Angelina escutou Juno em silêncio, observando-a com atenção enquanto ela hesitava nas palavras. Inclinou levemente a cabeça, esperando que ela terminasse, mas não terminou. A frase ficou suspensa no ar, e ela percebeu que a outra garota não tinha coragem de dar nome ao pensamento. Ela entendia. Às vezes, as palavras faziam os horrores parecerem mais reais. — Eu acho que alguém esteve aqui por muito tempo. E acho que ninguém constrói uma cabana no meio do nada sem um motivo. — Angel soltou um suspiro e passou a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. — Pode ser só uma cabana velha e um esqueleto de um caçador azarado. — Sua voz carregava um tom prático, mas não exatamente duro. Era simplesmente lógica. — Pessoas morrem na floresta o tempo todo, Juno. Especialmente se estão sozinhas. Você já leu as estatísticas? Eu acho que a gente está exausta, faminta e, pra ser bem sincera, desesperada para encontrar um sentido em qualquer coisa. Mas isso não significa que tenha um mistério aqui.
onde: beira do lago, fora da cabana
quando: 2010, oitavo dia (timeline passada)
quem: juno & open
* — eu... já disse tudo que aconteceu. estava lá, parado... com a espingarda... como se... — "esperasse alguma coisa" era o complemento. mas juno se manteve quieta; já era ruim o suficiente ter sido ela quem encontrou aquilo, como se estivesse amaldiçoada. com certeza as suas observações e sentimentos eram estranhos e malucos o suficiente só na cabeça dela; dizer em voz alta seria absurdo demais. colocou os pés no lago. o clima ameno já estava dando as caras e ela finalmente sentia o humor melhorando um pouco. seria melhor lidar com esqueletos e assombrações com um pouco mais de calor. — só achei estranho porque esse lugar parece no meio do nada. provavelmente por isso que ainda não nos acharam. mas... tinha alguém aqui em algum momento. pode ser que... ainda tenha... — "se não alguém, talvez algo", esse complemento ela guardou. — o que você acha disso? da cabana, do esqueleto...? — perguntou à MUSE. ia ser bom ter perspectivas externas. talvez a ancorasse mais no momento, enquanto se sentia cada vez mais flutuando para outro plano. / ♡
Seus dedos se fecharam ao redor do ferimento, como se pudesse simplesmente ignorá-lo até desaparecer. Ela manteve os dedos fechados sobre a palma machucada, sentindo a pontada incômoda da farpa de madeira presa à pele. Nada comparado ao resto do que estavam passando. — Não precisa. — Sua resposta saiu automática, curta demais, quase ríspida. — Já vai sair sozinha. — Feridas pequenas, coisas palpáveis, essas eram fáceis de lidar. O silêncio se alongou. Cassandra não desistiu, e isso foi o suficiente para fazê-la soltar um suspiro. Com relutância, Angelina estendeu a mão, mas desviou o olhar, como se aquilo não significasse nada. — Na verdade, não. Mas agora estou pensando seriamente em buscar lenha, só pra parecer mais útil. — Ela brincou, um sorriso de canto surgindo enquanto observava a outra trabalhar na remoção da farpa. — Estava cuidando da limpeza e tudo aqui parece que não foi tocado há décadas.
quanta teimosia ! não se surpreende com a resistência alheia , afinal é como um bônus ser a irmã mais velha de uma família grande cheia de garotos . desenvolveu a paciência como um super poder — ou , quiçá , apenas esteja particularmente zen . me deixe ver sua mão ! quem vê pensa que vai ler as linhas da vida de muse , porém , apenas quer ajudá-lx a retirar a maldita farpa de madeira . você estava buscando lenha ? inqueriu , cuidadosa , quando tenta espiar a mão com certa cautela . é estratégia , porém , em fazer um grande caso para desfocar a tensão sobre o cadáver no andar de cima .
