me enamoređ©đ€
warnings: sexo desprotegido (pode não hein), menção de Enzo como pai de menina, não revisado, blurb, escrevi do nada sem nem pensar, dito isso, perdão por qualquer coisa
No instante em que Enzo te avistou no parque, rindo enquanto conversava com uma amiga e ninava seu filho no colo, sentiu uma vontade avassaladora de te ter para si, fosse para uma Ășnica noite ou nĂŁo.
Naquele dia, Enzo nĂŁo pediu seu nĂșmero e nem se aproximou de vocĂȘ; apenas chamou sua filha que estava brincando no parquinho e seguiu para casa, levando mais duas semanas atĂ© que finalmente pudesse te reencontrar.
Quando Enzo finalmente teve a oportunidade de conversar com vocĂȘ, percebeu que o desejo era recĂproco e sentiu um alĂvio ao ver que vocĂȘ retribuĂa o flerte. Enquanto seus filhos se divertiam nos balanços do parque, vocĂȘs trocavam olhares furtivos, Ă s vezes desviando o olhar para os lĂĄbios um do outro, imaginando como deveriam ser macios.
Enzo que em uma noite de sĂĄbado te chamou para o apartamento dele e para a alegria dele, vocĂȘ aceitou. Que apĂłs alguns minutos de conversas acompanhadas de um vinho caro, vocĂȘ sentiu o ar pesar e seu corpo esquentar conforme ele se inclinava na sua direção, mordendo os lĂĄbios enquanto te olhava.
Sua intimidade pulsava pela excitação que crescia, sentindo uma necessidade avantajada de sentar no colo dele e beijar os låbios que estavam levemente arroxeados pelo vinho.
NĂŁo demorou muito para que isso acontecesse, sentada no colo do uruguaio enquanto as mĂŁos dele apertavam seus seios e os dedos brincavam com os mamilos rĂgidos, vocĂȘ o beijava com anseio aliviando a necessidade que a consumia e puxando os fios escuros e sedosos do cabelo dele.
Sentia a lĂngua dele invadindo sua boca, entrelaçando-se Ă sua, aprofundando o beijo cada vez mais, enquanto vocĂȘ rebolava por cima do pau duro dele.
Ele mordia de leve seu lĂĄbio inferior toda vez que se afastava um bocado para respirar, desceu as mĂŁos para a sua bunda apertando a carne com desejo e te fazendo roçar com mais intensidade a sua buceta no pau dele, que marcava na calça de moletom, onde era possĂvel ver o formato perfeito do membro.
Sem mais tardar vocĂȘ gemia no ouvido dele sentindo o pau do mais velho alargar a sua bucetinha a cada vez que vocĂȘ sentava. As mĂŁos dele arranhavam e apertavam sua bunda e suas coxas, dando tapas fortes que com certeza deixariam marcas.
"Isso, sua puta de mierda...senta gostoso Žpra mim, senta" ele dizia puxando seu cabelo com força, o enrolando na mão e te forçando a olhå-lo.
Os olhos dele esbanjava desejo, te olhava com um sorriso no rosto apreciando a imagem na frente dele: vocĂȘ com as sobrancelhas juntas, curvadas para cima, a boca aberta e o rosto levemente vermelho e pouco suado, emitindo sons que sĂł faziam o pau dele latejar dentro dele vocĂȘ.
O sentia indo fundo em vocĂȘ, tocando seu ponto mais sensĂvel trazendo Ă tona a vontade de se despejar sobre ele. Enzo focava nos seus seios balançando conforme vocĂȘ quicava, no seu rosto e no som molhado do seus sexos se encontrando.
A raiz do seu cabelo e do dele estavam molhadas pelo suor, o som dos seus gemidos e da respiração intensa de ambos preenchiam o local além do som das suas coxas se chocando com as dele. Enzo levantou a sua blusa com rapidez, tomando seu peito com a boca e o chupando com intensidade, se deliciando com a maciez da sua pele.
Sentir a lĂngua quente dele tocar o seu peito contribuiu com a vinda do seu orgasmo, apertando o pau dele enquanto gozava e sentindo as vibraçÔes do gemido grosso dele contra o seu peito.
Sentiu um pouco de dor ao sentir ele mordendo seu seio enquanto gozava, jorrando todo o lĂquido dele em vocĂȘ, te preenchendo. Mas ignorou isso, apenas puxou o cabelo dele com força e olhou por um segundo os olhos dele se fechando com força, a boca aberta e ouvindo palavras que vocĂȘ nĂŁo entendia saindo da boca dele enquanto empurrava com força o pau na sua buceta, tudo antes de o beijar e o silenciar.
