Um Pouco Mais (Flip Zimmerman X Leitora)

Um pouco mais (Flip Zimmerman X Leitora)

-Resumo: Dentro do carro após saírem de um bar, Flip extrai um pouco mais do cigarro além das doses de nicotina.

-Alertas: linguagem explícita, local público, sexo oral/masturbação no carro, queimaduras de cigarro, xingamentos, Flip sendo possessivo e ciumento.

*Mais um inspirado em um sonho*

*não é possível que eu seja a única garota que quer ser feita de cinzeiro pelo Flip*

-Palavras: 1281.

Para sua sorte, você não tinha aberto completamente a janela do banco do passageiro como de costume desde que saíram do bar. A penumbra da noite até ajudaria um pouco a disfarçar mas a movimentação característica de dentro do carro poderia ser notada pelos outros motoristas que esperavam impacientes o sinal vermelho mudar de cor. Com uma mão no volante e a outra segurando o cigarro entre o dedo indicador e médio, Flip, ao contrário dos demais, não estava com pressa para chegar em casa. Não, seu nervosismo era por outro motivo. Sua expressão séria e focada tornava impossível para qualquer um sequer desconfiar que a causa era você, provocando seu pau com a língua e lábios habilidosos, se abstendo de propósito de levá-lo na garganta apropriadamente. Isso somado à lembrança de como os outros homens ficaram te olhando estava o deixando em fúria.

Você nunca dizia nada a respeito mas achava extremamente sexy quando ele ficava enciumado, o que não era raro. Você estava adorando vê-lo apertar a mandíbula e engolir em seco, a maneira como segurava o volante com o triplo da força necessária, os grunhidos a cada vez que você deliberadamente o evitava. Pequenas amostras de desejo e raiva escapando das garras de seu autocontrole para alimentar algo perverso dentro de você. Porque melhor do que qualquer outra coisa, era como ele te puniria mais tarde e provaria ser o único homem digno de te possuir. Funcionava, você não tinha olhos para mais ninguém desde que o conheceu.

Flip pisou no acelerador logo que a luz verde se refletiu no para-brisa. Era possível senti-lo ficando tenso enquanto você acariciava suas coxas sob a calça jeans, lembrando como é boa a sensação de cavalgá-las.

—Porra... Você já está me deixando impaciente, garota.

Foi difícil prender o cigarro entre os lábios e guiar a mão até a alavanca de câmbio, quando a vontade dele era na verdade agarrar seu cabelo com força e fazê-la engolir seu membro até que sua mandíbula doesse. Ele rosnou com o pensamento.

Você fechou os olhos e rodeou com a língua a cabeça larga de seu pênis, sentindo o gosto delicioso de seu pré-gozo.

—Talvez se você pedir educadamente, detetive, eu considere pensar no seu caso.

Você mal havia acabado de falar quando sentiu o zíper de seu vestido sendo puxado alguns centímetros para baixo e uma queimadura repentina arder em um pequeno ponto em suas costas.

— Ai!! Mas o que...?

Você se afastou e olhou para ele a tempo de notar o sorriso malicioso naqueles lábios carnudos enquanto ele reaproximava o cigarro para puxar uma longa tragada.

—Flip? É sério que você acabou de...

—Já que você gosta de se comportar como uma vagabunda na frente de outros homens, acho que não preciso falar duas vezes. — Ele te interrompeu, antes de soltar a fumaça pelo nariz e fingir estar completamente focado na estrada. A crise de ciúmes pelo seu vestido ainda não havia passado, pelo visto. — E eu quero você se tocando pra mim.

A pele continuou ardendo, foi rápido o bastante para ser superficial mas também quente o bastante para deixar uma marca que duraria semanas –além de te fazer molhar ainda mais a calcinha, você notou, o que te deixou surpresa. Mordendo o lábio inferior você obedeceu, subindo o vestido colado pelas coxas e se inclinando em direção a Flip, praticamente deitando no banco. Você gostava de ser uma vagabunda somente para ele, seu comportamento não havia sido inadequado em momento algum no bar mas você preferiu não questionar. Flip era ainda mais possessivo quando estava excitado, ele nunca pedia, ele ordenava, sempre num tom autoritário que te fazia derreter a qualquer instante.

