queria fumar, mas tinha que fazer jus. então bateu no ombro de um dos fumantes da área externa pedindo por um cigarro e um isqueiro. você só não contava que ele ia ser um gostoso. se apresentou como Símon, colocou o cigarro na sua boca e o acendeu enquanto te olhava.
"estás sola?" ele pergunta quando você dá o seu cigarro para ele para que ele também fume.
"depende das suas intenções." você brincou. não estava nos seus planos fazer aquilo com Matías, mas Símon era um homem tão bonito que você teve que repensar. e enquanto você fazia o seu charminho, te puxou pela cintura e te deu um beijo que te fez delirar. as mãos seguraram sua cintura com força, a língua deslizava sobre a sua com talento. você quase se esqueceu de Matías, se ele não tivesse puxado sua cintura para que você se separasse do homem.
"vai ficar beijando outro na minha frente como uma vagabunda, é?" ele sussurrou no seu ouvido, te puxando para longe de Símon que fingiu que nada tinha acontecido para não arrumar briga.
"que foi? a gente não namora." você pegou o copo de água na mão dele, dando um grande gole. você viu os olhos de Matías brilharem de raiva, um sorriso incrédulo estampando a sua face de moleque.
"entendi. 'tá tentando me punir pelo o que eu fiz né, nena?" ele cruzou os braços, te olhando de cima à baixo. seu vestido tinha subido de novo e ele podia ver a calcinha branca que você usava. o corpo ardia num misto de ciúmes e desejo. ele tinha se arrependido de ter terminado desde que a viu naquele maldito bar. "veni acá."
Matí segurou um dos seus pulsos com força. te arrastou por toda a pista de dança sem nenhuma gentileza. você trombou com algumas pessoas que te olharam feio e quando você estava para reclamar que ele estava a machucando, ele abriu uma porta escondida e te jogou pra dentro. somente quando ele acendeu a luz do ambiente, você viu que estava num banheiro para deficientes.
"você me machucou, seu viado." você olhou para o próprio pulso avermelhado antes de dar uma bolsada nele. ele te empurrou de volta, fazendo seu corpo bêbado balançar. um tapa estralado atingiu a face do argentino e o banheiro caiu em silêncio. antes que você pudesse se desculpar, Matías te jogou contra a parede e te beijou com muita força. a pressão dos lábios dele nos seus era quase insuportável.
sua bolsa caiu no chão e ele prendeu os seus braços rente ao seu corpo. o beijo era desesperado, hostil e te fazia estremecer cada vez que ele investia no ato. dava para sentir o ódio. ele não tinha gostado nada de ver outro homem com aquilo que já tinha sido dele. suas mãos encontrara o peitoral de Recalt, o empurrando para trás com toda sua força.
"você me larga e agora quer ter ciúmes?" a pergunta saiu em um tom ressentido, mas Matí ainda forçava o corpo dele contra o seu e mordia seu pescoço como se quisesse arrancar um pedaço.
"cala a porra da boca e me dá essa buceta. você sabe que quer desde que me viu." ele te puxou para cima da pia com uma força que você desconhecia que ele tinha. suas pernas foram abertas e com facilidade, Matí arrancou sua calcinha branca e guardou no seu bolso. você não sabia o que queria. se queria dar para ele ou chutá-lo no meio das pernas.
decidiu que ficaria com a primeira opção quando ele puxou o seu vestido tomara que caia para expor os seus seios e abocanhar um deles, mordendo o seu mamilo com força para te punir pelo seu comportamento anterior. suas costas arquearam e você grunhiu alto, não se preocupando com o barulho uma vez que a música ensurdecedora da balada não parecia acabar nunca. as pernas rodearam o corpo ex-namorado, o puxando para mais perto, roçando a intimidade descoberta sobre o pau rijo escondido pelo tecido jeans da calça.
"você sabe que foi por isso que a gente terminou, né?" ele afastou os lábios dos seus seios, as mãos focadas em desabotoar a calça e descer o zíper, arrancando o pau para fora da cueca. você ignorou o discurso alheio, dando uma espiadinha no membro que amava tanto. estava exatamente como você lembrava: grossinho, rosado e babado. "porque você é uma vagabunda que não consegue ficar em um relacionamento. sempre quer fazer uma gracinha por atenção."
"parece que você 'tá me usando de desculpa pra falar de si mesmo." você voltou a encarar os olhos repletos de veneno de Matías, sorrindo enquanto o fazia.
"piranha." ele riu, pois sabia que era verdade. voltou a te puxar para perto, se encaixando na sua entrada. a boca estava colada na sua quando ele deslizou para dentro e os gemidos de ambos se tornaram um só.
seu corpo se arrepiou ao abrigar Matías dentro de si novamente. você sentia saudades dele, apesar de tudo. e a melhor parte do breve relacionamento de vocês tinha sido o sexo. o sexo sujo, bagunçado e excitante. as palavras grosseiras sussurradas ao pé do ouvido, o ritmo eletrizante, os tapas e as mordidas. tudo com ele era intenso e você sentia falta dessa intensidade.
"sua buceta ainda é uma delícia." ele segurou os cabelos da sua nuca enquanto a outra mão permaneceu na sua coxa, puxando você para mais perto à cada investida. o membro dele atingia uma grande profundidade devido a sua posição. "você sempre foi uma cachorra apertadinha."
"cala a boca, Matías." você o repreendeu. queria focar apenas no seu próprio prazer, mas o tom de voz irritante a fazia perder as estribeiras à cada segundo. pensou em batê-lo novamente para que ele ficasse quieto mais uma vez.
um tapa estralado foi depositado na sua bochecha. a pele esquentou e o seu olhou fechou involuntariamente com a agressão, o ouvido zumbindo graças à força que ele tinha imprimido no tapa. você não disse nada, apenas retribuiu o tapa que lhe fora dado com toda força que tinha. mais uma vez, Matías te beijou depois do contato. durante o beijo, você mordeu com força o lábio inferior do argentino, sentindo o gosto de sangue no seu paladar.
"você é doida, porra?" Recalt empurrou o seu tronco, levando a mão aos lábios. tinha ficado lindo com a mancha de sangue escorrendo pelo queixo, mas você achou melhor não comentar. a feição que ele estampava não era das melhores. "vagabunda maluca."
o argentino te empurrou contra o espelho, voltando a te foder sem piedade. dessa vez, não fez piadinhas nem continuou a conversação desenfreada. se enterrou em você com força e com velocidade, arrancando gemidos cada vez mais altos e necessitados. suas pernas o traziam para mais perto, mas ele ainda a empurrava contra o espelho. queria você bem longe dele para que evitasse acidentes.
suas pernas tremiam, o peito subia e descia e o ventre era invadido pela sensação única que Matías lhe causava, o prazer singular que só ele sabia lhe dar. você fechou os olhos, aproveitando da sensação de ser realmente fodida em tempos, um sorriso bobo em meio aos gemidos que você deixava escapar.
Matías, focado somente em si, não demorou muito para gozar. depois do tapa e da mordida, tinha ficado com ainda mais tesão. era masoquista e você tinha dado exatamente o que ele queria. derramou-se no interior da sua coxa, arrancando um suspiro de consternação dos seus lábios.
"que porra é essa? eu ainda nem gozei." você protestou, o segurando pela camisa para que ele não escapasse. o peito ardia em raiva pela sensação gostosa ter sido arrancada de si tão rapidamente.
"a gente teve o mesmo tempo, meu bem." ele deu de ombros, vestindo a calça novamente e soltando suas mãos da camiseta dele. "é uma pena que você não tenha conseguido."
Matías apertou a sua bochecha, retirando-se do meio das suas pernas e em seguida, do banheiro. você continuou sentada na pia, o sentimento de humilhação e frustração a comendo viva. as bochechas ardiam em vergonha e as mãos agarraram o pedaço de mármore que a sustentava para que não corresse atrás dele e o esganasse no meio de todas aquelas pessoas.
contentou-se em se vestir novamente e limpar a coxa onde o maldito tinha deixado a sua marca. só aí percebeu que ele tinha levado a sua calcinha com ele, gemendo em descontentamento.
quando achou a bolsa e pegou o celular, algumas mensagens pularam na tela. a maioria das suas amigas, procurando por você. mas, no topo de todas elas, estava o contato que você nunca tinha apagado por mais que jurasse que não receberia uma mensagem dele nunca mais.
a gnt devia repetir oq rolou hj mais vezes
— aviso: penetração vaginal, sexo desprotegido, creampie, menção à sexo.
— word count: 1,5k.
