leonid-zherdev:
Leonid tinha reconhecido no olhar da jovem que se aproximava que ela focava a visão nele, podia o ver, era parte do submundo de alguma forma. Não tinha nenhuma runa pelo corpo, logo não era uma caçadora como ele, até porque conhecia a todos do instituto russo. Leo se virava de frente para ela - Não se preocupe - o shadowhunter tirava um lenço do anterior do seu colete para limpar o rosto - Você parece que viu um fantasma… É nova nisso, não é? - seu tom era leve, mas não era completamente simpático, dizia aquilo quase como se apenas estivesse citando um fato. Ele terminava de limpar o rosto e guardava o lenço no mesmo bolso - Sim, é trabalho, caçar… Espero que não tenha nenhuma simpatia por demônios, porque era só um Ravener
Se não fosse acostumada com sangue aquela conversa seria um problema, lhe incomodava de certa forma por lembrar de sua primeira lua cheia e... não havia sido bom ter o corpo nu sujo de sangue desconhecido. - Se você diz, só não me responsabilizo se me achar uma chata - dava de ombros sem tanto humor na fala, os dias não eram dos melhores. - Quem dera fosse um fantasma, seria mais normal em minha opinião... o que acha? - revirava os olhos antes de forcar um pequeno sorriso - Aylla, lobisomem novata - estendia a mão com um costume - Entendo... eu trabalhava, trabalho, não sei.. com algo parecido mas sem matar, pelo menos não quando não tivesse outra opção - suspirava ao lembra que não sabia quando voltaria a fazer seu trabalho na policia e fazia uma careta quando o mesmo sinuava que ela poderia ter pena por demônios - Você acha que sou tão estupida assim? Se não fosse por esses demônios não haveria a licantropia, eu não seria um monstro, não teria sangue de demônio em minhas veias e estaria na minha vida normal, não sou tão diferente de você, seja lá quem for, eu quero eles mortos, quero os mundanos a salvo, não quero que mais pessoas acabem como eu - disse com certa raiva, mais do que o normal e seu olhos brilhavam em tons verdes esmeralda, ainda sem o controle total dos poderes. - Se posso perguntar o que é um Ravener?
shcxwolf:
Um sorriso suave tomou a face da líder da matilha e Ela assentiu para a ruiva. - Obrigada por dizer isso Aylla, você é uma boa pessoa, mesmo. - Falou abraçando a ruiva de lado, de maneira carinhosa enquanto a ouvia. A loba podia nem sempre ser tão afetiva assim, mas tentava ao máximo ser legal com aqueles que a ajudavam. aqueles com quem se importava. - É meio maluco, eu sei como é. - Falou sincera, com um leve sorriso para a outra loba. - Eu me acostumei porque cresci a maior parte da vida no meio disso tudo. - Falou sincera, com um sorriso leve. - Podemos fazer isso sim. - Disse com um sorriso sincero. - Você é bem legal, acho que vai ser legal ter uma irmã. - Disse no mesmo tom brincalhão.
Sorriu em resposta ao sorriso da outra, algo lhe alegrava em conseguir tal feito. - Eu tento - Murmurou de forma divertida, um dos braços em volta da outra no abraço gentil enquanto encostavam a cabeça. Elaena era alguém seria e as vezes distante mas aquela convivência fazia Aylla a querer por perto, eram uma bando, uma família e lobos tinham aquela ligação em ajudar um ao outro por afeto, aquele quartel tinha lhe dado mais que um teto para morar, lhe deram um lar e queria retribuir. - Estou começando a querer saber o que não é maluco por aqui. - Brincou em meio a uma careta. - Você já pensou que poderia ser diferente? Ter uma vida diferente? Um tipo de universo alternativo - Pressionou os lábios pensando em como seria se seus pais não tivessem morrido, se tivesse escolhido ser médica, se não tivesse se tornado loba, por mais trágico que tudo fosse nada mudaria. - Obrigada, também gosto de você e acho que seria muito bom ter alguém com quem contar, uma mulher, sabe não dá pra conversar tudo com o Kaspar - Negou com a cabeça se lembrando de algumas conversas estranhas que tivera com o mesmo, não ligava de ter alguém que pudesse a entender não só como mulher mas como loba, era quase infantil tal acordo mas era sincero.
