“Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de ser sentimental. Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer, mas lembre-se: Os barcos estão mais seguros no porto, porém não foram feitos para isso.”
— Desconhecido.
Sou trinta passos para trás e duas curvas antes da próxima queda. Vezenquando a vida dói sem ponto final. Vezenquando essa dor vem num rompante entre desatinos da rotina e conclusões precipitadas. Deixo o sentir entrar como se não soubesse as consequências. Eu viro as costas para o vazio mesmo sabendo que é tudo o que vai restar. Pediria perdão se a voz não soasse melancólica. Pediria alento se parecesse correto. Lembro aquela da Elis dizendo sobre ser só, mas já sou. Sou só quando as luzes se apagam. Sou só quando penso em rascunhos às duas e meia da manhã. Um tanto de palavras me soam bonitas. os dedos desenham histórias, então eu mergulho, creio, até sorrio vez ou outra porque sentir tem desses momentos em que você se encontra ciente e amena. Gosto quando as palavras se encaixam entre meus anseios, ainda que haja peso. É bem verdade que em algum momento o mundo irromperá no meu peito, então eu viro pó. Existem horas que o ar falta nos pulmões sem motivo aparente, momentos inoportunos. Apenas direi que lateja como se não houvesse para onde ir. Vezenquando penso que fui feita para doer, mas aceitar seria demasiadamente triste. Eu sou a dor que ecoa nos espaços da costela enquanto lá fora faz nove graus. Sou erro que desce dos cílios e se perde na ponta dos dedos.
G.
"Talvez aquilo que você tanto almeja esteja lá na frente, esperando pela sua chegada. O problema é que você ainda não criou coragem suficiente para abandonar aquilo que não te serve mais."
—Escrevo-para-nao-morrer.
Éramos milhares e fomos reduzidos a menos da metade, éramos livres, mas fomos vítimas da leviandade, tínhamos dignidade, hombridade, e respeito, mas fomos tratados como mercadoria, dentro de um navio negreiro, assim como o povo escravo no Egito, nos fizeram um animal a ser perseguido. E essa é a maldição da metrópole, que exalta o malfeitor maldito, mata o guerreiro de alma nobre. Dos quilombos, nos restaram as favelas e da escravidão, uma falsa liberdade, um racismo disfarçado, cruel e covarde, um passado de opressão, a ingratidão da nação, à disparidade.
Estamos às margens da sociedade, tratados como escória, onde está a tão discutida igualdade? Por que somos obrigados a viver de esmolas?
Isso que fizeram com a nossa liberdade, ainda somos escravos nessa selva de pedra, padecemos de fome, de sede e de frio, destruíram nossa religião, nossa cultura, se apropriaram de nossa identidade, e de nossos corpos, e nos vendem seu deus, seus credos, os mesmos que legitimaram nosso massacre. A voz da África ecoa dentro do navio.
A culpa não é sempre de quem parte e ficar não é sinônimo de amor.
Motivando. (via motivando)
“Incrível como eu ainda te procuro em cada canto do meu ser, da minha alma…Nem se for apenas vestígios, fragmentos. Não importa o tamanho e sim o que ele significou. Eu ainda te busco.”
— Flagelos de um poeta.
Me aparta orações de covas E covas de corpos-buquês Que meu orgulho não barganhe Mais nenhuma vitória
Que essa boca evite beber dos abismos Que esqueça as perfumarias eletromagnéticas Que apontarão pecados passionais Que arquitetarão novas nebulosas pelo corpo
Roçar Narcisos como se fossem rinhas Extinguir pêssegos eletrificados A cada mordida tenra que se exibe Um epítome para o público
Evita tal desgaste, tê-lo cabeça de porco Dissecando sujeitos e signos Empalhando atrações do circo Esta aniquilação é íntima no sangue
Periga carapuça, réplica de futuro Alinhado a aparatos de Duchamp Pequeno arqueiro despistando a noite Em seu aroma de barro e aclamação
Evocar deuses em descrições indiretas Prescrever um diálogo entre bulas e iconoclastias A ficção que caberá no alto das marquises De um teatro ou na ambiguidade de um mosh pit
Reclusa clavícula se esconde dos domínios do voyeurismo Modificar os aparatos subjetivos que traduziriam territórios Em teus olhos derramando fogo enquanto afago-me Dentro de enunciados castrados e fotogênicos
Ele está me reivindicando Para afastar tal fluidez buscada Meu arbítrio lhe escolheu A vingança o expõe entre espadas
“Eu me sentia sombrio, meus demônios me deixavam mais fraco, até que um dia você apareceu e com sua luz fez brilhar tudo dentro de mim, eu que pensava estar morto, quando você apareceu e me trouxe de volta. Talvez essa seja uma das explicações do amor, quando estamos perdidos e quando não aguentamos mais, ele vem e nos salva.”
— Palavras de um amigo.
"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota."
Theodore Roosevelt
Astrofísico, biológico, psicopata, fã de Hannibal Lecter, professor, amante de HQ, fã de John Constantine, pacífico, e estressado, um mundo em colisão, o caos em pessoa