ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !

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inclinando a cabeça em sinal de concordância , os dedos acompanhando ritmicamente suas palavras . ❝ é como eu disse... parece que alguém decidiu colocá-la sob os holofotes , e quem sabe o motivo ? ❞ exalando o ar , impaciente , irritava-se com a obsessão cíclica que a cidade demonstrava por certos assuntos . era quase como se os habitantes existissem apenas como figurantes , ávidos por um drama que os distraísse da monotonia . seus pensamentos se dispersaram , revisitando os acontecimentos recentes e a maneira desmedida como reagiam a qualquer mudança — como se presos em um tempo que parecia imóvel , em que um mero sussurro era capaz de desencadear uma tempestade . por um breve momento , o pedido de aaron se tornou apenas um ruído de fundo , até o tom dele interromper o fluxo de suas ponderações dispersas . o nome olivia raramente culminava em sorrisos , e embora não fosse conhecida por recuar diante de um confronto , não estava exatamente inclinada a iniciar o dia sob a nuvem densa de irritação e ressentimento que parecia pairar sobre o blackwell sempre que o tema emergia . contudo , ela sabia o custo que tocar na ferida profunda , uma que ele carregava desde a pré-adolescência, possuía . ❝ ace... ❞ o apelido de infância escapou os lábios com uma nota de exasperação , na tentativa de conter a intensidade de sua intervenção . ❝ eu sei . sei que seus sentimentos são completamente justificados , e reconheço que o que aconteceu foi cruel , com nós dois—nós três , mas... toda história tem dois lados . sim , você tentou com todas as forças resgatar o que perdemos , mas , aaron , já considerou que algo maior pode a ter impedido de se abrir com você naquele momento ? ❞ entendia mais que ninguém o peso da rejeição que ele ainda suportava . ela também fora atingida pelos estilhaços daquele laço desfeito , e mesmo persistindo em incontáveis tentativas durante um período muito mais longo que ele , só conseguira uma brecha nas muralhas de olivia . ainda assim , quase quinze anos depois não poderia dizer que haviam restaurado a familiaridade perdida . em vez disso , precisaram reinventar a amizade , moldando-a às barreiras que de interpuseram entre elas . ❝ não estou sugerindo que você deva agir como se nada tivesse acontecido , mas... talvez... apenas talvez considerar um recomeço ? liv também sofreu , acredite ou não , mas , às vezes , as pessoas precisam mudar para sobreviver a uma nova realidade . ❞ neslihan estava longe de compreender em totalidade o que acontecera com olivia durante os anos fora de khadel . ela nunca se abrira por completo , mas algumas das feridas da mais nova pareciam se comunicar silenciosamente com as suas próprias . era como se houvesse uma compreensão tácita entre elas , mesmo que as palavras não dessem conta de traduzir as experiências vividas . como a boscharino , a gökçe também havia criado suas próprias defesas , embora tivesse encontrado refúgio na força de suas amizades , e não o contrário . ❝ ela errou em dizer que você não tentou , mas acha que existe a possibilidade de ela ter dito isso apenas para feri-lo , como forma de devolver o que sentiu quando você desistiu de persistir no passado ? ❞ a outra era um enigma , uma figura tão complexa que era impossível tentar julgar suas ações ou palavras com demasiada severidade . ainda assim , não seria surpresa se o impulso de provocá-lo fosse apenas uma estratégia para romper a apatia que ele usava como armadura . afinal , fora com provocações que haviam conquistado a amizade na infância , e era o que neslihan fazia diariamente . com a diferença de que ele a permitia . ❝ e quanto a ela ir diretamente te importunar... você mesmo mencionou que havia outras pessoas trabalhando , por que não pediu alguém para atendê-la no seu lugar ? por que escolheu lidar com ela , mesmo quando poderia a ter evitado ? ❞ ela não conseguia deixar de pensar em como algo que antes os unira tão fortemente havia se transformado em uma barreira quase intransponível .