kaxpar-m:
“Bem, não, se você quer ser realmente técnico com isso, estou apenas espantando as crianças dessa area. Olhe em volta tem muitas arvores e muito verde, o que significa que vão haver Seelies, e você sabe o que seelies fazem no dia de Halloween? Raptam crianças ou trocam as deles por crianças Seelies. O que está fazendo deve ser divertido, mas estou trabalhando e você deveria me ajudar.” ele se aproximou da ruiva, reconhecia o tom de voz e mesmo com a pintura no rosto sabia que era Aylla. “ Vou reverter da melhor forma que posso, te tirando da diversão e te dando um trabalho.” ele sabia que não era divertido mas queria convence-la a voltar ao trabalho.
- Então todos os casos sem solução que tivemos envolvendo desaparecimento de crianças tem haver com Seelies? - levou a mão ao rosto caminhando de um lado ao outro tentando digerir mais informações. - Kaspar eu... só queria ter uma noite normal, mas acho que nunca mais minha vida vai ser normal não é? - a proposta do outra fez a ruiva exitar um pouco, tendo que se sentar no banco e respirar fundo antes de pensar em uma resposta. Era uma loba mas antes disso era uma detetive, tinha prometido a si mesma que não deixaria a sociedade impune e agora estava quebrando todo seu legado, tudo que era parecia ter se perdido. - Você acha que posso fazer isso? Que estou pronta? - ela já sabia as respostas, não precisava estar pronta mas tinha que tentar, ficar sentada esperando tempo passar não adiantaria. - Eu... não sei posso voltar agora então faremos assim... vou ajudar com o que puder hoje e preciso que me mantenha na linha, veremos se eu serei posso pertencer a esses dois mundos como você fez, então eu retiro a licença. - precisava decidir de uma vez se o que tinha acontecido com si era uma benção ou uma maldição.
leonid-zherdev:
O Ogro avançava naquela situação mais do que surreal. Um Shadowhunter caído, uma lobisomem o defendendo, All Star do Smash Mouth tocando ao fundo, se não estivesse acontecendo ali, seria difícil de acreditar. Recebendo as mordidas e arranhões de Aylla, o Ogro parava por um momento lidando com a dor, tentando se livrar da submundana, ainda o mordendo, seus músculos grandes não permitiam que ele a alcançasse naquela situação, ficando desnorteado e gritando com a dor
Enquanto isso, com dificuldades, Leo observava a Cena, quase completamente impotente devido aos ferimentos, por sorte não havia quebrado nenhum osso, mas sentia dor em razão da queda. -Boa Aylla… - dizia entre dentes, resistindo a dor de o fazer perder o foco, alcançando finalmente a sua Estele e a levando na lateral de seu pescoço, ativando a runa de cura. Com força de vontade e os poderes de caçador, ele ficara melhor num instante, não completamente bem, precisaria descansar bastante depois daquilo, mas ao menos poderia lutar ao lado de Aylla. Ele respirava acelerado, olhos na presa, era a hora, ele segurava os cabos das suas lâminas com firmeza e força e com todo aquele sentimento, gritava a todos os pulmões - RAGUEL! AZRAEL! - as lâminas surgiam num flash e sem esperar nada, ele avançava com todas as forças que ele conseguia reunir naquele estado. Dois cortes nas costas do vilão eram feitas, mas muito superficiais, a pele era mais grossa, Leo não estava com toda a sua força, mas ainda sim ele podia ver o efeito da lâmina com energia de fogo e a outra com poder angelical fazendo efeito. O Ogro se virava, os olhos incendiados de raiva, vindo com todo o peso do seu corpo na direção de Leo, tentando ignorar a lobisomem em seu ombro - MANDA VER! - gritava, o atacando novamente com as lâminas, tomando cuidado para que nenhuma delas pegassem em Aylla, ele conseguia realizar uma sequencia de cortes contra a barriga do monstro, ainda superficiais como as da costas. Precisaria de mais poder do que aquilo, mas ainda o atacaria… Um erro, visto que o unseelie conseguia parar Azreal, a lâmina na mão esquerda de Leo, só de a segurar, por mais que estivesse cortando a própria mão, ainda havia conseguido parar. O monstro tirava a lâmina da mão de Leo e a jogava para trás, longe das mãos do caçador, a situação só piorava