Sua própria mão alcançou o clitóris por dentro da calcinha e sua garganta recebeu com dificuldade aquele membro grosso e longo, resultando num gemido mútuo.

Enquanto seguia pela estrada, sempre que podia Flip tocava suavemente a pequena queimadura para aliviar a ardência e a coceira que se instalaram ali, antes de deslizar a mão e agarrar a carne de sua bunda pelos instantes que lhe eram permitidos.

Você já estava o chupando há alguns minutos, seus dois dedos sendo apertados pelas paredes da sua boceta toda vez que ele sussurrava algum palavrão sujo e repetia que você era somente dele. Até que ele fez de novo: puxou mais um pouco o zíper e encostou a ponta vermelha incandescente na sua pele, logo abaixo da primeira marca, pressionando ali por um milésimo de segundo a mais. Você gritou em seu membro, a ferida flamejou de dor. Flip observou o efeito com satisfação.

—Você gostou, não é?

Com lágrimas nos olhos, você confirmou com a cabeça. As brasas fazendo o calor perdurar.

—Claro que sim, olhe só pra você. Coisa imunda.

Flip parou o carro no acostamento de uma rua que, mais uma vez para a sorte de ambos, se encontrava deserta. Assim ele finalmente pôde segurar seu cabelo e empurrar o pau na sua boca, te fazendo engasgar e deslizar mais um dedo para dentro da sua boceta apertada –não eram nem de longe como os dele mas estavam servindo bem. Sua cabeça agora subia e descia num ritmo brutal que produzia sons obscenos, Flip estava tão perto de gozar quanto você. Seu núcleo começou a se contrair, seus gemidos ficaram mais intensos, a sensação maravilhosa do orgasmo sendo construída.

Flip deu uma última tragada e então você sentiu: a dor aguda da queimadura final, dessa vez em sua bunda, chamuscando as primeiras camadas de pele. O orgasmo atingiu o ápice, você gritou e recuou mas seu nariz foi mantido pressionado contra a virilha dele pelo aperto em seu cabelo. Parte de você não acreditou que Flip havia acabado de apagar oitocentos graus celsius diretamente na sua bunda, espalhando uma poeira de cinzas quentes pela sua coxa, e o pior: que isso havia elevado seu orgasmo às alturas! A sensação era de estar sendo perfurada por um objeto afiado em chamas mesmo após ele já ter descartado pela janela seu pequeno e mais recente instrumento de tortura.

A liberação de Flip veio logo em seguida, o gosto quase não foi sentido de tão fundo que seu pau estava enfiado, bloqueando as passagens de ar.

—É isso aí, engole tudo. É pra isso que essa boca foi feita. Vadia do caralho.

Um tapa estalou bem em cima da sua lesão.  — Espero que você nunca mais se atreva a se comportar assim.

Você resmungou com o choque e o encarou, concordando enquanto engolia mesmo sem saber sobre ao que exatamente ele se referia. Certamente devia ser mais uma das ilusões que o ciúme impregnava na mente dele.

Passou algum tempo até que os dois estivessem de volta ao mundo real, embora ainda ofegantes, mas com as roupas alinhadas de modo quase aceitável. Você se recostou no banco virando-se para olhá-lo nos olhos. Flip fez o mesmo.

—Você sabe que eu não estava flertando com ninguém no bar, não é?

A expressão naquele rosto tão bonito voltou a ser de revolta total.

—Eu só... A forma como esses filhos da puta ficam te encarando...

Flip bufou, não conseguindo concluir sem que a raiva voltasse a mexer com seus nervos. Ele gostaria de esmagar cada um dos homens que lançava até mesmo o menor dos olhares na direção da garota dele.