— notas: dia 10 e contando. BORA SAFADAS.
o apartamento mergulhado em silêncio fez Matías suspirar em descontentamento. a saudades de chegar em casa e encontrar as luzes acesas com os gatos brincando e você aprontando alguma coisa era avassaladora.
desde que tinha aceitado o papel para fazer um novo filme sua presença em casa passara a ser muito rara. ficava preso no set até tarde da noite e em alguns fins de semana, também. você odiava aquilo.
tinham enfrentado muitas brigas por causa da carga horária pesada do trabalho de Recalt. você sentia saudades de ter o namorado em casa. odiava jantar sozinha e dormir sem ele para te abraçar. o sexo tinha se tornado um fenômeno esporádico, o que era um choque, pois desde que começaram a namorar, nunca tinham ficado tanto tempo sem tocar um ao outro. por outro lado, Matías se encontrava em uma sinuca de bico. não podia perder o emprego, mas sentia que estava perdendo a namorada.
as brigas tiveram o seu fim. o que veio depois foi muito pior: a saudades interminável misturada à tristeza sem fim. você se pegava chorando mais vezes do que gostaria e tinha cogitado até mesmo terminar. Matías, percebendo tudo aquilo, decidiu colocar um fim na situação.
sentou-se com você em uma noite, montando uma agenda para que vocês pudessem aproveitar o tempo dele livre. sim, uma agenda. os dias sem gravação foram separados para você e você se sentiu muito animada em preencher a agenda do namorado com diversos dates e passeios, assim como era antigamente.
havia só uma coisa que vocês não tinham discutido: o sexo. claro, vocês fariam sempre que a vontade batesse e Matías estivesse livre. mas, com o tempo, vocês passaram a perceber como era difícil ambos terem vontade ao mesmo tempo no período curto em que vocês se encontravam.
foi aí que você teve a brilhante ideia de autorizar o seu namorado a utilizar do seu corpo enquanto você estivesse dormindo. e vice-versa.
"dormindo? mas, que graça tem isso, nena? nem vou ouvir você gemer." Matías argumentou, emburrado. não estava muito feliz com a situação que vocês dois se encontravam.
"é só pra aliviar a vontade, meu amor." você deu de ombros, deixando um beijinho na bochecha dele. "eu sei que você tem muita."
aquilo não deixava de ser verdade. Recalt sentia saudades do seu corpo todos os dias. sentia falta de quando podia transar o dia inteiro, ficando de preguiça na cama quando não estava dentro de você te fazendo gemer o nome dele. ou de te ver andando pela casa só de calcinha apenas para provocá-lo.
tinha se pegado batendo uma no chuveiro mais vezes do que gostaria de admitir. quando você já estava dormindo e as luzes do apartamento estavam apagadas, ele ligava o chuveiro e se perdia no prazer que as próprias mãos podiam lhe dar. nada era melhor que você, no entanto.
Matías não tinha concordado nem negado com a sua loucura de poder utilizar o corpo um do outro enquanto estivessem dormindo. ele achava perda de tempo foder você sem que você estivesse acordada para reagir e interagir com ele. mas, com o passar do tempo estava sendo cada vez mais difícil chegar em casa e te encontrar adormecida. ele precisava foder você. de qualquer jeito.
ao fim de mais uma das noites cansativas de gravação, Matías destrancou a porta do apartamento e adentrou a sala vazia. as luzes estavam apagadas e os gatos brincavam silenciosamente, arranhando o brinquedinho que Recalt tinha demorado horas para pendurar na parede. andou em passos suaves até o quarto, onde te achou adormecida, com a televisão ligada.
ele sabia que você tentava esperá-lo o máximo que conseguia. geralmente colocava algum filme de ação (que você odiava) bem barulhento para te deixar acordada, mas nada funcionava. você também tinha o seu trabalho e chegava exausta em casa todos os dias.
naquela noite em específico, você estava mais bonita que o normal. tinha lavado o cabelo, depilado as pernas e estava envolvida em uma nuvem de fragrância de morango. as bochechas estavam rosadas, provavelmente pelo calor do cobertor que você tinha chutado para o lado, expondo suas pernas e um pouco da bunda. usava uma camisola que Matías tinha comprado para você como presente de natal. era mais cara que uma camisa original do Boca Juniors, mas valia cada centavo. seu corpo ficava esplêndido no tecido rendado.
ele não sabia se era pela saudades do seu corpo, mas não conseguia tirar os olhos de você. sentia-se sujo por pensar em profanar o seu sono, então, com muita determinação, deu meia volta e entrou no banheiro da suíte. retirou a roupa tentando não fazer barulho para não acordá-la.
uma vez dentro do chuveiro, Matías deixou que a água gelada caísse sobre sua cabeça. tentou acalmar os ânimos com a temperatura congelante, mas nada tirava você da cabeça dele. a destra agarrou o próprio membro, os olhos se fechando enquanto os movimentos de vai e vem começavam a se desenhar. não demorou muito para que ele gozasse, visto a sua situação desesperadora.
quando voltou para o quarto, com os cabelos pingando e o corpo tremendo, deitou-se bem longe de você. não queria sentir o seu cheiro e ser obrigado a te acordar. Matías nunca te acordava. ele sentia pena de tirar você do seu sono.
tentou dormir, fechando os olhos com força e abraçando o travesseiro macio da cama. mas, as narinas voltavam a inalar o seu cheirinho, a pele sentia o calor que emanava do seu corpo e a mente estava presa na sua imagem com a bunda empinada e as bochecha de fora.
olhou por cima do ombro. você continuava dormindo como um anjo, inabalada pela confusão que se passava na mente de Matías. naquele novo ângulo, ele podia ver os seus seios apertados um contra o outro devido à sua posição. o pau de Matías pulou em excitação dentro da cueca.
de repente, ele conseguiu compreender a sua ideia. jamais teria coragem de te acordar do sonho pesado em que você se encontrava. mas, você estava tão linda e ele tão necessitado. queria te tocar, cheirar o seu pescoço, se forçar para dentro de você.
silenciosamente, Matías se arrastou para perto de você. abraçou o seu corpo, puxando você para mais perto para que pudessem ficar em posição de conchinha. você resmungou baixinho, e não disse mais nada em seguida. voltou para o sono profundo que te envolvia tão deliciosamente.
a mão livre desceu por sua coxa, acariciando a derme quente. os dedos formigavam em excitação, o choque de temperatura da pele gelada dele com a sua pele quente o fazendo estremecer. os dedos ágeis subiram ainda mais a camisola, expondo a sua calcinha de renda e a sua bunda, que Recalt era perdidamente apaixonado.
com um suspiro, o argentino puxou o tecido para o lado, deslizando o dedo médio e o anelar entre seus lábios quentinhos, tocando o seu ponto sensível com cuidado. a reposta foi imediata: você estremeceu, ainda adormecida, e o seu sexo tornou-se mais úmido a medida que Matías te tocava. um sorriso travesso surgiu nos lábios dele, impressionado com o comportamento do seu corpo, mesmo que você não estivesse acordada.
o dedo médio foi inserido no canal apertado, movimentando-se lentamente enquanto a lubrificação se tornava mais e mais abundante. o dedo anelar veio em seguida, esticando as paredes enquanto era introduzido. você gemeu baixinho com os toques do namorado, acertando-o com uma onda de desejo.
crente de que não poderia mais esperar, Matías retirou os dedos do seu interior e abaixou a cueca o suficiente para que pudesse liberar o membro pulsante. o posicionou na sua entrada, pincelando-a com o seu mel para que não te acordasse ao te penetrar. com muito cuidado, Recalt empurrou a sua extensão para dentro de você.
tinha sido uma tortura não poder entrar em você de uma só vez. cada vez que ele parava para você se acostumar, o corpo tremia em desejo. quando a pelve dele encostou na sua bunda, a respiração do argentino já era uma bagunça descompassada. se concentrava para não gozar com aquele simples estímulo.
quando Matías deu início aos movimentos, a mão livre teve que segurar o seu quadril com força para que ele não perdesse os sentidos. suas paredes se contorciam ao redor dele cada vez que ele investia, arrancando gemidos baixos da garganta do argentino.
a cabeça girava, imersa em prazer. o cheiro do seu perfume misturado ao suor do seu corpo, a sua pele quente, os cabelos que faziam cosquinha no rosto de Recalt, tudo servia como um impulso para os movimentos lentos e fortes.
você continuava imersa em seu sono, embora alguns gemidos e arfares escapassem da sua boca vez ou outra. estes eram como recompensas para Matías, que continuava realizando os movimentos que lhe faziam reagir.
quando estava perto do ápice, o argentino escondeu o rosto na curvatura do seu pescoço, investindo mais forte do que as outras vezes. o aperto do seu canal ao redor do pau dele foi suficiente para que ele se desfizesse com um gemido arrastado.
fora de você, encarando o teto enquanto regularizava a respiração, Matías sentiu o seu corpo remexer inquieto. virou-se, encontrando os seus olhinhos inchados na escuridão.
"amor? já chegou?" você perguntou, ainda sonolenta, o puxou para um abraço. "você está suado. 'tava tendo um pesadelo?"
"muito pelo contrário, nena. estava mergulhado num sonho."
uau²
uau.
Eu aí
gente tô pensando no pardella de novo
felipe otaño core
Avisos: Menção a bebida alcoólica e sexo, cena de vômito, não é explícito mas o ato é mencionado algumas boas vezes, rivalidade masculina, eu sorrateiramente (ou não) enfiando Pardella de caubói pois ainda não superei meu one shot do cowboy!Pardella e enzo maridinho pq a @creads plantou a sementinha do mal em mi.
Notas: Oi gatinhas, mais um especial aqui no blog e esse aqui foi cheio de altos e baixos pq uma hora eu achava que estava muito ruim e depois achava que tava muito bom kkkkkk é complicado. eu genuinamente pesquisei bastante sobre festas de são joão pra deixar isso aqui minimamente relatable e espero de vdd q vocês gostem! feliz são joão, galera de caubói.
