Estava na fila do jogo das flechas de Eros por pura curiosidade, principalmente porque não estava gostando de alguém com profundidade no momento. Olhava Love se preparar com grande interesse, pensando quem aparecia para a mulher. Ao ver o rosto do Weaving, teve vontade de rir, mas mordeu o lábio, evitando que o som escapasse de si. Não que achasse absurda a ideia dos dois, mas era muito curioso ver alguém gostando de Josh depois de anos sendo desprezado pelos campistas. "Você está gostando do Josh? Isso é novidade para mim." Eram pessoas bem diferentes, na opinião dela, mas não era alguém que costumava julgar naquelas situações. Sabia que a voz tinha soado um pouco debochada, mas era o tom comum de Anastasia, que reagia daquela forma quando não sabia o que fazer. "Se não é o que estou pensando, gostaria muito de você explicar o que é." Um sorriso provocativo apareceu nos lábios dela, realmente interessada para saber como a outra explicaria aquela situação. Talvez fosse mais divertido do que estava preparada. "Por que eu contaria? Agora tenho um segredo seu." Deu uma piscada de brincadeira para ela, independente do fundo de verdade. Mesmo que gostasse de Love, era bom ter vantagem contra as pessoas. Nunca sabia quando algo inesperado fosse acontecer, ainda mais como as coisas no Acampamento Meio-Sangue estavam inconstantes.
❪ ⠀ ⠀ closed starter !!! ⠀ ⠀ ❫ this is for → @ncstya.
Como havia sentido falta de um parque de diversões. Estava aproveitando muito bem cada atração que tinha naquele lugar e algumas sem sequer prestar atenção direito nas instruções. Foi quando pagou sua primeira vergonha. Assim que segurou o arco no jogo das flechas de Eros que viu no alvo a figura de Josh Weaving surgir. A principio não entendeu nada e olhou ao redor, mas quando seus olhos capturaram a placa explicativa do brinquedo, soltou o arco e sentiu o rosto esquentar. Estava prestes a sair dali antes de morrer totalmente de vergonha, e quando olhou para o lado se deparou com Anastasia a olhando de forma curiosa. ❝ ― Não é nada do que você tá pensando! ❞ — Até tentou negar, mas as maçãs de seu rosto mostravam o contrario. ❝ ― Será que você pode não comentar isso com ninguém? ❞
Quando percebeu que talvez tivesse cometido um erro, os olhos dela arregalaram suavemente, quase imperceptivelmente. Por um momento, sentiu-se insegura, sem saber ao certo como reagir, algo que não era muito ela. Anastasia frequentemente era vista como confiante, mas, desde o ocorrido, havia algo que a fazia ficar hesitante. Já tinha recebido alguns olhares, quase como pena, e não gostava de ser novamente o passarinho ferido. Tinha abandonado a vitimização excessiva anos atrás, quando decidiu que seria mais que apenas um rosto choroso e bonito. A espada tinha se tornado a melhor amiga, que permitiu que criasse coragem e força para encarar os problemas. Estava ali novamente, no entanto, com o cabelo levemente desgrenhado, as unhas imperfeitas e um vestido básico que não remetia nada a um conjunto perfeitamente pensado que combinava com os acessórios. "As coisas andam complicadas entre nós. Não te culparia se quisesse fizer isso." Desviou o olhar para os pés, como se sentisse vergonha daquilo, mas não era verdade. Desde que terminaram, mais por culpa de Anastasia, tinham adotado uma atitude provocadora e quase agressiva em relação um ao outro, principalmente em decorrência da natureza do relacionamento que tinham. Eles sempre foram um tanto explosivos em relação aos sentimentos, talvez por isso que sempre deram certo. O chamado dele fez com que levantasse o olhar e, novamente, hesitou sem saber o que deveria fazer. Estava até mesmo assustada com a possibilidade, olhando para trás e pensando se estava maluca em pensar em aceitá-la de verdade. Talvez pudesse simplesmente ir embora correndo, como uma adolescente surtando. Antes que pudesse perceber o que estava fazendo, os pés movimentaram-se em direção à cama, sentando-se com as pernas cruzadas e deixando o tênis ao lado. O corpo permanecia rígido, como se não ousasse chegar um centímetro mais perto dele. "Então, gosta do que vê?" Mesmo que tivesse tom de provocação, o corpo expressava o desconforto que era estar ali, tão perto. No baile, pelo menos, estava alcoolizada, o que facilitava um pouco.