—O que importa é que eu não estou interessada em nenhum deles, amor. — Você disse, beijando-o nos lábios com carinho. —Eu só tenho olhos pra você. Eu juro.

—Tudo bem, eu acredito em você.

Ambos sabiam que ele acreditará somente até a próxima vez que saírem juntos. Mas não era difícil lidar com isso.

Uma fisgada de dor em sua bunda fez você gemer enquanto recolocava o cinto.

— É bom que isso sirva de lembrete, de qualquer forma.

Você revirou os olhos.

—Não, talvez eu precise de um pouco mais.

Flip e você sorriram. Ele girou a chave na ignição e guiou o carro de volta à estrada.

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4 years ago

que tal Rey e Flip?

Desde que bem longe de mim... sem problema kkkkkk

Tô brincando, eu poderia ler por curiosidade, mas escrever não, não é uma coisa que mexe comigo.

4 years ago
Sempre Tive Tara Nesse Tipo De Bundinha Masculina.

Sempre tive tara nesse tipo de bundinha masculina.

Adam, quando você vai perceber que você foi feito pra mim?


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4 years ago

vi uns comentários meios chatos aqui e resolvi te apoiar. você foi uma das únicas que me fez sentir tesao lendo algo, porque tem tudo o que eu amo e me sinto completamente representada nos seus fetiches kkk o adam driver é extremamente talentoso é gostoso, podemos admirar e ao mesmo tempo ter tesao por ele porque isso é normal, qualquer ser humano pode se atrair por alguém e ter seus fetiches. não ligue para os comentários❤️

Oi, querido anônimo 😍

Muito obg por seu apoio, significa muito pra mim, de verdade! Fico tão feliz que você goste e se identifique, e mais ainda por você tirar um tempinho pra vir aqui e me falar isso ❤️

Realmente o Adam é um homem e tanto, cada mulher que caiu nas garras do charme dele ou de algum personagem em específico vai sentir e expressar à sua própria maneira, o que me chateia é que não deveríamos ser inimigas por isso, pelas nossas diferenças. Mas tudo bem, a cada dia eu ligo menos para os comentários. Mil beijos ❤️

4 years ago

Me mostre (Adam Driver X Leitora)

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Resumo: Você e Adam tem um caso desde que começaram a atuar juntos.

Alertas: infidelidade, linguagem explícita, dom/sub, menções de sexo violento, +18, coisas que vocês já sabem.

Palavras: 928

"Espero que a esteja usando, como eu pedi."

Como você ordenou, na verdade-  você o corrige mentalmente com um risinho, olhando a mensagem brilhando na tela de seu celular. Sorrindo, você digita de volta "sim, senhor" exatamente como ele gosta de ser chamado. Faz parte da brincadeira. "É uma pena eu precise retirar agora, infelizmente não faz parte do figurino".

Vocês não deveriam se provocar dessa forma em dias de filmagem. Mal conseguem resistir um ao outro em frente às câmeras, quem dirá sozinhos em seus camarins – que ficam convenientemente de frente um para o outro.

Seu celular apita, outra mensagem.

"Me mostre."

Seu coração acelera. Esse filho da mãe consegue te fazer pegar fogo com uma única frase.

A porta de Adam está descaradamente aberta quando você se levanta e abre a sua. Ele está sentado inclinado para frente, com os cotovelos nos joelhos. Focado. Faminto como se vocês não tivessem transado a noite quase toda. Você observa ambos os lados do corredor e se afasta do batente, devolvendo o olhar ao se certificar que não há ninguém nos arredores.

Com as mãos trêmulas, em parte pelo receio de serem pegos e em parte pela lembrança de como aqueles lábios carnudos devoraram sua boceta no quarto do hotel algumas horas atrás, você retira lentamente o cachecol que envolve seu pescoço, deixando à mostra a coleira de ouro que Adam lhe dera de presente nessa madrugada. Reluzente e fina, de largura menor que um dedo, ajustada perfeitamente ao seu pescoço, criando um belo desenho em sua pele. Facilmente se passaria por uma gargantilha se não tivesse as iniciais A e D bem na frente, cravejadas em minúsculos diamantes.

