timeline passada.
existe um sentimento que percorre todo o corpo e o atormenta. hunter nunca sentiu medo antes, sempre teve conforto o bastante para não sofrer com isso. mas depois da forma que encontrou mila, algo mudou. ele não tinha o objetivo de procura-la, muito menos se importaria com a falta da presença da garota. o problema foi a forma em que tudo aconteceu. como mila havia chegou ali? quem, ou o que, tinha feito aquilo com ela? hunter não deixa transparecer, por fora continua o mesmo idiota de sempre, mas por dentro... ❛ é claro que eu não tive nada haver com a morte dela só porque a achei. lá tenho cara de assassino? ❜ hunter deixa com que um suspiro pesado escape, resultado de sua própria indignação. era um completo babaca, mas não um matador de aluguel. ❛ melhor não responder. eu não tive nada haver com isso. se fosse matar alguém, com certeza não seria ela. ❜
hunter sabe que a escuridão que recai sobre a cidade é um lembrete de que as coisas ainda não estão seguras. mas também entende que é incapaz de se manter mais uma hora preso. havia nascido para ser uma ave livre, não enclausurado. a moto que conserta na beirada daquela rua demonstra uma ação que não é usual, mas não podia fazer nada se o caos anterior havia atingido seus bens materiais. apenas torcia para que ninguém o visse ali. um astro do cinema mexendo em uma moto no meio fio? poderia ser uma chacota. ❛ espero que você não esteja tirando uma foto disso, eliza. vou querer direitos de imagem. ❜ a voz estala, olhando para a mulher a poucos passos de distância. hunter a observa por cima, tentando entender o que uma pessoa em sã consciência fazia perto do anoitecer em uma cidade fadada a loucura. ❛ você sabe que estamos em meio a uma epidemia de loucura? se eu fosse você voltaria para casa, pode acabar como a próxima afetada. ❜ a língua coça em sua boca. hunter é incapaz de segurar as palavras que luta para dizer. ❛ se bem que não sei se isso seria contagioso para robôs. ❜
@ssquirrzl
mal entendia porque uma professora estava dando as coordenadas a eles. eram adultos o bastante para fazer o que bem quisessem com suas vidas, hunter não precisava de uma babá. um baile? que tipo de bobagem era aquela? quando ouve a ideia pela primeira vez, revira os olhos com vontade, agora não é diferente. ❛ sou do time organizacional. ❜ é a resposta que dá para evitar conflitos. prefere não explanar que sai para falsas caçadas, onde a única coisa que consegue buscar são amoras e um bom descanso. ❛ suco? deveríamos fazer um ponche alcoólico. aposto que mais de uma pessoa trouxe na mala. ❜ há certo sorriso sarcástico que passa por sua boca. ilusão seria achar que adultos desejariam suco ao invés de uma boa mistura com vodca. podia falar por si. ❛ ajudar na busca de... flores? uau. você sabe que essa parada de baile não vai rolar, não é? parece uma piada. ❜ não mede palavras para dizer o que passa por sua mente, por mais cruel que possa parecer ser.
open starter : timeline passada .
sente um arrepio passar por seu corpo . em sua mente , ainda se recorda dos dias passados , do terror no rosto de todos , no jovem basil em seus braços . a sua ideia posterior não foi só para auxiliar os mais jovens . não , o seu próprio eu precisava manter a cabeça longe de todo o resto , focar em algo que a salvaria — mesmo que por alguns dias apenas . ⸺ então , você é do time frutas ou do time caça ? pergunta , enquanto pensa em pegar algumas flores para deixar o ambiente mais harmônico . aquela casa abandonada era demais para si . ⸺ pensei em bater algumas frutinhas com a água , estou sentindo falta do sabor dos sucos . comenta , apenas para deixar o ambiente mais leve . é isso que ela tem tentado desde o começo : deixar a paz reinar . deveria ser tão difícil ? ⸺ ah , você me ajudaria na busca de flores ? acho que vai colaborar com nossa decoração .