From Rio to Bariloche
OlĂĄ estrelinhas, tudo bem? Bem vindes a mais um imagine!
Olha sĂł que milagre gente, eu prometendo um imagine e cumprindo!! đ Aqui estĂĄ o headcannon do nosso argentino preferido, aproveitem pois eu AMEI escrever isso aqui.
Agora o que nos resta Ă© esperar esse filme sair, jĂĄ tenho certeza que tendo Leandro Hassun e SimĂłn Hempe no elenco sĂł podemos esperar uma obra prima do humor brasileiro.
Avisos: Sexo explĂcito, palavras de baixo calĂŁo, public sex.
Namorado!SimĂłn que te conheceu nas gravaçÔes do novo filme que ele participaria no Brasil, vocĂȘ era parte da equipe de roteiristas, trabalhando ativamente por trĂĄs das cĂąmeras, o que fez ele se encantar rapidamente tanto por seu jeito sĂ©rio e focado durante as gravaçÔes quanto seu jeitinho simpĂĄtico e divertido com todos da equipe e elenco.
Namorado!SimĂłn que criou com vocĂȘ uma amizade incrĂvel, almoçando com vocĂȘ praticamente todos os dias trocando os mais variados tipos de assuntos, descobrindo que tinham mais em comum do que parecia. Mas mesmo assim ele queria mais com vocĂȘ, e nĂŁo considerava que os horĂĄrios de almoço durante o trabalho configuravam um encontro de fato, mas nĂŁo encontrava a coragem para te chamar para sair, tinha medo de sua reação nĂŁo ser a que ele esperava e acima de tudo ele priorizava seu trabalho, entĂŁo arruinar sua relação logo com uma das roteiristas nĂŁo seria nada interessante ainda mais num projeto dessa magnitude.
Namorado!SimĂłn que quando finalmente criou coragem para te chamar pra sair nĂŁo conseguiu nenhum momento ideal para fazer isso jĂĄ que vocĂȘ passou aquela semana inteira dentro da sala de roteiristas juntamente com o prĂłprio Leandro Hassum quando ele decidiu mudar algumas partes do roteiro.
Namorado!SimĂłn que flertou contigo descaradamente quando estavam juntos lendo algumas partes do roteiro juntamente com outros principais integrantes do elenco, o que arrancou um risinho seu e uma expressĂŁo nĂŁo muito boa de seu pai, que estava do seu lado.
Namorado!SimĂłn que sentiu o sangue congelar apĂłs ouvir vocĂȘ chamar o Leandro de pai no dia seguinte, se xingando mentalmente por nunca ter percebido isso antes admirando como vocĂȘs separavam a relação de pai e filha com a relação de ator e roteirista, e tambĂ©m arrependido de ter feito aquilo ontem, mesmo tendo sido sĂł um flerte bobo.
Namorado!SimĂłn que desistiu de tentar algo com vocĂȘ apĂłs saber de quem vocĂȘ era filha, mesmo que nĂŁo houvesse nada que os proibisse. NĂŁo queria estragar a relação profissional dentro do set entre os trĂȘs entĂŁo preferiu esperar atĂ© o fim das gravaçÔes.
Namorado!SimĂłn que jĂĄ nas gravaçÔes em bariloche fez um happy hour com alguns atores e membros da equipe apĂłs um dia inteiro de gravaçÔes, nĂŁo esperava que vocĂȘ aparecesse entĂŁo ficou todo bobo apaixonado quando te viu entrar no bar, ainda mais quando te viu se livrar de seus casacos na entrada do local, ficando apenas com seu vestido e a meia calça que protegia suas pernas do frio extremo do lado de fora.
Namorado!SimĂłn que te pagou um drink enquanto conversavam sobre assuntos banais como o frio de bariloche, as gravaçÔes, atĂ© falarem sobre a vista bonita das montanhas que tinham do hotel e SimĂłn mencionar a jacuzzi que ele tinha em seu quarto. "Parece ser Ăłtima, talvez eu tenha que ir lĂĄ experimentar" foi o que vocĂȘ disse, fazendo o argentino quase engasgar sua cerveja.
Namorado!SimĂłn que horas depois abre a porta do quarto dele se deparando com vocĂȘ. "Estou morrendo de frio, se importa se eu usar sua jacuzzi por um tempinho?" e obviamente ele nĂŁo conseguiu recusar ao ver vocĂȘ retirando o casaco grosso que te cobria e revelando que usava apenas uma camisola de tecido fino por baixo.