Embaixo dos cobertores, Raynar Hornsby virava de um lado para o outro. O sono incapaz de alcançar a velocidade imposta por seus pensamentos, que pulavam de uma conjetura a outra. Um traidor da magia, começava sem grandes esperanças. Os rostos dos filhos de Hécate deslizando em frente, um por um, brilhando nos contornos. Tabelas de prós e contra, possíveis motivos, grau de periculosidade. Virava. Sentia os olhos pesando e voltava, piscando ativos na eletricidade baixinha ao redor do corpo. Raynar ficou sentado no milésimo de segundo seguido do bater na porta, a mão se fechando ao redor do cabo de sua lança de dois gumes. “ 🗲 ━━ ◤ Ah, olá para você também. ◢ A estranheza da interrupção abriu espaço para a familiaridade da cena. Se bem que, talvez um pouquinho diferente. Ela deveria estar de costas para isso, no sentido claro de sair do quarto em que tinha passado a noite. O filho de Zeus captou a incongruência naquela personalidade, a audição prestando mais atenção no que não era dito. “ 🗲 ━━ ◤ Como se eu fosse capaz de fazer uma coisa dessas. ◢ Ninguém tinha culpa de ser semideus, assim como não mereciam morrer em ataques daquele tipo. Mas era Anastasia. A mesma que tinha deixado entrar onde pouquíssimos conseguiam chegar. “ 🗲 ━━ ◤ Anastasia. ◢ O chamado veio com o mesmo tom alheio, baixo e rouco, o queixo indicando o espaço que ele abria perto de si na cama. Raynar puxou o cobertor mais para a cintura, cobrindo o inevitável estado que estava por baixo - de pouquíssima roupa. “ 🗲 ━━ ◤ Venha aqui. Deixe-me ver. ◢ Porque ele sabia... Ele sabia o que aquele corte significava para ela.
❛Just keep looking at me. No one else matters.❜
FLASHBACK . As noites sempre eram piores. Quando fechava os olhos, parecia sempre estar sendo engolida novamente para a escuridão que envolvia os pesadelos que teve. Mesmo que possuísse agora a bênção para protegê-la, Anastasia não acreditava que era o suficiente. Os sonhos ruins jamais paravam e era por isso que, na maioria das noites, sempre entrava silenciosamente no chalé de Bóreas para dormir com Santiago. Havia algo sobre a presença do amigo que tornava os pesadelos mais suportáveis, mesmo que temesse que jamais fossem a abandonar. Novamente, tinha acordado sem ter certeza de onde estava. A respiração estava ofegante, levantando-se da cama como se ela estivesse infestada com as cobras com as quais estava sonhando. Podia praticamente senti-las deslizando pelas pernas e pelos braços, desejando ter um pouco de Anastasia para si, infestando e provando. Escutava os chocalhos e os chiados das serpentes, que tinham se tornado parte intrínseca das noites dela. Mal tinha notado que estava chorando encolhida em um canto do quarto até notar a aproximação do amigo, tirando-a das lembranças que pareciam dilacerar o peito de dentro para fora. Subiu o olhar e focou no rosto de Santiago. Ali, encontrou um pouco da calmaria de que tanto precisava e esqueceu dos pensamentos que a levavam para a caverna novamente. Em um gesto familiar e natural para a filha de Afrodite, permitiu se afundar no abraço dele para que se lembrasse de onde estava. Com quem estava. Afundou os dedos nas costas alheias, a cabeça apoiada como se tivesse medo de soltá-lo e ser transportada para o pesadelo novamente. Ele era real. Ela era real. Agarrou-se ao aroma dele, à sensação dos braços ao seu redor e à voz que parecia carregada de preocupação. As lágrimas não escorriam mais pelo rosto e os chiados não eram mais tão altos a ponto de sequer conseguir pensar. Quando finalmente se afastou, deu um suspiro e um pequeno sorriso apareceu nos lábios dela. "Eu estou bem."