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"As pessoas dessa cidade gostam de falar muitas coisas, eu não colocaria tanto crédito nisso. Até porque…", e Aaron era um pouco cético quanto aos diversos boatos que rondavam a cidade. "Como uma pessoa teria poder para mudar tantas coisas?". Ele não acreditava naquilo, naquela capacidade de uma pequena variável, entre tantas outras na cidade, causar um efeito tão gritante. Para ele, os moradores apenas queriam alguém que para culpar, principalmente se a figura não se encaixasse. Blackwell sentia empatia pela forasteira e…até admitia, gostava um pouco dela. Ela tinha algo de peculiar. No entanto, ao ouvir o questionamento sobre Olivia, todas suas divagações sumiram. Ele ergueu a mão para fazer o pedido de sempre, aproveitando a justificativa para pensar no que responder para a Nes. Olivia sempre era um tópico sensível para ele, até porque uma parte de si — sua parte mais mesquinha — sempre desejou que Nes também tivesse parado de falar com a outra quando eles brigaram. Ele se sentiu tão traído pelo sumiço de Fuentes, quando ainda brincavam de ser gente, que desejava ter apenas para si a amizade de Nes. Como se aquilo talvez provasse o ponto de que ele era que estava certo. Foi só quando a comida chegou, e Nes voltou a fazer a pergunta de 'Quem puxou o assunto primeiro?', que Aaron respondeu, dando de ombros. "Sei lá, os dois?", ele balançou a cabeça, irritado. "Na verdade, a culpa foi da sua amiguinha. Eu estava tranquilo no bar, e tinham outras pessoas trabalhando ali, que ela poderia ter facilmente ido fazer o pedido, sabe? Mas não…ela tinha que vir falar comigo. Ela tinha que encher o meu saco". Só de lembrar da cena, ele sentia o corpo querer voltar a tremer de raiva. A mera lembrança dela era capaz de desestabilizá-lo. Aaron considerou reclamar do fato de que Olivia lhe acusou de ser atraído por ela, mas ficou com medo da resposta de Nes. Temia que a melhor amiga concordasse, por isso, reclamou de outro ponto: "Ela veio dizer que eu coloco ela como vilã, que eu nunca tentei entender o que realmente aconteceu e não sei o quê, sendo que…" Ele ergueu o olhar e balançou a cabeça, lembrando das vezes que tentou ir atrás dela quando Olivia não estava na cidade. E não conseguiu dizer mais nada, porque não conseguia organizar tudo o que queria falar. Era isso que Olivia causava nele. "Não é verdade", se limitou a dizer.

"As Pessoas Dessa Cidade Gostam De Falar Muitas Coisas, Eu Não Colocaria Tanto Crédito Nisso. Até

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4 months ago

o  ritmo  da  manicure  amendoada  batendo  contra  a  madeira  maciça  da  minúscula  mesa  ,  que  já  tinha  o  seu  nome  e  de  aaron  afixado  ,  enquanto  conferia  a  sua  caixa  de  mensagens  em  meio  ao  burburinho  da  piazza  ,  era  o  único  indicativo  externo  de  inquietação  de  neslihan. a  energia  em  excesso  não  era  incomum  ,  mas  antes  mesmo  de  consumir  sua  dose  tripla  de  cafeína  pela  manhã?  uma  ,  quase  ,  raridade  ,  mais  incaracterística  até  do  que  o  atraso  alheio . naquele  momento  ,  os  minutos  que  o  relógio  caminhara  além  das  sete  horas  ,  sequer  haviam  registrado  ,  quando  o  timbre  masculino  ,  e  pesado  ,  fê-la  saltar  no  assento. ❝  cavolo  !  ❞  levando  uma  das  palmas  sob  o  ritmo  repentino  em  seu  peito  ,  fitou  atordoada  o  blackwell  por  alguns  instantes. ❝  uh?  ah-ainda  não  ,  estava  te  esperando… ❞  as  horas  no  adereço  envolto  no  delicado  punho  fizeram-na  franzir  o  semblante  momentaneamente. a  gökçe  jamais  perdia  a  noção  do  próprio  tempo . ❝ não faz mal ,  eu  posso  forçar  meus  horários  um  pouco  mais  tarde . ❞  o  repuxar  dos  lábios  era  genuíno  então  ,  os  músculos  relaxando  lentamente. ❝  quantas  horas  foram  hoje  ?  duas  ou  três  ?  ❞  folheando  o  menu  ,  mais  por  hábito  do  que  necessidade  ,  arqueou  uma  das  sobrancelhas  para  ele  antes  de  recitar  o  próprio  pedido. gostava  de  variar  ,  mas  àquela  altura  ,  todos  os  pratos  e  bebidas  do  pequeno  café ,  espremido  entre  uma  floricultura  e  gelateria ,  já  haviam  agraciado  o  seu  paladar. ❝  ao  menos  não  foi  acordado  pelo  escândalo  que  arrumaram  por  toda  cidade… já  teve  chance  de  ler  o  jornal  ?  ❞  questionaria  se  havia  conversado  com  alguém  mais  ,  mas  era  aaron  em  sua  frente. tão  improvável  quanto  ela  acreditando  em  magia. com  o  ristretto  entre  as  palmas  ,  inalou  o  aroma  inebriante  antes  de  bebericar  o  líquido  escuro  ,  soltando  o  suspiro  preso  em  seus  pulmões  desde  que  lera  a  manchete  —  ainda  em  seu  roupão  e  com  mark  ruffalo  deitado  sob  os  seus  pés. ❝  está  preparado  para  o  mais  novo  absurdo  que  estão  inventando  ?  ❞  sarcasmo  era  tão  fluente  entre  eles  quanto  o  italiano  ou  inglês .