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"Então é só colocar meu nome?" O argentino pergunta, uma caneta preta em uma mão e um papel vermelho em formato de coração na outra.
"Não, seu nome não." Você pega o papelzinho da mão dele, ainda em branco, nada escrito. "Você só vai botar seu recadinho e o nome da pessoa que você quer que receba, ai depois eles vão passar pela festa pra distribuir"
"Porque eu não posso botar meu nome?"
"É anônimo, Blas. Essa é a graça."
"Mas você sabe que sou eu que vou te mandar, então qual o intuito de permanecer anônimo?" Ele pergunta, genuinamente confuso.
"Blas..." Você diz, cansada de ter que responder as perguntas do gringo.
"Ta, ta, só vou escrever aqui..." E o garoto se curva contra a mesinha para poder escrever seu recadinho, enquanto você termina o seu e dobra o papelzinho.
Dão uma rodada pela festa, de mãos dadas, era possivelmente a noite mais romântica que já teve com Blas, e olha que já teve uma boa quantidade dessas, afinal, namoram há quase 2 anos. Como o amor estava no ar, insistiu que ele provasse maçã do amor, o que provavelmente foi sua melhor ideia da noite, pois foi hilário ver o argentino tendo dificuldade em morder o doce duro, e quando finalmente conseguiu, a camada de caramelo saiu voando para todos os lados, se partindo completamente, o sujando.
O garoto vestia uma blusa xadrez vermelha e preta, deixou você desenhar um bigodinho com lápis de olho, o que, pra ser sincera, caiu bem nele. Ele também tinha um chapéu de palha, que amassava os cachinhos dele mas ainda sim o deixavam atraente. Você também estava completamente caracterizada: Vestidinho caipira azul e vermelho, com pintinhas na bochecha e marias chiquinhas no cabelo.
Era a primeira vez de Blas em uma festa junina. Conheceu o garoto em Madri, onde moram atualmente, mas sempre que possível viajam pra Argentina ou para o Brasil, para passar um tempo com a família de cada um. Geralmente vêm ao Brasil na época de carnaval, mas algo nesse ano deu errado com a viagem e só conseguiram vir em Junho, bem a tempo para as festas de São João.
"Quer ir na barraca do beijo?" Você pergunta, animada.
"O que é isso?"
"Acho que o nome é auto explicativo." Você o arrasta pela festa, param de frente para a barraca, onde um casal se beijava e uma garota estava sentada detrás da mini barraca, esperando para alguém a beijar. "Olha."
Você e Blas observam conforme outra garota se aproxima da barraca, troca alguns flertes com a garota sentada e elas finalmente se beijam, as duas sorrindo durante o beijo. Olha para Blas, que sorria, achou a cena genuinamente fofa, e dá uma leve cotovelada nele.
"Quer ir lá?"
"Tá doida!?" Ele diz, desesperado, achando que você insinuou que ele podia beijar outra garota. Você apenas dá risada e balança a cabeça, saindo de perto do garoto. "Ei, onde você vai?" Ele tenta te puxar de volta, mas você escapa.
Sussurra algo no ouvido do garoto que estava na barraca, que tinha parado de beijar conforme as duas garotas começaram, Blas olha toda a cena confuso, meio tenso, mas relaxa quando vê o garoto te lançar um "jóia" e te deixar sentar no lugar dele. Você se ajeita no banquinho, juntanto as mãos na bancadinha e sorrindo travessa para o seu namorado. Blas se aproxima devagar, entendendo o recado, fazendo você dar um risinho, tendo que tampar a própria boca para que o som de uma risada alta não escape.
"Sabia que você é uma das garotas mais lindas dessa festa?" Ele falar, você morde o lábio.
"Uma das? Então eu não sou a mais linda?" Você questiona, querendo provocar.
"Não, a mais bonita provavelmente é aquela ali." Ele aponta para uma mulher que tinha uma cesta com os papéis do correio do amor, distribuindo os corações.
"Que nojo, Blas! Falar da minha mãe é sacanagem!" Você diz, acertando um tapinha no ombro de Blas, que dá risada. "E seu desenrolo é péssimo."
"É, mas você ainda sim me deve um beijo." Ele diz, apontando pra placa que diz 'barraca do beijo'. "Posso retirar meu pedido?"
"Sim senhor." Você diz, sorrindo boba, se inclinando na direção do garoto.
Dá apenas um beijinho no rapaz, mas Blas te puxa pelo queixo, aprofundando, você não conseguia desfazer seu sorriso durante o beijo. Ele segura seu rosto delicadamente, te beijando lentamente, um beijo de fazer seu corpo arrepiar, não importa o quão acostumada está com isso.
"Ei, pombinhos!" Ouve sua mãe chamar e se separam na hora, você tenta limpar o resquício do bigode falso de Blas que provavelmente estava em seu rosto. "Desculpa interromper o beijo, mas tenho recadinhos pra vocês"
A mulher entrega um papel para Blas e dois para você, o que você estranha, mas aceita mesmo assim. A mulher permanece ali, esperando pela reação de vocês, adorava acompanhar momentos românticos de perto, por isso aceitou ajudar no correio do amor. Você olha para Blas, que lê o dele com um sorrisinho.
"Você até que é romântica quando quer, né?" Ele diz. "Você nunca me chamou de Blasito."
"Quê?" Você fica confusa e praticamente arranca o papel da mão do garoto. Realmente nunca o chamou pelo apelido carinhoso, muito menos tinha colocado no recado. Olha para o papel e não encontra seu recado, muito menos sua caligrafia, mas quando levanta o olhar para seu namorado, vê sua mãe sutilmente te lançando um olhar como quem diz 'cala a boca e finge'. "Ah. É. Gostou?"
"Muito." Ele dá um beijo na sua testa. "Já leu o seu?"
"Ainda não." E você esconde o segundo recadinho na outra mão, enquanto segura o de Blas.
"Você é o amor de todos os meus carnavais, natais, páscoas e agora de todos os meus São Joãos" Dizia o recadinho. Você o olha com um biquinho, amolece com o recadinho, Blas ri com a sua reação e você deposita um pequeno selinho nele.
"Blas, quer me ajudar a entregar o resto?" Sua mãe, que ainda estava ali, pergunta.
"Claro." Ele diz, te dando mais um beijo no topo da cabeça, você olhava para o recadinho toda apaixonadinha. "Eu já volto, não beija ninguém!" Ele se afasta com sua mãe, fazendo você rir.
Você sai da barraca do beijo, agradece ao menino que te deu lugar, que apenas pisca para você e volta para o lugar. Conforme anda pela feira, vê o segundo bilhetinho. "Troquei sua mensagem pro Blas. Você realmente puxou seu pai, porque não sabe ser romântica de jeito nenhum. Beijos da sua mãe." E você dá risada, não acreditando na audácia da mulher mais velha.
Quando você decidiu arrastar seu namorado para a festa junina da sua família, ele não podia ter ficado mais feliz. O argentino ama entrar em contato com sua cultura, e como você é apaixonada por festa junina, a data de São João sendo sua favorita, ele mal podia esperar para te ver toda caracterizada. Você deu muita risada quando Esteban apareceu com o chapéu de palha e uma blusa quadriculada verde, o rostinho bobo dele se destacando na caracterização. Tinham decidido ir combinando, então sua saia verde e estampada tal qual um pano de mesa caipira combinava com a blusa do rapaz.
Quando desceram para a sala, se depararam com uma mesa cheia de guloseimas, mas sua mãe ainda estava posicionando tudo, então não permitiu que você roubasse nem uma paçoquinha. Ficaram no quintal da casa, em volta da fogueira que seu pai e seu tio tinham montado, de mãos dadas, conversando sobre qualquer coisa.
"Vai?" Seu pai aparece com espetinhos de salsichão, completamente envolvidos na farofa, você sorri enquanto Esteban te olha confuso.
"Valeu, pai." Você pega um, seu pai oferece pra Esteban. "Pega." O incentiva.
"Eu provo do seu."
"Nem pensar, se você gostar eu não vou querer dividir." Você diz. "Dá um pra ele, pai." E o homem mais velho entrega um espetinho na mão do seu namorado antes de se retirar.
Esteban observa como você morde a carne e te imita, fazendo você quase cuspir toda a farofa quando vê o bigode dele todo enfarofado. Começa a dar risada, tendo que tampar a própria boca com a mão.
"Quê?" Ele diz de boca cheia, um pouco de farofa voando com o ato, fazendo ele dar um risinho tímido e a sua risada se intensificar, você já lacrimejando e se forçando a mastigar mais rápido para engolir logo.
"Não fala de boca cheia!" Você o repreende com um riso assim que engole o seu. "E ai, gostou?" E dá mais uma mordida no próprio espetinho.
"Gostei." Ele responde, dando mais uma mordida.
"Depois quer provar milho cozido?"
"Eu já comi milho cozido."
"Mas não na espiga, com bastaaante manteiga." Você diz, salivando só de pensar. "Agora minha missão pessoal se tornou fazer você comer todas as comidas típicas."
