kaxpar-m:
“Então já parou de ter pesadelos? Isso é bom.” perguntou, já um pouco mais aliviado por ver que a outra estava bem melhor. “ Isso é o básico, não vamos dar conta de mais do que isso, e só isso parece já muita coisa.”— não fazia questão de esconder o quanto desprezava algumas coisas no mundo em que tinha crescido, mostrando-se saudoso de coisas que nunca lhe pertencera. A verdade é que uma vida normal estava muito longe do alcance do Matveet.“É claro que lembro” riu, como se fosse óbvio. “ Isso é ruim de muitas formas, mas somos fortes e vamos conseguir lidar com isso.” — era como se estivesse a falar consigo mesma para criar forças e, de fato, não diferia muito, considerando que ele sempre ficava apreensivo com aquelas situações, algo que, de regra, causava uma adrenalina grande no rapaz. “Você consegue.” ele continuou fitando a arvore em sua calmaria tentando analisar a situação de todos os lados e em como poderiam agir. “ Pode deixar, vou tentar descobrir algo. Vou continuar jogando pedras.” Pegou algumas pedras de diferentes tamanhos e jogou em direções diferentes para tentar provar uma teoria que já tinha em sua cabeça, várias raízes se movimentavam ao mesmo tempo assim que sentiam movimento perto de si, mas a arvore não tentava levar nenhuma das pedras para baixo da terra ao contrário do que fazia com seres vivos. “ Deve servir.” ele pegou o facão, sabendo que como era ela que tentaria se aproximar precisaria ainda mais que ele se defender. “ Sempre.” ele estava ao lado dela e mesmo que não fosse ser a isca em um primeiro momento estava pronto pois já havia analisado os possíveis pontos fracos da arvore.
“Sim, só acontece quando eu não consigo aceitar de vez algo fora do "normal" tipo quando eu vi um demônio pequeno ser morto por um shadowhunter ou quando eu me transformei pela primeira vez e não consegui me lembrar de nada.” deu de ombros tentando levar aquilo como se fosse algo normal, Aylla não costumava ter medo, teve que aprender a lidar com eles desde sempre mas agora se sentia um pouco fora dos eixos. Deu um riso contagiada pela risada de Kaspar. “Sempre conseguimos lidar com qualquer coisa, não sera agora que isso vai mudar.” tentou com todas as forças acreditar naquelas palavras. Aylla gostava da emoção e realmente pisar em um terreno desconhecido lhe causava isso, ela sentia uma confusão imensa entre o medo e a fascinação mas suspeitava que era normal pra um novato sentir isso. Deixou um sorriso brotar em seus lábios com a confiança que a amigo tinha sobre si, as vezes nem mesmo ela conseguiu ter tanta algo confiança e precisava ouvir Kaspar, ele era como um anjo em sua vida e não sabia o que seria de si mesma sem ele. “Certo, mas tome cuidado.” Disse apreensiva depositando um rápido beijo na bochecha do mesmo antes de sair.
Assim que voltou sentia o corpo um pouco mais agitado. “Descobriu mais alguma coisa?” segurou o machado verificando com os dedos se estava afiado o bastante. “Então vamos.” disse um pouco mais confiante, estavam lado a lado como sempre e ela sabia que dariam o melhor para saber o que tinham alí, e sem deixar de proteger um ao outro. Aylla puxou o ar com força antes de lançar um olhar para o colega e avançar em direção da árvore, seu olhos brilhando como os de um lobo, assim que chegou perto do território tentou defender com a arma os golpes mas "machucar" a árvore parecia só deixa mais irritada, sentiu as pernas serem puxadas, usando toda a força que tinham pra cortar os ganhos que lhe prendia, não desistiria tão fácil.
katrinexvampire:
Apenas uma bebida. Famosas últimas palavras para Katrine. Ela as disse mil e uma vezes. Mil vezes, ela bebia mais do que um copo. E fazia mais. A maioria dos maiores erros de Katrine foi feita sob a influência do álcool. Mas Katrine nunca se arrependeu. Não, não fazia nada que ela não quisesse de fato. Katrine estava com saudades de uma noitada. Era adorável ser uma vampira. Ela tinha liberdade que ela não poderia ter obtido enquanto ainda humana. Mas ela havia crescido e modificado da criança de olhos arregalados e ingênuos para a mulher que ela era hoje. Talvezo contato humano evitasse o frio sentimento dentro de seu coração. A doença em seu estômago.