hunter havia passado tanto tempo fora da cidade que havia quase esquecido dos antigos colegas de acidente de avião. mas por sorte ou azar, quase não era uma certeza. ❛ estou sentindo você obscura. ❜ ao se aproximar de pandora, não tem medo de voltar a ser o idiota que sempre havia sido. ela não iria mudar sua percepção de qualquer forma. ❛ parece até que viu alguém morrer na sua frente. ❜ hunter não mede esforços para deixar de ser babaca também. ele não conhecia o delegado, só estava achando um pé no saco ser testemunha para tudo aquilo. porém o vinculo emocional era inexistente, o que o deixava livre para as piadas. ❛ cedo demais? ❜
@thcroww
existe uma habilidade que cabe a eles de se manterem entre o pé de guerra e uma rodada de amassos. não era proposital que provocava a ex, só era algo satisfatório em sua completa essência o fazer. ter o poder de irrita-la, mas da mesma forma acabar com os lábios aos dela era o bastante para garantir que hunter fosse um homem feliz. ❛ teria coragem de me machucar? não acredito nisso. ❜ o drama performático é digno de oscar. hunter leva a mão sobre o coração, como se o órgão doesse com a ideia de ser machucado por alguém tão importante para ele. ❛ humildade, beleza, dinheiro. é a minha tríade de qualidade, baby. ❜ a piscada é composta de flerte e egocentrismo. ele não achava aquilo as melhores coisas do mundo de fato, também tinha outros momentos que o faziam ser decente. mas ali, só queria se achar. e, com certeza, ver a cara de irritada de adalind. ela ficava uma graça irritada. ❛ chame, ela não vai fazer nada sobre isso. ❜ é vez dele se divertir com a água jogada nela. a parte boa é se sentir observado, o narcisismo tomando conta de si enquanto a puxa para perto, diminuindo a distância entre ambos corpos cobertos de água.
a manter perto de si carrega duas vantagens. primeiro, mostrar que pode facilmente vencer aquele aquele jogo, deixando-a presa contra si. segundo, a ter contra si. hunter observa adalind, gravando em sua mente detalhes que conhecia previamente, mas também, mostrando o controle que é capaz de manter naquele lado. ❛ eu tenho minha parcela de culpa, nunca neguei. ❜ o sorriso aumenta ainda mais com aquela mão sobre si. aproveita da chance para descer a mão pela cintura, encaixando-se em um segurar quase protetor. ❛ se eu disser que já pesquei uma sereia bem aqui vai ser brega demais? ❜ ele sabia muito bem a resposta, mas não se importava em ser um clichê naquele momento. ❛ oh, então se é assim. ❜ a voz rouca foge de sua garganta enquanto se ajeita, aproximando da orelha daquela para sussurrar. ❛ você aceitaria ir ao baile comigo, adalind crain? ❜ o nome por completo é dado como uma música saindo pelos seus lábios. hunter afasta o rosto milimetricamente para olha-la, mantendo o contato visual por alguns instantes. ❛ preciso de uma resposta, para saber se posso te pegar, docinho. ❜
era involuntário. respirar fundo, contar até dez e não fazer nenhum tipo de grosseria com hunter — ou beijá-lo, como seu corpo às vezes pedia. julgava-se tola por se sentir atraída por aquele rapaz que visivelmente parecia se satisfazer só de perturbá-la, mas… ela não fazia o mesmo com ele às vezes? o provocava quando temia que o clima entre ambos acabasse pesando. “ não me tente, pois sou bem capaz de fazer isso mesmo. ” avisou, em partes sendo sincera e em partes apenas brincando. cabia a hunter descobrir qual parte venceria. riu enquanto revirava os olhos, tamanha a modéstia do rapaz a sua frente. “ você é tão humilde que me emociona, hunter. tá ai mais uma qualidade pra sua listinha, hm? ” ela poderia listar algumas qualidades dele genuinamente, sim, mas também sabia que talvez fosse melhor manter esse conhecimento para si ou acabaria servindo de munição para futuras provocações. adalind não era do tipo que dava tiro no próprio pé… não duas vezes. “ ah, nesse caso irei chamar a professora denver pra puxar a sua orelha. ” joga água outra vez, o lábio inferior sendo mordido pela travessura e pela infeliz visão que estava tendo. ele precisava mesmo estar sem camisa? os mosquitos não estavam sendo atraídos por aquilo ou ada já estava fazendo o trabalho por todos? porra, era uma idiota!