O  ritmo  da  manicure  amendoada  batendo  contra  a  madeira  maciça  da  minúscula  mesa

Aaron puxou a cadeira em frente a Nes em um movimento cansado, pedindo desculpa pela demora. Normalmente, ainda que saísse tarde do trabalho no bar, ele não costumava se atrasar. Cumpria rigorosamente — quase religiosamente — a tradição de tomar café da manhã com a melhor amiga. E, por mais que não fizesse esforço pela maioria das pessoas, ela conseguia ser sua exceção. "Você já pediu a sua comida?" Blackwell puxou o cardápio, mas já sabia o que queria, porque sempre pedida a mesma coisa todos os dias. Não gostava de mudanças. Então, ia ser o mesmo café com leite e pão com ovos de sempre. "Acabamos fechando o bar bem tarde ontem e", deu de ombros. "Sei lá, não consegui acordar". @neslihvns

Aaron Puxou A Cadeira Em Frente A Nes Em Um Movimento Cansado, Pedindo Desculpa Pela Demora. Normalmente,

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4 months ago

o  sorriso  que  surgiu  enquanto  acompanhava  as  reações  de  aaron  às  suas  palavras  irradiava  autenticidade. assim  como  havia  sentido  em  sua  conversa  com  graziella  ,  o  alívio  quase  tangível  de  ter  sua  opinião  validada  por  ele  era  inegável.  em  toda  a  sua  capacidade  mental  ,  não  conseguia  compreender  a  resposta  desproporcional  e  instintiva  que  as  superstições  acerca da  maldição  lhe  provocavam. naturalmente  ,  como  qualquer  mente  racional ,  a  ideia  de  acreditar  em  magia  era  absurda. o  que  escapava  era  a  razão  pela  qual  aquele  mito  específico  a  atingia  de  maneira  tão  visceral. inspirando  internamente  ,  um  riso  suave  escapou  de  seus  lábios  ao  ouvir  a  descrição  carregada  de  acidez  do  blackwell. doenças  mentais  certamente  não  deveriam  ser  banalizadas  ,  mas  a  absurda  natureza  da  situação  exigia  uma  pitada  de  humor  distorcido. ❝  e  a  união  será  oficializada  por  um  psiquiatra  que  também  é  padre  aos  finais  de  semana. ❞  os  olhos  reviraram  em  uma  mescla  de  exasperação  e  ironia  ,  antes  de  concordar  com  veemência. ❝  é  claramente  uma  manchete  sensacionalista. não  me  chocaria  se  fosse  alguma  família  tentando  encobrir  algum  escândalo ,  como  tantas  vezes  já  fizeram. ❞  replicando  a  respiração  masculina  ,  ponderou. ❝  ou  então  ,  alguém  com  algum  tipo  de  questão  em  relação  à  vivianne. não  que  eu  os  culpe  ,  a  essa  altura. quem  quer  que  seja  ,  provavelmente  decidiu  unir  o  útil  ao  agradável  ao  colocar  os  holofotes  sobre  ela. ❞  com  um  olhar  breve  para  a  xícara  quase  vazia  à  sua  frente  ,  solicitou  outra  ,  agora  acompanhada  de  alguns  biscottis  ,  aceitando  mentalmente  que  o  treino  de  tênis  teria  que  compensar  os  carboidratos  excedentes. ❝  estão  dizendo  que  ela  é  a  catalisadora  de  tudo. ❞  meneando  a  cabeça  em  uma  mescla  de  decepção  e  resignação  ,  beliscou  um  pedaço  da  massa  com  amêndoas  ,  suprimindo  um  suspiro  de  prazer  ao  sabor  delicado. ❝  mas  esses  rumores  à  parte . ❞  mudou  o  tom ,  fixando  o  olhar  no  amigo  com  curiosidade. ❝  como  foi  o  turno  de  ontem  ?  alguma novidade no  the  loft  ?  ❞  neslihan  dificilmente  se  colocava  como  o  epicentro  de  boatos  ,  mas  a  perspectiva  de  aaron  sempre  trazia  um  frescor  ao  cenário  que  ela  cuidadosamente  observava  à  distância.

O  sorriso  que  surgiu  enquanto  acompanhava  as  reações  de  aaron  às  suas  palavras

Aaron não sabia dizer muito bem como aquela amizade começou, mas, em algum momento, Nes havia se tornado uma constante tão sólida em sua vida que parecia impossível imaginar o mundo sem ela. Era como se ela sempre tivesse estado lá, assim como todas as tradições que eles passaram a adotar após mais de uma década de amizade. A amiga era uma constante, atravessando as diferentes fases ao lado dele com tranquilidade e, ao mesmo tempo, firmeza. Ela tinha a incrível habilidade de nunca levar seu mau humor a sério demais, como se fosse imune. E, embora ele nem sempre admitisse, havia algo reconfortante nessa dinâmica. "Honestamente?", perguntou, erguendo uma sobrancelha. "Eu não acredito nem um pouco". Aaron se debruçou sobre a mesa, totalmente capturado pela história. Mas ao invés de esperança, só vinha a descrença. "Porque, claro, todo dia a gente vê por aí dois pacientes apaixonados. Isso faz total sentido... Deve ser amor à primeira internação. Maldição quebrada, huh? Aposto que o próximo passo é eles se casarem no refeitório do hospital, logo depois da terapia de grupo." Ele soltou um suspiro cansado, balançando a cabeça. "Isso é só mais uma das mentiras que de vez em quando correm por aqui, aposto o que cê quiser".