# ʚ♡ɞ STARTER para @mcronnie em enfermaria .
"Eu sei." O olhar foi imediatamente para o vestido branco cheio de sangue e rasgos que as pelúcias realizaram. Talvez um deles tinha sido até mesmo ela, para liberar as pernas durante a luta. Sequer se lembrava completamente do que tinha acontecido, já que, segundo os filhos de Apolo, tinha batido a cabeça em algum momento e aquele momento da noite não passava de um eterno esquecimento para Anastasia. Já tinha trocado a roupa várias vezes, mas ainda não tinha sequer tocado no vestido, quase como se fosse um mau agouro. A presença dele incomodava a filha de Afrodite, que acreditava que não ter nenhuma memória era até mais aliviador. Talvez o que tivesse acontecido fosse melhor deixar para trás, principalmente com a morte de Flynn e os diversos campistas feridos. "Quer queimar ele comigo?" Nunca era amigável com Ronnie, mas, quando estava um pouco dopada de poções para a dor, aquele desgosto era fácil substituído por pensamentos intrusivos. Sabia que tinha chances de Afrodite ficar ofendida com o que era feito pela própria filha, mas esperava que a deusa entendesse o porquê desejava tão intensamente fazer aquilo.
Escutou pacientemente a outra dizer como se sentia em relação ao que tinha acontecido. Mesmo que não fosse do seu feitio, compadeceu-se pela dor alheia, ignorando as dores que havia no próprio corpo. Sabia que Yasemin não merecia aquilo, principalmente após ser nomeada realeza. Tinha sido tão abruptamente que nem mesmo Anastasia tivera a oportunidade de absorver tudo que tinha acontecido com ela naquela noite. "Deve ser a perda de sangue, mas logo você estará como nova." A voz dela soou positiva, mesmo que não se sentisse daquela forma. Parecia estar na beira de um precipício, à deriva de um forte vento. Por mais que tentasse segurar na borda, estava cada vez mais prestes a ter uma queda violenta. Não costumava ser uma pessoa pessimista, mas, com os acontecimentos recentes, estava tornando-se aos poucos. Por um tempo, tinha acreditado realmente que poderia ter um final feliz. "Eu fui meio tola e quis bancar a Mulher Maravilha." Uma risada fraca saiu dela, tentando não pensar muito nisso. Sentia que, quanto mais pensava, mais defeitos achava na forma como se comportou. Até mesmo a forma como empunhou a espada estava errada. "Lutei com algumas pelúcias e, bem, quase perdi, por isso estou aqui." A voz foi baixa, carregada de pesar. Quando acordou, ficou aliviada por não ter morrido, ao contrário do que presumira antes de fechar os olhos. Ainda sim, permanecia tão cansada, tão exausta. Tinha certeza que dormiria mais algumas horas.
Yasemin avaliou com calma todos os ferimentos de Anastasia. A cicatriz semelhante a sua no rosto da garota, com a diferença que a sua pegava do olho até a boca. Considerava um charme na garota, mas duvidava que a outra iria pensar o mesmo. A pergunta a fez rir sem humor. Não seria tão ruim assim. Não naquele momento. Se pudesse, trocaria de lugar com Flynn porque a turca se sentia tremendamente cansada e exausta. Não tinha nem forças para falar muito bem, não pela dor em sua cabeça, mas por toda dor emocional que veio a tona com toda aquela situação no baile. ❝ ― Não... ❞ — Sussurrou, levando a mão para o curativo na cabeça. ❝ ― Me sinto um pouco tonta e enjoada, mas a ambrosia ajudou bastante... Creio que se eu for para a praia, a cura será mais rápida. ❞ — Mas ela não iria naquela madrugada, talvez porque sentia que merecia passar por aquilo por alguma razão em seu âmago. ❝ ― Como você se sente? A última vez que te vi, estávamos dividindo batatas fritas. ❞ — Brincou mesmo que sem humor algum, apontando para os ferimentos da garota.