a risada ecoou naquela área da floresta, o rosto tomando uma coloração avermelhada por saber que deveria estar fazendo algo sério, mas aquilo era muito mais forte… e divertido. ela precisava um pouco. ao se ver presa o olha em desafio, convicta de que, sim, ele era o responsável. responsável por muitas coisas, se fosse ser sincera. “ bom, quem foi o garotinho de oito anos e meio que decidiu jogar água em mim primeiro? ” o indicador dançou pelo braço do rapaz, subindo pela lateral do pescoço até chegar nos cabelos da nuca, onde a mão descansou casual. “ é mais fácil você pescar uma sereia com seus talentos de playboy do que um salmão. seja sincero. ” não sabia de todas as capacidades dele, mas achava que ele não tinha essa habilidade de pesca. ainda assim, se ele fosse tentar, gostaria de estar presente. “ nu-uh. essa é a sua maneira de me convidar. ou já esqueceu que me atrapalhou agorinha? ” o indicador da mão livre deu uma leve batidinha no nariz do rapaz, essa mão agora repousando sobre seu ombro. “ agora seja um bom garoto e me convide para ir ao baile. não estou nem pedindo flores, olha só. só talvez… hm… deixa pra lá. ” sorriu e desviou o olhar apenas de charme, dando de ombros para manter a personagem difícil — que normalmente não conseguia interpretar para ele. “ nos vemos mais tarde então, hm? ”
não espera receber o empurrão enquanto está em pé observando as pessoas a sua volta, tentando entender porque se esforçam tanto. se fossem para serem achados ou morrerem, iria acontecer da mesma forma. até mesmo aquela festa era a coisa mais idiota que já havia presenciado. hunter está pronto para xingar quando vê quem é a garota a sua frente, mas ser cassandra não o impede de segura-la pelo punho, afastando-a de se corpo. ❛ que merda é essa? ❜ hunter não tenta segurar a risada sem humor, observando-a de cima abaixo, tratando a garota como uma figura inofensiva. ela não teria tamanho ou força para machuca-lo. seria impossível. ❛ você ficou louca, cassandra? ❜ aproveita a distância que ela manteve para se afastar ainda mais. a palavra ajudar entra no seu corpo como um filete de eletricidade. ❛ não vou brincar de casinha com vocês. ❜ é capaz de cuspir as palavras. o homem não mede esforços para voltar a proximidade com cassandra, rindo sem humor diante a toda a farsa que eles criavam sozinhos ali. ❛ você quer que eu ajude nessa bobagem de baile? não estamos na porra do ensino médio. ❜
a cólera não combina com a essência sublime de cassandra . é uma criatura serena por natureza , um quão prudente em demasia . mas , quiçá , a privação de sono e a carência do remédio , tão precioso , afete diretamente na concepção de equilíbrio . não discerne em pleno juízo quando ou porquê, mas em algum momento... simplesmente perde a paciência. não tem dúvida de que ele abusa da boa vontade , ultrapassa o limite entre o tolerável e o intragável . então , em um segundo , a calmaria se esvai e a brutalidade — até então desconhecida — é flagrante no impelir das mãos sobre o peito de qualley . não é característico a essência peçonhenta , a discórdia não apetece o arbítrio de quem preza pelo mínimo de calmaria . deixa de ser abusado , cara . todo mundo aqui está ajudando , porra . vociferou entre dentes , de tal forma que endurece o maxilar e expele o ar em um suspiro irritadiço . depois , quando se dá conta do próprio delírio , aumenta a distância ao apontar para a cabana . se não quer ajudar por que você não... vai embora , gostaria de dizer . percebe tão logo que é a abstinência enevoando o senso de escrúpulo , dando brechas para a postura animalesca e arredia . não é tão difícil colaborar .
