Image originale : leçon sur les structures narratives.
Links:
V - La chambre claire de Roland Barthes - TK-21
Barthes – librairie Accrolivres (wordpress.com)
As diferentes noções de código narrativo na obra de Roland Barthes: as translações de sentido em um conceito | Estudos Semióticos (usp.br)
Roland Barthes teaching a very important lesson
LUI : Tu n'as rien vu à Hiroshima. Rien.
ELLE : J'ai tout vu. Tout... Ainsi l'hôpital je l'ai vu. J'en suis sûre. L'hôpital existe à Hiroshima. Comment aurais-je pu éviter de le voir ?
LUI : Tu n'as pas vu d'hôpital à Hiroshima. Tu n'as rien vu à Hiroshima... ELLE : Je n'ai rien inventé.
LUI : Tu as tout inventé.
ELLE : Rien. De même que dans l'amour cette illusion existe, cette illusion de pouvoir ne jamais oublier, de même j'ai eu l'illusion devant Hiroshima que jamais je n'oublierai. De même que dans l'amour.
Le scénario, le dialogue, les commentaires par Marguerite Duras, du célèbre film d'Alain Resnais, Hiroshima mon amour (1959), un classique du cinéma.
Ma il tempo intero è piegato, rovesciato, deviato. È nelle curve inconfessate che, come un presagio della verità assoluta, avverto il fantasma di tutte le morti.
Lembra-te, meu amor, do objeto que encontramos Numa bela manhã radiante: Na curva de um atalho, entre calhaus e ramos, Uma carniça repugnante. As pernas para cima, qual mulher lasciva, A transpirara miasmas e humores, Eis que as abria desleixada e repulsiva, O ventre prenhe de livores. Ardia o sol naquela pútrida torpeza, Como a cozê-la em rubra pira E para o cêntuplo volver à Natureza Tudo o que ali ela reunira. E o céu olhava do alto a esplêndida carcaça Como uma flor a se entreabrir. O fedor era tal que sobre a relva escassa Chegaste quase a sucumbir. Zumbiam moscas sobre o ventre e, em alvoroço, Dali saíam negros bandos De larvas, a escorrer como um líquido grosso Por entre esses trapos nefandos. E tudo isso ia e vinha, ao modo de uma vaga, Que esguichava a borbulhar, Como se o corpo, a estremecer de forma vaga, Vivesse a se multiplicar. E esse mundo emitia uma bulha esquisita, Como vento ou água corrente, Ou grãos que em rítmica cadência alguém agita E à joeira deixa novamente. As formas fluíam como um sonho além da vista, Um frouxo esboço em agonia, Sobre a tela esquecida, e que conclui o artista Apenas de memória um dia. Por trás das rochas, irrequieta, uma cadela Em nós fixava o olho zangado, Aguardando o momento de reaver àquela Carniça abjeta o seu bocado. - Pois há de ser como essa coisa apodrecida, Essa medonha corrupção, Estrela de meus olhos, sol da minha vida, Tu, meu anjo e minha paixão! Sim! Tal serás um dia, ó deusa da beleza, Após a bênção derradeira, Quando, sob a erva e as florações da natureza, Tornares afinal à poeira. Então, querida, dize à carne que se arruína, Ao verme que te beija o rosto, Que eu preservarei a forma e a substância divina De meu amor já decomposto! Les Fleurs du mal,Charles Baudelaire(1857).