Era difícil de ferir o Ogro, Aylla desviava o corpo das lâminas vendo que eles além de queimar cortavam mas não ia tão fundo, a pele era grossa como rocha e loba tinha que usar todas a pressas em sua boca com toda a força que tinha para perfura-lo até sentir o sangue escorrer e os sons de dor que escapava do homem, ela não gostava de assumir mas sentia um certo prazer nisso. Pode ver que o Shadowhunter estava fraco mesmo com a ativação da runa, o que significava que tinha que cansar o "monstro" para que Leonid pelo menos enfiasse a lâmina em seu peito.
Parecia que nem com todos os ataques e esforços o Ogro não ficava fraco o bastante, ele era bem mais forte do que a ruiva tinha imaginado e com Leonid naquele estado as coisas estavam difíceis. Quando Leo atacava, Aylla não parava de tentar ferir o unseelie mas quando percebeu que a arma do amigo tinha sido jogada pra longe ela rosnava mais alto, mais forte e ameaçador vendo o amigo alí em perigo, tinha que fazer algo e rápido. Mordeu com ainda mais força o pescoço do Ogro que a arremessou pra onde ela queria, infelizmente batendo as costas, ainda que estivesse ferida se levantou e pegou a lâmina, ou melhor o tubo sem cor por estar desativado. Correu até Leo e jogou pro mesmo antes e ser atacada novamente pelo Ogro, os olhos flamejantes da loba e do submundano se encaravam como se esperassem um movimento pra atacar, Ay sentia o sangue do outro em sua boca e ela não gostava muito da sensação mas não importava, precisava mata-lo, fazê-lo pagar pelo crime que cometeu. Em uma pequena fração de segundos a lobisomem atacava novamente, usando toda energia e força que ainda tinha, tentando gravar as garras no peito do Ogro e machuca-lo com precisão, ferindo e até mesmo rasgando a pele do unseelie.
kaxpar-m:
Não era segredo que ele tinha Aylla em grande conta, mesmo antes de passarem para a academia, estudaram juntos, durante os testes estavam juntos, nada mais natural do que quando começaram a trabalhar também foram juntos. Pra ele ainda era uma confirmação de que sempre ficariam juntos, fosse da forma que fossem, nada os separaria, nem mesmo agora com a condição da outra de submundana. Pelo contrário, isso só ajuda ainda mais, para que eles se apoiem mutuamente, ele mais a ela do que ao contrário visto que agora era ela que necessitava de apoio e força. “Se você ficasse mimada eu sairia correndo para as colinas.” respondeu, sorrindo de canto, um sorriso que logo morreu em sua face. “Estou aqui para ajuda-la a dormir também se precisar, conheço técnicas infalíveis.” tentou aliviar o clima que se seguia de apreensão mas sabia que seria inevitável tal sentimento tomar conta de ambos visto o que os esperava. “ Não tem problema, podemos descobrir depois agora precisamos tentar cuidar disso.” um problema por vez era o lema do policial, então primeiro tentariam podar a arvore. “ Muitas coisas hoje não fazem sentido para mim também, não sei se isso te consola mas quem sabe juntos a gente dê um jeito. Tudo bem, só precisamos de uma ideia de como fazer isso.” ele se sentou na escada tentando ter uma visão debaixo, do meio da arvore para baixo talvez isso ajudasse a perceber algum ponto fraco na madeira que podia ser facilmente golpeado realizando algum resultado melhor do que o que eles tinham no momento. “ É uma hipótese, tem um cheiro meio acre, de sangue eu acho no ar.” estava misturado com podridão e talvez apenas por isso não tinham um enxame de vampiros por ali, e esperava que não tivesse nem tão cedo. “ Tudo bem mais tenha cuidado, vocês tem alguma machadinha, facão ou qualquer coisa ou ferramenta cortante aqui? Vamos precisar tentar nos proteger caso ela tente nos arrastar.” ele tinha que tr uma escapatória para agir caso ela tentasse arrastar algum deles para baixo.