se hunter era irritante por natureza, com adalind ele o fazia por prazer. nada mais divertido do que a ver com aquele rosto todo sério para si, pronta para xinga-lo a qualquer momento daquela conversa. ❛ se cuidar de mim, você pode até me acertar. quem sabe eu não ligue. ❜ acaba deixando a provocação no ar, enquanto se esticava para caminhar até ela. se podia entender de uma coisa, era como deixa-la brava pelo simples. se tratando de ada, as coisas eram ainda mais fáceis. quem sabe, a história pregressa entre os dois ajudasse, ou talvez, só poderia ser a pessoa mais difícil de lidar dali. votava nos dois. mas em principal votava em que talvez, não fosse uma pessoa tão ruim assim, afinal ela ainda estava do seu lado. ❛ eu sei reconhecer meus defeitos. isso me faz uma pessoa muito boa. ❜ ou um idiota consciente. quem saberia?
o corpo permanece perto ao dela mesmo após jogar a água. sente o momento o qual adalind é atingida com a água e pode sorrir com divertimento. ❛ oito anos e meio, docinho . ❜ entretanto a maior diversão é ser atingido de volta. a pele desnuda do tórax arrepia e hunter volta a ataca-la com a água, em uma reação instantânea aquela brincadeira. aquele momento, não mantinha a casca azeda que sempre possuía, era só ele sendo quem pretendia ser em segredo e nada mais. ❛ só eu fiz isso? ❜ mas agora, quando adalind joga água contra si, ele se aproxima e a segura, deixando o braço alheio preso contra sua mão. o homem deixa uma carícia no local, certa pressão ao sentir a pele alheia. ❛ um salmão gigante... posso resolver depois. ❜ não, ele não podia. mas não se importava em mentir mais um pouco do usual. ali, pelo menos não fazia mal a ninguém. ❛ para o baile? ❜ o olhar curioso estampa seus olhos. ❛ essa é sua maneira de me convidar? ❜
a dualidade que hunter trazia para si a irritava profundamente — por um lado, sorria com as coisas idiotas que ele dizia e tentava protegê-lo assim como fazia com todos aqueles com quem se importava; por outro, adalind sentia que precisava de grande força para alinhar seus chakras e não querer acertar um soco em hunter. esses sentimentos pareciam ter aflorado desde que caíram na floresta. “ você tem muita sorte, isso sim. por eu não querer acertar seu pé com essa lança. sabe, sem querer, querendo. ” respondeu com o bom humor que puxou de seu interior. a careta para o apelido brega era de divertimento. bom saber que algumas pessoas não mudaram ou perderam seus costumes por estarem ali. de certa forma, ficava grata por tê-lo ali, pois era como ter um pedaço de casa, de sua vida normal naquele inferno. “ sabe, eu só não acho que você é um idiota completo porque você reconhece que é um chato. ” o balançar de ombros foi leve, um falso desdém que ela não tinha por ele. chega a olhá-lo após o leve baque, irritada por ter sua concentração interrompida.
“ cala a … ” parou ao sentir a água gelada em contato com seu corpo, dando um grito abafado de surpresa. “ você tem quantos anos? oito?! ” cravou a lança no chão ao seu lado, cruzando os braços com uma expressão de seriedade antes de erguer a perna direita num movimento rápido, jogando água nele. sorriu, quase travessa, e se virou de costas para ele, vendo que sua possível pesca havia fugido. “ que porra… ah, olha só o que você fez! ” virou-se novamente para ele, jogando mais água no rapaz, apesar de saber que tinha sua parcela de culpa naquelas águas agitadas. “ você me deve um salmão gigante, qualley! ” planejava levar aquilo para o baile, contribuir para não comerem apenas frutas e raízes. “ mas eu aceito uma companhia irritante para o baile como pedido de desculpas. ” sugeriu casual, apesar do nervosismo. era um baile no meio da floresta, com sobreviventes de um desastre como convidados, mas ainda assim era um baile e adalind não era lá muito habilidosa com eventos desse nível.