Aaron Não Sabia Dizer Muito Bem Como Aquela Amizade Começou, Mas, Em Algum Momento, Nes Havia Se Tornado

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4 months ago
Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

com a água gelada envolvendo-a até os últimos fios de cabelo e um frio implacável trilhando um caminho até o âmago , neslihan encontrava na resistência que suas unhas encontravam na pele do braço e antebraço — até que sulcos avermelhados surgissem sobre o bronze — a única válvula de escape para os pensamentos que rondavam sua mente . nem mesmo o vestígio do toque cálido da pedra , que parecia murmurar seu nome , era capaz de dissipar o gelo que se alastrava por suas veias , enraizando pavor . de soslaio , avistou a figura de christopher , e as palavras trocadas ecoaram frescas em sua memória , trazendo um arrepio que a consumiu por completo . não , aquilo não podia ser real . a situação era fruto de um devaneio , invenções de uma mente febril . uma peça cruelmente pregada por sua imaginação , que colocava em perspectiva a acalorada discussão da noite anterior . sim , era apenas isso – cenas forjadas em uma fantasia vívida demais , das quais despertaria a qualquer momento , com as têmporas pulsando em protesto contra o excesso de negronis ingeridos .

mas ela se lembrava com nitidez do dia anterior , as longas horas dedicadas a processos e rotina meticulosa , o encontro com olivia no meio do dia antes de retornar ao escritório , cansaço pulsando em suas íris ao final do expediente , exaurida pelas violações . a imagem dos olhares aterrorizados dos que buscavam sua ajuda a acompanhando em cada passo do edifício até o carro . a cidade inquietantemente silenciosa , sem casais caminhando pelas ruas adornadas pelo aroma de flores desabrochando e pelo sussurrar das folhas , como havia se tornado habitual desde que os rumores começaram a se espalhar . então , como uma fissura na frágil racionalidade que ela tentava sustentar com unhas e dentes , a pergunta de domenico , tão típica do velho amigo , estilhaçava qualquer resquício de controle que ainda tentava manter .

impossível . a palavra reverberava , enclausurada em um labirinto sem saída dentro de si , um eco desesperado em busca de uma fresta inexistente . por um breve instante , desejou abandonar a própria pele , tomar outro corpo , e contemplar-se sob o olhar de um espectador . seriam suas feições traidoras implacáveis , expondo o pânico que se entrelaçava como espinhos em seus pulmões ? ou , como esperava ardentemente , permaneceriam impecáveis , esculpidas como linhas de mármore inquebráveis ?

neslihan , para seu desgosto , novamente se via incapaz de racionalizar e atrelar sentido ao que testemunhava . com as íris impregnadas de uma perplexidade quase babélica , recusava-se a aceitar a possibilidade de que tudo o que havia conquistado — sua independência , sua vida forjada às próprias custas — pudesse se dissipar com um mero estalar de dedos . a ideia de uma maldição era risível , e ainda mais absurda era a exigência de que , para escapar de uma condenação futura , precisasse se render àquilo que mais desprezava .

amor . como poderia sequer cogitar oferecer algo dessa natureza , quando tudo o que conhecera sob a máscara do sentimento fora destruição ? como poderia atrever-se a depositar sua sobrevivência no altar de uma emoção que se tornara sinônimo de devastação ? o que o amor havia lhe oferecido , senão dor ? e como , em plena consciência , poderia ela submeter seus amigos , sua família escolhida , uma desconhecida , ou até mesmo aquele que a ferira e aquele que incinerava sua paciência com provocações constantes , à mesma desolação ? impossível . a palavra irrompeu , visceral , rasgando o tecido de sua consciência e ressoando com a força de uma convicção inabalável .

com um aperto fugaz na palma de graziella , um sorriso vazio dirigido a aaron e um aceno sutil em direção a olivia , seguiu a figura de camilo . como um espectro , vagava sob o manto da escuridão , seus dentes batendo uns contra os outros , até selar a porta do alfa romeo com uma força inesperada , fazendo os ossos de seu corpo vibrarem . pressionando o cenho contra o volante , lutava para conter um grito que se formava em sua garganta , rompendo sua respiração ofegante e irregular . com as palmas suadas e geladas , tremendo como os batimentos descompassados de seu coração , levou-as até os olhos , que dançavam em vertigem , exacerbando a náusea que se apertava em seu estômago .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

o índigo do céu noturno , o prata das estrelas , o vermelho das rosas , o cinza dos ladrilhos que cobriam as calçadas , o dourado das luzes que salpicavam as ruas agora pulsando com vida . o linho encharcado da calça de alfaiataria , o metal frio dos botões da camisa , o vinil e a espiga macios do banco , a pele aquecida e... ferida de seu antebraço . ao perceber os vergões profundos que interrompiam a continuidade do caramelo de sua tez , o exercício que habitualmente a ancorava contra o pânico foi completamente esquecido .