Namorado!Simón que te comeu dentro da jacuzzi, segurando seu quadril com força guiando suas quicadas sobre o colo dele. O barulho da ågua com o som dos gemidos de ambos se tornando um só, um sonho do argentino se tornando realidade ao ter a mulher de seu desejo para si, ao tocar cada sentimento de seu corpo te agoniando como a obra de arte mais linda que toda a humanidade jå criou.
Namorado!SimĂłn que naquela noite pode experimentar te ter de todas as formas possĂveis, te sentir por inteira repetindo milhares de vezes o quanto vocĂȘ Ă© linda e perfeita para ele, o quanto ele sempre quis te ter assim, gemendo o nome dele enquanto arranha as costas dele, dando trabalho para a equipe de maquiagem esconder isso no dia seguinte, te levando a loucura sempre que os pelos do rosto dele tocavam a pele de seu pescoço. "Isso mi corazĂłn, muy bien, goza pra mim hm? Eres una perrita tan buena para mi"
Namorado!SimĂłn que mesmo nĂŁo se arrependendo nem um pouco do que fez na noite passada, nĂŁo conseguiu evitar que sua consciĂȘncia pesasse quando a primeira pessoa que viu ao chegar no set foi o seu pai.
Namorado!SimĂłn que tomava um mate tranquilo no seu horĂĄrio de descanso quando Leandro pĂ”e uma mĂŁo em seu ombro, olhando bem nos olhos do argentino falando âParece entĂŁo que eu sou seu sogro no filme e fora dele nĂ©? JuĂzo viu rapaz, nĂŁo seja um merda com minha filha nĂŁo!â com uma voz intimidadora, sĂł para depois rir da cara de assustado do coitado do SimĂłn âBrincadeira rapaz, tu Ă© um menino bom, sĂł usa camisinha sou muito novo pra ser avĂŽâ e sai de perto, ainda rindo.
Namorado!SimĂłn que te pede em namoro no lugar onde tudo começou, depois de mais uma visita sua ao quarto dele para utilizar a jacuzzi, âeu queria fazer isso de uma forma mais romĂąntica, mas cĂĄ estamosâ ele respira fundo âvocĂȘ Ă© a mulher mais linda que jĂĄ conheci, mais divertida, espontĂąnea, alĂ©m de ser uma profissional perfeita, nĂŁo tive dĂșvidas de que sei que vocĂȘ Ă© a mulher que quero para minha vida desde o dia que te conheciâ SimĂłn sela seus lĂĄbios nos seus delicadamente, e fala sussurrando proximo a eles âquer ser minha namorada?â (vai negar um pedido desses, vagabunda? đ€šâđ»)
Namorado!SimĂłn que passou o resto das gravaçÔes inteiras sendo o namorado mais bajulador e apaixonado do mundo, te levava presentes, saĂa para jantar com vocĂȘ quase todos os dias, te surpreendia do absoluto nada com um violĂŁo cantando como uma serenata de amor, alĂ©m de nunca mais dormir sozinho, jĂĄ que uma noite era no seu quarto, e na outra no dele.
Namorado!SimĂłn que na reta final das gravaçÔes te puxou para um banheiro no set, implorando para te foder rapidinho, jĂĄ que faziam trĂȘs dias que nĂŁo transavam por conta das agendas dos dois nĂŁo estarem em sintonia. Se desfez de suas roupas e das dele quase como se sua vida dependesse disso e prendendo seu corpo contra o dele e a parede, te deu uma das melhores fodas da sua vida, mesmo que tenha durado apenas alguns minutos.
Namorado!SimĂłn que voltou para o Brasil quando as gravaçÔes terminaram, para passar as fĂ©rias com vocĂȘ, conhecendo sua famĂlia, seus amigos e tambĂ©m os lugares que vocĂȘ mais amava, alĂ©m Ă© claro todos os lugares turĂsticos do Rio e as praias, vocĂȘs viveram uma lua de mel mesmo tendo acabado de começar a namorar.