hunter não se importava com o que ela achava dele. na maior parte do tempo, curtia ser odiado, pois era como um brinde: daquela forma, todos ficavam longe, evitando contatos indesejáveis. e mesmo assim eliza insistia em vir o irritar. ❛ eu também conseguiria fazer isso. olha só: as 10, irritar quem está quieto. as 11, ir ver se alguém está tendo paz para tira-la. e se eu estiver atoa, sempre tem mais pessoas para encher o saco. ❜ mimetiza as funções, indicando na tabela como se estivesse checando uma por uma. em outro momento, poderia até fingir que entendia o que ela fazia, mas não estava disposto a ser empático naquele instante. muitas coisas ocorriam para que seu humor se encontrasse péssimo. ❛ grupo de vigília? acordada a noite? não era como se conseguíssemos dormir com frio e fome antes da cabana. ❜ a sinceridade e amargura de sua voz é reflexo de seu âmago. a olha sem tanta emoção, pensando em como poderia expulsa-la daquele local. se a jogasse no lago, poderia ficar quieta? ❛ então porque não continuam tentando sobreviver sem mim? já que estão indo tão bem. ❜ a dúvida fica ao ar. não precisam dele ali e hunter preferia assim. quem sabe em algum momento poderia decretar sua independência e sair do meio de todos? ❛ buscar água? ❜ a risada é alta, quase humorística. ela acreditava que aquele show iria o convencer de verdade? ❛ e é você quem vai me obrigar a isso, eliza? ❜
Eliza fechou as mãos em punhos quando ele pegou sua tabela, contendo-se para não avançar em cima de Hunter e arrancar o papel das mãos dele. Provavelmente rasgaria tudo no processo e eles mal tinham conseguido recuperar papel o suficiente para que ela pudesse desperdiçar assim — mas que fique registrado que se não fosse o caso, estaria disposta a entrar na disputa física com o colega. "Talvez seja porque eu posso me lembrar das minhas próprias responsabilidades, Hunter! Você, nitidamente, não conseguiria fazer isso." Chegava a ser absurdo que ele estivesse sugerindo que poderia ficar com uma das tarefas de organização, quando não se importava com o coletivo. Liz tinha suas manias de controle, mas pensava em formas de ajudar todo mundo. Estava sempre tentando fazer o certo. "Para a sua informação, eu estou no grupo de vigília desde a primeira vez que começamos a nos organizar dessa forma, antes mesmo de virmos para a cabana." Não que devesse satisfações, mas a forma como ele a expôs a irritou profundamente. Liz levava o trabalho em grupo a sério e ser comparada a alguém que mal se levantava para ajudar era inaceitável. "Não somos todos igual você, encostados! Estamos tentando sobreviver aqui. Como espera sair desse lugar com vida sem organização?!" Diminuiu a distância entre os corpos e esticou o braço para pegar sua folha, puxando-a dele. "Você vai buscar água." Disse em tom de voz seco, sem deixar espaço para protestos. Já não estava mais disposta a discutir. "Mas posso até ir junto dessa vez, se quiser. Porque, sinceramente, estou começando a achar que até encher um balde você não sabe fazer. Colocavam a água direto na sua boca em casa, Hunter?"