FLASHBACK ANTES DA PROFECIA . Tinha sentido a dor de Remzi, mas antes jamais tinha entrado na mente dele. Ainda sentia-se levemente presa nela, quase tangível no ambiente, uma sombra escura que envolvia o espaço entre eles. Anastasia não era facilmente intimidada, no entanto, uma vez que colecionava a quantidade de mentes que havia entrado. Haviam bem piores, repletas de emoções repugnantes que tinha se arrependido de ler. Tinha passado a vida toda aprendendo a navegar pelo caos das emoções, a entender a dor como uma parte intrínseca da existência humana e, especialmente, da sua própria. Era filha de Afrodite, e o amor, assim como o sofrimento, era sua natureza. Ali, diante de Remzi, ela sentia a carga da dor dele e a aceitou como uma extensão de si mesma. Ao tocar a mente dele, foi como abrir uma porta para um mar de tormento. Havia uma mistura de emoções — uma angústia crua e pesada que se entrelaçava com mágoas antigas, mas que não sabia a origem ao certo. Cada mente funcionava de uma forma única e a do semideus era única. Talvez, se houvesse a oportunidade futuramente, tentaria compreender a origem e a complexidade alheia. Com o que não contavam atualmente, no entanto, era tempo. Cada adversidade que aparecia para eles parecia carregar cada vez mais tristeza e sofrimento. "Meu poder consegue enxergar o que os outros não mostram... Ou que se recusam a ver." Deu de ombros, não achando que fosse grande coisa. A maioria dos poderes dos amigos envolvia algo físico, como manipulação de chamas ou controle de trovões, mas o de Anastasia era muito mais interpretativo. No começo, era difícil saber o que cada sentimento era, ainda mais devido à natureza complexa dos semideuses. Mesmo a felicidade parecia carregada de certo trauma e medo de um futuro incerto. Uma risada escapou dela suavemente, sabendo que o outro estava certo em ter dúvidas. Mesmo que pedisse frequentemente sabedoria para Atena, sabia que tinham que pensar em cada detalhe, ainda mais levando em consideração uma missão que poderia facilmente se tornar desastrosa. "Talvez eu tenha que pensar em um detalhe ou outro mais cuidadosamente." A confissão saiu até de forma humorada, sabendo que o outro poderia ajudá-la a pensar naquilo com mais precisão. O beijo em sua palma fez com que o corpo esquentasse levemente, mas tentou não pensar muito naquilo. Mesmo quando a cabeça estava cheia de preocupações, Remzi sabia como desconcertá-la suavemente, impedindo que se afundasse em planos infundados. Um suspiro escapou pelos lábios dela, marcada pela respiração que sequer percebeu que estava segurando. "Você nunca será um peso morto para mim." As palavras saíram de maneira firme, seus olhos se estreitando levemente enquanto ela fixava o olhar no dele. "Talvez os deuses ajam de alguma forma... Ou, talvez, o destino mesmo agirá. Tenho certeza que Quíron enviará alguém atrás dos semideuses que caíram." Pelo menos, era o que esperava. Não manteriam os semideuses nos domínios de Hades por muito tempo, principalmente pela quantidade de monstros que haviam lá. Deixá-los seria uma sentença de morte e, por mais defeitos que Dionísio e Quíron tivessem, acreditava que não eram cruéis o suficiente. "Eu só não quero perder alguém de novo." A morte de Brooklyn tinha afetado diretamente ela. Ele era o líder do clube de teatro que Anastasia tinha ingressado e, mesmo que não fossem tão próximos, gostava dele. A personalidade era única e sempre parecia animado para os ensaios. Desde que ele se fora, as coisas não tinham sido as mesmas.