Namorado!SimĂłn que foi muito bem recebido por sua famĂlia, especialmente por seu pai, que criou um carinho gigantesco por ele, mas por ele ser quem Ă©, SimĂłn se tornou o alvo preferido de pegadinhas dele. Mas se vocĂȘ perguntasse a ele quem Ă© a pessoa preferida da sua famĂlia a ele, depois de vocĂȘ Ă© claro, ele diria que Ă© sua irmĂŁ mais nova, Hempe se encantou pela pequena de 10 anos, mesmo que no inĂcio ela tenha sido super debochada e fechada com ele, ganhou o coração dela quando deu de presente a ela uma Barbie nova (interesseira? nem um pouco), e talvez atĂ© tenha desencadeado uma paixonite platĂŽnica dela por ele, que um dia te confessou que queria ser vocĂȘ sĂł para ter SimĂłn como namorado.
Namorado!SimĂłn que anos depois te levou de novo para Bariloche, te pedindo em casamento dentro da mesma jacuzzi onde te pediu em namoro, marcando apenas o inĂcio de uma nova jornada entre vocĂȘs dois.
amem
morĂĂĂđ©
bem vindo de volta, irmĂŁo do jorel
q delicia
AMG tu viu os storys do JerĂŽnimo???
JERĂNIMO VIDA, ME DEIXA MORDER ESSAS TETAS!!!!!
eu jĂĄ fui pensando em tirar print pra colocar aqui e nĂŁo ia dar certo pq Ă© vĂdeo (aqui pra quem quiser ver - vale a pena) PORĂM O QUE ELE RESPOSTOU đđđđđđđ ELE SABE
EU
lo encontrĂ© en pinterest y me representa mucho. hot girls like esteban đ
ai
wagner moura⊠good GOD MAN đ„”đ„”đ„”
(Sergio, 2020 - Netflix)
â who are you?
â im you, but stronger.
(obg @elisrecalt pelo insight de que o goober e o matias sĂŁo parecidos đ)
cometeria maluquices por esse nariz
que delicia esse homem ta
n/a: uni! au; diferença de idade legal; menção a sexo; talvez um pouco de dumbification?; um pouco de angst que não mata ninguém mas é quase fatal.
Retornar aos corredores da universidade depois de jĂĄ estar formada hĂĄ cinco anos Ă©, no mĂnimo, muito esquisito. Afinal de contas, agora vocĂȘ estĂĄ na qualidade de professora; um pequeno estranhamento com a realidade Ă© esperado e, quem sabe, atĂ© mesmo considerado charmoso. VocĂȘ tem dificuldade de se reconhecer neste novo lugar que ocupa; nĂŁo mais uma jovem graduanda iniciando a vida acadĂȘmica, mas sim uma grande profissional e colega de departamento dos seus antigos professores.
Talvez seja por isso que vocĂȘ se sinta tĂŁo bizarra e tĂŁo intrusa nesse jantar do corpo docente; cinco anos atrĂĄs vocĂȘ era apenas uma garota, terminando a graduação. NĂŁo parece fazer o mĂnimo de sentido que vocĂȘ esteja ocupando o mesmo espaço que os melhores e maiores intelectuais que jĂĄ conheceu, principalmente nĂŁo depois de tĂŁo pouco tempo da sua formatura.
Entretanto, no fundinho da sua alma, vocĂȘ sabe que a origem do nĂł que se forma na sua barriga nĂŁo Ă© propriamente o estranhamento com o novo cargo. Quem sabe? Ă bem possĂvel que esse seja o menor dos fatores influenciando os seus nervos.
Quem vocĂȘ quer enganar? Este nervosismo tem nome e sobrenome. Tem cara, endereço, voz. VocĂȘ sabe disso. EstĂĄ com medo de se deparar cara a cara com ele desde que chegou nesta droga de jantar de boas-vindas ao departamento, oferecido pelo diretor em sua honra.
Ao mesmo tempo, estĂĄ querendo morrer sĂł com a possibilidade de que ele nĂŁo apareça, nĂŁo Ă©? Tem medo de que seja pior encontrĂĄ-lo jĂĄ apĂłs o inĂcio do semestre letivo, no meio do corredor ou, pior ainda, enquanto vocĂȘ ministra uma aula.
Mas, para a sua sorte, a realidade Ă© sempre pior do que aquilo que vocĂȘ imagina. Quando vocĂȘ finalmente revĂȘ SELTON MELLO, seu antigo professor, Ă© depois de um esbarrĂŁo atrapalhado, enquanto vocĂȘ tentava levar uma bebida do bar atĂ© a mesa do jantar. Antes de perceber quem ele era e a forma com a qual ele estava ensopado pelo seu drinque, vocĂȘ conseguiu elaborar um pedido de desculpas, sĂł para se perder na fala e ficar vermelha feito um tomate depois.
