Como eu invejo pessoas simples (quando digo simples não me refiro a pequenez ou pobreza), pessoas objetivas, pessoas com altos e baixos, pessoas que vivem apenas o cotidiano, que não precisam esconder quem são, pessoas que são sociáveis por serem comuns. Mas eu sou o oposto disso, meu sim não necessariamente é uma confirmação, nem meu não uma negação, sou complexo e ambíguo e isso me isola, não enxergo o mundo em preto e branco mas sim em escalas de cinza. Me abrir é ter que explicar quem sou é isso leva tempo, sem contar que as vezes nem consigo explicar, só me frustro e fico pior, resumindo, queria ser descomplicado.
“ Covardia é quem chega de mansinho, vai logo ocupando um espaço no nosso coração, doma os nossos medos e, todas às vezes em que pensamos em dar um passo para trás, esse alguém segura nossa mão e nos faz darmos um passo á frente. Então, esse alguém vai embora, sem ao menos dizer adeus, sem ao menos dizer o porquê do sumiço. ”
Fonte: livro: para a vida e para o amor, uma boa conversa por favor.
o rap tem sido meu tipo de literatura favorita nos últimos meses e por conversar comigo de um jeito que os grandes autores nunca puderam, de um jeito que você nunca fez, ele me toca bem mais que as suas metáforas, bem mais que os países da Ásia, bem mais que as poesias matematicamente pensadas por homens em apartamentos com janelas grandes, mulheres chorando por partidas num filme francês, pessoas contando pessoas na esquina de ruas chiques, bares badalados. o rap conta a história da minha vizinha, do meu pai, do tio afastado da família e por ser uma reza de coragem no meio de toda a covardia, ele tem sido minha única fé. não que ele seja a única salvação, mas tem sido a única poesia que segura minhas pontas quando todo o resto não.
Só de você existir, já é bom
só te olhar já é bom
A culpa não é sempre de quem parte e ficar não é sinônimo de amor.
Motivando. (via motivando)
não compensa ficar triste para fazer alguém feliz. não compensa se desconstruir para construir algo por alguém que põe fim em tudo que toca. não compensa desistir dos próprios sonhos para viver o pesadelo do outro. não compensa expor aos quatro cantos do mundo um amor que é traído num cantinho qualquer com outro alguém. não compensa priozar cheio de certezas alguém que nunca sabe o que quer.
— substanciado
Aniquilo toda possibilidade de te ver no bar da esquina depois da seis. Você nunca teve haver com qualquer tipo de previsibilidade do cotidiano. O fato de estar ligado à ti já me submete à uma maratona de sensações explicitas. Quero te ver hoje á noite, não dá pra esperar mais um dia. Esse amor está explodindo no meu peito, ele jorra dos meus poros e o mundo fica azul-platina, tem um brilho que só os teus olhos são capazes de ver.
desejo que você tenha forças para se levantar mesmo depois do pior dia da sua vida
desejo que consiga sorrir pra vizinha, pro seu inimigo, pro cachorro da rua
desejo que mesmo que esteja destruído, ainda tenha tempo pra ouvir a dor do outro e consiga praticar empatia
desejo que mesmo que doa, prossiga a vida tendo um coração bom
desejo que mesmo que o dia tenha sido difícil, você ainda consiga ter um tempo pra marcar um sorvete com seus amigos
desejo mesmo que seja entre trancos e barrancos, que você consiga sair do lugar que se encontra agora
desejo que você enxergue a força de mil sóis dentro de você, e acredite que você é capaz de enfrentar todos e qualquer obstáculos que sua mente diz que você não consegue
desejo que você lute pelos seus sonhos, e alcance cada um deles
desejo coragem pra enfrentar a vida, e desejo simplicidade pra você conseguir enxergar que mesmo nos piores dias, mesmo nos piores momentos, ainda existem coisas boas.
Os dias emendavam iguais, de tão iguais se confundiam e pareciam um só. Tínhamos caído em um desvio onde a ideia de tempo não entrava, a vida era uma estrada comprida sem margens nem marcos, estar aqui era o mesmo que estar ali, o hoje se confundia com o ontem e o amanhã não existia nem em sonho; nós esperávamos qualquer coisa, mas já nem sabíamos se era para adiante ou para trás.
José J. Veiga, Sombras de reis barbudos.