antes da profecia de Rachel Elizabeth Dare
Dor é uma emoção. Ele não costumava pensar a respeito disso. Para ele, dor era dor. Física, geralmente. Algo que podia tratar com néctar e ambrosia. No resto do tempo, bastaria não pensar a respeito do que lhe perturbava. Mas ali, com Nastya diante dele, o encarando com estranhamento, ele soube que permitiria que ela revirasse sua mente para arrancar tudo o que estava lhe fazendo mal, por mais covarde ou fraco que pudesse parecer com isso. Em outros tempos, ele jamais permitiria que alguém o violasse daquela maneira. Porém, já não era o mesmo Remzi, e não sabia se fazia tanta questão assim de esconder suas facetas da filha de Afrodite. Acompanhou as mudanças em seu rosto, como se a outra entrasse num transe. Era impossível saber o que ela estava vendo em sua mente; se estava experimentando a mesma dor que ele; se ficaria desesperada por sair daquele lugar escuro e miserável. Antes que a Lee esboçasse reação, o Bakirci sentiu o amortecimento que acompanhava o relaxamento, como se uma porta tivesse sido fechada em sua mente, bloqueando a torrente de sentimentos destrutivos que o alimentavam até então. Ainda provava da mágoa, mas ela se tornara infinitamente mais suportável. Ele segurou o pulso de Nastya para que ela não se afastasse, como se estivesse viciado na sensação e não quisesse que ela o deixasse nunca mais. Então era por isso que as pessoas ficavam viciadas em Morfina? Em contrapartida, a filha de Afrodite não parecia perturbada, assustada ou revoltada com o que tinha acabado de ver, o que era um bom sinal. Um sinal de que ela não sairia correndo. Na realidade, quando falou com ele de novo, estava sorrindo com presunção. ‘ Como foi que fez isso? ’ disse, quase consternado. Tinha ouvido falar a respeito dos poderes da semideusa, porém, estaria mentindo se dissesse que esperava que fosse tão habilidosa. Ele sabia do potencial físico de Anastaria, contudo, acompanhar de perto suas habilidades psíquicas era algo que ainda não tinha feito. ‘ Um plano executável? ’ insistiu, elevando uma das sobrancelhas. Agora que a emoção mais pesada havia sido retirada, era capaz de cogitar a ideia como alguém que estava pronto para colocá-la em prática. Algo próximo de animação talvez fosse o que estava experimentando; algo que costumava sentir antes, com frequência, sempre que saía a campo. Parte disso também se devia ao fato de Nastya passar a ele uma confiança que não sentia, como se ele fosse, de fato, o que ela acabava de colocar em palavras. Remzi se perguntou se ela ainda não estava usando os poderes nele, plantando a ideia como se ela tivesse partido dele, enquanto mantinha uma mão pressionada em seu rosto e aqueles olhos amendoados fixos nele. Ela sabia, também, que ele ignoraria, se necessário, as regras impostas pela liderança do acampamento para sair em missão extraoficial. ‘ Eu faria isso por você. Mesmo que Melis não estivesse lá ’ confidenciou, beijando a palma da semideusa ao trazer rapidamente sua mão para junto da boca, afastando-a de seu rosto depois disso. Tinha mais motivos para ir do que para não ir, mas se fosse, queria poder pensar por si mesmo. ‘ Só não quero ser um peso morto para você ’ a parceria de outrora, a capacidade técnica que expunham em treino e em missões, juntos, Rem já não sabia se seria a mesma. Não só frustraria a Lee, como frustraria a si mesmo. ' E não sei se eles conseguem esperar muito mais tempo ' o tempo passava de maneira diversa nos domínios de Hades, contudo, quantos dias poderia um semideus aguentar sem estar morto?
# ʚ♡ɞ 𝐘𝐎𝐔 𝐂𝐀𝐍𝐍𝐎𝐓 𝐆𝐄𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐌𝐄 . Se você procura ideias de conexão com a Anastasia, abaixo do ler mais existem algumas pré-estabelecidas que pensei.
IMPORTANTE: Nenhuma possui gênero definido, pois Anastasia é bissexual e birromântica.