"Você vai me fazer passar mal, já viu o tanto de comida que sua mãe fez!?" Ele diz, sua família é grande, mas sua mãe é realmente conhecida por exagerar na quantidade de comida nas festas, mas em defesa da mulher, ela gosta que todos saiam com um pratinho feito.
"Vai nada."
E estava certa. Esteban ficou bem o resto da noite, apenas se esbaldando nas diversas comidas. Depois do salsichão foram pro milho, mais uma comida que serviu para sujar o bigode de Esteban, mas que ele adorou. Já gostava de milho, mas algo sobre a manteiga e o alimento estar ainda na espiga melhora a experiência. Depois do milho sua vó insistiu que vocês provassem o caldo verde dela, mas a senhora, sem nem sequer pensar no fato de que seu namorado é estrangeiro, exagerou na pimenta quando colocou o dele. Você aguenta, já estava acostumada com o caldo bem apimentado, mas Esteban precisou pegar um copo de leite na geladeira para se livrar do ardor na garganta. Dito isso, ele amou o caldo e até repetiu, dessa vez maneirando na pimenta. Agora ele estava jogado no sofá, se recuperando do salsichão, do milho e das duas cumbucas de caldo verde, genuinamente considerando abrir o botão da calça para que a barriga pudesse estufar livremente.
"Desistiu?" Você aparece na sala, uma bandeijinha em mãos. "Ainda tem mais. Força, guerreiro!"
"Amor, eu não aguento mais comer."
"Mas eu trouxe as sobremesas..." Você faz um biquinho, botando a bandeija em cima da mesa de centro da sala. "Trouxe até queijadinha pra você experimentar, já que você gosta de queijo ralado." Você diz e entrega o docinho, que ele aceita.
"Ué, e você?" Ele nota você pegar outro doce da bandeja, petiscando.
"Não gosto de queijadinha." Você faz careta. Esteban dá de ombros e prova o doce, gemendo de satisfação quando sente o gosto do queijo e do coco.
"Isso é divino." Ele diz, de boca cheia, os olhinhos fechados, comendo o resto do doce em uma abocanhada só.
"Sabia que ia gostar." Sorri e entrega outra pra ele, ele te dá um beijão na bochecha antes de comer a segunda queijadinha.
"Qual o próximo?" Ele pergunta, limpando a mão em um guardanapo que estava na bandeja
"Pé de moleque e pé de moça" Você pega o pratinho com os dois doces, dois pedaços de cada um. "São coisas diferentes, ó..." Você pega um pé de moleque e o entrega
Explica como o pé de moleque é mais duro e o pé de moça é mais cremoso, mas que são basicamente a mesma coisa. Esteban gosta mais do pé de moça, e você faz uma piadinha de como são o casal perfeito pois você prefere o pé de moleque. Depois dos pés, provam os bolos de fubá, de milho e de aipim, um pedaço pequeno de cada. Diz para ele que não gosta tanto do de milho, apesar de amar o de milho com coco e o argentino faz você prometer que um dia vai fazer para ele. Esteban fica encantado com o bolo de fubá, e você o garante que ele vai amar mais ainda no dia seguinte, quando tomar um café preto bem quente com o bolinho.
Depois dos bolos provam a paçoca, seu doce preferido. Fez questão de pegar várias. Esteban fica apaixonado igualmente, o que não é tão surpreendente, afinal, o doce de amendoim conquista qualquer um. Teve que se segurar para não comer tudo, tinha um plano. O último doce da bandeja era uma mini cumbuca de canjica, que vocês dividiriam. Esteban achou sem graça, o gosto é bom até, mas muito simples e é nessa hora que você põe seu plano em ação. Pega uma das paçocas que não comeram, esfarela no doce branco e faz Esteban provar novamente.
"Agora sim!" Ele diz, muito animado, fazendo você rir.
"Ei, não come tudo!" Você tira a colher da mão dele, mas para quando vê o bigode dele branquinho, manchado do doce cremoso. "Você tem um negocinho aí." Avisa, apontando pra boca dele.
"Onde?" Ele passa a língua pela boca, mas não limpa nada.
Você ri e se inclina na direção dele, limpando com sua própria língua. O tempo parece parar. Você limpa o doce dos pelinhos e lambe a própria boca, se certificando de que agora você não estava suja. Esteban te puxa para um beijo, ambos sentindo o gosto da canjica doce e da paçoca na boca do outro.
"Amor?" Ele interrompe o beijo.
"Hm?" Você ainda está de olhos fechados, ainda saboreando o beijo doce.
"Você está no cardápio?" Ele pergunta, fazendo você abrir os olhos na mesma hora.
"Quem quer cuscuz!?" Ouve sua vó gritar antes de você responder, você e Esteban dão risada, ele afundando o rosto na curva do seu pescoço.
"Só mais tarde, pelo visto." Você diz e se levanta. "Vem, vamo comer um cuscuz." Estende a mão pra ele.
Observava da mesa de plástico coberta com um pano florido seu namorado brincar com seus priminhos mais novos, jogando os estalinhos no chão e rindo conforme as crianças se assustam. Vez ou outra ele ameaçava jogar o estalinho nas crianças, que corriam dele e ele corria atrás, todos rindo com a brincadeira. Conforme os estalinhos da caixa acabam, Pipe se retira, vai até você ofegante, fazendo você dar risada enquanto ele puxa uma cadeira de plástico para se sentar.
"Cansou, é?" Você ajeita a blusa quadriculada azul do rapaz, que sobe as mãos pela sua perna coberta pela legging preta. Estava de legging e uma blusa quadriculada vermelha, uma bota preta de couro nos pés.
"Crianças são ótimas, mas eu não tenho mais energia pra isso." Ele diz e bebe um pouco do refrigerante no copo de plástico em cima da mesa.
"Poxa, achei que você ia ter energia pra brincar comigo também." Você diz, Pipe se engasga com o refrigerante. "Ai meu deus, eu não quis dizer nesse sentido!" Você ri, Pipe dá batidas no peito e algumas tossidas. "É que tem as barraquinhas..."
"Eu sei, eu entendi agora." Ele ri e bota o copo de volta na mesa. "E eu nunca estou cansado pra você, amor." Ele se inclina para te beijar, trocam exatamente 3 beijinhos delicado.
"Nossa, você beija como um perdedor." O provoca, se levantando em seguida.
"Ah, vai ser assim?" Ele pergunta, se levantando conforme você anda até a barraquinha da pescaria.
"Obviamente."
A festa junina da vizinhança estava muito bem decorada, a rua com bandeirinhas e barraquinhas de comida e de joguinhos, tudo feito pelos próprios moradores, algo que era costume do bairro desde que você era ainda neném. Para esse ano, decidiu levar seu namorado argentino. Sempre contou para ele da tradição e achou que seria legal ele ver a magia acontecer com os próprios olhos. Pipe estava amando, ama passar tempo com você no Brasil e adorou conhecer os vários amigos e vizinhos da família
"Não vale chorar se perder, hein." Pipe diz, pegando a vara de pesca que você o oferece.
"Até parece, Felipe." Você diz, pronunciando o nome do garoto com o sotaque bem abrasileirado. "Eu jogo esses jogos desde que sou pequena, você tá em desvantagem aqui." O jogo começa e você e Pipe tentam pescar os peixinhos de plástico que boiam na água de uma bacia.
"É, mas você esquece o quanto seu namorado é competitivo."
E o jogo continua, você consegue pegar 3 peixinhos, enquanto Pipe ainda estava com 2. Ainda faltava 2 peixinhos para serem pegos, mas você estava tranquila pois Pipe estava longe de conseguir pescar alguma coisa, e se você conseguisse mais um, já teria vencido. Seu namorado começa a ficar frustrado, bufando e passando a mão pelo cabelo de forma nervosa sempre que a vara escapa, não conseguindo pescar o peixinho. Quando você finalmente consegue, larga a vara de pesca em qualquer canto e começa a comemorar, pulando de alegria para cima de Pipe, que apenas ri.
"Que pasa, hermano!? Não fica em choque não!" Você grita no rosto do rapaz, que te afasta pela cintura.
"Vai comemorando, sua hora vai chegar."
E ele estava certo, pois logo em seguida jogam o jogo da argola, que consistia em acertar argolas em garrafas de vidro, quem acertasse mais, ganharia. Sua mira sempre foi boa, então você estava otimista, mas quando Pipe acerta 4 argolas seguidas, você fica tensa e passa a errar todas as tentativas. Ele acaba ganhando dessa vez.
"Quem é a perdedora agora, hermana?" Ele provoca, você o olha e cruza os braços. "Vai fazer pirraça?"
"Uma semana." Você o avisa, deixando o argentino confuso.
"Pra que? Pra você aceitar que é uma perdedora?"
"Duas semanas."
"Do que você tá falando?"
"De sexo." Você esclarece. "Duas semanas sem sexo por ter me chamado de perdedora." Você dá as costas e vai para a próxima barraquinha.
"Quê? Não!" Ele vai atrás de você, dando risada.
