# ʚ♡ɞ  STARTER Para @mcronnie Em Enfermaria .

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"Eu sei." O olhar foi imediatamente para o vestido branco cheio de sangue e rasgos que as pelúcias realizaram. Talvez um deles tinha sido até mesmo ela, para liberar as pernas durante a luta. Sequer se lembrava completamente do que tinha acontecido, já que, segundo os filhos de Apolo, tinha batido a cabeça em algum momento e aquele momento da noite não passava de um eterno esquecimento para Anastasia. Já tinha trocado a roupa várias vezes, mas ainda não tinha sequer tocado no vestido, quase como se fosse um mau agouro. A presença dele incomodava a filha de Afrodite, que acreditava que não ter nenhuma memória era até mais aliviador. Talvez o que tivesse acontecido fosse melhor deixar para trás, principalmente com a morte de Flynn e os diversos campistas feridos. "Quer queimar ele comigo?" Nunca era amigável com Ronnie, mas, quando estava um pouco dopada de poções para a dor, aquele desgosto era fácil substituído por pensamentos intrusivos. Sabia que tinha chances de Afrodite ficar ofendida com o que era feito pela própria filha, mas esperava que a deusa entendesse o porquê desejava tão intensamente fazer aquilo.

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10 months ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @thxbellamour Em Chalé De Afrodite .
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# ʚ♡ɞ  STARTER para @thxbellamour em chalé de afrodite .

"Ei, Trice..." Não sabia como Bellami estava depois de todos os acontecimentos que desencadearam nos últimos tempos. Confessava que tinha sido uma irmã ruim, negligenciando os anseios dos irmãos e colocando as vontades acima de qualquer coisa. Não teve tempo para conversar com eles, mesmo que tivesse se certificado que estavam bem. Tinha passado os últimos dias tão focada no treinamento e, com a aparição de Hécate, sentia como se estivesse em um constante esgotamento. Aproximou-se dela, sentando-se ao lado do sofá que tinham na área comum do chalé. Aparentemente, quase nenhum irmão queria ficar enclausurado, então a maioria aproveitava o dia, o que deixava ela e Bellami sozinhas para que pudessem conversar. "Como você está indo?"


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8 months ago
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.

Os olhos de Anastasia desceram até o objeto que ele segurava, levemente curiosa, mas não comentou nada. Ainda sim, ficou se perguntando o que era. Assim que escutou as palavras, curtas e grossas, sabia que estava chateado com ela. Não que o culpasse, mas Anastasia não sabia como falar sobre o que tinha feito com que comentasse sobre a decisão que tinha feito. Mesmo que fosse difícil para ela, se afastar tinha sido o certo para que não ansiasse ter mais qualquer envolvimento com o semideus (pelo menos, era o que falava para si mesma). Colocou o livro sobre a poltrona, segurando o pulso alheio impedindo que ele fosse embora. Sabia que o mais seguro era deixá-lo ir naquela situação, ainda mais com tantos fatores envolvidos. Ele fazia parte, no entanto, dos poucos que conseguiam ultrapassar as barreiras impostas pela Lee e que frequentemente colocava para cima novamente, evitando qualquer sentimento que poderia ser relacionado à mágoa. "Come on, Santi." A voz continha até mesmo pesar. Não era o tipo de pessoa que se desculpava com facilidade, mesmo quando sabia que a culpa tinha sido sua. Para ela, era um sinal de fraqueza e estava, há tanto tempo, não ser fraca mais. A mão deslizou até a dele, obrigando que ficasse. A outra facilmente encontrou a parte de cima, garantindo que ele ficasse o suficiente para escutá-la a respeito do que tinham para conversar. "Vamos conversar, por favor." Havia tanto que gostaria de falar, mas temia que talvez entrasse em um limbo que não desejava estar. Agora que tinha Melis novamente, parte da angústia dela tinha sumido, mesmo que não completamente. Para ela, sempre haveria aquela dor, aqueles pesadelos. Toda vez que fechava os olhos, estava novamente sendo atacada pelas pelúcias, perdendo o pai ou no sonho com a cobra. Sabia que dormia muito melhor com Santiago ao seu lado, mas era orgulhosa demais para permitir ser a primeira pessoa a falar a respeito daquilo. Quando estavam juntos, havia sempre o silêncio ensurdecedor. Agora, no entanto, parecia apático, o que definitivamente não era o que ansiava.

Não perderia tempo dando justificativas vazias ou falando o quanto se arrependia, porque, no final, não era o que sentia verdadeiramente. Mentir jamais fez parte dela e não seria agora que começaria. "Eu tive que tirar um tempo para pensar." A mordida no lábio veio naturalmente enquanto pensava como traria o tópico. Era ridículo, como escritora e filha de Afrodite, não encontrar as palavras corretas, ainda mais quando encontrava os olhos frios e irritados de Santiago. O outro jamais tinha olhado para ela daquela forma, o que com certeza fazia com que ansiasse pedir por perdão, mas seria contra a própria vontade. Queria ser mais verdadeira do que nunca, mas a verdade teria um preço no qual não estava disposta a pagar. Ter Santiago em sua vida era algo necessário, afinal ele fazia parte da sua pequena família imperfeita. Ela queria tê-lo por perto. "As… Coisas estavam começando a ficar confusas na minha cabeça." Esse era um dos motivos que não tinha feito oferendas para a mãe mais. Não precisava de qualquer sentimento interferindo os pensamentos, mesmo que fosse a natureza inerte de Anastasia. Eram sempre as próprias emoções interferindo na capacidade de pensar logicamente.