â Uma graça a sua maneira de cumprimentar um colega, querida, â Selton ri, sarcĂĄstico, mas de uma forma que vocĂȘ conhece bem, sem malĂcia, movida somente pela vontade de te provocar. Ele olha para a camisa preta que usava, molhada pelo conteĂșdo do seu drinque, e faz uma careta.
VocĂȘs dois estavam a alguns metros da mesa de jantar do restaurante, onde o resto dos docentes engajava numa conversa animada. Rapidamente, seus olhos vĂŁo para a mesa e depois retornam ao rosto de Selton, se certificando de que ninguĂ©m estava prestando atenção em vocĂȘs.
No fundo, nĂŁo importava muito. NinguĂ©m sabia de nada. NinguĂ©m poderia deduzir nada a partir de uma mera conversa entre vocĂȘs dois.
â NĂŁo foi a intenção, â Ă© o que vocĂȘ consegue dizer, num tom comprimido e envergonhado, evitando o olhar de Selton.
VocĂȘ consegue escutĂĄ-lo suspirando e detesta que ele tenha feito aquilo. Detesta porque, bem, reconheceria o som daquele suspiro mesmo num delĂrio de loucura. Afinal de contas, o que te garante que as noites que vocĂȘ passou somente escutando aqueles suspiros nĂŁo foram em si delĂrios de loucura?
â Eu sei, â a resposta de Selton vem acompanhada de um dedo no seu queixo, que te obriga a olhar para ele. â Como vai vocĂȘ?
A sua resposta Ă© uma risadinha nasalada que vocĂȘ se certifica de que ele pĂŽde escutar. Com a sobrancelha erguida, Selton sĂł faz te encarar como se nada compreendesse, diante do que, vocĂȘ sorri para ele um sorriso irritado.
â VocĂȘ nĂŁo tem vergonha na cara mesmo.
â Desculpa? Estou sendo educado, sabe?
â Quanta boa educação, Professor Mello. Aposto que a sua mĂŁe estĂĄ orgulhosa do filho que ela criou, â Ă impossĂvel conter o tom irĂŽnico e irritado. Sem mais cerimĂŽnias, vocĂȘ vira o corpo de leve. â Se vocĂȘ me dĂĄ licença.
Com isso, vocĂȘ sai de perto de Selton, voltando para a mesa ainda segurando o copo vazio na mĂŁo. NinguĂ©m estranha, ninguĂ©m fala nada. VocĂȘ tampouco menciona qualquer coisa sobre o nome dele e tambĂ©m nĂŁo repara mais se ele estĂĄ ou nĂŁo na mesa junto ao resto dos docentes. Apesar de ser estranho vĂȘ-lo agora, cinco anos depois, parece que vocĂȘ parou de se importar se Selton Mello vive ou morre, o que, definitivamente, Ă© uma mudança radical.
Foi assim que tudo começou, nĂŁo Ă©? Com vocĂȘ se importando com ele. Ă Ă©poca, Selton era o que vocĂȘ considerava um amigo, mesmo diante da explĂcita e ensurdecedora dinĂąmica de poder entre vocĂȘs; ele era seu professor, diabo. NĂŁo devia ter aceitado uma aluna petulante que perguntava numa voz baixa e sensual se ele havia dormido bem pois parecia cansado, ou se estava tendo muito trabalho corrigindo as avaliaçÔes, coisas assim.
Agora, anos depois do inĂcio desse problema, vocĂȘ sabe disso. Sabe o que Selton deveria ter feito. Principalmente, vocĂȘ sabe o que ele nĂŁo deveria ter feito, e essa, essa Ă© uma lista longa.