# AMIGÁVEIS .
( 001 ) . Foi uma das primeiras pessoas que encontrou no Acampamento. Diferente do que muitos pensavam, mesmo com tudo o que aconteceu, permaneceram juntos e, hoje em dia, são confidentes que contam tudo sobre o que estão pensando. @d4rkwater
( 002 ) . A pessoa pediu ajuda para que Anastasia fizesse alguma emoção desaparecer (pode ser o amor por alguém, tristeza ou raiva). Ao invés de apagá-la, a filha de Afrodite ajudou a pessoa a compreender o que estava acontecendo e como poderia superar o que estava sentindo. @misshcrror
( 003 ) . Realizaram alguma missão juntos e, mesmo que se odiassem, acabou garantindo o sucesso dela. Mesmo que não sejam os melhores amigos do mundo, vivem em um relacionamento que os dois permitem a mais extrema sinceridade um com o outro.
( 004 ) . Anastasia pode não ser a pessoa mais musculosa do mundo, mas definitivamente vê nessa pessoa alguém que deseja proteger. Como já passou por algumas situações que não foram fáceis de lidar, viu nela a possibilidade de evitar que passe pelas mesmas complicações.
( 005 ) . Ao contrário da última, alguém que adore desafiar Anastasia, levando ela ao limite. Mesmo que finjam que não gostam um do outro, sabem que se provocam em uma forma de carinho para que levem um ao outro no objetivo que têm.
# INIMIZADES && DESAVENÇAS .
( 006 ) . De vez em quando, Anastasia pode ser bem difícil de lidar, principalmente devido à arrogância e a constante decisão que quer estar certa. A pessoa pegou Anastasia deprezando algum de seus amigos, o que gerou em uma briga gigante entre os dois.
( 007 ) . Tudo começou com um jogo de xadrez, que a filha de Afrodite nem gosta tanto assim. Teimosa do jeito que é, apostou que ganharia, só que perdeu... O que garantiu que a outra pessoa agora pudesse chamá-la sempre que precisasse de algo (independente do que seja).
( 008 ) . A pessoa estava sentindo algo que não era muito certo (pelo menos, na cabeça dela). Olhou para o lado e, pronto, viu Anastasia encarando fixamente ela. Mesmo que a filha de Afrodite jure de pé junto que estava pensando em outra coisa, foi o suficiente para que a pessoa nutrisse um eterno desgosto por Anastasia.
# ROMÂNTICAS .
( 009 ) . Mesmo que o trauma do primeiro namoradinho tenha passado, Anastasia cometeu o mesmo erro com a pessoa. Estavam tão apaixonados, tão dedicados um ao outro... E, então, ela se sabotou novamente. Sentia-se como se era errado estar tão feliz, talvez estivesse projetando isso na pessoa. Terminou achando que estava manipulando a pessoa o tempo todo.
( 010 ) . Era apenas um envolvimento temporário... Pelo menos, foram o que disseram. A verdade é que se tornou uma coisa mais frequente, com os dois dormindo juntos e acordando sorrindo um para o outro. São apenas dois amigos se divertindo, eu juro!
( 011 ) . Como uma boa filha de Afrodite, Anastasia capta o interesse da pessoa, seja pela sua habilidade com a espada ou pela sua beleza. A verdade é que já pegou a pessoa olhando para ela algumas vezes, mas nunca comentou, achando que era apenas mais um efeito de ser filha de quem era.
FLASHBACK . A expressão permaneceu nada agradável, uma vez que continuava não muito feliz com aquela ambientação. "Odeio tanto barulho. O ponto do resort é relaxarmos, certo?" Estava tão relaxada, os músculos tão leves quanto plumas, então tinham decidido entrar naquele lugar que parecia um show de horrores. Não que tivesse medo, mas os pelos pareciam constantemente arrepiados por um perigo que não era real, o que era excessivamente incômodo. Era alguém que preferia velas perfumadas, banhos cheirosos e um bom livro do que ficar explorando mistérios e desbravando lugares que não deveriam ter nada demais. Estava prestes a respondê-la quando a estátua caiu no chão, fazendo com que os olhos arregalassem, pensando que não parecia ser uma boa ideia. Imediatamente, tomou a dianteira, puxando suavemente Melis para suas costas. Não que a outra precisasse de uma proteção excessiva, afinal Melise já tinha evoluído com as armas, mas era inevitável para a filha de Afrodite não ter o sentimento superprotetor tratando-se da amiga. "Certo, vai que acordamos alguma coisa aqui." Olhou em volta, como se tivesse tentando definir se era seguro ou não pegarem algo. "Vamos pegar só um punhado. O que está aqui parece não ser muito receptivo a semideuses roubando alguns dracmas." Com passos cuidadosos, Anastasia pegou um pouco e colocou no bolso, não tendo certeza se estava fazendo o correto. Esperou ela pegar, mas permanecia atenta ao que acontecia ao redor delas. "No três, nós corremos embora, ok?" O olhar foi dado por cima do ombro, esperando que Melis tivesse compreendido as instruções. "Um... Dois... Três!" Pegou a mão dela e, com um sorriso no lábio, puxou ela de perto daquele monte de ouro. Atravessaram a porta em alguns segundos e finalmente sentia que podia respirar corretamente novamente. Sequer tinha percebido que estava sem fôlego, ansiosa para o que estava prestes a acontecer. "Já que estamos aqui, quer ver mais alguma sala?"