Havia a hesitação presente em seus atos e na sua expressão. Talvez o melhor que pudesse fazer por Santiago era deixá-lo ir e que a amizade deles fosse uma memória para ambos, mesmo que permanecesse com aquela incerteza do que poderia ter sido se tivesse ficado. Anastasia não era uma desistente, no entanto. Naquele momento, tudo que restavam eram dúvidas e, mesmo conversando com ele e tentando mentir para si mesma, elas permaneciam fortalecidas "Não estava conseguindo pensar claramente mais. Foi isso que aconteceu." Não estava procurando redenção de alguma forma. Mesmo que se tratasse de Santiago, Anastasia não mudaria a si mesma para caber nos padrões de outra pessoa. Quando ousou olhar para ele, no entanto, soube que talvez houvesse mais. A preocupação tomou conta da própria expressão, mesmo que soubesse que poderia ser injusto da parte dela quando havia se afastado por motivos egoístas. "Como você está?" As palavras continuavam baixas por conta do lugar onde estavam.

Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
Os Olhos De Anastasia Desceram Até O Objeto Que Ele Segurava, Levemente Curiosa, Mas Não Comentou Nada.
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

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Certo, talvez ele não fosse exatamente figurinha carimbada entre os frequentadores assíduos da biblioteca mas, desde a queda das amigas ao submundo, havia se tornado pelo menos um rosto familiar entre os nerds que ali passavam o tempo. De sua própria maneira, Santiago cultivava o hábito da literatura quando o assunto era ficção, mas não tinha muito interesse em leituras acadêmicas–exceto quando a ocasião o pedia de maneira desesperada. Agora que Kat e Melis haviam retornado, sua intenção ao se esconder entre as estantes de livros era diferente: invés da pesquisa em busca de respostas, procurava um lugar quieto para colocar as próprias ideias no lugar. O motivo para a escolha era um só–ninguém o pensaria em procurar ali, o que seria suficiente para comprar-lhe paz por um par de horas.

Tinha muito no que pensar, e o fazer enfurnado no próprio Chalé o estava levando à loucura. Sempre havia alguma alma penada para o assombrar com batidas na porta do quarto, uma ou outra obrigação como Conselheiro pedindo por sua atenção e, entre as celebrações pelo retorno dos caídos e as preparações para os tempos de guerra que estavam por vir, sentia como se já não tivesse um minuto sequer para ser egoísta. Sua vida estava em frangalhos por mais motivos que não a morte iminente, e só o que queria fazer era os processar em ordem alfabética de maneira a decidir como dar um rumo para o próprio juízo, que parecia pendurado por um só fio de sanidade.

Estava aninhado na poltrona mais afastada dos demais assentos, o diário aberto em seu colo sem sequer ser folheado conforme encarava o dia acinzentado que o esperava lá fora. Com uma caneta em mãos, se propôs a itemizar a lista de todos os problemas que tinha para resolver, e notou que os três maiores começavam com a letra A: Alina, Anastasia e Antonia. Duas de três o vinham evitando tal qual a praga, e a terceira parecia determinada a dar-lhe motivos para se preocupar. Absorto em despejar todos os palavrões conhecidos pela língua inglesa em uma página, escolheu ignorar os sons da aproximação alheia até que a tinha diante de si, como se conjurada pela intensidade dos sentimentos registrados em papel e tinta. Reconheceu a voz antes mesmo de erguer o olhar para a encarar, e tratou de fechar o caderno que carregava consigo para cima e para baixo antes de a cumprimentar.

Ao tentar evitá-lo, Anastasia havia garantido que as linhas entrelaçadas de seus destinos os fizessem se esbarrar. ʿ Você não esperava me encontrar em lugar nenhum, pelo que entendi. ʾ A amargura da resposta deixava claro que não seria tomado para otário com justificativas para a ausência, não quando havia mandado mensagens–não quando havia dormido em seus braços e acordado com o frio da cama de enfermaria vazia em seu lugar. ʿ Yup. ʾ Prosseguiu de maneira curta e afiada, sem fazer nenhuma questão de oferecer uma resposta verdadeira. Se Nastya planejava ocultar as caraminholas de sua cabeça invés de ter uma conversa entre adultos, dois podiam jogar o mesmo jogo. Santi se colocou de pé, enfiando diário e caneta de volta na mochila e a jogando sobre o ombro. ʿ Seat's all yours though. ʾ Indicou com o queixo, pronto para dar-lhe as costas e determinado a não se humilhar por uma mísera chance de a desvendar.

ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .

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11 months ago
A Batida Da Música Preenchia O Ambiente E Parecia Fazer Um Caminho Por Anastasia, Que Fechou Os Olhos
A Batida Da Música Preenchia O Ambiente E Parecia Fazer Um Caminho Por Anastasia, Que Fechou Os Olhos

A batida da música preenchia o ambiente e parecia fazer um caminho por Anastasia, que fechou os olhos por um segundo para sentir. Naquele momento, a banda não estava tocando, então a voz de um cantor, que não sabia quem era, estourava pelos autofalantes do lugar. Largou a mão dele assim que chegaram no meio da pista, um sorriso nos lábios dela quando voltou-se para o semideus novamente. "Não existe jeito certo de dançar esse tipo de música." Não que fosse uma especialista em dança, geralmente limitando-se aos mesmos movimentos que realizava com o corpo, mas sempre acompanhando as batidas e sonoridade da música. "Geralmente, você meio que mais sente a música e faz o que deseja, sabe? Além disso, depende muito também da sua intenção." Deu de ombros, pensando que não era uma boa pessoa explicando as nuances que haviam. "Por exemplo, se você estiver com alguém que você tem interesse, você geralmente dança mais perto, tocando a pessoa e mantendo contato visual." E, então, repetiu o gesto que falou, colocando a mão na nuca alheia enquanto a outra ia ao ombro dele. Olhou diretamente nos olhos dele, um sorriso tímido formando-se nos lábios de Anastasia, que não demorou muito para se afastar. "Mas, geralmente, como estou entre amigos, só deixo a batida da música e fico dançando comigo mesma, pensando o que eu posso fazer. Pode ser um momento de libertação." Com isso, começou a movimentar o corpo, mexendo um pouco os braços e os quadris.

A Batida Da Música Preenchia O Ambiente E Parecia Fazer Um Caminho Por Anastasia, Que Fechou Os Olhos

Tinha metido na cabeça que hoje não iria até à pista de dança. Não sabia bem explicar o porquê, mas ter ido a um baile sem um par, fazia com que Zaden preferisse ficar um pouco mais no background do que no meio da cena. No entanto, ter Anastasia pedindo para dançar, não era um pedido fácil de recusar para o filho de Zeus, o que era bastante injusto, como legado de Afrodite deveria ter algum tipo de imunidade ao charme dos filhos da Deusa, mas pelos vistos não. Deixou que a semideusa pegasse em sua mão e sorriu. Além de que já tinha bebido um pouco mais que o seu habitual, só esperava realmente não pisar no pé da garota. "Infelizmente parece que é verdade, você são todos uns terrores." Brincou com Anastasia, se deixando ser levado para a pista de dança. "E como que dança esta música?"

 Tinha Metido Na Cabeça Que Hoje Não Iria Até à Pista De Dança. Não Sabia Bem Explicar O Porquê,

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10 months ago
ʚ Com @aguillar .

ʚ com @aguillar .

ʚ em ofurô (spa) .

Uma risada escapou dela naquela situação, mas logo ficou séria novamente. Estava acostumada com a proximidade com o semideus, então estar tão próxima enquanto permanecia concentrada enquanto passava a máscara que havia achado ali no SPA não causava nenhum estranhamento na filha de Afrodite. Talvez por terem passado tanto tempo juntos, a interação parecia completamente natural. "Fique quieto, estou terminando." A mão dela trabalhava sobre a superfície da pele, enquanto ambos estavam envolvidos pela água quente. Estava precisa daquilo, relaxando enquanto sentia as bolhas estourarem em contato com a sua pele. Só de estar na ilha parecia que o humor já tinha melhorado, uma vez que, desde os últimos acontecimentos, parecia que a cabeça parecia constantemente envolvida nos piores pensamentos possíveis. Massageava levemente o rosto do semideus, tomando cuidado com cada um dos lugares. Os lábios estavam curvados naturalmente para cima, demonstrando a leveza que o corpo dela estava experimentando. "Você não está se sentindo melhor aqui?" Uma risada escapou de Anastasia, tomada por aquele momento. Ignorava qualquer resquício do sofrimento que tinha, pensando que era um assunto para a mulher durante a noite, quando estivesse tomada pelos pesadelos. Precisava aproveitar aquele momento, porque parecia tão raro estar sentindo-se como Anastasia novamente.

ʚ Com @aguillar .
ʚ Com @aguillar .

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11 months ago
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)
Jennifer Aniston And Matthew Perry As Rachel Green And Chandler Bing In F.R.I.EN.D.S (1994-2004)

Jennifer Aniston and Matthew Perry as Rachel Green and Chandler Bing in F.R.I.EN.D.S (1994-2004)

-You’re a pathetic loser, right? -Oh-ho, yeah! -Sit!


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11 months ago
MODERN FAMILY ( 2009 - 2020 ) 1x05 | “Coal Digger”
MODERN FAMILY ( 2009 - 2020 ) 1x05 | “Coal Digger”
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MODERN FAMILY ( 2009 - 2020 ) 1x05 | “Coal Digger”


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9 months ago

[ 📩 sms to zev ] : e você está certa! quem essa garota pensa que é para falar do nosso irmão assim?

[ 📩 sms to zev ] : mais uma mal amada para encher o saco? não, obrigada

[ 📩 sms to zev ] : e eu sei que se você conversar com o max ele vai entender, zev!!!