Os olhos dele brilharam.

Suas coxas se apertam, você abre os três primeiros botões da blusa para que ele veja algumas das pequenas manchas roxas que enfeitam sua pele. Ele corre a língua pelo lábio inferior. Você repassa mentalmente a sensação de tê-lo por cima de você, entrando e saindo da sua boceta com os impulsos fortes que balançaram a cama, lábios sugando ferozmente a carne, puxando vergões avermelhados.

Você para, certa de que Adam está pensando o mesmo. Ele ergue o queixo em sua direção, um sinal para que você continue. Mordendo um sorriso no lábio inferior, você nega com a cabeça. Isso já é querer de mais.

Jogando o cabelo para trás você alcança a fechadura da coleira e a solta, retirando-a. Adam se recosta na cadeira, ele está com o mesmo cinto que usou para prender seus pulsos num dos adornos da cabeceira da cama, com você posta de quatro. Ele se enterrou tão primitivo em você que seus joelhos quase cederam com as estocadas, sua bunda ardeu só de lembrar dos tapas que ele deu com uma mão enquanto a outra puxava seu cabelo para trás, te fazendo gritar.

Líquido quente deslizou entre suas pernas, você abotoa a camisa e o lança um último olhar antes de sair de seu campo de visão, sentando-se e guardando a jóia devidamente em sua caixa retangular aveludada, no fundo da bolsa. Adam se levanta e vai em sua direção, você sabia que ele não resistiria. Mas algo o detém. Uma voz, feminina, familiar. Joanne. Droga, não era de seu conhecimento que ela também está no set hoje, provavelmente gravando uma cena rápida qualquer para o filme.

Essa foi por pouco, Adam às vezes passa dos limites. Quase é possível ouvi-lo exalar sua decepção num suspiro.

Como ele consegue despista-lá você não faz ideia. Talvez ela nem se importe, na verdade. Sinceramente, você também não.

Recordações dos últimos meses invadem sua mente: a boca quente de Adam te chupando no camarim e no hotel; ele entrando em seu quarto no meio da noite, te colocando de joelhos pelos cabelos, batendo em seu rosto e enfiando o pau fundo em sua garganta; a forma como pressiona seu rosto contra o colchão e te faz gritar, implorar, se submeter aos seus desejos violentos; a cama range com os movimentos brutais.

Você desperta quando ouve a porta do camarim de Adam batendo e os passos de Joanne se afastando pelo corredor, abafados por passos que se aproximam.

Pelo reflexo do espelho iluminado nas bordas você vê a maquiadora entrando, sorridente. Ela faz alguns comentários sobre como você parece não ter dormido direito.

—Problemas com insônia, falta pouco para encerrarmos as gravações, Lucy.

—Entendo.— Lucy estreita os olhos— Ele não tem sido muito paciente com ela, não acha?

Claramente ela está se referindo a Adam e Joanne. Território perigoso. Será que ela suspeita de algo? Merda.

—Não sei, não reparei... A maquiagem vai demorar muito?

Lucy volta para o mundo real e entende que o assunto está encerrado.

—Não, não. Hoje será coisa simples.

De olhos fechados enquanto ela faz milagres em sua pele, a pergunta não sai de sua cabeça. Adam estaria mesmo diferente com a esposa? Vocês estão nessa há meses mas não mencionaram nada sobre o futuro. Não, melhor não, talvez não signifique nada.

—Uau, ficou magnífico como sempre. Quem me dera ser assim todos os dias.— Olhando no espelho maravilhada, você percebe um sorriso orgulhoso no rosto Lucy.

—Que nada, eu só faço realçar o que já é bonito. Então, vamos?

Já de pé, você olha de relance para sua bolsa antes de sair. Uma coleira de ouro com as iniciais dele. Bom... Pensando bem, até que é um presente e tanto para uma simples relação passageira.