"Pior que eu não posso nem te dizer que não vai ter, amiga. Você viu todos os sustos com aqueles piratas que gritam..." Era muito provável que dentro da Sala do Tesouro tivesse mais alguma coisa parecida para assustá-las. Ainda assim, Melis sentiu uma onda de animação tomar conta dela quando recebeu a resposta positiva da amiga e a observou empurrando a porta. Seguiu o olhar de Nastya em direção ao tesouro e não conseguiu conter a empolgação. "Pelo deuses, isso é incrível!" Exclamou alto, já se adiantando para entrar na sala. "Eu não sei, mas ouvi o pessoal falando que dá para carregar pelo menos uns vinte desses dracmas cada!" Pretendia visitar a atração de uma forma ou de outra, mas não podia negar que os outros comentários dos semideuses sobre o que encontraram naquela sala foi um dos motivos para que Melis estivesse tão ansiosa. "E olha aquilo ali, parece algum tipo de estátua de anima..." Antes que pudesse terminar a frase, sua animação fez com que ela se aproximasse rapidamente da estátua, esbarrando nela de forma desajeitada. A estátua caiu no chão se quebrando. Dela, soaram gritos que fizeram Melis se arrepiar. Com os olhos arregalados, ela voltou para perto de Nastya em um pulo. A amiga era sempre sua protetora. "Vamos só pegar nossos dracmas e fugir! Parece que sou um perigo para a decoração desse navio."
# ʚ♡ɞ STARTER para @d4rkwater em enfermaria .
Um sorriso apareceu nos lábios dela, que estava sentada na parte externa da enfermaria com o melhor amigo. Estava quase calmo depois do caos que aconteceu, mesmo que houvesse um clima de luto quase inato. Estar com o filho de Poseidon sempre parecia tornar as coisas mais fáceis, principalmente pelo tempo que se conheciam. "Eu sei, mas eu fico me perguntando, será que eu sou?" Os olhos não estavam sobre ele, já que encarava o horizonte. A perna balançava no banco que se encontravam, inquieta, sendo um reflexo de como a mente se encontrava. Toda aquela calmaria quase enfurecia ela, que desejava quebrar tudo e gritar aos quatro ventos como a vida era injusta. "Eu não sei se vou conseguir me olhar no espelho depois." A voz era baixa, fraca, uma vez que verbalizou o que estava pensando fazia muito tempo. Não sabia se aguentaria a vida sem o rosto perfeito. "Já tirei o curativo da perna e, graças à minha mãe, não ficou nenhuma cicatriz. Mas e se..." Sentiu as lágrimas invadirem a visão, mesmo que não escorressem pelo rosto machucado. O lábio ferido já havia se curado completamente, assim como os ferimentos mais superficiais. O rosto, no entanto, era um tópico muito sensível. "Se o meu rosto não for o mesmo?"