[ 📩 sms to zev ] : é o max, mesmo que ele tenha passado por bastante coisa

📩 ZEV para TASSIA: tem razão, eu já chorei, agora eu tô bem

📩 ZEV para TASSIA: ela disse que eu só queria procurar culpados quando tava nítido que era o Max e que ele só não tinha me envolvido na coisa toda porque eu não sou nada pra ele, basicamente

📩 ZEV para TASSIA: isso me deu nos nervos e eu posso ter dado a entender que odiava o Elói 🥲 em minha defesa, foi quando jogaram lixo no nosso chalé e picharam tudo, meu sangue tava quente demais


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9 months ago
A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava

A mente funcionava com bastante velocidade, mesmo que permanecesse parada, afundada na água. Estava imersa nos próprios pensamentos, procurando justificativas para o que estava acontecendo. Será que tinha feito algo que Santiago tinha desprezado? Repassava a conversa em busca de compreensão, mas, quanto mais nadava no mar de indecisão, mais se afogava. Havia tanto que queria saber e buscar, não entendendo o porquê do afastamento súbito sem sequer ter a sinceridade por trás das palavras. Sabia que não deveria duvidar tanto, porém, no momento em que se encontrava, o semideus parecia uma incógnita. Ainda não compreendia também o motivo de não ter conseguido estabelecer a conexão que ansiava com a mente alheia, submersa no constante vazio. Não deixou de manter a pergunta interna se, de alguma forma, o outro tinha desenvolvido algum tipo de escudo mental inatingível, mas não sabia como aquilo era possível. Sequer fazia parte do domínio de Bóreas. Foi quando escutou a voz dele desculpando-se por alguma coisa, interrompendo as divagações que pareciam tomar conta da mente. Os olhos levantaram-se na direção de Santiago, pensando que, mesmo que se conhecessem há anos, ainda havia mistérios que os envolviam que jamais ousariam contar ao outro. Ao mesmo tempo que achava assustador, queria descobrir mais. "Pelo quê?" Ficou confusa, não entendendo o que tinha acontecido. Por força do hábito, permitiu que a conexão entre as mentes se formasse. Assim que os sentimentos de Santiago vieram em vermelho e com certo gosto de vinho tinto, no entanto, fechou rapidamente. As bochechas se coraram mais pela intensidade do que pelo sentimento em si, o calor invadindo o corpo de forma involuntária. A garganta pareceu ser inundada por labaredas e ficou sem palavras por um segundo. Não que fosse tímida ou ingênua. Anastasia sabia muito bem o efeito que causava nas pessoas, fruto da beleza de Afrodite. Sempre apreciou olhares em si, ser desejada ou invejada. Os olhos brilharam, repletas de uma malícia imaculada, os braços movendo-se para as costas como se ansiasse para que ele olhasse para cada parte dela atentamente. "Você sabe que não precisa pedir desculpas por isso. Pode apreciar quanto quiser." Mesmo que a voz contivesse a brincadeira, desejando manter a leveza entre os dois, que sempre foram muito próximos, havia também uma sinceridade que não sabia se Santiago captaria.

A pergunta para ela saiu quase como cômica. Não imaginava um mundo em que, por consequência, não voltaria para o Acampamento Meio-Sangue. Tinha construído uma vida lá e, mesmo quando construísse uma nova casa, um novo futuro, o passado continuaria sendo importante para ela. Estaria lá para cada um dos seus amigos e irmãos que estabeleceu laços. Até aquele momento, tinham sido 16 anos. Os campistas tinham sido a única coisa que ela teve durante todos esses anos, auxiliando-a a se reerguer toda vez que estava prestes a cair. "Claro que vou. Somos família." A garantia saiu de forma natural e não hesitou em sequer uma palavra. Independente da mágoa que sentia naquele momento, jamais imaginaria não ter Santiago em sua vida. A mente viajou, por um segundo, nas noites que passaram juntos e nas confissões feitas quando o mundo era tomado pela luz lunar. O que faria sem o seu confidente? Havia poucas pessoas que a faziam se sentir tão acolhida e aceita por quem era. Mesmo quando o mundo estava desabando, Santiago parecia estar ali para ela, sem julgamentos. "Você não vai se livrar de mim tão cedo, Santiago Aguillar." A promessa saiu novamente em tom de brincadeira, mas Anastasia sentiu a garganta fechar por um segundo e o peito ficar mais pesado. Manteve os olhos focados nele, tentando compreender o que passava naquela mente. Não estabeleceria mais nenhuma conexão com a mente dele, já que a última vez a tinha deixado um tanto desconcertada.