O próximo jogo é o que é conhecido por "rabo do burro", no qual a pessoa é vendada, rodada e precisa colar o rabo em um desenho de um burro, no local indicado, a que chegar mais perto, é a vencedora. Pipe vai primeiro, e você decide o girar, avacalhando completamente, não ia facilitar para o gringo. Pipe grita desesperado para você parar, ele já estava completamente tonto, mas você apenas ri maleficamente e o roda mais ainda. Quando você para, o pobre argentino cambaleia no próprio lugar, tentando se equilibrar minimamente antes de começar a andar. O maldito consegue ir na direção certa, mas cola o rabo na cara do burro desenhado. Para uma primeira vez, até que ele foi bem. Você vai logo em seguida, e pede pro seu irmão mais velho te girar, como tinha sacaneado Pipe, sabia que ele ia te sacanear de volta. O problema é que no momento que você colocou a venda, Pipe trocou de lugar com seu irmão, te girando extremamente rápido.
"Felipe!" Você grita, o garoto finalmente deixa uma risada o escapar, você sabia que era ele pois conhece a sensação da mão dele. "Eu vou te matar!"
Quando ele finalmente para de te girar, você quase cai completamente no chão, e demora um tempo para se estabilizar. Anda cegamente, não podendo confiar em nenhum outro sentido. Quando finalmente cola o rabo, já sabia que tinha feito um péssimo trabalho, e quando tira a venda, um riso alto te escapa. Pipe apenas te olhava sério, com o rabo do burro colado na testa.
"Como você achou que isso possivelmente era o lugar certo?" Ele pergunta, tirando o rabo da testa, entregando para outra pessoa que iria jogar.
"Eu nunca fui muito boa nesse." Você dá de ombros. "Mas eu vou te amassar no próximo."
"Veremos." Ele diz, confiante pois estava na vantagem.
A próxima barraca é a de tiro no alvo. Quando vê Felipe pegando a arma confiante, dando um sorrisinho de lado, fica um pouco desconcertada, mas tenta fingir normalidade. Ele começa de novo, se concentrando nas garrafas de plástico que precisa acertar, cada uma valendo pontos diferentes. Eram 5 tiros, e Pipe acerta duas de 20, duas de 10 e uma de 40, totalizando 100 pontos. Você sorri confiante, nunca acertou menos de 100, então estava certa de que venceria essa. Ele te passa a arma delicadamente e enquanto você se posiciona, ele para atrás de você.
"Quer ajuda, gatinha?" Ele segura na sua cintura, sussurrando no seu ouvido, claramente querendo te desestabilizar.
"Não, eu sei como lidar com uma arma." Você pisca para ele, o afastando, Pipe apenas levanta as mãos em rendição e se afasta, fazendo você sorrir.
Seus tiros são rápidos e precisos, todo ano de festa junina seu irmão mais velho te ensinava a atirar, então você já tinha toda a manha necessária para o jogo. Acerta uma garrafa de 50 pontos, três de 20 e uma de 10, totalizando 120 pontos. Quando termina os tiros, assopra o cano da arma, como em filmes, querendo provocar o argentino que estava do seu lado.
"Confesso que estou impressionado." Ele diz, te puxando pela cintura, colando seu corpo no dele.
"Eu disse que sabia o que estava fazendo." Você diz, dando um selinho no seu namorado. "Agora que estamos empatados, o que você acha da gente desempatar na dança das cadeiras?" Você diz, vendo algumas pessoas organizando as cadeiras.
"Corrida até lá?" Ele pergunta, você tenta correr disparada, aceitando o desafio, mas ele te segura, te coloca atrás do corpo dele com facilidade e corre na frente.
"Felipe!" Você grita, correndo atrás do seu namorado que ri como uma criança.
Os dois meninos estavam insuportáveis, e conforme bebiam mais e mais, a situação piorava. Depois de muita insistência dos meninos, decidiu levar seus dois melhores amigos argentinos para uma festa junina brasileira. Achou que seria ótimo, um rolê diferente do que vocês costumam fazer, mas os dois estavam se bicando a noite inteira. Sua paciência se esgotava a cada segundo que passava.
Os dois morenos eram afim de você, e você é 100% consciente desse fato, afinal, já ficou com os dois. Mas até então isso era um segredo, Matías não sabia que Símon já tinha ficado com você e vice-versa, já que toda saída que dava e ficava de casal com um, o outro não estava presente. Ambos descobriram assim que chegaram no Brasil, vocês três bêbados no bar do Seu Zé, na esquina da casa dos seus pais, o fato de você revezar entre os dois escapando de você sem querer. E é por isso que os dois estavam brigando essa noite.
Ambos estavam em um hotel, compartilhavam um quarto enquanto você estava na casa dos seus pais, mas nenhum dos dois queria voltar pro hotel, obviamente. A noite toda foi preenchida com os dois tentando o máximo ganhar sua atenção, tentando vencer a competição imaginária de quem vai pra casa com você. Mas a coisa estava completamente fora de controle, pois se o assunto da mesa fosse algo que os dois discordavam, eles começavam a bater boca.
"Você não concorda, gatinha? O boca não ganha uma libertadores desde sei lá... 2007?" Símon provoca. "Teu time é uma merda, cara."
"Ah ta, falou o cara que torce pro time que só tem 4 libertadores, não sei se você sabe, mas o boca já tem 6. 6!" Matías rebate. Você revira os olhos, virando mais um copinho de cachaça. "E a gente sabe que a brasileirinha aqui se amarra no boca." Ele envolve um braço nos seus ombros, te puxando pra perto.
"Ih, sai fora, eu sou flamengo, rapá." Você se afasta, Símon dá risada.
"Ta vendo? Teu time é uma piada!" Símon provoca, ele e Mátias voltam a bater boca, falando um por cima do outro.
Você dá com sua cabeça na mesa de madeira, se pudesse, quebraria o próprio crânio só pra não ouvir mais a voz dos dois. Eles nem se importam com seu movimento, ambos muito investidos na discussão. Você levanta a cabeça pronta para se levantar da mesa e escapar das duas crianças argentinas, mas uma coisa capta sua atenção.
"Chega." Você diz, mas os dois continuam. "Chega! Vocês dois vão me deixar maluca!" Você eleva a voz, os dois te olham, finalmente ficando quietos. "Vocês estão brigando a noite inteira, eu não aguento mais!" Você se levanta.
"Onde você vai?" Matías pergunta.
"Vocês querem brigar pra saber quem vai ficar comigo essa noite?" Você se inclina, apoiando as duas mãos na mesa, os dois trocam um olhar. Eles realmente achavam que estavam sendo sutís nas suas verdadeiras intenções. "Me respondam."
"Sim!" Os dois dizem ao mesmo tempo, meio com medo do que você vai fazer em seguida.
"Ótimo." Você fica ereta novamente. "Tá vendo aquele touro mecânico ali?" Você aponta para o brinquedo, a poucos metros de distância de vocês. "Quem conseguir ficar mais tempo, vai embora comigo."
"Amor, nós já bebemos o suficiente essa noite, não vamos conseguir nos segurar nem por 1 minuto sequer." Símon diz, rindo.
"É, aposto que nem você conseguiria." Matías diz, dando um gole na cerveja dele.
Você apenas ergue uma sobrancelha, questionadora, e sai de perto da mesa, indo determinada até o brinquedo. Os garotos se olham e te seguem, curiosos. Você arranca as botas do pé e sobe na área inflável que envolve o touro, para que as pessoas pudessem cair confortavelmente do animal mecânico. Os dois te olham atentamente, e deixam um suspiro sair quando veem você pular no brinquedo, se ajeitando. Eles nunca quiseram tanto ser um touro mecânico. Você se ajeita e segura na corda atrelada ao touro, dando uma puxada firme se assegurando que estava bem presa, em seguida dá um "jóia" pro condutor do brinquedo, sinalizando que estava pronta.
Símon e Matías quase babam quando o brinquedo entra em ação, vendo como você praticamente rebola no animal mecânico, os movimentos da sua cintura acompanhando os movimentos da máquina, te impedindo de cair. Suas pernas envolvem o touro com força, e conforme o brinquedo fica mais violento, você acaba soltando uns gemidos devido a força que faz com as pernas e os braços, que seguram a corda. São seus gemidos que fazem os dois meninos trocarem um olhar.
"Cara..." Matías fala.
"É, eu sei..." Símon responde, ambos voltam o olhar para você.
Você fica no touro uns 3 minutinhos antes de começa a ficar tonta. Seus músculos começam a vacilar, o que faz com que você caia do touro, dando risada, seu cabelo espalhado pelo tecido inflável, seu rosto vermelho e sua respiração ofegante. Sai do brinquedo com a ajuda de um cara que estava perto da saída, o agradece conforme ele se certifica que você está bem.
"E aí, vão aceitar o desafio ou eu vou pra casa sozinha?" Você pergunta, botando sua bota de volta.
"Vou primeiro!" Matías entrega a cerveja para Símon, já arrancando o tênis para subir no brinquedo.
Para a surpresa de todos, o garoto até que consegue ficar bastante tempo, até faz graça, girando uma mão no ar como se tivesse com um laço enquanto a outra segura a corda do touro. Você dá risada, enquanto Símon balança a cabeça, sabendo que estava ferrado. Matías consegue ficar 1 minuto e sai do brinquedo cambaleando, passando reto por você e Símon, indo para a lata de lixo mais próxima e botando tudo pra fora. Você olha em completo choque, enquanto Símon chora de rir.