"Vocês, filhos de Zeus, são todos iguais mesmo." As palavras saíram como um resmungo, já que, quanto mais passava tempo com Ian, mais percebia as semelhanças de personalidade com Raynar. Compartilhavam o jeito mal-humorado, como se o mundo tivesse um grande problema com eles, o que fazia com que ficasse mais facilmente irritados. "Eu não estou te desmotivando! Só confio na sua capacidade de fazer ainda melhor. Pense dessa forma." Enquanto isso, Anastasia fazia o próprio cartão, para ninguém em específico. Gostava de utilizar as canetas com glitter, que a filha de Afrodite continha em um nível quase assustador. Sempre apreciou presentar os amigos ou namorados com gestos voltados a presentes e palavras de afirmação, o que era bem previsível para alguém como ela. "E eu não te obriguei, seu mentiroso. Você está de algemas aqui? Estou te amarrando de alguma forma?" Era verdade que a semideusa sabia ser bem convincente quando queria, o que incluía pesquisar os olhos brilhantes em direção ao outro e pedir por favor com a voz mais doce já vista. Em momentos como aquele, agradecia as características que a mãe lhe ofereceu, já que não era sequer necessário utilizar o poder de mudar as emoções alheias. "Duvido muito disso. Tenho certeza que a pessoa entenderia que você fez algo para ela, ao invés de comprar um pronto. Você subestima um gesto feito de coração, Ian, mas, acima de tudo, subestima minha capacidade em ser uma professora muito boa." Uma risada escapou dela, cheia de convencimento. Era instrutora de espada, no final das contas, então sabia lidar com alunos birrentos que acreditavam que o mundo estava conspirando contra eles. Deu de ombros com a ofensa alheia, não fazendo questão de contradizer o que falava a respeito dela, já que sabia que a personalidade de Anastasia poderia ser difícil quando queria. Para a semideusa, esse era um dos seus charmes. "Eu não preciso ter uma personalidade incrível para conseguir o que eu quero. Cinco segundos dando em cima de qualquer um, independente da sexualidade, e a pessoa já está na minha mão." A honestidade dela transbordava das palavras. Mesmo que soubesse que fosse uma visão superficial, era a verdade: a grande maioria de todos eram superficiais e não cabia ela negar o óbvio. "As pessoas fazem qualquer coisa pela atenção de uma pessoa bonita." Cruzou os braços contra o peito, olhando para ele em expectativa, esperando que percebesse que era necessário fazer mais um cartão. "Então, quer tentar de novo ou vai ficar fazendo birra?"
Ian ergueu as mãos para o ar, largando o cartão recém terminado no chão, sem saber o que tinha feito de errado dessa vez. "O que foi agora?" O questionamento era genuíno, visto que ao seu ver, o cartão feito por ele seguia todos os passos que ela havia dito, salvo alguns toque pessoais acrescentados pelo filho de Zeus. "É claro que eu nunca te escuto, eu não costumo fazer essas coisas, estranho seria eu ter ouvido." Ele esticou os braços de modo a apontar para o cartão. "Isso é o melhor que uma pessoa que nunca fez nada de artesanato na vida consegue, e você tá sendo uma professora péssima desmotivando o aluno que você OBRIGOU" a palavra foi pronunciada com uma ênfase maior do que o restante da fala "a estar aqui." Terminou sua defesa cruzando os braços em frente ao corpo enquanto observava as modificações feitas por ela, tentado esconder o olhar entediado que a própria parecia impulsiona-lo a dar. "A minha letra é péssima, se eu escrevesse alguma coisa assim em um cartão como esse, quem recebesse ia ter a impressão de estar sendo ofendido." Disse com extrema sinceridade. Sua caligrafia era realmente péssima mas seus desenhos não, e essa era uma informação que ele seguiria guardando a sete chaves; com todo aquele papel e cartolina coloridas, glitter e canetas de cores diferentes, ela era poderosa demais. Ergueu as sobrancelhas enquanto a ouvia, mas logo seu rosto assumiu uma expressão confusa. "Porra de namoradinho, Anastácia. Já te falei que a letra que representa minha sexualidade não está naquela sigla." Estreitou os olhos na direção dela e os revirou em seguida. Aproveitou que uma cartolina enrolada estava por perto e a pegou, batendo com o papela na cabeça da mulher. "Quem que tem personalidade chata aqui? Minha personalidade é incrível, você que é chata."