Tinha sido adorável ver os rostos daqueles que ainda eram humanos. Entre eles, havia uma submundana. Uma conhecida por seus encantos e boa aparência. Ambos Katrine encontrou-se vítima de não importa o quão difícil ela tentou não se sentir atraida. Então, quando ela lhe ofereceu se verem novamente, ela disse que sim.
Apenas uma bebida. Desta vez, ela quis dizer apenas uma bebida.
Era só mais uma noite, Aylla esperava não ter um chamado, as ruas de Moscow estavam mais agitadas ultimamente e a detetive não gostava muito disso, sim era seu trabalho mas se sentia uma pouco falha com toda aquela insegurança, não se tratava somente de prender monstros se tratava de não deixar eles existirem. Vestia algo um pouco melhor, um de seus vestidos que caia perfeitamente em seu corpo e então ia a um dos bares que tão gostava, sentada em uma mesa e uma cerveja na mão e… mas só isso era tão entediante, precisava de uma noite de diversão não tinha tido uma nem mesmo quando tinha tirado “férias” afinal estava preocupada em aprender a se controlar, mas agora bom isso não era um problema. Então sua opção era chamar alguém que soubesse exatamente como entreter alguém, uma certa outra ruiva e agora Aylla a espera.
Estava distraída enrolando os fios ruivos entre os dedos e deixou um sorriso brotar em seus lábios assim que avistou a mesma. - Katrine - Se levantou para comprimenta-la, os olhos percorrendo todo o corpo alheio um tanto satisfeitos, e sim, ela tinha investigado e descoberto o nome da mesma mais fácil do que esperava. - Eu realmente espero que você saiba como não deixar essa noite chata - Confessou.
leonid-zherdev:
-Na verdade quer dizer “Banho de Sangue” em alemão… - dizia leo sorrindo um pouco sem graça, tirando lentamente o livro da mão da amiga - Diferente de mim, acho que Nick Grimm não tinha uma mente tão aberta… Mas não se preocupe, você não é uma monstra Ay, nenhum dos submundanos são, não é porque a visão limitada de alguém diz isso que faz ser verdade… Você - Leo apontava para Aylla - E eu - Leo apontava para si - Somos iguais, somos humanos, somos pessoas e quem te falar diferente disso, está ridiculamente errado… Ok?
-Bo….Bom… E… eu - Leo pigarreava encarando o sorriso da ruiva tentando se manter firme, mas era difícil, Leo era simplesmente inocente demais, a vida que levou até aquele momento como Shadowhunter, apenas focada em treinamento e estudos não o permitiu ter tempo para romances ou relações, para ser sincero, Leo tinha sorte de ter beijado alguém em seu passado, mas sob os olhares da sociedade mundana, infelizmente não passava disso e somente a imagem de uma garota nua, principalmente uma atraente como a lobisomem, o desestabilizava -Eu eu não quero, digo, não que eu não quero, digo… eu– - Leo parava de falar quando a via rindo, com toda certeza estava brincando em ele, o caçador procedia a rir junto da mesma, tentando deixar de lado o embaraço que ele sentia internamente - Não consigo imaginar que atacar um Ogro será fácil, mesmo com os nossos poderes, mas sem duvida, será útil - Disse voltando a si, mais sério e determinado com a tarefa que tinham a frente.
Um tempo depois, chegavam ao local, uma loja bem conhecida entre aqueles que viviam no mundo das sombras, a loja fornecia não só items para submundanos, como caçadores das sombras, dirigido por Warlocks, tinha items de toda a extensão imaginável para auxiliar as diversas situações em que alguém poderia se meter .Leo entrava primeiro na loja, rosto fechado, falando de lado para Aylla - Vou fazer algumas perguntas para a caixa, ela pode suspeitar em ver um caçador com uma Lobisomem, então… dá uma olhada na loja enquanto isso, ok? - dizia levantando as sobrancelhas antes de se virar para a direção da caixa e caminhar até ela. Se Aylla caminhasse entre as prateleiras talvez ela começaria a sentir o cheiro de alguém, um cheiro muito familiar com aquele da cena do crime de hoje mais cedo
- É, nada agradável - A ruiva pressionava os lábios, o pior era que a tradução não estava errada, ela já ouvirá histórias de lobos que matavam por prazer ou descontrole e ela quase chegou a mata alguém em sua primeira transformação. - Okay - Murmurava tentando aceitar as palavras do outro como uma verdade sua - Você é fantástico sabia? Ainda bem que é o líder do Instituto, acho que se não fosse tão mente aberta assim já teria me matado na primeira noite que nós conhecemos - Negava com a cabeça só de pensar naquelas hipótese.