Primeiro, ele nĂŁo deveria ter te chamado para uma reuniĂŁo depois da disciplina optativa que ele ministrava nas noites de quinta. NĂŁo deveria ter te enganado dizendo que aquele tĂȘte-Ă -tĂȘte que vocĂȘs teriam era uma reuniĂŁo. NĂŁo deveria ter sentado perto o suficiente para que vocĂȘ pudesse escutĂĄ-lo respirando, suspirando; simplesmente existindo. E definitivamente, Selton nunca, jamais deveria ter olhado no fundo dos seus olhos e dito, baixinho: âTe chamei aqui porque tem outras coisas que eu quero te ensinar.â
Mas nada disso importava agora. Principalmente nĂŁo a prazerosa educação sentimental e erĂłtica que Selton te proporcionou. Em retrocesso, vocĂȘ reconhece que ele realmente fazia valer a alcunha de professor, mesmo quando estava contigo na cama. Era sempre um âdeixa eu te ensinar, querida,â quando ele propunha testar algo diferente. Ăs vezes, ainda, vocĂȘ brincava, provocava; âvou receber uma boa avaliação por hoje?â e Selton respondia âuma nota dez e uma estrela dourada.â
Nitidamente, foi um caso sensual. Certo, foi imoral e antiĂ©tico tambĂ©m, mas quem se importa? VocĂȘ se divertia e sentia prazer, tinha um homem mais velho sempre disponĂvel para vocĂȘ e nĂŁo tinha do quĂȘ reclamar. O canalha, em toda a sua maliciosa e sĂĄdica glĂłria, ainda te deixava fazer dele o que quisesse, te proporcionando a deliciosa e falsa sensação de que vocĂȘ tinha algum tipo de poder sobre ele.
Assim, Selton nunca recusava nenhum dos seus pedidos, por mais caprichosos que fossem. O tĂtulo dele, professor, era frequentemente utilizado por vocĂȘ, como forma de provocĂĄ-lo, de pedir que ele te ensinasse a sentir prazer. Frustrado, ele suspirava, mas sempre fazia o que vocĂȘ queria, sempre acabava com a lĂngua nos lugares mais quentes do seu corpo ou com a boca no pĂ© do seu ouvido murmurando, suplicando, pedindo que vocĂȘ gemesse o nome dele mais alto e mais uma vez.
Se apaixonar por ele nĂŁo estava nos planos. Gritar que o amava no meio da noite enquanto ele metia em vocĂȘ tambĂ©m nĂŁo estava nos planos. Mas, o que era mais uma linha, mais um limite a ser cruzado? NĂŁo era vocĂȘ que estava tendo um caso proibido com um professor da faculdade que tinha idade para ser seu pai? Que classudo. Aposto que ele teria orgulho da filha que tinha criado. E Selton, bem, teria orgulho da aluna que tinha, de mais de uma maneira, estimulado.
Por um tempo, essa histĂłria de amor, orgulho e paixĂŁo atĂ© tinha funcionado. Ăs vezes ele falava sobre famĂlia e filhos, e quando ele dizia isso estando fora de vocĂȘ, era mais fĂĄcil acreditar. Os dois riam pensando no escĂąndalo que seria na faculdade, mas nĂŁo se importavam. Selton beijava a sua mĂŁo e dizia que ia te fazer a mulher dele. E vocĂȘ? Bem, vocĂȘ gostava do som daquelas palavras, do som daquela ideia.
Perguntava, na cama, sempre quando estava perto de chegar no seu ĂĄpice, o que ele faria com vocĂȘ, se ele seria bom com vocĂȘ. E Selton ria, te beijava molhado, ajustava o ritmo e ria. VocĂȘ, literalmente estĂșpida pelo prazer de ter um homem em ti cujas mĂŁos apertavam os seus seios e a boca marcava o seu pescoço, resmungava baixinho, miando, pedindo uma resposta, talvez. A sua tĂĄtica nessas horas era atacĂĄ-lo no ponto fraco, vocĂȘ sabe disso. O apertava um pouco mais entre as suas pernas e chamava, baixinho: âTontomâŠ?â. Era o suficiente para fazĂȘ-lo perder o controle, a compostura e a cabeça: âJĂĄ nĂŁo estou sendo bonzinho contigo, meu bem? NĂŁo tenho intenção nenhuma de parar agora.â
Talvez fosse por isso que a tragĂ©dia grega que se sucedeu nĂŁo fazia sentido algum. Depois da formatura, vocĂȘ saiu do Brasil para fazer o mestrado na Europa, com a promessa de que Selton iria tirar uma licença, iria ver vocĂȘ. VocĂȘs brincaram, falaram em casar por lĂĄ e dar aos filhos um passaporte europeu de nascença. Era romĂąntico, bucĂłlico, feliz. VocĂȘ se sentia sortuda, tinha escapado de uma maldição. Selton te amava. NĂŁo era somente um homem mais velho que havia se engraçado com uma aluna, como as suas amigas tinham acusado. Por Deus vocĂȘ nem era mais aluna dele. Era certo que ele te amava.