Aylla deu uma pequena risada nasal, quase como se por míseros segundos tivesse esquecido tudo a sua volta mas então o sorriso nos lábios de Kaspar sumia e tudo vinha a tona novamente, jamais teria momentos normais em sua vida e ela nunca desejou tanto que os dois estivessem só passar um tarde resolvendo casos, tomando café na praça enquanto rabiscava em folhas de papel, tendo aquelas conversas sem fundamento e sem se preocupar com o que poderia acontecer no final do dia. “Bom... se eu tiver mais pesadelos já sei quem chamar” forçou um pequeno sorriso, não queria incomoda-lo com aquilo, ele já estava fazendo muito por ela. “Um problema de cada vez” fez uma continência lembrando do lema que o parceiro de policial sempre dizia. “Eu acho que as coisas são mais fáceis em equipe, nosso capitão sempre diz melhor duas cabeças do que uma, lembra?” assentiu tentando pensar em formas eficientes de resolver aquele problema. “Não é um cheiro bom de sangue, pelo menos nenhum eu já tenha sentido, muito menos forte assim.” ela não gostava muito da situação em que se encontravam mas teria que lidar com isso. “ Eu vou” ela diria pra ele não se preocupar mas seria uma inútil. “ Eu acho que tem na cozinha, eu vou dar uma olhada, você fica aqui e tenta descobrir algo dessa... coisa” disse em uma ordem apontando para a arvore, logo saindo do local. Assim que chegou pegou o fação de cortar carne sobre a mesa de comida e verificou se tinha algo maior e mais cortante no porão, dando graças por achar uma machado de dois lados. “ Consegui isso” disse um pouco mais alto antes de alcançar Kaspar novamente, lhe estendendo as mãos pra escolher uma das armas. “ Está pronto?” disse um pouco insegura sabendo que não teria como voltar atrás. Ela poderia avançar de uma vez e dar seu tudo mas preferia esperar terem um plano bem executado.
v-forvioletta:
Violetta tombou a cabeça para trás e deu uma risada alegre com o comentário de Aylla. “Bom, se estiver, meus parabéns!” Continuou a brincadeira, sentindo-se mais leve com aquela conversa. Não gostava muito de halloween dos submundanos, mas este estava se provando melhor que todos que já tivera. As pessoas ao seu redor estavam fazendo a diferença e a loba a sua frente que tinha acabado de conhecer era uma delas. “Hã…digamos que este bebê é apenas meu e estou feliz que seja assim.” Seu sorriso desapareceu imediatamente e não era culpa de Aylla, mas apenas não era um assunto muito bom de se falar. Se ela ainda não sabia quem era o pai do bebê de Violetta, logo saberia, mas ela não sentia-se contando naquele momento.
“Não está. Apenas te achei nova demais para ser loba a muito tempo. Esqueci que existem lobisomens maus por aí que não se importariam de fazer isso com uma criança ou um bebê.” Cada espécie tinha pessoas boas e pessoas más, pessoas que eram capazes de machucar inocentes, visto Orel entre os shadowhunters. “Sinto muito que sua vida tenha mudado tanto.”
