electrxhearty:
⋅ ━ ❛ O dia não vinha sendo dos melhores; Electra estava empacada na produção de uma música que parecia não sair do lugar por nada no mundo e se sentia pressionada não só por si mesma mas também pela amiga artista com a qual ela havia se comprometido em escrever e produzir uma faixa do novo álbum da garota. Por mais que a amiga não a estivesse cobrando, Electra conhecia bem como algumas gravadoras poderiam ser insuportáveis com deadlines. Depois de muito lutar contra decidiu que sim, merecia uma pausa, sair para respirar e um cold latte e uma fatia imensa de red velvet mas nem isso parecia estar dando certo quando no meio da correria de atendimentos, a garçonete simplesmente deixou em sua mesa um café expresso acompanhado apenas de um biscoito amanteigado e entrou de volta para trás do balcão. Electra suspirou de frustração mas não precisou ir muito longe para avistar seu pedido na mesa de outra pessoa que parecia tão confusa quanto ela e após respirar fundo, a sueca caminhou até lá. “Ei, com licença, acho que inverteram nossos pedidos. Não quero incomodar a garçonete, ela parece estar bem ocupada então podemos só destrocar? Juro que nem toquei no seu café”.
Mesmo que tivesse sido avisado, o fato de ter enjoado do café do Starbucks depois de apenas um mês surpreendia Lucian. Era nisso que estava pensando quando uma garçonete diferente daquela que o atendera colocou um cold latte e uma fatia de bolo em sua mesa. Por ter um trabalho parecido com o delas, o moreno entendia completamente o erro e bastava olhar em volta para perceber o quanto o estabelecimento estava lotado. Então, apenas sorriu e agradeceu. Olhou em volta diversas vezes procurando por seu pedido, mas estava um pouco complicado. Quem diria que um expresso forte e um biscoito qualquer eram um pedido tão comum? Estava pronto para desistir e aceitar o pedido que tinha na mesa, mesmo que odiasse tudo sobre ele. O Hartell adorava preparar as bebidas mais loucas e inacreditáveis para os clientes, mas quando o departamento era o seu gosto pessoal, era um homem simples: gostava de café. Preto ou expresso. Quente. Sem açúcar. Sua salvação veio na forma de uma garota loica em um coque frouxo. “Oi, meu deus. É claro que podemos, também prometo que não mexi em nada. Talvez eu só tenha dado uma cutucada com o garfo no bolo, mas nada demais.” Respondeu, rindo um pouco enquanto pegava o prato e o copo de café. Parou no meio do caminho quando viu algo que aconteceu atrás de si. “Oh. Você estava sentada ali? Acho que pegaram sua mesa.” Olhou em volta, notando que não haviam mais mesas vazias. “Huh, quer sentar aqui?”