Angelina escutou as palavras de Juno com atenção, sem interromper. Os olhos repousavam nela, atentos, mas sem invadir. Era como se estivesse entrevistando alguém para uma matéria que jamais seria publicada. Deixou o galho que segurava cair no chão e limpou as mãos nas laterais da calça suja. Não respondeu de imediato. Seu instinto era questionar e o que exatamente significava sobreviver, em termos práticos, racionais? Mas havia algo no jeito como Juno falava que a fez frear. — Talvez seja isso mesmo. — Murmurou, depois de alguns segundos. — Mas às vezes... eu fico pensando se a gente realmente sabe o que precisa. Ou se só estamos nos convencendo disso pra continuar andando. — Não havia crítica na fala. Era só o jeito que ela pensava. O olhar foi parar no lago, na superfície calma demais. — Você fala do tempo como se ele fosse o vilão. Talvez seja. Mas também pode ser só testemunha. Ele tá aqui, observando a gente enlouquecer, ou não. — Angelina riu de leve não com humor, mas com uma ironia cansada. Ela virou o rosto de volta para Juno, os olhos curiosos, mas sem julgamento. — Mas se sua criatividade tá voltando, mesmo que no pior cenário possível... Talvez seja algo bom, né? — Fez uma pausa, pensativa. Se abaixou para recolher outro pedaço de galho, antes de finalizar, de forma mais leve, quase um sorriso nos lábios. — Só cuidado com o que você alimenta. Tem histórias que a gente conta pra sobreviver, mas que depois acabam comendo a gente por dentro. E, olha, se um dia você resolver escrever um livro de mistério, coloca meu nome nos agradecimentos. Só não me mata logo no primeiro capítulo, por favor. — Ela soltou uma risadinha.
* existia uma parte que queria muito acreditar no que angelina dizia. na verdade, ainda sentia aquele resquício da antiga juno benítez lutando para sobreviver, respirando por aparelhos. essa era a resposta que daria para si mesma. só que a consciência da fragilidade daquele pensamento não lhe era mais estranha; sabia que precisava de mais do que aquilo, mais do que sobreviver. sobreviver consiste em quê, no fim das contas? comer quando precisa e não morrer de frio não parecia o suficiente. — acho que cada um sabe o que precisa para sobreviver. e acho que em algum momento só comer e acordar pode não ser suficiente. o tempo é uma coisa engraçada, algumas coisas caem por terra. e nem demora tanto. — foi o comentário que fez, quase em sussurro. falava de uma experiência humana geral, mas que tinha comprovação agora. oito dias não era nada em termos de tempo, e olha só onde ela estava. já abraçando todas as teorias que um dia rechaçou. — mas é, talvez seja o tédio. eu realmente sempre gostei de livros de mistérios. minha mãe sempre me disse que eu tinha imaginação fértil e que bloqueei ela com o passar dos anos. que acessar ia ser fácil. — "se eu soubesse que tudo o que bastava para voltar a ser criativa era uma queda de avião!", riu em silêncio, dolorosamente. / ♡
“I don’t need a break. I’m okay.”
Angelina a viu antes mesmo de Pandora perceber que estava sendo observada. Havia uma insistência nos movimentos dela que não pareciam ter a ver com foco, era uma fuga. E Angel reconhecia fugas quando via uma. Pandora não parava. Desde cedo, corria de uma tarefa a outra, mas Angel sabia: ninguém agia assim sem motivo. Sugeriu uma pausa e recebeu a resposta. Ela ouviu a frase, mas não acreditou nela. Na verdade, a certeza de que era mentira caiu como pedra. — Você não precisa provar nada pra ninguém, Pan. Nem pra mim. Nem pra eles. Nem pra você mesma. — Ela tocou de leve no braço da amiga, só o bastante para que ela sentisse o calor de um gesto, sem forçar nenhuma abertura e então se ajoelhou para ajudar com aquelas flores para a montagem do baile. — Tô ali, se mudar de ideia. Ou se quiser só… sentar comigo e fingir que o mundo ainda faz sentido. — E com isso, Angel ficou em silêncio respeitando ela, mas deixando um espaço aberto. Pandora podia ocupar aquele espaço quando quisesse.