Aylla gargalhou tendo que se apoiar na parede para tentar se conter, seria muita loucura estar gravida. A ruiva era o tipo de pessoa que tinha o seu dia ganho com sorriso e um trabalho bem feito, aquela noite parecia estar conseguindo fazer os dois. - Me desculpe - mordeu o lábio inferior, talvez com mais força do que deveria, ela era uma curiosa de primeira. - De qualquer forma você me parece que vai ser uma boa mãe e sei que pode ser difícil criar uma criança e não se precisar de algo pode me chamar - talvez fosse cedo pra uma promessa mas não via motivos para não o fazer, havia algo em Violetta que a fazia se sentir em casa como se já a conhecesse a anos.
- Que bom, dizem que os novatos sempre tem problemas e eu não gostaria mesmo de arranjar, mesmo que eu seja como um imã para encrenca - deu de ombros - É... terrível, mas se depender de mim isso não vai acontecer mais - não deixaria mais pessoas e machucarem sem um escolha, não deixaria sua historia se repetir. - Não sinta, estou tentando ver o ponto positivo nisso tudo, estou mais resistente, é como se todos os meus sentidos fossem aprimorados, sou como uma super heroína, tudo que preciso é ter controle... eu me lamento pelo que aconteceu, agora eu sei o que realmente acontece por de trás das coisas sem explicação - suspirou com um sorriso reconfortante. - Então vamos comemorar algo ou sei lá, por favor, tudo que preciso é de um pouco de diversão, o que acha de ser minha parceira está noite?
Aylla observava a cena quase de forma instintiva colocando a mão sobre o ombro do mesmo pedindo permissão pra se aproximar. - Ei! Tudo bem? - ele não parecia bem e a resposta fez a mesma contorcer o rosto em uma careta observando o desconhecido, vendo logo as runas. - Não parecia bem, na verdade você não parece, você tá pálido e olha que quem tá falando sou eu, a mulher quase branca quanto a neve - tentou manter o bom humor apesar da preocupação. - Se quiser te dou uma carona até o instituto pra você... não sei, vocês tem médicos? Bom é eu sou a Aylla - disse estendendo a mão.
Quanto mais tentava respirar, mais seus pulmões doiam com o esforço e isso estava gerando uma terrível dor de cabeça. Levou as mãos até a cabeça e massageou a região enquanto tentava manter a calma. Inspirar. Expirar. Inspirar. Expirar. Devagar. Ok, bom. Mais uma vez. Era como um mantra que repetia para si sempre que isso acontecia e forçou um sorriso para a pessoa que passou ao seu lado. - Ah, não se preocupe. Está tudo sob controle. - Levantou os dois polegares para cima enquanto x olhava.
leonid-zherdev:
Leo observava a lobisomem e reconhecendo os mesmos sinais animalescos que um Lobo faria, viu logo que a amiga estava bem, a deixando ir de seus braços em direção as roupas. Sabendo exatamente o que aquilo significava, ele olhava para o lado e cobria a visão da região de onde Aylla estava com a palma da mão, um pouco embaraçado, só ouvindo os sons da transformação retrocedendo. Quando ele ouvia a pergunta de Aylla, ele olhava para mesma, para se deparar com a ruiva ainda só de camiseta, ficando instantaneamente corado - Si… Sim, estou… - dizia olhando para o lado, tentando, sem sucesso, parecer descontraído. Ele aceitava o auxilio dela se levantando, tentando evitar olhar para as pernas, muito brancas, da policial, com medo de ser rude. Era quase como instinto, ele alcançava a calça da amiga jogada e entregava para a mesma com um sorriso um pouco sem graça, sem falar nada, antes de se virar para o Warlock que estava guardando a seção restrita, pigarreando para voltar a soar sério - Muito bem, posso saber quem era aquele cliente? - dizia em um tom um pouco impaciente -Ele é procurado por matar u–
-Aqui não somos delatores, caçador! - cortava o Warlock de forma ríspida, expressão de nojo ao rosto - Que você e a sua namorada lobisomem se virem com os seus problemas em outro lugar!