por sorte , o carro não necessitava de chave para dar partida , ou os dedos dormentes a teriam mantido ali , à mercê de sua própria inquietação , até o amanhecer . em um trajeto que normalmente tomaria quinze minutos , conseguiu encurtá-lo para oito , quase levando os portões de ferro da villa gökçe consigo na ânsia frenética de se libertar da agonia que a consumia .

contornando a imponente estrutura de terracota , seus ouvidos captavam mark , chaz e virginia por trás dos vidros . em um movimento automático , abriu as portas duplas , permitindo que a envolvessem em uma euforia coletiva . desde o momento em que saíra da clareira , era a primeira respiração completa que tomava , mas logo o ritmo irregular de seus pulmões retornou , uma torrente de pensamentos a invadindo com uma força corrosiva . como um tornado irrompendo no estábulo que abrigava seus cavalos , os olhos se fixaram no preto azulado de gül . o hanoveriano , seu companheiro fiel há mais de uma década e meia , observava-a com a postura elegante e composta que lhe era característica , uma constante em meio às tempestades que a cercavam .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

a vista era turva pelos fios que se atinham à pele ainda levemente úmida , como resultado da corrida frenética até ali . arrancando a camisa social , a calça sob medida e os saltos arruinados , movia-se com frenesi , aproximando-se do animal apenas com a fina camisole e os micro shorts de renda que lhe eram habituais . a comunicação com o cavalo era puramente instintiva , ambos entendendo-se sem palavras , por meio do corpo e olhares . a baia se abria com um gesto sútil , e sem a sela adornada com suas iniciais ou as rédeas restritivas , num ímpeto , estava sobre as costas de gül , guiando-o com o apertar das panturrilhas .

o vento frio açoitando seus membros expostos , e o calor e a respiração do animal movendo-se em uníssono com os seus , neslihan aguardava , em vão , o momento em que se sentiria livre . mas nem mesmo ao se abraçar ao pescoço de gül , deixando-o correr até o limite de sua capacidade , o mundo nada além de um borrão , as palavras daquela maldita cripta , com sua carga aterradora , deixavam de ressoar incessantes em seus ouvidos . maldição . uma ideia tão irracional que sua mente cética não conseguia deixar de se distanciar , em escárnio , da possibilidade . mas como explicar o que ouvira e sentira ? como poderia duvidar do que todos haviam vivenciado ? reencarnação . era a única concepção que ela , de alguma forma , assimilava e acreditava , mas de alguém que ali vivera há um século ? como se presa no pequeno mundo de khadel , aguardando que um ciclo cármico finalmente se completasse ?

almas gêmeas . jamais poderia condenar alguém a passar o resto de seus dias em companhia de sua presença amarga e torturada . jamais . amor . neslihan não possuía isso para dar . amor . não sabia sequer o que era . amor . grotesco . insano . amor. feridas de submissão . amor . ❝ fermare¹ ! ❞ vociferou para as vozes que a atormentavam . e gül , com infinita inteligência , atendeu ao comando , parando abruptamente , enquanto o corpo da mulher seguiu sua trajetória . arremessada contra o chão , a dor lancinante na coluna roubou-lhe o ar , o suficiente para resetar o ritmo habitual . a tontura , que antes se originava do pânico , agora girava o céu , enquanto ela permanecia em sua eterna insignificância perante a vastidão do universo .

algo úmido tocou suas bochechas , e por breves segundos , uma ilusão se formou , de uma tempestade iminente , ainda que fosse especialmente improvável no inverno seco do oeste italiano . o que resvalava a delicada pele , em meio à visão atordoada , eram lágrimas . lágrimas que , sequer no funeral de sua mãe , fora capaz de derramar , mas que agora a inundavam por completo . naquele momento , odiou-se um pouco mais . com cada fibra de seu corpo imersa em agonia , odiou-se por se permitir reação como aquela diante de um dilema como o que a confrontava , enquanto tivesse sido incapaz de demonstrar sequer uma fração daquela vulnerabilidade em momentos de dor muito mais profunda . odiou-se por trair a promessa feita doze anos antes , a última vez que deixou que kadir şahverdi a destruísse . a promessa feita com as palmas envoltas nas de münevven , as tristes , mas resilientes íris maternas , agora distantes , imortalizadas em suas lembranças .