Talvez porque estava chateada com Santiago, tentando compreender o porquê daquilo estar acontecendo com a mente dele, mas Anastasia sentia um impulso fortalecendo conforme mais pensava e mais olhava para ele. A água quente a fervia de fora para dentro e os olhares do semideus sobre ela não tinham a ajudado na sensação, mesmo que tivesse tentando manter a conversa leve como tinham voltado por um momento. Afundou na água, permitindo que ela lavasse a máscara biodegradável, fechando os olhos para que fosse engolida pelo calor que estava sentindo. No final, era uma pessoa verdadeiramente rancorosa e vingativa, assim como excessivamente emocional. Mesmo que tentasse trabalhar nos seus piores traços, numa tentativa de inibir até que parassem de ser uma preocupação, continuavam sendo um grande problema. Era movida pelo coração, jamais pela mente. Por isso, quando levantou do ofurô, não disfarçou nenhum pouco o corpo molhado e as gotas que escorriam por cada uma de suas curvas. A cicatriz em seu rosto, descoberta de qualquer maquiagem, quase fez com que voltasse para a água, mas não seria medrosa a ponto de esconder-se novamente para que não fosse vista. Fez isso durante semanas. Sabia que poderia estar indo longe demais quando andou até ele com a elegância provida aos filhos de Afrodite, movida pela mágoa e algo mais. As mãos foram até o joelho desnudo dele, apoiando-se conforme olhava diretamente para ele. Quando tinham se conhecido, tantos anos atrás, uma das primeiras características que tinha notado eram os olhos dele, dotados de uma cor tão clara que causaria inveja a qualquer filho de Afrodite. Um sorriso, que era mescla de sagacidade e provocação, adornava os lábios dela e intensificou-se quando se inclinou em direção ao filho de Bóreas. Conforme o movimento acontecia, os dedos, ainda quentes e molhados da água do ofurô, deslizavam suavemente para cima, sentindo a pele alheia. A tentação de não parar permanecia vívida conforme sentia o coração bater de forma mais acelerada, pensando o quão fácil seria não ter mais espaço entre eles, mas não era o que mais ansiava naquele momento. Eram amigos, afinal de contas, e continuaria repetindo isso para si incansavelmente até que qualquer outro pensamento tomasse conta. Os lábios desviaram o caminho até a bochecha alheia, dando um beijo talvez um pouco mais demorado que deveria. "Até mais, Santi. Vou receber uma massagem agora." Afastou-se dele sem hesitação, a destra indo em direção aos fios alheios, bagunçando-os com carinho de uma forma que a ajudasse lembrá-la de se acalmar. Se era ele quem devia se sentir provocado, por que era o corpo dela que parecia queimar? "Nos vemos depois, ok?" Um sorriso, quase forçado, pendia nos lábios dela, quando finalmente se virou e foi embora, caminhando enquanto sentia as pernas quase querendo vacilar. Precisava saber o que estava acontecendo.

FINALIZADO.

A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
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Mesmo com a relativa distância que agora os separava, ainda a podia sentir como a gravidade, o mantendo em sua órbita. Não se lembrava de uma única ocasião em que não estivera sob a força da atração que tanto precisava se esforçar para repelir. Eram polos opostos, e o magnetismo que ali o mantinha era algo que há muito havia desistido de negar para si mesmo, e que não podia ser dito em voz alta. Assistiu o dançar de seus dedos sobre a superfície da água, e mesmo o gesto inocente era suficiente para fazer sua imaginação perambular. Hesitante, seus olhos vagaram da mão até seu rosto, e então não pode conter seu deslizar: se permitiu a absorver por inteiro, a pele exposta sob o vapor, cada curva o parecendo convidar – conhecidas e há muito esquecidas, sabendo que tocá-las seria uma redescoberta para cada um de seus sentidos. O demorar de sua atenção onde não devia seria impossível de ocultar, e Santiago soube ter sido uma péssima ideia se colocar na situação em que estavam mas, como se assistisse um acidente, era incapaz de desviar o olhar. Por fim prendeu-se aos seus lábios, curvados por uma risada vazia, e todo seu corpo tensionou com a vontade de os provar. Estava fazendo seu melhor para manter-se respeitoso, mas era apenas um homem – sacudiu a cabeça como se para dissipar o desejo, o substituindo pelo único fragmento de si que ainda parecia capaz de raciocinar. ʿ Shit. Sorry. ʾ Ofereceu com o resquício de cortesia que lhe restava mas, de maneira quase travessa, pontuara a frase com um sorriso contido e um dar de ombros: não mostrava real remorso ao pedir desculpas porque não se arrependia do que vira.

De maneira cômica, talvez seu deslize a ajudasse a entender o porquê se havia afastado, como mais uma das peças do confuso quebra-cabeça que a julgava capaz de montar.

O espaço entre os dois lhe era desconfortável, mas servia para a proteger, e aquele era o lembrete a qual precisava se apegar. Poderia tolerar a dor em seu peito em troca de um breve momento se assim o quisesse, o sacrifício parecendo pouco frente ao conforto de a aninhar, mas não seria capaz de suportar a ferir se a deixasse chegar realmente perto e então a afastasse. Por vezes as palavras quase vinham à ponta da língua, implorando que ela o lesse e encontrasse todas as respostas, mas não o fazia por medo de que um castigo que era só seu também a viesse assolar. Estava preso em uma prisão de sua própria criação e, masoquista como era, não tinha desejo nenhum de escapar. Aceitaria o pouco como tudo e, com o mantra habitual como arma, teria que bastar.