Ou quase certo. Talvez fosse errado. TambĂ©m era possĂvel que desde o inĂcio ele tivesse te enganado, mas vocĂȘ duvidou desta Ășltima hipĂłtese. Se ele nĂŁo te amasse, ele nĂŁo teria arriscado a carreira para viver um casinho contigo, certo? NĂŁo teria te jurado tanto amor ao pĂ© do ouvido, ou te tirado todo ousado para dançar no baile de formatura, como se ninguĂ©m estivesse ali para olhar. Aquela droga de mensagem de texto dele, que vocĂȘ leu jĂĄ em outro continente, nĂŁo mudava nada do passado, certo? NĂŁo importava o quĂŁo duras e frias eram as palavras dele, as acusaçÔes de que vocĂȘ havia o deixado e desistido dos planos, escolhendo a carreira ao invĂ©s de tudo que poderiam ter construĂdo.
NĂŁo, vocĂȘ nĂŁo era uma mulher egoĂsta. Tinha somente sido⊠tola. Feito planos com um homem quase trinta anos mais velho, numa relação que desde o inĂcio sĂł te oferecia coisas a perder, nĂŁo Ă©? Foi isso. VocĂȘ perdeu; um pouco da dignidade, os planos e sonhos, mas nĂŁo perdeu o amor e o carinho por Selton. Certo, isso Ă© ridĂculo, e algo que vocĂȘ detesta admitir, um pensamento que mesmo apĂłs cinco anos vocĂȘ bloqueia no fundo da mente, mas Ă© a verdade.
Diabo, vocĂȘ jĂĄ perdeu as contas de quantos homens jĂĄ chamou pelo nome dele, mesmo que nenhum fosse remotamente prĂłximo ao Selton. O seu Selton, o verdadeiro, que vocĂȘ nĂŁo conseguia odiar e principalmente, nĂŁo conseguia esquecer. Mesmo apĂłs o ataque de raiva no jantar, vocĂȘ nĂŁo conseguia odiĂĄ-lo. Nem mesmo um pouco. A raiva era sĂł a forma que vocĂȘ conhecia de nĂŁo se deixar levar pela paixĂŁo. Caso o contrĂĄrio, vocĂȘ seria capaz de beijĂĄ-lo bem ali naquele restaurante, em frente a todo o corpo docente, mesmo enquanto Selton estava todo molhado com o seu drinque.
Mas, para o seu prĂłprio bem, vocĂȘ fingiu nĂŁo se importar quando ele voltou Ă mesa, a mancha na camisa social preta ainda secando. Canalha, ele escolheu o lugar vazio bem Ă sua frente. Ao menos, Selton foi cortĂȘs, fingiu tambĂ©m que mal te conhecia, que nunca havia te visto nua, e perguntou sobre o mestrado e a Europa, juntando-se aos colegas do departamento num estranho ciclo de bajulação Ă sua pessoa.
Foi de repente, contudo, que vocĂȘ se viu sozinha com ele. Estavam, novamente, afastados do mundo como nas noites de conversa que dividiram no passado, regadas a vinho e a sexo. Os outros professores do departamento jĂĄ havia ido embora, mas vocĂȘ estava tĂŁo entretida por aquele homem que nĂŁo havia nem notado, ou fez questĂŁo de nĂŁo notar.
Agora que estavam a sĂłs, a raiva inicial havia passado. Algo em vocĂȘ te obrigou a sorrir, bobinha, pensando que finalmente estava saindo em pĂșblico com ele, agora que isso era permitido. A idiotice do pensamento nĂŁo importava; vocĂȘ amou Selton o suficiente para nĂŁo ligar ao efeito emburrecedor que ele tinha sobre vocĂȘ.
â Do que vocĂȘ tĂĄ rindo, querida? â Ele levantou a sobrancelha e tomou mais um gole do drinque. Nitidamente, vocĂȘs dois estavam altinhos, felizes. NĂŁo se falava do passado ou qualquer coisa assim.
â Nada⊠nada nĂŁo, â e a expressĂŁo dele te arrancou outra risadinha.
â Posso assumir que vocĂȘ estĂĄ feliz em me ver, entĂŁo? â A voz baixa dele foi estranhamente sensual.
â Professor! â VocĂȘ exclamou, rindo, o corpo alcoolizado quase se debruçando sobre a mesa, tentando ficar mais perto dele. Selton realmente te transformava numa bobinha, nĂŁo Ă©? â NĂŁo seja egocĂȘntrico!