Leo levantava as sobrancelhas com uma expressão formada de incrédulo com as palavras do Warlock. Ele olhava do feiticeiro para Aylla, com a mesma expressão, começando a rir - É mole? - ele continuava a rir, olhando de volta para o Warlock e então se virava, ainda rindo, na direção de Aylla, rindo até que ele percebia que o Warlock estava achando aquela situação muito embaraçosa. Aproveitando-se da oportunidade, Leo virava violentamente, ainda se valendo da runa de velocidade, levantando o feiticeiro com o colarinho e o empurrando até a parede mais próxima, fazendo as costas do mesmo bater com força -Escute aqui, amigo, não estamos aqui para resolver nenhum problema nosso, mas de todo mundo aqui - A voz de Leo era firme, tinha um tom de ameaça, mas não chegava a ser um grito, era possível ver a presença e a autoridade do mesmo em seu ato - Aquele que acabou de destruir a sua droga de loja é um ser procurado pela polícia mundana… Quer mundanos se enfiando na sua loja?
O Warlock havia ficado estarrecido com o ato de Leo e agora estava quase em choque, olhos arregalados, em completo silêncio, perdido, sorte do mesmo, Leo não era do tipo normal de Shadowhunter, o tipo normal já teria enfiado uma lâmina serafim na barriga daquele downworlder, mas ele havia mexido onde não devia, o feiticeiro não estava auxiliando em algo contra o unseelie Ogro que havia acabado de machucar Aylla e ainda estava criticando os dois de forma racista… Leo havia ficado nervoso.
-E… Eu… - tentava responder algo o Warlock, balbuciando em terror
-”E… Eu…” - parodiou Leo, antes de jogar o feiticeiro em cima de uma das prateleiras viradas pelo Ogro e afundava a cara deste no conteúdo de um frasco, que havia quebrado, tendo é claro a certeza que não havia nenhum caco de vidro ali, mas só o conteúdo - Como vai explicar pra polícia mundana essas coisas? Ahn? Acha que eles sabem o que raios é “Bile de Leopardo”? “Fígado de baleia”? Vai falar o que, que isso aqui é a droga de uma loja de especiarias!? - Leo virava o feiticeiro para cima, para que olhasse para ele, se deparando com o mesmo em pleno pavor… E… urinando em sua calça
-Ok… eu… Eu Falo! - dizia quase chorando o feiticeiro que momentos antes estava agindo daquela forma egocêntrica
Leo e Aylla saiam da loja um tempo depois, um papel com um endereço anotado por Leo, ele entregava para a lobisomem - Muito bem… reconhece esse endereço? De acordo com o nosso amigo ai - dizia apontando para a loja - É a casa do nosso “homem”
Aylla tentava conter a risada levando a mão a boca, não achava que o amigo ficaria tão embaraçado, ela tinha que parar de fazer isso… até parece, estava no sangue, era alguém livre demais e não podia deixar de ressaltar que gostava de causar aqueles efeitos, fazia tempo que não conhecia alguém assim, algo que parecia despertar algum tipo de cuidado com o outro, Leo precisava aprender um pouco mais sobre a vida, não precisa ser tão cauteloso com ela. - Não tem problema olhar, não vou te bater - Movia as pernas de forma descontraída, as vezes era melhor ser assim do que a polícia seria, aqueles casos eram exaustantes e nada melhor que algum tipo de “distração” não prejudicial. - Que bom, não gostaria de te ver machucado por minha causa - Dizia com um certo pequeno sorriso, havia um peso em suas palavras, odiava ser a causa de algo ruim e não estava acostumada a ter aquela atenção, proteção, tinha passado a vida tendo que se cuidar sozinha, tinha se acostumado a ser assim e agora com Leonid a ajudando, bom teria que se acostumar. Sacudia a cabeça distraída com os pensamentos e então pegava a calça com um sorriso sem graça, a vida na alcatéia estava a deixando desacostumada, até porque as outras espécies não aceitavam tão fácil toda aquela liberdade e vida mais “selvagem” e descontraída, lobos eram intensos de todas as formas então as vezes eram um pouco desajeitados quando se tratava de controle, não sabiam a hora de parar. De qualquer forma Ay tinha entendido o recado silencioso do outro e assim que o mesmo virava vestia a outra peça de roupa, arrumando o resto dos acessórios como a arma que voltava a ficar no suporte em sua coxa. - O que tá olhando? - Resmugava semicerrando os olhos e rosnando pro feiticeiro, certo gostava de olhos sobre si mas não quando estes tinha algum tipo de repúdio, não conseguia entender aquele tipo de pessoa, o pior era que aquilo havia em seus dois mundos, os do mundanos e os da sombras, era horrível saber que o preconceito estava tão presente nos humanos daquela forma, a vida se tratava de mais do que apenas rótulos, pelo menos para a ruiva.