Você apaga as luzes e sai em direção ao set, repassando as falas com um leve sorriso no rosto.


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4 years ago

olha moça eu acho que vc devia se tratar pq essa fic do kylo e o hux é nojenta

Recebi essa ask há muito tempo e nem ia responder mas revendo agora... Achei icônico :)

4 years ago

Eae girl, tem mais fics para o fututo além de Obsessão (q particularmente estou aguardando atualização😍)?

Siim, já tenho outra em mente, será bem diferente de obsessão, numa pegada menos "terror" e mais "fantasia", mas também com poucos capítulos (sou recém chegada nesse mundo de fanfic e ainda estou me familiarizando com tudo). A atualização de Obsessão espero que saia logo, ando meio s tempo mas se os deuses quiserem essa semana sai :)

4 years ago

Passando pra te falar uma coisaaa Essa série veneno tá ótima !! Muito divertida e picante essa mistura do prof da escola com nós sendo uma aluna adolescente toda escrota kkkkkkl

Escrota realmente é a palavra certa! Kkkk que bom que gostou, nesse fetiche de diferença de idade eu particularmente fantasio muito mais sobre uma garota mais nova e pervertida do que uma adulta inocente! É estranho pra muita gente mas... É mais forte que eu :) Obg por passar aqui e dar o feedback, Maria fica muito feliz ❤️

4 years ago
Esse Olhar Me Deixa Mais Molhada Do Que Qualquer Preliminar.

Esse olhar me deixa mais molhada do que qualquer preliminar.

🔥


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4 years ago

nss 😯 esse kylo te jogando na parede ameei, diferente esse teu estilo de fic né tive que comentar, queri ter um sonho desse kkk parabens escreve mto

Que bom que gostou, fico feliz! É um tipo de sonho no mínimo interessante de se ter 😅 obrigada pelo elogio.

4 years ago

Nova função (Kylo X Leitora)

Resumo: o temido rei Kylo Ren faz uma visita durante a noite a você, uma serva, que mora no castelo.

Alertas: linguagem explícita, bondage leve, infidelidade/traição, anti-reylo, uso inadequado do brasão da família lol mesma putaria de sempre no fim das contas fazer o que. Rei!Kylo X Serva!Leitora

Quando um barulho perturbou seu sono, você acordou assustada e se sentou num impulso, com a respiração ofegante e os cabelos desalinhados.

Os raios de luz lunar entravam através das cortinas brancas, que balançavam com o ar frio, tão pálidos que não ajudaram seus sentidos a captarem nada além da escuridão que a madrugada lançava sobre o pequeno cômodo.

Mas sua intuição, em contrapartida, sussurrou que você não estava só.

-Quem está aí?- você perguntou com firmeza em direção ao vazio, tentando distinguir seu punhal em meio ao breu. Por precaução ele sempre ficava em lugar de fácil acesso, ainda que você morasse dentro do castelo (pois os soldados e demais servos não eram tão amigáveis com as mulheres).

Ao ver que sua arma repousava no criado-mudo, você a agarrou, pronta para se defender se fosse necessário.

-Esses aposentos são propriedade da rainha! Quem quer que você seja, não tem permissão para estar aqui!

Uma voz masculina familiar surgiu de um dos cantos encobertos pela penumbra.

-Eu não teria tanta certeza.

-Vossa majestade, eu...

-Solte isso.

Você obedeceu de imediato, tentando adotar uma postura de total subserviência conforme Kylo Ren emergia das sombras, se aproximando com passos lentos e pesados.

Centenas de questionamentos invadiram seu cérebro, entre eles as regras sobre se levantar e se curvar perante o rei sempre que o cumprimentasse. Você não soube se deveria levar a regra em conta agora, pois estava em seus trajes noturnos, e nenhum espectador do sexo masculino poderia te ver assim em hipótese alguma.