Quando por fim se ocupou encarando as luzes que adornavam o ambiente, um sorriso agridoce adornava sua expressão. A ideia de que ela o deixaria para trás doía, sim, mas também o deixava feliz por vê-la tendo a coragem que lhe faltava, a confiança nas próprias habilidades, e a vontade compartilhada de desbravar o mundo. Sabia que nunca a poderia visitar: vê-la construir uma nova vida sem ele seria uma forma de tortura extrema demais até para ele. Por enquanto tinham o pairar de uma possível guerra sobre seus ombros, os mantendo ancorados no mesmo lugar, e Santi entendia o privilégio que era poder a ouvir falar sobre seus sonhos de maneira tão aberta em meio ao que viviam, com certo brilho no olhar. Haviam criado uma bolha onde os problemas do mundo real não existiam e, tão logo saíssem dali, a sentiriam estourar. ʿ Você vai voltar para me ver ? ʾ Perguntou, e em seu tom havia uma mistura de duas emoções perigosas: vulnerabilidade por perguntar algo que expunha seu apego sem rodeios, e algo perigosamente próximo de um flerte. Ela tinha razão em seu diagnóstico sobre o motivo pelo qual se via amarrado ao Acampamento Meio-Sangue mas, dado a oportunidade, gostaria de ser o lugar para qual ela podia voltar. ʿ Ih, eu nunca vou ter isso aí. ʾ Começou, gesticulando para indicar ao que se referia para evitar ter que o falar em voz alta. Era fisicamente impossível que entrasse em detalhes sobre o porquê, mas nada o impedia de deixar nas entrelinhas, como uma trilha de migalhas que ela pudesse seguir na esperança de o entender. ʿ Mas já estou resignado. A vida no Acampamento não é tão ruim assim, e eu não preciso pagar aluguel. ʾ Foi o ponto de vista otimista e superficial que ofereceu. Se fosse sincero, tinha, sim, para o que voltar: seus amigos, sua família, todos os que vestiam laranja como ele, o único lugar no planeta onde havia sido acolhido sem pestanejar. Pensou em Ilya e Antonia, em Eva e Kitty, em Katrina e em Zev, e o que antes era negativo passou a reconfortar – certo, talvez fosse um fracassado incapaz de fazer coisa melhor com a sua vida mas, contanto que pelo menos um deles partilhasse do mesmo destino, o poderia suportar. Mesmo quando pensava em Bóreas e Zéfiro, os únicos Olimpianos a quem sua ira não se estendia, sentia uma certa segurança de que não estaria sozinho nunca, e entendia como era sortudo por ter com quem contar. Aquilo tornava a ideia da ausência de Anastasia algo a que ainda o dilaceraria, mas que a que podia sobreviver. ʿ Eu ainda quero ver o mundo, mas acho que já encontrei meu lar. ʾ Admitiu, seus pensamentos se voltando para a situação em que o lar que tinha como seu se encontrava. Pensou na fenda, em traidores e em castigos, em medos e incertezas e, acima de tudo, na sensação de dever que tinha em ajudar. Sua lealdade ia para além do cargo de conselheiro, algo tão novo e a que não tivera tempo suficiente para se ajustar. Se dependesse de Santiago, a maioria dos deuses poderia muito bem ir para o caralho, mas pelos semideuses valeria à pena lutar. Eram sua tribo, mesmo os de quem não gostava, e iria para a linha de frente se necessário para os salvar. Sua coragem era diferente da de Nastya, mas esperava que ela o pudesse notar.


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8 months ago
FLASHBACK : Verão De 2022 . Sorriu Com A Visão Alheia. A Chuva Caía Ao Redor Delas, Pingando Suavemente

FLASHBACK : verão de 2022 . Sorriu com a visão alheia. A chuva caía ao redor delas, pingando suavemente do toldo acima, mas o mundo parecia ter se contraído a esse pequeno espaço onde apenas as duas existiam. Os olhos dela, profundos e intensos, refletiam as gotas de chuva que caíam, e você podia sentir o ar mudar, como se a temperatura ao seu redor aumentasse apenas por causa da proximidade de Antonia. "É engraçado..." Começou, a voz baixa semelhante a um sussurro, como se fosse uma confidência apenas para ela. "A chuva tem um jeito de nos fazer parar e prestar atenção nas pequenas coisas." Ela deslizou o olhar lentamente pelo seu rosto, uma análise cuidadosa que parecia tocar cada ponto que ela observava. "Como o som que ela faz ao cair, ou… Como alguém parece." Um sorriso brincou nos lábios dela, um toque de diversão se misturando ao tom sério. Anastasia estava perto o suficiente para que pudesse sentir o calor de pele alheia, apesar da umidade que as cercava. Inclinou a cabeça de leve, deixando os fios molhados caírem para o lado. O tempo parecia desacelerar ainda mais. A forma como ela olhava para Antonia — uma mistura de curiosidade, brincadeira e algo mais profundo — fazia com que a chuva ao redor fosse apenas um detalhe. Aproximou-se um pouco mais da semideusa, os olhos brilhando com a visão que tinha. Permitiu que os olhos passeassem pelo corpo alheio sem nenhuma vergonha, demorando-se em cada detalhe como se quisesse capturar com precisão. “Eu não me importaria de esperar… se você também não se importar.” Anastasia desviou o olhar por um momento, como se estivesse ponderando, antes de retornar com um brilho no olhar, uma espécie de desafio silencioso que só ela poderia oferecer. "Afinal, o que é um pouco de chuva quando podemos nos divertir mesmo assim?" Havia algo naquele momento que parecia sagrado, como se fosse uma pequena bolha de tempo roubada de tudo o mais — e Anastasia, com todo o charme e mistério que ela carregava, parecia perfeitamente ciente disso. Ela deixou o silêncio pairar, os pingos de chuva a única trilha sonora.