Ela não queria ser grossa. Só estava cansada. E sabia que, naquele lugar, qualquer fagulha podia virar incêndio. Quando a farpa foi retirada, Angelina sentiu o alívio imediato, não tanto pela dor, mas por ter sido tirada, por poder se concentrar em qualquer coisa que não envolvesse cadáveres ou silêncio demais. Angelina arqueou uma sobrancelha, os cantos dos lábios finalmente se curvando em um esboço de sorriso. — Tocava direto... 'Here Comes the Sun', eu acho. Meio irônico agora, né? — Comentou, deixando o sarcasmo leve escapar, mas sem qualquer intenção venenosa. Começaram a andar juntas, e Angelina soltou uma risadinha nasal, curta. — Se curtia, deveria ter dado no pé antes da trilha sonora virar silêncio mortal. — Ela olhou para a lateral da cabana, onde pilhas de lenha improvisadas estavam mal empilhadas. Parte de si só queria voltar pra dentro e fingir que nada existia, mas a outra parte, a que sabia que sobrevivência envolvia trabalho, sempre ganhava. Quando a sugestão veio, ela assentiu com a cabeça, relaxando um pouco. A verdade é que, naquele mundo novo e sufocante, qualquer conversa normal, qualquer lembrança boba sobre música ou rádio, era bem-vinda. — Sabe… às vezes eu me pego pensando no primeiro dia de aula na faculdade. Naquela palestra insuportável sobre ética, eu só queria estar em outro lugar, qualquer lugar. Pois é. — Ela riu baixo, abafado, como se estivesse contando uma piada para si mesma. — Devia ter sido mais específica no pedido.
não se intima com a nuança ríspida que oscilou dos lábios de angelina . ora , ninguém ali está em pleno juízo ! as emoções oscilam e são razoáveis de serem explicadas ; a própria está abalada e volúvel a maior parte do tempo . como você preferir . replicou com suavidade diante à primeira negativa , os ombros se elevam e depois relaxam quando expele a tensão contida na caixa torácica . lembrei de uma coisa aleatória . não demora mais do que três segundos para que retire a farpa . um ínfimo instante para que pense — quase que falhamente — em outra coisa que não seja o cadáver no andar de cima . não tinha uma música na rádio da faculdade ? era beatles ? a sentença é mais para distrai-la do incômodo momentâneo , onde se põe a caminhar ao lado dela diante à sugestão . será que quem morava aqui curtia esse tipo de música ? estalou a língua no céu da boca , entretida , quando se ofereceu indiretamente para ajudá-la . aposto que a gente consegue carregar mais lenha juntas .
Ainda havia algo de honesto no som do mundo natural. Bem diferente das vozes na cabana, cada vez mais carregadas de tensão e medo. Ali era só ela, os sons da água e o cheiro de terra molhada. Fechou os olhos por um instante, pensando se deveria ou não tirar o caderno das suas coisas. Tinha tanta coisa presa na cabeça que talvez fosse melhor organizar no papel... Mas também estava começando a se cansar de tentar entender tudo. De traduzir o caos como se fosse parte de um documentário. Foi quando ouviu passos leves se aproximando. Angelina abriu os olhos, mas não se virou de imediato. Vão pensar que estou maluca falando sozinha... Pensou, só então virando o rosto devagar. Angelina manteve-se em silêncio por um segundo, observando. Havia algo na sinceridade solta de Denver que a pegou de surpresa. — Tudo bem é um conceito meio elástico por aqui, né? — Respondeu por fim. — Tipo… se ninguém morreu nas últimas horas, a gente tá bem. Mas se você quer saber se eu tô prestes a surtar, aí… acho que não. Pelo menos não agora. — Deu um leve sorriso, o canto da boca subindo, mas os olhos permaneciam atentos. O silêncio do riacho preencheu os segundos seguintes. Angel pegou uma pedrinha úmida do chão e a girou entre os dedos. — Eu venho aqui quando tô cansada de pensar. — confessou. — Ou quando tô pensando tanto que preciso de um lugar onde ninguém vá pedir respostas. Meio contraditório, eu sei.