❝ você nunca me ensinou o que é amor e como amar , anne²... por quê ? ❞ dirigia o questionamento angustiante à figura que surgia , composta de memórias e dos vultos das estrelas . ❝ porque ele não te permitiu , ou porque nunca me amou ? ❞ a voz se partia entre o choro e o esforço , falhando sem conseguir submeter o pensamento nocivo . ❝ é isso , não é ? mas por quê ? porque eu era a lembrança do que ele fez com você ? da sua infelicidade ? da sua prisão ? ❞ a única resposta eram os latidos de chaz e virginia , finalmente alcançando-a , os greyhounds felizes pelo exercício físico . erguendo-se e debruçando sob as palmas , observou-os enquanto a sensação retornava às suas extremidades , a temperatura quase gélida fazendo cada pequeno corte latejar em uníssono com os músculos exaustos .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

❝ não importa . nunca me permitirei ser amada , nem amar . só estaria condenando mais uma pessoa a um fim miserável . como fiz com você . ❞ a última frase saía como um sussurro , com a força de um golpe , ferindo-a mais do que o deslize com gül .

afugentando as gotas salobras que ainda escorriam por detrás das pálpebras com mais violência do que o necessário , solevou-se sob as pernas trêmulas , ainda inseguras ante o próprio peso . tentou recompor-se com profundas respirações , as costelas protestando diante da expansão exagerada de seu peito . o olhar percorreu o pasto , encontrando o cavalo a poucos passos , fitando-a com rigidez , as narinas dilatadas em agitação . ❝ ei , ragazzone , vem cá . não foi sua culpa . ❞ com os dedos entrelaçados na crina áspera , mas perfeitamente escovada por suas próprias mãos , apoiou-se contra o corpo imponente e esguio do animal . o relincho suave a alcançou como uma forma de negação , e com um sorriso dolorido , uniu sua testa à dele . ❝ jamais , gül . jamais . ❞ o suspiro era tão pesado quanto o fardo que carregava nos ombros .

comandando o animal a abaixar o suficiente para que pudesse montar sem impulso , afagou-o suavemente , permanecendo agarrada aos fios meia-noite que formavam uma cortina flutuante à medida que ele trotava em cautela . com os únicos seres que poderiam acompanhá-la em seu caminho ainda a seguir , neslihan permitiu que as orbes vagueassem até perderem o foco , prometendo a si mesma um futuro tão vazio quanto o presente , comprometida a ajudar os que ainda ansiavam por um "felizes para sempre" , somente não o seu .

@khdpontos


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3 months ago

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : antes da revelação !

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !

observar os dedos de olivia deslizarem com reverência pelo pequeno corpo peludo fez com que um sorriso tenro se desenhasse nos lábios de neslihan . ela conhecia a essência da boscarino melhor do que ninguém , independentemente da imagem que olivia escolhesse projetar , e convencer , ao mundo . diante do questionamento sobre sua inclinação para testar os outros , um riso melífluo escapou entre elas . ❝ mais do que você é capaz de imaginar ! ❞ os lábios hesitaram em manter-se firmes , como se antecipassem a inevitável ruína daquele sorriso . o ronronar aquecendo sua palma , aliado à falsa indignação da amiga , fez com que a gökçe arqueasse uma das sobrancelhas , diversão cintilando em meio ao castanho avermelhado de suas íris . ❝ pode enviar todas as contas que quiser para o meu escritório . serei a advogada dele pelo tempo que precisar , não é mesmo , raggio di sole ? ❞ depositando o felino nos braços de liv , preparava-se para se acomodar em um dos pouf a sacco quando um pequeno latido desviou sua atenção . uma criatura diminuta , de corpo alongado e pelo arrepiado como se tivesse acabado de levar um choque , corria em sua direção . o cão , tão pequeno quanto o gato aninhado no abraço da mais nova , enroscou-se nos pés descalços de neslihan , e , como se aqueles grandes olhos tivessem uma conexão direta com sua alma , ela se abaixou para acolhê-lo junto a si . mais um . afagando o pelo áspero com a ponta dos dígitos , indicou o outro pufe colorido para a mais nova antes de murmurar , com uma cadência que misturava hesitação e expectativa . ❝ bom… talvez eu tenha deixado passar outro motivo pelo qual insisti tanto para que nos encontrássemos hoje em específico . ❞ dois dias consecutivos revisitando um passado que a ferira talvez não fosse o ideal , mas , ao contrário do que acontecia com aaron , olivia parecia ter um pouco mais tato na situação , ainda que irracionalidade não fosse difícil de ser percebida nos olhos alheios .