após anos trabalhando com atuação, hunter possui um costume lidar com mentiras e histórias criadas e facilmente manipuladas. ele era bom até demais em explanar falsidades, algo que se tornou prática em seu dia a dia. na maior parte do tempo, era incompreensível a ele que outras pessoas fossem incapazes de manipular a verdade para seu próprio beneficio. pensar em como poderiam ser tão inúteis era algo que não saia de sua mente. ❛ vocês tem que aprender a responder o que eles querem de uma maneira bonita. ❜ mesmo depois de anos, nunca havia dito uma palavra errada. hunter era consistente em sua história e mesmo assim deixava repórteres com sorriso no rosto. ❛ não foi nada fácil na floresta, mas eu não sei de nada. não foi culpa minha o que aconteceu com ethan e nem o que aconteceu com o delegado. eles eram boas pessoas. os admirava. ❜ apresenta uma atuação porca e suja que com certeza não lhe daria um oscar, mas o tirou da prisão. a única coisa que ainda o incomodava é o cárcere privado naquela cidade. ❛ você realmente está acreditando em uma teoria da conspiração, nicholas? não esperava isso de você. ❜ tenta segurar a risada mas é incapaz. hunter se surpreende como todos tratam aquilo como se fossem parte de uma seita, quando o que aconteceu foi simples. fizeram o que fizeram para sobreviver, nada mais. ❛ pensei que teria aprendido depois de todos esses anos. ❜
open starter, timeline atual - pós acidente.
A cidade estava imóvel naquela hora do dia em que até os sons pareciam conter a respiração. Era madrugada e Nicholas estava observando o túmulo de Ethan. Não havia ninguém por perto ou pelo menos era o que ele pensava, até ouvir passos leves sobre a brita. Ele não se virou. Apenas acendeu o isqueiro e deixou a chama acender por nada, por hábito. Sentiu MUSE se aproximando ao lado dele e ele não falou por um tempo. — Parece que não vão parar de nos perguntar as mesmas coisas. — A voz disse, neutra, sem nome, sem peso. — Como se repetir a pergunta fizesse a resposta mudar. — Nicholas passou a mão no rosto. O cansaço começava a parecer parte de sua pele. — Eles querem uma história que caiba no que sabem do mundo e tenho a desconfiança de que logo estaremos como ele. — Apontou para a lápide do antigo colega agora morto. — O delegado não merecia aquilo. — Era mais uma constatação do que um julgamento. — Mas acho que isso é só o começo.
hunter pouco acreditava naquela bobagem que havia acontecido noites passadas. espíritos eram coisas que adolescentes acreditavam, não adultos funcionais. ainda achava que aquele cara tinha fingido tudo por atenção. é o mínimo que parecia diante toda a situação. estavam presos a tempo o bastante para que alguns sentissem falta da mamãe e do papai e causassem todo aquele show para serem paparicados. idiotas dos completos. ❛ você não vai acreditar nessa palhaçada, não é? ❜ a cara é franzida ao que ouve tais falas, se ouvisse alguém mais dar razão aquela história preferia acabar na selva sozinho do que se manter naquela casa. ❛ estava na cara que era fingimento e não obra de espíritos vingativos. ❜ revira os olhos porque mais idiota que um baile, era acreditar que um espírito vivia no sótão só porque acharam um corpo lá. hunter não estava nem um pouco preparado para viver com pessoas tão inocentes assim. ❛ quando eu sair daqui eu vou contar a todos como algumas pessoas se fizeram de doidas só porque era conveniente. a gente só tá preso no caralho de uma floresta, não em um filme de terror. ❜
open starter, timeline passada.
Angelina saiu ainda era cedinho da cabana. O céu parecia um pouco menos fechado, o que, para Angelina, já era uma vitória. Sentou-se em uma pedra úmida próxima ao lago, onde a névoa ainda se agarrava às bordas da floresta. Olhou ao redor antes suspirar. — Tá... então agora fantasmas e espíritos brincalhões fazem parte do cronograma. — Murmurou para si, com um meio sorriso que era mais cansaço do que sarcasmo. — A gente tá há dias sem comer direito, dormindo mal no meio de uma cabana podre e a explicação mais lógica que as pessoas encontram é espírito brincalhão. — Ela sabia que todos estavam se agarrando ao que podiam: distrações, rituais, teorias malucas. O ar estava mais denso mesmo, ela não podia negar. Mas ainda assim, sua mente gritava por lógica. Aquilo era trauma, medo coletivo. Uma brincadeira mal colocada no meio do cansaço e da fome. Por isso nem percebeu quando MUSE se aproximou, a ouvindo falar sozinha enquanto tentava encontrar um pouco de razão naquela loucura. — Eu juro que vou escrever um artigo sobre histeria coletiva se a gente sair dessa, mas até lá vou anotar o cardápio. Entrada: berries da floresta. Prato principal: urso flambado ao desespero. E sobremesa: teorias conspiratórias. — Ela riu de leve, não zombando, mas tentando aliviar o peso. Sabia que zombar da dor dos outros não adiantava, mas às vezes o humor duvidoso era a única âncora possível e até então achava que estava sozinha.