não se orgulhava em admitir que estava fugindo . não era de seu feitio fugir de suas obrigações , mas as vezes até ela precisava da tão sonhada paz . os últimos dias haviam sido caóticos , ela sabia — mas nada se comparava com o desespero em ter alguém desmaiado em seus braços . denver deita a beira do riacho , não se importando tanto com as vestes molhadas pela umidade que rondava o local . seus olhos fecham , sentido o cheiro da terra e da grama , um momento silencioso onde tudo que ela esperava ouvir era o som da natureza a sua volta , não uma pessoa . os olhos de denver procuram a sua volta , tentando achar alguém até que se foque em angelina . orsett considera permanecer sentada , em sua própria calmaria quando ouve as frases ditas ao ar . será que ela falava consigo ou apenas despejava um monólogo solitário ? os olhos a seguem , levantando pouco a pouco , tentando compreender o ponto de tudo aquilo . ⸺ está tudo bem ? é a primeira coisa que diz , mostrando a outrem que não estava sozinha . quiçá , nem tudo que ela dizia tenha sido direcionado a todos . ⸺ bem , acho que as coisas não estão fáceis para ninguém , não é ?
A voz de Theresa cortou o ar pesado dentro da cabana e Angelina, sentada em um canto, ergueu os olhos do pedaço de madeira que segurava e arqueou uma sobrancelha. Angeline trocou um olhar rápido com os outros, mas ninguém disse nada. O silêncio que se seguiu dizia tudo. Ninguém gostava do andar de cima por causa de um esqueleto. — Hmm, sério? — Ela perguntou, sua voz curiosa, mais leve do que cínica. — Você vai dormir lá em cima só para provar que não tem fantasma? Não seria mais fácil... sei lá, ignorar? — No fundo, todos estavam tentando dar algum sentido a tudo o que estavam vivendo. — Tá bom. Vou com você. — Não esperou a resposta da outra e decidiu que iria provar junto com ela que não havia nada demais naquele lugar.
timeline passada dentro da cabana
"Tanta rumores sobre o andar de cima, vou provar que não tem nada disso!" Anunciou Theresa. Estava cansada dos rumores que o andar de cima estava amaldiçoado quando sabia muito bem que isso não existia, a unica coisa que poderia ser chamada de sobrenatural era o seu amado Deus e Jesus Cristo. "Eu vou, a partir de agora, dormir no andar de cima e provar que nada de mal se passa. É apenas uma cabana velha." Um enorme suspiro saiu dos seus lábios enquanto ela arrumava os cobertores e almofadas que levaria para o andar de cima.
❛ i don't like where this is going. ❜
Estava organizando velas em pequenos potes improvisados com o fundo de garrafas cortadas. Parou por um segundo, o maxilar travado, o olhar fixo em uma vela ainda apagada. Então, inspirou fundo. — Não me diga que também está entrando na ideia de que tem alguma coisa assombrando a cabana. — Angelina arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. — Não pode ser que metade das pessoas aqui esteja tendo alucinações ao mesmo tempo. Isso tem nome, se chama histeria coletiva, trauma coletivo. Algo assim. — Houve um silêncio entre elas. Não era um silêncio hostil, mas carregado de preocupação. Ela ainda segurava uma das velas, agora tremendo levemente nas mãos. Tentava manter a compostura, mas o medo já estava infiltrado nas frestas da lógica porque ela também não conseguia dormir a noite por ter pesadelos. — Só me promete uma coisa. — Pediu, em voz baixa. — Que se tudo isso… continuar a piorar, você vai continuar falando comigo. Mesmo que eu diga que não quero ouvir.