"Não ri dele!" Você dá um tapinha no peito de Símon, indo até Matías, botando a mão na testa do garoto. "Matí, você tá bem?"
"Eu bebi demais antes de ir no to..." E ele bota mais pra fora, fazendo você desviar o olhar. Símon se aproxima de vocês dois, ainda segurando o copo de cerveja do Matías, que pega o copo do amigo e bebe mais um pouco, querendo se livrar do gosto de vômito da boca.
"Ô garoto!" Você arranca o copo da mão dele. "Você já ta passando mal e ainda quer beber mais?"
"Não pode?" Ele pergunta, você revira os olhos. "É sua vez, Símon." Matías diz, vomitando mais logo em seguida.
"É sério que a gente vai continuar com esse desafio idiota?" Símon questiona, você dá de ombros. Era uma competição justa. "Tá." Ele tira a jaqueta jeans, te entregando.
Enquanto você permanece do lado de Matías, se certificando que o garoto não ia desmaiar dentro da lixeira, Símon encara o desafio. Símon não faz graça igual Matías, estava 100% concentrado, queria vencer a qualquer custo. E graças a determinação do rapaz, ele consegue, fica 1 minuto a mais do que o amigo. Matías continua vomitando conforme Símon faz o caminho de volta para você, mexendo no próprio punho.
"Você venceu, parabéns." Você diz, e só conforme Símon se aproxima que você nota a expressão de dor estampada no rosto do rapaz.
"É... Eu acho que dei um jeito no punho quando caí." Ele diz. "Acho que vou ter que ir no médico, ta doendo bastante." O garoto diz, Matías chama seu nome, e você desvia o olhar para ele.
"Eu acho que vou precisar ir também... não to legal." Ele diz, o enjôo audível no seu tom de voz.
Acaba que você termina a noite indo embora com os dois... Pro hospital.
"Eu to me sentindo ridícula." Você diz do banheiro, se olhando no espelho enquanto Agustín estava no quarto, ajeitando o chapéu de caubói na cabeça.
"Cadê? Deixa eu ver." Ele diz e a porta do banheiro se abre. Você aparece emburrada, usando um vestido caipira branco de babados com pequenas bandeirinhas coloridas decorando a saia rodada. Pardella dá risada, você cruza os braços e fica mais emburrada ainda.
"Amor!"
"Desculpa! Você está linda demais." Ele se aproxima de você, te abraçando e depositando um beijo no topo da sua cabeça. "Eu mal posso esperar para casar de verdade com você."
"Te garanto que o vestido vai ser bem mais bonito que esse." Você diz, Pardella dá uma risada.
Mês passado o seu namorado argentino, com quem você já estava em uma relação de 4 anos, finalmente ficou de joelhos e fez a pergunta tão esperada. Você aceitou, claro, finalmente tinha achado o homem dos seus sonhos, seria doida se negasse passar a eternidade com ele. O pedido aconteceu em uma viagem que os dois fizeram para o Chile e quando voltaram para a Argentina, puderam comemorar o noivado com os amigos e a família do seu noivo. Quando sua mãe ficou sabendo do noivado, implorou para que você fosse para o Brasil, que passasse pelo menos uma semana no seu país de origem, ela precisava ver o anel de diamante com os próprios olhos e não somente por uma tela.
Sua mãe iria fazer uma pequena festa de noivado para vocês dois, mas quando sua tia deu a ideia de uma festa junina na qual vocês seriam os noivinhos, a matriarca aceitou na hora, afinal, o timing era perfeito, já que a festa de São João se aproximava. Claro que Agustín adorou a ideia, já tinha frequentado várias das festas juninas da sua família e amou a criatividade da coisa. Você não tinha poder de escolha, foi obrigada a aceitar, mas confessa que se animou um pouquinho depois de ver sua vó bastante animada de costurar seu vestidinho de noiva caipira.
Enquanto você vestia seu vestido branco junto com uma bota de caubói branca e um véu curto preso na cabeça, Pardella parecia um verdadeiro caubói: Vestia uma calça jeans e um blazer branco, nos pés uma bota de caubói marrom e na cabeça um chapéu de caubói branco. Na manga do blazer branco dele havia algumas bandeirinhas coloridas que combinam com as bandeirinhas do seu vestido, as duas peças feitas pela sua vó a medida.
Toda a família estava tratando a situação como se fosse realmente seu casamento, era algo cômico de se ver. Quando desceram para o quintal e todos puderam ver os noivos, foram recebidos com gritos, assobios altos e palmas, fazendo você esconder o rosto no peito de Agustín enquanto o mesmo dava risada. Todos estavam vestidos a caráter e iam falar com vocês dois os parabenizando pelo noivado.
"Vamo começar a quadrilha?" Sua mãe diz, interrompendo uma conversa que você estava tendo com uma das suas primas. Assim que você levanta, sua mãe ajeita seu vestido e o seu véu, te entregando o mini buquê artesanal que sua vó também montou.
Disse para sua mãe que não queria o casamento que geralmente acontece nas festas, claro que Pardella iria amar seguir o roteiro, mas você é tímida demais para o teatrinho exagerado. Mas, não conseguiu fugir da quadrilha de dança, o que não era um grande problema, na verdade, você até gosta. Agustín felizmente já tinha a manha de dançar quadrilha, após quase 5 anos frequentando as festas de São João da sua família, ele aprendeu bem os passos. O que ninguém contava era que esse ano você e ele, por serem os noivos, tinham ensaiado alguns passos extras e dariam um verdadeiro show. Todos os casais se posicionam, esperando seu irmão mais novo ajeitar a caixa de som e o microfone para que a grande dança comece.
"Aí galera, sei que a gente não teve um casamento, mas acho meio injusto começar essa quadrilha sem pelo menos um beijinho do casal, não?" Seu irmão diz pelo microfone, ele que ditaria os passos da quadrilha. Assim que ele faz o questionamento, todos os casais que iriam dançar e as pessoas que olhavam de fora, começaram um coro de 'beija, beija, beija!'
Você revira o olho, negando, mas Pardella não perde tempo de te segurar pela cintura e pela nuca, te deixando tombar um pouco para trás para que ele possa dar um beijo dramático, te sustentando com os braços, como um beijo de filme. Quando Pardella te deixa de pé novamente, você está completamente sem ar, e tenta disfarçar colocando o buquê na frente do rosto vermelho. Todos os espectadores comemoram.
"Você é um bobão, Senhor Pardella." Você comenta, rindo sem graça.
"Isso é jeito de falar com seu marido, Senhora Pardella?" Ele finge ofensa, mas sorri e te dá um selinho, que dessa vez você recebe suavemente.
"Vamos começar com essa dança?" Seu irmão anuncia, dando play na música. "Caminho da festa!"
Todos os casais entram, você e Pardella na frente, você balançando o buquê e Pardella segurando o chapéu de caubói, os dois de braços dados, com os casais vindo logo atrás. Todos os casais estavam de mãos dadas, algumas mulheres mexiam na saia, outras balançavam a mão, alguns homens tiravam e colocavam o chapéu no ritmo, outros apenas dançavam timidamente.
"Caminho da roça!" Os casais se separam, agora uma fila apenas com os homens e outra apenas com as mulheres. "Cumprimento!"
Os casais estavam um de frente p seu respectivo par, os homens dão um passo a frente e cumprimentam flexionando o tronco para frente, Pardella faz questão de tirar o chapéu pra você, fazendo você rir. Os homens recuam, e dessa vez as mulheres dão um passo pra frente, abaixando um pouquinho como cumprimento, você segura na sua saia conforme flexiona de levinho os joelhos. As mulheres recuam e agora que o cumprimento foi finalizado, os casais voltam a dançar, formando uma grande roda conforme se enfiam um atrás do outro, em uma fila única. Pardella conduzia a roda.
"Olha a chuva!" E todos gritam e mudam de direção.
Como Pardella fica atrás de você, ele coloca o chapéu em você, como se estivesse "protegendo" você da chuva, bem como vocês ensaiaram. Você sorri conforme sente o acessório na sua cabeça e escuta a risada do seu noivo atrás de você.
"Já passou!" E mudam a direção novamente, você tira o chapéu e coloca de volta em Pardella. "Damas ao centro!"
Você segura a mão das duas mulheres mais próximas de você, apenas as mulheres formando uma pequena roda, indo para o centro, enquanto os homens formam uma roda externa maior. Quando a "coroa de rosas" é anunciada, todos se enrolam, o que causa uma risada coletiva, todos tentando concertar o passo, mas se embolando mais ainda.
"Gente, esquece a coroa de rosas, só continua girando aí." Seu irmão anuncia, voltam para a roda normalmente, todos ainda dando risada. Sua barriga já doía de tanto rir. "Olha o túnel!"
A roda é desfeita, agora duas fileiras são feitas, damas de frente para os cavalheiros, formando um túnel com os braços. Você e Pardella são os primeiros a passarem, ouvindo um coro de "Uuh!" conforme avançam pelo túnel. Quando chegam no final, ficam em posição para o próximo casal. Depois que todos os casais passam pelo túnel, voltam com a grande roda, todos ao lado do seu respectivo parceiro, um casal atrás do outro.
