“O difícil é quando ele é o cara errado pra você, mas você é a mulher certa pra ele. Aí fode tudo. Errado com errado acaba em putaria, certo com certo acaba em casamento, mas errado com certo acaba em eu deitada na cama chorando em cima do travesseiro. Acaba comigo.”
— Tati Bernardi.
Às vezes sinto essa vontade louca de fazer todas as merdas que eu puder.
Às vezes sinto essa vontade de me permitir errar tudo o que nunca errei.
Eu quero dar motivo para as pessoas falarem de mim todas as coisas que elas já falam sem motivo algum.
E, quem sabe, no meio disso tudo, eu talvez possa me encontrar.
Estou cansada de me sentir perdida no meio da opinião dos outros.
eu deito e permito que a minha cabeça se infle que nem um balão, mas ela não flutua, ela antagonicamente pesa mais, puxando meu corpo inteiro pra baixo, afundando-o dentro da minha cama enquanto minha mente involuntariamente se expande com todas as coisas que não deveriam ser problemas dentro da minha cabeça. quando me deito e peso como se eu estivesse em jupiter eu não ouço ninguém, eu não vejo ninguém exceto tudo que me puxa ainda mais pra baixo e torna a minha mente ainda maior (de conhecimento doloroso, de análises que farão eu me detestar mais do que acho possível me odiar diariamente). nada denota presença além daquilo que me fere quando deito e penso e peso. com tudo isso você se sente capacitada pra se fazer presente? você conseguiria ser capaz de fazer eu sentir seu toque em vez da minha dor? tu conseguiria fazer eu ouvir tua voz em vez de lembrar meus gritos de sofrimento? tu saberia fazer de mim aquilo que não consegui fazer?
“Bebia para afogar as mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar.”
— Frida Kahlo.
Ergo-me do túmulo
Se sentia como o deserto após uma tempestade de areia, não havia resquícios de que algo residiu por ali. Tudo estava diferente, mesmo que essencialmente ainda fosse o mesmo. Era um novo vazio, vasto e desconhecido.
Suas mãos pálidas apertaram o tecido sobre o qual se deitava, precisava se segurar a algo, puxar-se de volta a realidade amarga e estranhamente necessária.
Pelas horas constatou que já era dia, mas ao levantar-se e livrar sua visão externa do tecido grosso da cortina notou o luto no céu. O sol havia morrido e a noite clara se perdurava, sem estrelas, sem brilho, apenas um escuro sensível e acinzentado reivindicava àquela vastidão.
O gélido ar o trouxe de volta, mas não por completo, sabia que seria sempre escravo de seu deserto, estava preso ao vazio, livre de amarras e de fugas.
Aprender a aceitar a sua realidade interna era tão difícil. Parecia um asmático tentando puxar o ar para seus pulmões, era inútil, porém insistia em tentar, sem de fato acreditar em uma motivação que o levava á isso.
O desejo animalesco e irracional de viver era o que fazia o ar entrar de fato pelos pulmões. Arrastando-lhe para a miséria da existência, que não precedia nada além de um satisfatório sofrimento, que conquistava corações masoquistas, provocando sorrisos banhados à lágrimas.
- Daten-shii
Às vezes eu fico pensando... será que realmente existem coisas pelo qual, devemos lutar?
Ou a luta em si te atrai para continuar tentando, mesmo sendo inútil?
Será que existe mesmo uma vida sem lutas? Ou a gente investaria uma, só pela subexistência...
É ... https://www.instagram.com/p/BqICmCeAN3a/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=zrjhifmn9gb2
“As coisas não são do mesmo jeito que eram antes. Você nem ia me reconhecer mais. Não que você me conhecesse há uns tempos atrás, mas tudo volta no fim. Eu guardei tudo dentro de mim e embora eu tenha tentado, tudo desmoronou. O que isso significou pra mim será eventualmente uma lembrança. Eu tentei tanto e cheguei tão longe, mas no fim, isso não tem mais importância.”
— LInkin Park.