Como também não era o ideal que você o visse, você pensou, ao se dar conta de que ele também usava os dele. E Kylo parecia tão encantador que você abaixou os olhos contra a sua vontade e para seu próprio bem, se perguntando como um homem poderia ser tão pecaminosamente bonito.

Por outro lado, o olhar dele não desviou de você um segundo sequer. E isso te deixou tensa, afinal a presença de Kylo era por si só intimidadora em qualquer que fosse o ambiente, se tratando de seu quarto então, podia ser o você chamaria de desesperador.

Suas mãos começaram a suar, seu coração desencadeou um bombear frenético de sangue pelo seu corpo. Você ficou feliz pela pouca iluminação ser uma aliada para encobrir seu empasse.

Temendo a resposta, você articulou a única pergunta que conseguiu.

-P-por que o senhor está aqui? Eu fiz algo que o desagradou?

Se sentindo nada além de um alvo, você começou a repassar tudo o que fizera durante o dia em busca de algum possível erro que poderia lhe render um castigo, afinal Kylo Ren estava lá com um objetivo, e a julgar pelo quanto você conhecia sobre ele, certamente não era bom.

-Essa é uma maneira adequada de receber o rei?

Você lentamente escorreu dos lençóis, se colocando de pé e se curvando em reverência, fingindo não notar a forma como ele encarou seu colo nu ao voltar a sua postura normal.

-Minha presença te incomoda?

A voz dele atingiu direto seus ossos, sombria como a noite. Sensual, você poderia dizer, se não fosse loucura demais. A pergunta era perigosa, Kylo Ren era um homem extremamente temido por sua crueldade. Mas de certo modo ele estar ali não a incomodava totalmente.

Deveria.

E talvez esse fosse o maior problema.

Você se viu presa num dilema, pois qualquer coisa que respondesse poderia soar inadequado.

A única opção restante era o silêncio.

Você juntou as mãos na frente do corpo e apoiou o peso na outra perna, ficando de repente consciente do roçar do seu vestido em cada centímetro de pele e do suor que começava a brotar nos poros. Você engoliu em seco.

Nenhum movimento passou despercebido por Kylo.

-Eu te fiz uma pergunta, serva. E não se atreva a mentir.

-Eu... Não, senhor... Na verdade... Não me incomoda. - você admitiu, já sentindo o peso das possíveis consequências.

- Isso é bom...- Ele olhou ao redor do pequeno quarto, analisando a pouca decoração e alguns móveis de madeira, que consistiam basicamente em uma penteadeira rústica, uma escrivaninha, um baú grande de roupas, sua cama desarrumada e por fim se demorando mais no brasão da família, pregado acima da cabeceira.

Ele admirou o desenho das duas lanças douradas cruzadas em X sobre o fundo vermelho sangue, com um elegante R no centro, antes de se aproximar de você, andando ao redor e parando próximo às suas costas.

-A rainha não iria gostar de saber que o senhor está aqui.... Então, talvez... Isso seja inadequado. Senhor.

Ele riu baixo, agora tão perto do seu pescoço que você sentiu um calafrio estremecer sua espinha. Algo se contraiu dentro de você.

-Você não parece se importar com o que é adequado... - uma das mãos dele tocou sua cintura, seu corpo enrijeceu imediatamente -...Visto que se insinua para mim o tempo todo... Constantemente, sempre que me vê. Acha que eu não percebo?

Medo e vergonha enfraqueceram seus nervos, você não esperava que seu desejo fosse tão óbvio, e muito menos que você fosse diretamente confrontada com isso.

Seus pensamentos se confundiam entre querer desaparecer e querer se entregar de uma vez, como fantasiou dezenas, centenas, milhares de vezes desde que conseguiu seu cargo no castelo.

-S-senhor, me desculpe, n-não é o que parece.

Você sentiu a muralha do corpo dele se encostar em você, uma fonte de calor firme e sólida. A outra mão passeou por seu cabelo e inclinou sua cabeça, expondo seu pescoço.

Você deixou escapar um gemido, mal percebendo como já havia começado a ceder sob sua influência.