"Olha a cobra!" E todos gritam, mudando de direção. Você pula no colo de Pardella, tinham combinado de fazer isso, e arrancam boas risadas de quem olha para os dois, vocês mesmos não conseguindo conter o som divertido que passa pelos lábios. "É mentira!" E você pula do colo do seu noivo quando a roda muda de direção. "Agora é hora do caracol!"
Você solta a mão de Agustín, puxando os outros para a roda, mas como esperado: todos se embolam, então apenas começam a dançar livremente, procurando seus parceiro para dançar o forró que começa a tocar logo em seguida. Quando "Xote dos Milagres" do Falamansa começa a tocar, os que estavam de fora da quadrilha invadem a pista de dança, puxando quem quer se fosse para dançar. Você fica sozinha, tenta procurar por Agustín mas o perde de vista. O argentino aparece por trás de você, te pegando no colo e te rodando, agarrando um gritinho seu.
"Idiota!" Você ri, dando com o buquê no peito do homem.
"Agora será que posso dançar um forrózinho com a minha esposa?" Ele pergunta, te puxando pela cintura.
"Vai ter que perguntar pra Santo Antônio." Brinca.
"Ah, ele gosta de mim, acho que ele vai permitir." Ele sorri, te dando um beijinho em seguida.
Vocês dançam a música coladinhos, balançando no ritmo, trocando um beijinho ou outro. Pardella sorria bobo para você e quando você encosta a cabeça no peito dele, mesmo com a música alta, consegue ouvir o coração dele batendo forte por você. Seu noivo afunda o rosto no seu cabelo, depositando beijos, sentindo o cheiro do seu xampu. Estavam tendo o momento de vocês até sua mãe os interromper, bem quando a música termina e "Eu Só Quero um Xodó" da Elba Ramalho com Dominguinhos começa a tocar.
"Agora deixa eu dançar com o noivinho." Ela diz, tomando seu lugar. "Vou te mostrar o que que é dançar um forró de verdade"
Você se afasta dos dois, vai até a churrasqueira para pegar um espetinho e quase cospe a carne quando volta o olhar para sua mãe e seu noivo. Sua mãe aumentou completamente o ritmo da dança, e Agustín estava tendo dificuldade de acompanhar, o que tornava a cena incrivelmente cômica: O homem grandão tentando dançar direito, completamente confuso e afobado e sua mãe extremamente graciosa e tranquila, dançando os passos rápidos como se fizesse aquilo profissionalmente.
Não era um Junho feliz. Todo ano Junho é o mês que você reserva para passar seu tempo no Brasil, você e seu marido sempre vão para a casa dos seus pais e ficam lá duas ou três semanas para você matar saudade do país e da família. Mas esse ano tudo deu errado. Compraram as passagens, tinham feito as malas, mas de última hora o vôo foi cancelado e vocês só conseguiram remarcar para Setembro. A parte boa era que ainda esse ano ia ver sua família, a ruim é que ia perder a festa junina anual da família, e sua bebê, que ainda não tinha nem um aninho, não poderia participar da tradição da família.
Você prezava muito pela sua cultura, sua origem, e apesar de morar no Uruguai com sua nova família, sempre deixou claro para Enzo, seu marido, que queria que a filha de vocês também tivesse contato com o lado Brasileiro dela e que a distância não deveria ser um empecilho. Enzo obviamente concordava. O homem tinha até planos de no futuro ensinar a garotinha a falar português, mesmo que ele próprio não fosse fluente.
Você estava chateada, estava há semanas sonhando com o momento de ver os fogos de São João com seu marido e sua filha, mantendo a tradição viva. Enzo tentava te consolar de todas as formas possíveis, mas a única coisa que faria você ficar melhor seria ir pro Brasil. É por isso que ao invés de te levar pro Brasil, ele traria o Brasil até você. Na segunda de São João pediu para uma amiga sua te chamar para sair, pois quando você voltasse, teria uma surpresa.
Quando abriu a porta do apartamento, logo foi recebida com a casa decorada com bandeirinhas coloridas, o sofá e a mesa de jantar cobertos com uma manta e um pano quadriculado, típico de festa junina. Já tinha um sorriso no rosto e quase chorou de emoção quando viu seu marido entrar na sala de camisa quadriculada, a filhinha de vocês no colo dele com o vestidinho caipira que você tinha mandado fazer para que ela usasse na festa que aconteceria no Brasil.
"Bebê, olha só para você!" Você diz, largando a bolsa no sofá e se aproximando dos dois, pegando a garotinha no colo. "Você tá tão linda!"
"Ela está pronta pra festa." Enzo diz, você olha pro seu marido.
"O que que é tudo isso?" Você sorri.
"Eu sei que você ficou frustrada por não conseguirmos viajar, então pensei que talvez a gente pudesse fazer nossa própria festa." Ele diz, você precisa abaixar a cabeça para que ele não visse você chorando de emoção. "Amor?" Você levanta a cabeça de volta.
"Enzo, isso é tão..." Não consegue completar a frase, seu marido ri e te abraça, você ainda com a neném no colo. "Obrigada." Você chora, encostando a cabeça no peito do homem. "Isso é tão importante pra mim."
"Eu sei amor." Ele diz, beijando sua testa. "Eu também cozinhei um pouco de milho e minha irmã fez um bolo de fubá."
"Ta brincando?" Você diz, se desencostando para o encarar. "Acho que escolhi bem o seu papai, hein." Você brinca, falando com sua filha, que sorri como se tivesse entendido o que você falou.
"Ah, tem mais uma coisa." Ele diz, pegando a garota do seu colo. "Vem." Ele equilibra a garota em um braço, o outro se estendendo na sua direção para segurar a sua mão.
Enzo te leva até a varanda do apartamento, nada acontece por um tempo. Você fica confusa, mas não questiona, apenas fica brincando com a neném que está no colo do pai. Poucos minutos se passam antes dos primeiros fogos estourarem no céu, fazendo você se assustar, mas entendendo a surpresa na mesma hora.
"Os fogos de São João." Você pensa alto. "Amor..."
"Feliz São João, mamãe!" Enzo diz com voz de bebê, balançando a neném no colo. Você volta a chorar e envolve a cintura de Enzo com os braços, o braço livre dele te envolve, te puxando para mais perto.
Enzo tinha contratado um cara para estourar os fogos, não era tão grande quanto os fogos de São João da sua cidade natal, mas o que importava era o simbólico. Vocês três assistem os fogos da varanda, Enzo segurando a neném e te abraçando de lado, você solta seus braços dele, mas permanece perto, deixando que ele te envolva com o braço.
"Olha, neném!" Ele diz pra filha, que estava hipnotizada com o show de luzes. Enzo sorri para criança enquanto você vê a cena, o coração quente. Nunca sentiu tanto amor. Enzo olha para os fogos de volta, mas quando sente seu olhar nele, te encara.
"Eu te amo muito." Você diz.
"Eu também te amo." Trocam um beijinho. "Prometo que ano que vem veremos os fogos no Brasil."
— aviso: fingering, menção à sexo.
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— notas: queria q simón hempe tirasse meu cabaço.
Simón odiava as férias no interior. era um garoto da cidade e na cidade gostava de ficar. queria férias repletas de festa, praia, mulheres bonitas e jogos de futebol organizados pelos amigos que, quase sempre, premiavam o time vencedor com uma caixa de cerveja.
em vez disso, tinha sido arrastado para o sítio dos avós em um fim de mundo qualquer da Argentina. gostava de visitar o sítio quando era pequeno. geralmente, ele e os primos ficavam até tarde nadando no rio perto da chácara ou subindo em árvores para roubar os frutos. mas, agora, não tinha nada muito interessante para que ele ou os primos fizessem. o rio batia nos seus joelhos e estava velho demais para roubar fruta nas árvores das outras pessoas.
teria odiado a viagem se não fosse por você. ah, você com aqueles vestidinhos de pano que apertavam os lugares certos e esvoaçavam à cada brisa. você com aquele sorriso de menina, pronta para ajudar os avós de Simón sempre que eles pediam. com os cabelos longos e lábios bonitos, com a pele bronzeada do sol do verão. Simón estava apaixonado por você desde que chegara.
a avó de Simón tinha te apresentado como neta da vizinha. acontece que a vizinha havia falecido há pouco tempo e a sua mãe tinha te abandonado desde os dois anos de idade. dessa maneira, você tinha virado neta de consideração da avó de Simón e estava sempre por perto caso sua ajuda fizesse necessária.
você era um anjo. tão bonita e educada que conseguia arrancar qualquer coisa de Simón. havia o convidado para passear no pomar, para ajudá-la alimentar as galinhas e o convencera até mesmo a consertar uma goteira na casa dos avós dele que já estava por lá havia meses.
e o melhor de tudo, você fazia tudo sem segundas intenções. era tão inocente que o Hempe se perguntou se você não estava mentindo. não falava palavrões, não bebia, não entendia as piadas de duplo sentido que ele e os primos faziam e, um dia, quando ele estava sozinho com a avó, ela confessou que você nunca tinha beijado ninguém.