â NĂŁo sou mais seu professor, querida, vocĂȘ sabe dissoâŠ
E por alguma razĂŁo aquelas palavras, somadas ao ĂĄlcool e ao ambiente, te fizeram ficar corada e evitar olhar muito para Selton. As memĂłrias de todos as noites que passaram juntos invadiram o seu cĂ©rebro, e, num instante, vocĂȘ se entristeceu. Definitivamente, era a bebida, te fazendo passar por toda essa montanha-russa emocional assim de repente.
Selton, sempre perceptĂvel e sensĂvel contigo, parece ter notado a mudança brusca na sua face. VocĂȘ sabe que ele vai perguntar. VocĂȘ sabe que nĂŁo quer responder. NĂŁo quer dar a ele nenhuma satisfação. Por que iria? Ele mal mal te deu uma tambĂ©m. Escolheu o caminho mais fĂĄcil, te pintar como egoĂsta e malvada. Escolheu te deixar sozinha, apaixonada, tentando descobrir o que fazer da vida sem ele do lado para te ensinar a amar; essencialmente, te ensinar a viver.
â Que cara Ă© essa? Saudade? â Selton diz, finalmente, apĂłs alguns bons e sagrados instantes de silĂȘncio. A pergunta lhe gera uma revolta. Como nĂŁo? Certo, ele nĂŁo Ă© mais seu professor, mas age como se fosse, com um tom de malĂcia de quem tem poder sobre vocĂȘ, de quem te controla.
E nĂŁo Ă© que ele realmente tem esse poder? NĂŁo Ă© que ele realmente te controla?
â VocĂȘ Ă© um canalha mesmo, sĂł pode ser, â vocĂȘ Ă© incapaz de mascarar a tristeza, fazendo com que as palavras saiam quase miadas. Ali estĂĄ vocĂȘ de novo, a boba, fazendo papel de melancĂłlica, estĂșpida e apaixonada.
â Tinha a impressĂŁo de ter partido o seu coração, querida, â o tom de Selton muda radicalmente e ele se inclina para pegar a sua mĂŁo em cima da mesa. VocĂȘ repara nos olhos dele, que suavizam um pouco, tentando se fazer parecerem gentis. â Acho que agora tive a certeza⊠eu⊠nĂŁo tive a intenção.
â NĂŁo se trata do meu coração, Selton. Antes fosse, nĂ©? â VocĂȘ dĂĄ uma risada meio fungada de leve, tentando dissimular o que se passava na sua cabeça. Como dizer isso a ele sem fazer ainda maior papel de boba? Talvez, quem sabe, nĂŁo havia como. â Foi sim uma cara de saudade. Mas jĂĄ passou. SĂł nĂŁo acho que te dĂĄ o direito de esfregar isso na minha cara, sĂł para amaciar o seu ego.
â Desculpa.
â Aceitas, â um suspiro escapa os seus lĂĄbios e vocĂȘ olha para Selton, cujo olhar escureceu. Sabe bem quem vai sair junto Ă s suas prĂłximas palavras; Ă© a boba, que nunca se contĂ©m dentro da competente profissional que vocĂȘ Ă© nas horas em que a sua mente estĂĄ vaga de Selton Mello. â Se posso fazer um pedido, professor, se desculpa pelo que fez comigo todos aqueles anos atrĂĄs, por favor?
E entĂŁo, um sorriso. Aquele vocĂȘ conhece bem. Selton traz nos lĂĄbios um sorriso de glĂłria. Algo em vocĂȘ fica feliz por saber que deu causa a ele.
â Desculpa pelo que fiz com vocĂȘ, querida. Pelos beijos⊠carĂcias. Por todo aquele prazer. Me desculpa, viu?
â NĂŁo! VocĂȘ entendeu errado! NĂŁo Ă© isso que eu quero! â As palavras saem da sua boca em meio a risadas frouxas, quase joviais. SĂŁo estranhas lembranças dos outros tempos.
â Achei que vocĂȘ jĂĄ teria aprendido que eu raramente te dou o que vocĂȘ quer.
â TĂĄ certo⊠Essa Ă© uma que eu nĂŁo aprendi, â vocĂȘ morde o interior do lĂĄbio, em dĂșvida entre falar ou nĂŁo o que seguiu. â TambĂ©m nĂŁo aprendi a te esquecer. Ă, Professor Mello, isso vocĂȘ nĂŁo me ensinou.
Eu e meu camarada Louis Tomlinson agarradinhos assistindo CrepĂșsculo enquanto amassamos um pote bem grandĂŁo de miojo sabor tomate da turma da MĂŽnica igual a dama e o vagabundo (ele Ă© a dama)đ
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