-Não?- ele passou os lábios pela sua pele, a voz vibrando em suas veias -Então me diz o que significa quando você me olha sem pudor algum pelos corredores... Quando esbarra propositalmente em mim durante os jantares... Quando se mostra tão vulgar nessas vestes, sem ao menos pensar duas vezes... Você não consegue mesmo evitar, não é?- os dedos dele aplicaram mais força em seu couro cabeludo, fazendo sua cabeça se apoiar no peito dele. Kylo se elevou sobre você, olhando direto em seus olhos, antes de agarrar sua garganta com a outra mão. -Você não consegue evitar se comportar como uma meretriz na minha presença.

Outro apelo baixo escapou de seus lábios entreabertos, você já estava se esfregando em Kylo descaradamente a essa altura. Sua resposta saiu como nada mais do que uma faísca distante de voz.

-Não, senhor... Eu não consigo.

-E por que você acha que eu me deitaria com você? Porque acha que é digna da minha atenção?

-Porque eu sei que posso ser melhor do que ela, senhor. Melhor do que a rainha.

Sua ousadia, que te surpreendeu assim que as palavras foram ditas, pareceu enfurecer Kylo. Ou excitá-lo. Bastante. Visto que lhe rendeu um aperto intenso na traqueia, obstruindo a passagem de ar quase completamente.

-Aposto que sim. Não deve ser tão difícil para mulheres como você.

Kylo capturou seus lábios com os dele, rosados e carnudos num encaixe imperfeito devido ao ângulo, mas extremamente lascivo.

Sua mão se ergueu até seus cabelos, estimulando para que o beijo se aprofundasse. Você poderia dizer que se aproximava do paraíso a medida que as emoções explodiam em suas entranhas. Kylo facilmente se passaria por um anjo, sua beleza era injusta demais para um mortal. Mas seu coração em contrapartida o desmentia, tão negro quanto um abismo, te puxando mais e mais desde que encarou seus olhos castanhos pela primeira vez.

Você sabia que não foi somente sua aparência de traços fortes e enigmáticos, ou seus cabelos negros como a noite que caíam nos ombros largos que só poderiam ter sido esculpidos por uma divindade. Havia mais. Era essência dele. Suas trevas, sua maldade, seu caos, que te fizeram uma vítima entregue de boa vontade às suas garras.

Tudo isso podia ser sentido naquele beijo que você não soube quanto tempo durou, até que Kylo subitamente se afastou e sem aviso prévio te empurrou contra a cama. Você caiu com as mãos no colchão, um pouco surpresa com tudo aquilo.

Você poderia ser morta se alguém descobrisse.

Ao se dar conta do que estava prestes a acontecer, o nervosismo pesou seu estômago.

Você recuou quando viu que ele pegou seu punhal e subiu de joelhos na cama.

-Senhor...

-Silêncio.

Com um movimento preciso ele cortou um pedaço do brasão. Você arregalou os olhos.

-Senhor!

-Eu te mandei ficar em silêncio!- Kylo juntou seus pulsos e usou o tecido para amarrá-los na cabeceira da cama -Eu não quero ouvir um único som saindo dessa boca impura enquanto eu dou exatamente o que você merece. Entendeu?

Você concordou com a cabeça, chocada com o quão audacioso ele era. A maneira como Kylo estava te tratando sem dúvidas era tão humilhante que qualquer mulher que não fosse de fato uma cortesã a teria como inaceitável.

Mas no seu corpo isso resultava em uma onda de desejo intenso, e no momento era tudo o que você queria.

As mãos dele subiram o vestido pelas suas pernas, todo o seu corpo se arrepiou com o toque. Quando chegou no quadril, ele te puxou para baixo e afastou seus joelhos, se colocando entre eles. O ar frio te deixou consciente da umidade em seu sexo, e Kylo murmurou em aprovação quando puxou seu membro para fora da calça e o deslizou entre suas dobras.

-Repulsivo... É assim que deve se comportar uma serva do rei?