"ela é muito bobinha, Simón... tem medo de homem. vários já quiseram casar com ela, mas ela não quis nenhum." a senhora explicou.
saber daquilo tinha deixado tudo mais interessante. você nunca tinha tido um homem na vida, nunca tinha tido as primeiras vezes. Simón ficava louco em pensar que, se tivesse sorte, poderia ser o seu primeiro. no entanto, isso também era um desafio enorme. se você não tinha tido ninguém durante toda a sua vida, como é que você saberia que Simón estava dando em cima de você?
o garoto tentou ignorar o desejo que sentia por você. encontrou outras meninas na cidadezinha, meninas experientes e que sabiam muito mais das coisas da vida do que ele. sempre as levava para o quartinho que ocupava na casa da avó, tomando cuidado para não fazer muito barulho. elas sempre já tinham ido embora quando Simón acordava.
mas, quem ocupava os sonhos dele era você. era o seu nome que ficava na ponta da língua dele quando estava dentro de outra garota. era seu sorriso que estampava os pensamentos dele quando estava fazendo qualquer coisa e aquilo estava se tornando impossível de lidar.
era um dia quente quando Simón decidiu sair da casa da avó para ir nadar. tinha ouvido dos primos que, ao pegar uma trilha pequena perto do rio, encontraria uma cachoeira e um poço profundo onde poderia se refrescar. saiu sozinho, de bermuda, tênis e nada mais.
demorou para que ele encontrasse a cachoeira. deu voltas e voltas, perdeu-se no caminho, mas conseguiu se reencontrar e chegar ao seu destino. a cachoeira era de fato maravilhosa, mas nada se comparava a visão de você embaixo dela, completamente nua.
Simón sentiu que iria desmaiar. era bom demais para ser verdade. tinha saído de casa sem nenhuma pretensão e ganhado o maior presente que poderia imaginar. abriu um sorriso largo, observando você tão absorta entre os jatos de água pesados.
seu corpo era tão bonito quanto todo o resto. tinha uma cintura fina, quadris largos, pernas grossas e bonitas. o bumbum empinado e os seios arrebitados faziam o coração de Simón errar as batidas. sabia que era feio espiar, então pigarreou para que você se desse conta da presença dele.
a reação não foi nada do que Hempe esperava. você abriu um sorriso, o convidando com um aceno para que ele se juntasse à você. quando era pequena, sempre nadava pelada no rio com as crianças da sua idade. com o passar do tempo, todos foram deixando o interior para estudar na cidade e o rio foi secando, até virar uma pocinha. na cachoeira, você tinha mais água para se refrescar, além de mais sombra.
sem saber o que fazer, Simón retirou o tênis e a bermuda. não iria se aproveitar de você sem que lhe desse algo em troca. sentiu-se um idiota por estar tão duro, mas rezou para que a água estivesse gelada e acalmasse um pouco dos seus ânimos.
"você costuma à fazer isso com frequência?" Simón perguntou ao se aproximar de você. estava mergulhado na água até a cintura.
"sempre que sinto muito calor." você assentiu, tirando água dos olhos. "por que?"
"ninguém acha ruim de você nadar nua?" a curiosidade do argentino seguia aumentando. bom, se todo mundo fosse um pouco como ele, provavelmente não se importavam.
"por que achariam?" você ergueu uma das sobrancelhas, confusa.
"porque você já é uma adulta." Simón riu, desacreditado. "os adultos, geralmente, não saem mostrando o corpo por aí."
"e por que você 'tá mostrando o seu? você é um adulto também, não é?" você cruzou os braços, observando Simón olhar para os seus seios.
"sim. mas, eu mostrei o meu porque você mostrou o seu primeiro." os olhos cor de avelã voltaram a encarar os seus. "e porque eu tenho segundas intenções."
"como assim segundas intenções?"
Simón suspirou. era um desafio conversar com alguém que sabia tão pouco sobre a vida. nunca tinha pensado em como era difícil explicar as coisas para alguém que não sabia nada.
"você sabe o que é sexo, né?" ele decidiu tentar.
"sei... é a coisa que as pessoas fazem depois do casamento para ter um bebê." suas bochechas esquentaram. estava tímida com o novo rumo da conversa.
"sim, sim. mas, as pessoas que fazem sexo não precisam estar necessariamente casadas. e o sexo não serve só para fazer bebês." Simón riu, um pouco encabulado com a própria explicação. "sexo é uma coisa que adultos fazem e que é gostoso. faz a gente se sentir bem."
"e por que você 'tá me falando isso?" você suspirou, tremendo devido a água gelada da cachoeira.
"porque eu quero fazer sexo com você." Simón confessou, pegando uma das suas mãos. seu corpo esquentou de imediato, as bochechas esquentando ainda mais.
você estaria mentindo se dissesse que não achava Simón interessante. ele era bonito, forte e muito educado. tinha o estilo diferente de todos os meninos do interior, mas ainda era a coisa mais linda que você já tinha colocado os olhos. seus braços se arrepiavam perto dele e o seu baixo ventre se contorcia em um sentimento inédito.
"e como é que se faz isso?" você perguntou, curiosa. se era uma coisa que adultos podiam fazer e fazia você se sentir bem, você gostaria de experimentar. ainda mais com Simón.
"tem várias maneiras." ele se aproximou, te puxando pela cintura. o corpo dele era quente e os braços eram firmes ao seu redor. os olhos a encaravam com muita devoção e, lentamente, ele se inclinou para te beijar.
você já tinha visto muitos beijos na televisão, mas nunca tinha beijado ninguém. ficou nervosa por não saber o que fazer, mas Simón a guiou muito bem. os lábios dele eram macios e estavam gelados devido à água, mas a língua era quente e acariciava a sua com muita maestria. as mãos fortes alisavam a sua cintura, apertando sua bunda e os seus seios. em segundos, aquela sensação entre as coxas e no baixo ventre voltou a aparecer.
"eu não posso te ensinar tudo aqui... você é virgem e provavelmente iria doer muito em pé." ele explicou, arrancando uma careta sua. não queria fazer nada que doesse. "mas, a gente pode se divertir de outras maneiras. eu prometo que vou ser muito cuidadoso. e se você quiser parar, a gente para."
você assentiu, um pouco tímida. os olhinhos de Simón eram capazes de te convencer à fazer qualquer coisa.
quando ele deslizou uma das mãos entre suas pernas, você arfou. foi como se ele tivesse tocado no centro de toda a confusão que ocorria abaixo da linha do seu umbigo. o argentino sorriu, contente por sua reação positiva. deslizou os dedos ágeis pelos seus lábios, circulando o seu clitóris com muito cuidado. a nova sensação arrancou um gritinho baixo da sua boca.
investido em te causar prazer, Simón continuou estimulando o seu pontinho sensível, sempre com cuidado para não abusar da sua sensibilidade. você se contorcia, as mãos agarrando os ombros largos com força enquanto as pernas lutavam para ficarem firmes.
ele deslizou os dedos até a sua entrada, aproveitando da sua lubrificação atual para deslizar um dos dedos para dentro. você gemeu, mordendo o lábio inferior de uma maneira tão deliciosa que fez o pau de Simón pulsar violentamente, imerso na água.
com a mão livre, ele ergueu uma das suas coxas para um melhor ângulo. deixou que o dedo mergulhasse nas suas paredes apertadas, indo e vindo, se enrolando dentro de você para achar o seu ponto G. quando fez o movimento de gancho e você estremeceu, arregalando os olhos e ficando muda por alguns instantes, ele sabia que tinha achado.
brincou com aquela região por um bom tempo. deixou que suas paredes se contraíssem e relaxassem, que você aproveitasse das sensações maravilhosas que o dedo dele causava dentro de você. quando estava relaxada o suficiente, Simón acrescentou um segundo dedo. esse doeu um pouquinho, mas você aguentou sem reclamar.
você estava tão apertada ao redor dos dedos dele, que ele imaginou como seria afundar o pau dele dentro de você. seria deliciosamente dolorido, além de uma imensa satisfação em vê-la aguentar tudo como estava aguentando agora. as bochechas vermelhas e o peito subindo e descendo em excitação, tudo era como uma paisagem para ele.
você não avisou que iria gozar. afinal, você nem sabia o que era isso. Simón conseguiu identificar quando você fincou as unhas no ombro ele e as suas pernas ameaçaram a parar de sustentar o seu peso. ele agarrou a sua cintura, te mantendo firme enquanto a dedilhava habilmente. você gemeu, jogando a cabeça para trás enquanto se contorcia em um prazer colossal jamais sentido antes.
"eu sei... é gostoso, né?" a voz de Simón estava grave, necessitada. "espera até me sentir dentro de você."
"tem mais que isso?" você perguntou, voltando a encarar os olhos avelãs. Simón gargalhou, retirando os dedos de você antes de colocar na própria boca para limpar o seu fluido. inconscientemente, você conseguiu captar que aquilo era, provavelmente, algo muito sujo de se fazer.
"você não faz ideia, chiquita."
In life I’m Andy pruss/ En la vida soy Andy pruss
minha nova obsessão é o cast de lsdln sim, ent até eu achar outra obsessão esse humilde blog vai ser sobre eles
sometimes a babygirl is a uruguayan man in his 30s
muy lindosss (pt.7)
Eu e meu camarada Louis Tomlinson agarradinhos assistindo Crepúsculo enquanto amassamos um pote bem grandão de miojo sabor tomate da turma da Mônica igual a dama e o vagabundo (ele é a dama)🎀
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