De fundo era possível escutar algumas tosses, aquela insinuação foi um tanto inesperada e a detetive havia se engasgado com o próprio ar. - Como é? - o tom fora um pouco mais alto, incrédula com o warlock, talvez passar aquele tempo com Leonid a fez esquecer dos preconceitos que havia até mesmo nos submundanos, qual era o problema de um shadowhunter andar com uma loba? Ela estava um pouco embaraçada pelo simples motivo de que não tinha boas recordações de quando era chamada daquela forma por alguém mas pior ainda por alguém achar que era errado ela se envolver com alguém que não era da sua espécie, por acaso a existência do amor implicava com um DNA? Porque ela tinha sangue de demônio e ele de anjo? Aylla podia explodir de raiva como de costume, suas respiração estava acelerada junto com os batimentos e ela segurou com toda a força os punhos para não mata aquele desgraçado, provavelmente a única coisa que a acalmou foi a risada de Leo, ela sentia um alívio tremendo por ele ter levado aquilo de alguma forma como uma brincadeirinha. - Namorada? Acho que ele não é tão sortudo assim - Relaxava o corpo se jogando contra a parede com cuidado, ela era cabeça quente e sorte que o amigo não tinha perdido o juízo também, afinal porque levar as coisas tão a sério? Aquilo nunca aconteceria mesmo, não exatamente porque Leonid não poderia lhe conquistar de alguma forma, ele era muitas coisas que ela gostava mas relacionamentos tão fortes não era algo que ela queria agora, Aylla se entregava de corpo e alma aquelas coisas e agora como lobo podia ser bem pior. Respirou fundo apenas observando a cena a sua frente com um pouco de animação, Leonid sabia ameaçar alguém fácil, ela por outro lado precisava de um pouco mais, afinal ela conseguiu por medo em alguém? Riu fraco com os próprios pensamentos antes de sentir o celular vibrar no bolso e verificar que era um dos parceiros de polícia. - Eu vou deixar os dois homens resolverem isso, se precisar só chamar amorzinho - Ela dava dois tapinhas no ombro do shadowhunter e ria brincando com a ideia absurda do feiticeiro então ia para fora, atendendo a chamada para saber se tinham novidades, nada que ela já não soubesse.
Assim que Leo saia da loja ela pegava o papel com o endereço escrito, um sorriso de deboche se formando em seus lábios porque era bem a cara de um Ogro viver em um lugar tão ruim como aquele, ela sentia o estômago protestar só de lembrar do cheiro que o homem tinha. - Sei exatamente onde é mas… - Ela se afastava um pouco com certa malícia e balançava a chave que havia pego sem permissão do mesmo, as mãos eram delicadas o bastante para passarem despercebidas pelo toque, bom pelo menos quando controlava a temperatura quente que tinha. - Eu dirijo - Deu de ombros, esperando que o outro não ficasse irritado e se ficasse bom seria só uma vez. Em poucos minutos, talvez por dirigir mais rápido do que devia, era uma ótima motorista e sabia disso mas as vezes precisava ser precisa e rápida em perseguições. Assim que chegavam ao local, parava um pouco distante, poderiam ter uma boa visão do local e tinham a vantagem de pegar o assassino de surpresa. - Precisamos verificar o perímetro, vamos nos separar, se precisar de ajuda tenta me chamar - Dizia não como uma ordem mas uma aviso então saindo do carro, a mão no revólver e os olhos mais fixos em qualquer movimento, precisaria se concentrar um pouco mais daquela vez, deixar seus instintos a frente. Ela ia na frente parando na porta e sussurava apontando pra Leo entrar. - Primeiro as damas. -
Aquela é KATHERINE MCNAMARA? Não, acho que se enganou. O nome dela é AYLLA XERAZADE, tem 25 ANOS e é uma LOBISOMEM. Dizem que ele é CARISMÁTICA e ALTRUÍSTA mas também é TEIMOSA e INCONSEQUENTE. Atualmente encontra-se indisponível.