Angelina não costumava chamar Eliza sem propósito. Mas aquele momento parecia oportuno, talvez até necessário. Enquanto a organização da cabana caminhava de forma surpreendentemente funcional. Era como se o ato de anotar e catalogar fosse a única maneira de se manter inteira. Liz era uma das poucas pessoas ali que realmente entendia a importância de manter algum tipo de estrutura física ou mental. Assim que ela comentou sobre o caderno, Angel abriu um sorriso pequeno, mas genuíno. — Sim, tem tudo aqui. Grupos, tarefas, o que conseguimos por dia… Até algumas observações sobre comportamento, mas isso é a parte. Sou jornalista, afinal. Faz parte documentar até o que não querem. — Era como estar de volta a alguma sala de aula, dividindo ideias para um projeto final. Só que, agora, o projeto era sobreviver. — Acho que é uma forma de manter a cabeça ocupada e de não esquecer nada importante. — Havia um humor leve em sua voz, mas também tinha a resignação. A realidade estava muito distante da viagem ecológica que imaginara. Quando Eliza mencionou os remédios naturais, ela observou com uma curiosidade genuína. — Tem gente que não fala, mas tá sentindo dor o tempo todo. E manter todo mundo de pé ajuda a manter a calma geral. Espero que ajude mesmo. Tem certeza que as folhas são seguras? — Fez uma pausa, coçando a testa com o cabo do lápis. Depois, olhou para o caderno nas mãos da amiga, com um sorrisinho. — Se eu conseguir sair daqui viva, esse manual já tem até nome. ‘Sobrevivendo com Estilo: Guia de Crise da Floresta’. E claro, seu nome vai estar nos créditos. — Brincou, ainda que no fundo houvesse algo verdadeiro no comentário. A ideia de documentar tudo parecia algo magnifico, mesmo que nunca fosse contar em voz alta isso para alguém além de Liz. Sabia não poderia ser bem recebido registrar todo aquele sofrimento. — Se nada mais funcionar… Bom, pelo menos vamos deixar uma história organizada para alguém encontrar.
Ao que tudo indicava, Eliza estava satisfeita com o que haviam conseguido até ali. A cabana estava ajeitada da melhor forma possível, dentro das limitações que tinham, e os grupos seguiam funcionando como o planejado, realizando suas tarefas. Estavam mantendo a ordem e para Liz, isso significava manter também um pouco de sanidade. Haviam sim alguns que insistiam em dizer que ouviam vozes vindas do segundo andar da cabana, mas Eliza sempre tratava de encerrar o assunto rapidamente. Afirmava que o vento entre as frestas da janela improvisada ou algum pássaro desconhecido poderiam ser confundidos com vozes. E que, portanto, não havia razão para se alarmarem. Quando foi chamada por Angelina, estava a caminho do lugar onde havia encontrado folhas para remédios naturais, mas não viu problema em atrasar um pouco para ouvi-la.
Já tinha visto aquele caderno utilizado por Angel antes. Havia até se identificado com a ideia da amiga, pois apesar das motivações diferentes, Liz tinha o mesmo desejo por informação que ela e também gostava de organizar tudo que tinha descoberto nos livros. "É mesmo?!" Arqueou as sobrancelhas em surpresa e se animou em deixar a tarefa anterior de lado para poder ver a maneira como Angel estava organizando tudo. "Isso é perfeito. Assim vamos ter uma noção exata do que podemos usar por dia e quanto precisamos repor." Pegou o caderno da estudante sem pedir e começou a folheá-lo. "Vamos fazer isso com a comida também! E com os remédios que eu vou fazer. Encontrei algumas folhas que funcionam para remédios naturais e vai ajudar na cicatrização dos machucados mais sérios. Não dá para fazer milagres, então ossos quebrados não se juntarão de uma hora para outra, mas acho que consigo evitar que sofram com uma inflamação grave até o resgate chegar." Explicou, conforme folheava o caderno para ver o que mais Angelina tinha documentado. A ideia e técnicas de organização eram ótimas e estava orgulhosa dela. "Você vai querer publicar o manual depois que sairmos daqui? Espero ganhar meus créditos." Acompanhou o humor da amiga, mesmo sabendo que não havia nada de realmente engraçado no motivo para estarem fazendo tudo isso.
angelina donovan, eternamente com 23 anos, estudante de jornalismo.
20 posts