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !
[ F L A S H B A C K : Antes Da Revelação ]

[ F L A S H B A C K : antes da revelação ]

A luz natural que atravessava o amplo espaço conferia à cena um ar quase etéreo, e Olivia permitiu-se um momento de silêncio, absorvendo tudo ao seu redor. Não era como se nunca tivesse pisado em um lugar como aquele – ela já estivera em eventos beneficentes, participara de campanhas e, claro, posara para fotos estratégicas com animais resgatados. Mas Neslihan era diferente. Com ela, não havia câmeras ou expectativas externas, apenas um amor genuíno que se manifestava em cada gesto, em cada olhar devotado às pequenas criaturas. E Olivia, com toda sua precisão calculada, sabia reconhecer autenticidade quando via uma. Seguiu os movimentos fluidos da amiga com o olhar, observando-a se desfazer dos saltos com a mesma naturalidade de quem se livra de uma formalidade inútil. O contraste entre as duas era gritante – Neslihan se jogava de corpo e alma na experiência, enquanto Olivia hesitava à beira do envolvimento, como se temesse que ceder um milímetro significasse se perder completamente. Mas então o filhote em seus braços abriu os olhos, e Olivia sentiu o impacto imediato. Verde e azul. Como se a própria natureza tivesse decidido brincar de artista em uma tela minúscula e viva. A pequena criatura não apenas a olhava – ela a estudava, com uma intensidade absurda para algo tão pequeno. O que era para ser apenas um olhar passageiro durou mais do que Olivia pretendia, e quando percebeu que estava genuinamente encantada, tentou recuperar a compostura com um suspiro resignado. “ Ótimo. Agora até um gato está me analisando. ” Mesmo enquanto falava, sua mão já se movia sem que precisasse ordenar, os dedos deslizando suavemente pelo pelo macio, experimentando a textura, sentindo o calor. Chanel nunca fora do tipo carente, mas Olivia sabia que talvez fosse isso que a mantivesse confortável – um reflexo de sua própria independência forçada. E agora Neslihan a empurrava para outro abismo, um que a musa ainda não sabia como sobreviver. Ergueu os olhos para a amiga, a expressão cuidadosamente impassível, mas o brilho sutil de diversão traía sua tentativa de indiferença. “ Você se diverte demais me desafiando, não é? ” O tom era quase acusatório, mas carregava a familiaridade de quem já sabia exatamente onde aquela conversa terminaria. Nes, sempre disposta a testar seus limites, e Liv, sempre fingindo que não cedia – até ceder completamente. “ Chanel já era adulta quando veio para mim. Esse aí... é um bebê. Deve fazer a maior bagunça. ” Resmungou uma última vez, até ouvir o gatinho ronronar debaixo de seus dedos, como se já tivesse decidido o próprio destino. Olivia suspirou. “ Se ele arranhar meus móveis, eu te mando a conta. ”

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3 months ago

SMS to : ace

✉️ : se você diz... mas meus olhos sabem exatamente o que viram ✉️ : bom , podia fazer como eu faço e sair dessa cidade vez ou outra ✉️ : iria te fazer um bem absurdo , garanto ✉️ : uhm , talvez porque você estava em um encontro e parecia estar aproveitando ? ✉️ : e eu também estava meio que ocupada tentando lidar com camilo ✉️ : roupas sociais ? absolutamente não . mas se não foi você que escolheu... ✉️ : e não fui eu que te ajudei... ✉️ : quem foi ? ✉️ : como assim que tipo de aposta ? apostas são apostas , ele tinha direito a escolher o que quisesse ✉️ : e felizmente escolheu apenas um jantar ✉️ : aplaudi-lo por qual motivo exatamente ? ✉️ : francamente , eu esperava mais da sua confiança em mim , aaron ✉️ : mas claro que você ficaria impressionado com ele , homens sempre apoiam homens afinal , não é mesmo ?

📲 [aaron]: primeiro de tudo, sem exagero. eu não estava sorrindo abertamente.

📲 [aaron]: eu só não posso fazer nada se quase nunca tem gente nova nessa cidade.

📲 [aaron]: até pq, não sei se você se lembra, mas eu trabalho em um bar. é minha obrigação saber as coisas.

📲 [aaron]: segundo, se você me viu, por que diabos não falou nada?

📲 [aaron]: e "incrível em roupas sociais"? agora eu tô ofendido. você não acha que eu consigo escolher uma boa roupa sozinho?

📲 [aaron]: nes, nes, nes...

📲 [aaron]: eu percebi aqui o q você está fazendo. não tente mudar de assunto. Ricci ganhou uma aposta? que tipo de aposta? e por que você aceitou isso?

📲 [aaron]: sério, nes. não acredito que você caiu em uma do Milo...infelizmente, vou ter que aplaudir ele por isso