—— PLATONIC CONNECTIONS. ❜
melhores amigos: de uma forma inexplicável, hunter e char 001 haviam se tornados amigos ainda na infância. é claro que não conseguem se entender em tudo, principalmente devido a forma que hunter age na maioria das vezes, mas eles tinham bons momentos antes do avião cair, saiam juntos e se divertiam. atualmente é char 001 que coloca o mínimo juízo na mente do homem, o fazendo tentar ser minimamente decente.
confidentes: embora hunter faça de tudo para não admitir, existia uma cobrança em cima de si antes do avião cair. os pais queriam que ele seguisse algo que ele não queria e ele se sentia a ponto de explodir. foi char 002 que o viu a beira do colapso dias antes do acidente. char 002 é a pessoa que hunter mais evita, com medo de que o assunto venha à tona e demonstre suas fraquezas.
amizade secreta: hunter e char 003 não possuíam nada em comum, por isso ninguém esperava que poderiam ser amigos, mas eles eram. não sabem explicar como ou porquê, mas houve uma conexão que os mantiveram juntos até os dias atuais.
influência positiva: muse 004 é a pessoa que influenciava hunter a ser um pouco menos insuportável na floresta. pode ser chamado de salvador da pátria, considerando que permaneceu vivo durante toda a estadia.
enemies to friends: hunter e muse 005 se odiaram a primeira vista. não conseguiam entender se foi a diferença na personalidade, as atitudes ou a forma que falavam um com o outro. mas algo na convivência e na forma em que eram obrigados a lidar com a presença transformou toda a raiva e o rancor em amizade. atualmente, não se veem mais em pé de guerra como estiveram no passado, se tornando uma espécie de porto seguro nas adversidades da vida. | @morgcncassie
—— ROMANTIC CONNECTIONS. ❜
ex-namorada: hunter e muse 006 namoraram por um certo período, o problema é que a divergência de opiniões e personalidades culminou no término de ambos. mesmo assim, não é incomum que acabem juntos em um momento ou outro. | @adalznd
one night stand: hunter e muse 007 ficaram uma vez após o resgate de avião, quando o homem estava começando sua carreira de ator. não foi nada muito além, até mesmo porque hunter estava saindo da cidade e, desde então, não se viram mais.
—— NEGATIVE CONNECTIONS. ❜
rivais: muse 008 e hunter almejavam as mesmas coisas e por isso, viviam competindo na adolescência até a maturidade, se detestando completamente. atualmente não conversam a longos anos, mas não há duvidas que os sentimentos permaneceriam iguais. | @thcroww
inimigos: muse 009 achava hunter insuportável, o que fazia sentido na situação que se encontravam. viviam brigando e discutindo, sem nunca chegar a soluções viáveis.
𝑤𝘩𝑦 𝑑𝑜 𝑤𝑒 𝐚𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝑔𝑜𝑡𝑡𝑎 𝑟𝑢𝑛 𝑎𝑤𝑎𝑦.ᐣ 𝐡𝐮𝐧𝐭𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐥𝐞𝐲 , 𝑡𝘩𝑖𝑟𝑡𝑦-𝑠𝑖𝑥⠀,⠀ 𝐟𝐨𝐱⠀.
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