Em uma das noites de inverno em Moscou nascia a pequena Xerazade, as ruas interditadas pela neve dificultou o parto e a Sheth tinha que fazer o trabalho mais difícil de sua vida, conceber sua filha. A pele tão pálida quanto os flocos que caiam do lado de fora da casa, os fios tão vibrantes como o sol e os olhos esses ele reconheceria em qualquer lugar, eram os olhos de Juliette, o amor de sua vida. O nome escolhido com cuidado, significa “luz da lua” pois a mesma nascera a madrugada e aquela noite a lua não brilhavam no céu e era como se Aylla fosse agora o ser que iluminava suas vidas, se eles soubessem que aquela escolha se encaixaria perfeitamente com a mesma em alguns anos, infelizmente não da melhor forma.
A garota crescia sem irmãos, Juliette tinha problemas pra engravidar e ter tido a ruiva já tinha sido um grande sonho pra mesma. O amor era presente em tudo naquela família, mesmo com todas as ocupações dos pais no trabalho como médicos, Aylla achava fantástico como os dois salvavam vidas pelo menos até um suposto massacre no Moscow Hospitalization Service onde os mesmos trabalhavam. A historia contada era que um dos pacientes surtara e acabou matando algumas das pessoas presentes no local, mas a mulher nunca aceitou aquela versão.
Anos dedicados a ingressar na policia como detetive, no começo pra descobrir a verdade sobre os casos mas acabou se apaixonando pelo trabalho. Mas neste conto finais felizes não existem, em um dos últimos turnos pra achar um assassino ela achara junto aquele que matara seus pais e sua moral era afetada, ela o queria morto, queria que pagasse mas não esperava que este se tornasse um monstro, um lobo gigante e mesmo que seus passos fosse rápidos ele a alcançara causando um aranham profundo em sua barriga, uma cicatriz que nunca sumiria. Um tiro e o mesmo caia ao seu lado, poderia ter morrido aquela noite, não só pela falta de sangue mas por hipotermia, por algum milagre seu corpo se recuperou rapidamente mas com isso veio consequências.
Primeiro os olhos, as vezes eles brilhavam em um tom verde cintilante, machucados cicatrizavam em segundos e tudo se agravou quando na noite de lua cheia, garras e dentes sugiram, estava em desespero quando o líder da matilha de lobisomens a encontrou e a salvou de cometer vários assassinatos, ainda sem o controle de seus poderes. Para o bem de todos pediu licença no trabalho e passou a ficar no Burguer Heroes para poder se sustentar, além de passar a morar no quartel dos lobos e se dedicar a descobrir tudo por esse mundo novo que ela pertencia, era louca mas estava fascinada.
PLAYER: Char
like for a christmas starter ! (( up to ? ))
Gente eu amo muito essa coisa de natal então vou imitar a Fran e abrir alguns starters, como eu sou ruim pra essa coisa me ajudem com ideias, aceito até colocar a Aylla de elfa ou a Hemera de Grinch.
Aylla Xerazade 25 eyers werewolf I'M DO WHAT I WANT, SAY WHAT YOU SAY.
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