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4 months ago

o  conceito  de  uma  cidade  atrofiada  em  sua  evolução  arrancou  um  riso  discreto  ,  ainda  que  pleno  de  ironia. o  alívio  que  inundou  sua  expressão  ao  ouvir  a  negativa  foi  quase  tangível  ,  como  se  a  mera  possibilidade  de  graziella   — cuja  alma  poderia  jurar  ter  cruzado  em  outras  vidas  —  se  rebaixar  à  credulidade  de  algo  tão  absurdo  fosse  uma  afronta  dolorosa ,  tanto  mental  quanto  fisicamente. afinal  ,  se  fosse  o  caso  ,  teriam  que  enfrentar  mais  uma  daquelas  intermináveis… amigáveis discussões  sobre  a   giordano  se  permitir  ser  intelectualmente  negligente. ❝  ah,  dinheiro… deveria  ter  suspeitado. ❞    os  lábios  se  curvaram  em  um  sorriso  que  ecoou  o  da  amiga,  acompanhados  por  um  riso  cristalino . a  cada  descrição  proferida ,  meneava  a  cabeça  em  concordância admirada. ❝ sua habilidade para arrancar dinheiro das pessoas nunca deixa de me impressionar. ❞ admitiu ,  afastando  delicadamente  algumas  mechas  castanhas  que  o  vento  havia  espalhado  sobre o  rosto. não  que  ella  fosse  menos  que  uma  dádiva ;  muito  pelo  contrário,  a  marca  rivalizava  acirradamente  com  os  la  mer,  reinando  em conjunto  no  balcão  amplo  de seu  banheiro. ❝  e  é  exatamente  por  isso  que  sou  advogada  e  não  empresária. jamais  teria  a  criatividade  para  transformar  um  circo  desses  em  algo  lucrativo;  para  mim ,  só  inspira  um desprezo inexplicável. ❞  a  declaração  foi  seguida  de  um  leve  arrepio  que  percorreu  a  espinha  ao  pensar  no  assunto. erguendo  novamente  os  olhos  castanhos  ,  agora  fixos  nos  azuis  cálidos  de  graziella  ,  a  troca  foi  suficiente  para  um  entendimento  mútuo. ❝  il  giardino  ?  ❞  sugeriu  com  naturalidade. embora  o  restaurante  fosse  famoso  por  sua  interminável  lista  de  espera  ,  entre  gökçe e  martinez-giordano  ,  sempre  havia  uma  forma  de  transformar  o  impossível  em  algo  acessível.

O  conceito  de  uma  cidade  atrofiada  em  sua  evolução  arrancou  um  riso  discreto

A reação retirada da melhor amiga poderia até ser divertida se não mexesse com seu intelecto. O rolar dos olhos claros foi visível enquanto se aproximava mais de Neslihan. "Mas é claro que não. Isso é histeria coletiva, como já teve diversas vezes nessa cidade mal evoluída. Contudo..." Fez uma pequena pausa dramática ao ter o braço entrelaçado ao seu e aproveitou da aproximação para se inclinar e murmurar baixo próximo ao ouvido da amiga. "Isso não me impede de ganhar dinheiro." Finalmente disse, o sorriso voltando ao seus lábios, agora de maneira um tanto mais larga. "Imagine a quantidade de maquiagens e perfumes para usar com, uh, seu amor." Falou as últimas palavras com uma careta. "Ou o vinho certo para combinar em seu primeiro encontro depois de apaixonados." Soltou um suspiro exagerado escapar, como se sonhasse, e depois deu uma risadinha. "E como em um passe de mágica, esses trouxas vão me deixar cada vez mais rica." Finalizou, olhando de lado para a amiga. "Almoço?"

A Reação Retirada Da Melhor Amiga Poderia Até Ser Divertida Se Não Mexesse Com Seu Intelecto. O Rolar

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4 months ago

SMS to : don giovanni

✉️ : ao menos quando eu arrancar seu ego com as minhas unhas , saberá que foi o instinto animalesco que instigou em mim

✉️ : aceito que perdi por conta do seu roubo

✉️ : perfeitamente contente em ser o sr. darcy para você então

✉️ : será que o buzzfeed está aceitando que animais criem testes agora ? vou voluntariar chaz e virginia , eles seriam capazes de montar um melhor do que esse que fez

✉️ : sonharei com você quando tiver a intenção de ter mais pesadelos do que o costume

✉️ : e camilo ? gentileza perder o meu número e só me contatar via carta

encerrado !

SMS to [docinho]

📲 [milo]: sou conhecido por instigar instintos animalescos mesmo

📲 [milo]: estou na página 54, mas vou ter que voltar algumas. as que eu li ontem, suficiente dizer que eu estava meio fora de mim

📲 [milo]: fechada, orgulhosa, pouco acessível…

📲 [milo]: mas justa não sei. pra isso, você teria que aceitar que perdeu

📲 [milo]: eu sou a elizabeth! fiz até um quiz na internet, então é um fato cientificamente comprovado

📲 [milo]: e vai ser a melhor noite da sua ;)

📲 [milo]: te mando mensagem depois com os detalhes da reserva, agora vou continuar lendo, sra darcy

📲 [milo]: sonhe comigo


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4 months ago

i love unhinged women but i also love women who try so fucking hard to be hinged. clinging to those hinges by her fingernails.


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neslihvns - 𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice
𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice

𝒕𝒉𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒗𝒊𝒔𝒕 ! neslihan gökçe , 29 , human rights lawyer . can you hear my heart beating like a hammer ?

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