FLASHBACK : Verão De 2022 . Sorriu Com A Visão Alheia. A Chuva Caía Ao Redor Delas, Pingando Suavemente
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ Flashback ⸻ Verão De 2022 ]

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ⸻ verão de 2022 ]

perdeu-se em meio a conversa com anastasia enquanto o assunto ia para os mais diversos lados que não percebeu a mudança do tempo. estava tão focada no pequeno vinco que a testa dela fazia quando comentava algum assunto animada que tudo ao seu redor parecia supérfluo. o cheiro de chuva não deixou negar e estavam atrasadas se quisessem não se molhar. antes mesmo que pudesse tomar alguma ação, sentiu o agarre da menina e a seguiu. os pingos gelados já havia transpassado o tecido da camisa cinza que usava e agora ela teria que torcer para não pegar um resfriado. não pensava em outra coisa sequer que deveriam se proteger antes de tentar voltar para a área dos chalés. pelos deuses, como ela podia ser tão angelical mesmo correndo na chuva? sua parte lógica queria atribuir toda a responsabilidade a mãe dela — somente afrodite tinha o poder de produzir algo como aquilo e parecer tão etéreo. assim que estavam cobertas, tentou tirar o máximo das gotas presas em sua bermuda. esperava que a chuva passasse em seguida, afinal, chuvas de verão eram passageiras, ou deveriam ser. puxou os fios encharcados para o lado e torceu um pouco o cabelo. sua visão periférica pegou os olhos de anastasia sobre si, dando um sorriso. ⠀⠀"⠀⠀o que foi?⠀⠀"⠀⠀indagou entre risadas, até a menina se aproximar e instintivamente se recostar em uma das madeiras que segurava o toldo. sua cabeça pendeu para o lado, com um sorriso brincando no rosto.⠀⠀"⠀⠀você não precisa usar a desculpa da chuva para ficar a sós comigo.⠀⠀"⠀⠀virou a cabeça para o lado assim que ouviu a pergunta, a balançando e voltando seu olhar sobre ela.⠀⠀"⠀⠀acho que não. deve demorar mais alguns minutos só.⠀⠀"

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8 months ago
FLASHBACK ANTES DA PROFECIA . Tinha Sentido A Dor De Remzi, Mas Antes Jamais Tinha Entrado Na Mente Dele.

FLASHBACK ANTES DA PROFECIA . Tinha sentido a dor de Remzi, mas antes jamais tinha entrado na mente dele. Ainda sentia-se levemente presa nela, quase tangível no ambiente, uma sombra escura que envolvia o espaço entre eles. Anastasia não era facilmente intimidada, no entanto, uma vez que colecionava a quantidade de mentes que havia entrado. Haviam bem piores, repletas de emoções repugnantes que tinha se arrependido de ler. Tinha passado a vida toda aprendendo a navegar pelo caos das emoções, a entender a dor como uma parte intrínseca da existência humana e, especialmente, da sua própria. Era filha de Afrodite, e o amor, assim como o sofrimento, era sua natureza. Ali, diante de Remzi, ela sentia a carga da dor dele e a aceitou como uma extensão de si mesma. Ao tocar a mente dele, foi como abrir uma porta para um mar de tormento. Havia uma mistura de emoções — uma angústia crua e pesada que se entrelaçava com mágoas antigas, mas que não sabia a origem ao certo. Cada mente funcionava de uma forma única e a do semideus era única. Talvez, se houvesse a oportunidade futuramente, tentaria compreender a origem e a complexidade alheia. Com o que não contavam atualmente, no entanto, era tempo. Cada adversidade que aparecia para eles parecia carregar cada vez mais tristeza e sofrimento. "Meu poder consegue enxergar o que os outros não mostram... Ou que se recusam a ver." Deu de ombros, não achando que fosse grande coisa. A maioria dos poderes dos amigos envolvia algo físico, como manipulação de chamas ou controle de trovões, mas o de Anastasia era muito mais interpretativo. No começo, era difícil saber o que cada sentimento era, ainda mais devido à natureza complexa dos semideuses. Mesmo a felicidade parecia carregada de certo trauma e medo de um futuro incerto. Uma risada escapou dela suavemente, sabendo que o outro estava certo em ter dúvidas. Mesmo que pedisse frequentemente sabedoria para Atena, sabia que tinham que pensar em cada detalhe, ainda mais levando em consideração uma missão que poderia facilmente se tornar desastrosa. "Talvez eu tenha que pensar em um detalhe ou outro mais cuidadosamente." A confissão saiu até de forma humorada, sabendo que o outro poderia ajudá-la a pensar naquilo com mais precisão. O beijo em sua palma fez com que o corpo esquentasse levemente, mas tentou não pensar muito naquilo. Mesmo quando a cabeça estava cheia de preocupações, Remzi sabia como desconcertá-la suavemente, impedindo que se afundasse em planos infundados. Um suspiro escapou pelos lábios dela, marcada pela respiração que sequer percebeu que estava segurando. "Você nunca será um peso morto para mim." As palavras saíram de maneira firme, seus olhos se estreitando levemente enquanto ela fixava o olhar no dele. "Talvez os deuses ajam de alguma forma... Ou, talvez, o destino mesmo agirá. Tenho certeza que Quíron enviará alguém atrás dos semideuses que caíram." Pelo menos, era o que esperava. Não manteriam os semideuses nos domínios de Hades por muito tempo, principalmente pela quantidade de monstros que haviam lá. Deixá-los seria uma sentença de morte e, por mais defeitos que Dionísio e Quíron tivessem, acreditava que não eram cruéis o suficiente. "Eu só não quero perder alguém de novo." A morte de Brooklyn tinha afetado diretamente ela. Ele era o líder do clube de teatro que Anastasia tinha ingressado e, mesmo que não fossem tão próximos, gostava dele. A personalidade era única e sempre parecia animado para os ensaios. Desde que ele se fora, as coisas não tinham sido as mesmas.