Seu útero se contraiu. Você negou com a cabeça, seu rosto queimando de vergonha e de desejo conforme ele estimulava seu clitóris. Você começou a se contorcer em busca de mais e mais prazer.

Não gemer era a parte mais difícil, porém você não queria desobedecê-lo e muito menos ser pega, então você usou todas as suas forças para ficar em silêncio.

Quando ele empurrou dentro de você, entretanto, foi inevitável. O resultado da colisão de prazer e dor se verbalizou num quase grito agudo.

-Merda!- Kylo cobriu sua boca, resmungando entre os dentes -Eu não esperava que uma prostituta como você fosse tão apertada.

Você o encarou lacrimejante, seu corpo se contorcendo embaixo dele, certa de que nunca havia se deitado com um homem tão grande antes.

Você imaginou que teria pelo menos alguns segundos para se acostumar antes que ele começasse a se movimentar, mas Kylo se retirou até o fim e empurrou com mais força, de novo e de novo, garantindo que você sentisse cada centímetro de seu comprimento.

Seus gritos viraram grunhidos abafados pela mão de Kylo, a doce mistura de dor e prazer fazendo seus olhos se revirarem. Você queria tocá-lo, puxar sua blusa para fora do corpo e cravar as unhas nos músculos fortes que você sabia que estavam lá, forjados em lutas e incontáveis guerras.

Mas o símbolo da realeza te relembrava em forma de restrição que você não podia.

Kylo não tirou os olhos de você, castanhos e brilhantes, captando suas reações por trás das mechas soltas caídas em seu rosto, que balançavam conforme ele te penetrava.

Ele batia os quadris nos seus com força implacável, a outra mão apertava seus seios por cima da roupa quase dolorosamente, enquanto você parecia afundar no colchão com seu peso. O ranger ritmado da cama e os sons do impacto da pele preencheram o silêncio que parecia pairar sob todo o castelo, qualquer guarda que passasse pelos corredores poderia escutar as evidências da sua má conduta.

Com o pouco de sanidade que lhe restava, você pedia aos deuses que isso não acontecesse, pois seria sua ruína ser pega amarrada tomada de prazer embaixo do rei.

Não que eles fossem te escutar, você era uma traidora.

Mas parte de você adorava isso, você pensou, quando notou a aliança pressionada em seus lábios. Você sentiu suas paredes pulsando, anunciando a aproximação do seu orgasmo.

-Mantenha os olhos abertos- Kylo ordenou em meio as estocadas - Quero você olhando pra mim enquanto goza.

Você concordou exageradamente, sentindo maravilhada o prazer explodindo e se espalhando pelo seu corpo.

-Isso mesmo... Eu esperei isso por tanto tempo.

Com os olhos fixos nos de Kylo, você viu os cantos dos lábios dele se curvarem para cima num sorriso malicioso, e logo suas palpitações o levaram a se derramar dentro de você também, expelindo xingamentos e maldições que um rei jamais deveria dizer.

Você estava sem fôlego quando ele saiu de cima de você e libertou seus pulsos, descartando o pedaço do brasão no chão como se fosse um trapo qualquer.

Você caiu mole no colchão e o observou enquanto se levantava, se perguntando como as coisas seriam dali por diante. Ele pareceu ler a dúvida em seu rosto.

-Não se preocupe com isso. Eu estou prestes a dar um jeito.

-O que o senhor quer dizer?

Ele olhou ao redor.

-Apenas acostume-se com sua nova função. E se certifique de não estar usando nada quando eu retornar amanhã.

E então ele saiu, um brilho estranho em seus olhos indicava que algo muito ruim estava prestes a acontecer, e você, naquela noite, tentou não pensar demais até dormir novamente.

Somente anos depois, quando ocupasse seu lugar ao lado dele no trono, você viria a entender.

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depositodamaria - Depósito da Maria
Depósito da Maria

Maria, escrevendo tralhas +18 sobre o Adam Driver/Personagens. Inadequado para todos os públicos.

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