FLASHBACK ANTES DA PROFECIA . Tinha Sentido A Dor De Remzi, Mas Antes Jamais Tinha Entrado Na Mente Dele.

antes da profecia de Rachel Elizabeth Dare

Dor é uma emoção. Ele não costumava pensar a respeito disso. Para ele, dor era dor. Física, geralmente. Algo que podia tratar com néctar e ambrosia. No resto do tempo, bastaria não pensar a respeito do que lhe perturbava. Mas ali, com Nastya diante dele, o encarando com estranhamento, ele soube que permitiria que ela revirasse sua mente para arrancar tudo o que estava lhe fazendo mal, por mais covarde ou fraco que pudesse parecer com isso. Em outros tempos, ele jamais permitiria que alguém o violasse daquela maneira. Porém, já não era o mesmo Remzi, e não sabia se fazia tanta questão assim de esconder suas facetas da filha de Afrodite. Acompanhou as mudanças em seu rosto, como se a outra entrasse num transe. Era impossível saber o que ela estava vendo em sua mente; se estava experimentando a mesma dor que ele; se  ficaria desesperada por sair daquele lugar escuro e miserável. Antes que a Lee esboçasse reação, o Bakirci sentiu o amortecimento que acompanhava o relaxamento, como se uma porta tivesse sido fechada em sua mente, bloqueando a torrente de sentimentos destrutivos que o alimentavam até então. Ainda provava da mágoa, mas ela se tornara infinitamente mais suportável. Ele  segurou o pulso de Nastya para que ela não se afastasse, como se estivesse viciado na sensação e não quisesse que ela o deixasse nunca mais. Então era por isso que as pessoas ficavam viciadas em Morfina? Em contrapartida, a filha de Afrodite não parecia perturbada, assustada ou revoltada com o que tinha acabado de ver, o que era um bom sinal. Um sinal de que ela não sairia correndo. Na realidade, quando falou com ele de novo, estava sorrindo com presunção. ‘ Como foi que fez isso? ’  disse, quase consternado. Tinha ouvido falar a respeito dos poderes da semideusa, porém, estaria mentindo se dissesse que esperava que fosse tão habilidosa. Ele sabia do potencial físico de Anastaria, contudo, acompanhar de perto suas  habilidades psíquicas era algo que ainda não tinha feito.  ‘ Um plano executável? ’   insistiu, elevando uma das sobrancelhas. Agora que a emoção mais pesada havia sido retirada, era capaz de cogitar a ideia como alguém que estava pronto para colocá-la em prática. Algo próximo de animação talvez fosse o que estava experimentando; algo que costumava sentir antes, com frequência, sempre que saía a campo. Parte  disso também se devia ao fato de Nastya passar a ele uma confiança que não sentia, como se ele fosse, de fato, o que ela acabava de colocar em palavras. Remzi se perguntou se ela ainda não estava usando os poderes nele, plantando a ideia como se ela tivesse partido dele, enquanto mantinha uma mão pressionada em seu rosto e aqueles olhos amendoados fixos nele.  Ela sabia, também, que ele ignoraria, se necessário, as regras impostas pela liderança do acampamento para sair em missão extraoficial.  ‘ Eu faria isso por você. Mesmo que Melis não estivesse lá ’    confidenciou, beijando a palma da semideusa ao trazer rapidamente sua mão para junto da boca, afastando-a de seu rosto depois disso. Tinha mais motivos para ir do que para não ir, mas se fosse, queria poder pensar por si mesmo.  ‘ Só não quero ser um peso morto para você ’   a parceria de outrora, a capacidade técnica que expunham em treino e em missões, juntos, Rem já não sabia se seria a mesma. Não só frustraria a Lee, como frustraria a si mesmo. ' E não sei se eles conseguem esperar muito mais tempo ' o tempo passava de maneira diversa nos domínios de Hades, contudo, quantos dias poderia um semideus aguentar sem estar morto?


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