- Você é uma figura Leo - Aylla tentava respirar, as bochechas vermelhas de tanto rir, o amigo ficava adorável todo sem jeito, ela por outro lado tinha aprendido a lidar com isso é era bem difícil a ver ser graça com algo. Ela então voltava a um expressão neutra e assentia as palavras do mesmo, um trabalho fácil demais não tinha graça então estava disposta a dar tudo de si naquela nova experiência.
Assim que chegam na loja a ruiva observava aos poucos tudo que tinha alí, respondendo Leo apenas com um olhar e uma pequena curvatura em seus lábios, logo se afastando do mesmo, as mãos da polícia ia entre as prateleiras e mexiam com cuidado em alguns frascos, fazendo algumas carretas com o cheiro forte de alguns, estava tentando se concentrar e achar algo que os ajudasse, talvez o Ogro tivesse usado algum ingrediente, poção ou quem sabe… não, não era possível, por um segundo a ruiva sentia os pés ficarem no chão como se tivesse congelado alí, precisava ter certeza, não podia errar então fechou os olhos e se concentrar o máximo que podia, quando os abriu novamente eles não possuíam mais as mesmas cores, eram sombrios e brilhantes como se tivesse algum tipo de energia neles. - Desgraçado! - Aylla resmungava com a voz um pouco diferente, parecia mais grave, em passos rápidos ela se dirigia a uma área que provavelmente devia ser restrita pois escutou resmungos de algum feiticeiro mas não deu ouvidos, pulou nas costas de seja lá quem fosse e atacou o mesmo com a boca tentando machuca-lo no pescoço mas logo foi jogada com força contra parede. - LEO! - gritava se reerguendo e então movia a cabeça para o lado, podia se ouvir os ossos estralando a medida que ela caminhava e tirava a roupa, era melhor do que acabar rasgando as mesmas, mas não era possível ver mais do que seu corpo agora repleto de pelo animal, um uivo escapando de seus lábios quando finalmente a tortura da dor da transformação acabava. Agora como loba rosnava para o assassino esperando algum sinal ou comando de Leonid.
leonid-zherdev:
Leo a seguia, a deixando guiar, mas tomava cuidado, olhos abertos ao redor pronto para responder a qualquer ocorrência, inclusive alguma eventualidade que pudesse ser provocado pela pobre garota - Eu não quis dizer nem você, mas… Os submundanos normalmente não se dão bem com gente como eu, Shadowhunter e vice versa, é uma situação bem tensa em que estamos, não posso culpar ninguém - a não ser quem tivesse causado toda aquela tensão e um dos grandes candidatos era Orel - Eu não ganharia nada matando uma lobisomem novata a não ser problemas, até porque, você não é uma ameaça, não está fazendo nada de errado se não vivendo a sua vida - Eu nem do que está falando - dizia dando uma piscadela - Só me prometa que vai tomar mais cuidado, tem uma grande responsabilidade… Só depende de você fazer isso ser uma maldição ou uma benção
- Bom se pensar por um lado, os lobos odeiam mais os vampiros que os shadowhunters.. e até agora eu não entendi toda essa rivalidade - suspirava enquanto mantinham os passos calmos até a floresta. - Eu posso... posso culpar o monstro que fez isso comigo e seja lá o que ou quem que está metido no desaparecimento do meu líder - rosnava sentindo o sangue ferver só de pensar. - Eu sei que vocês tem uma ideia de quem seja mas não confiam em ninguém pra contar, não os culpo, mas se depender de mim eu vou descobrir e juro que vou me vingar - não eram palavras sabias ou inspiradoras mas Aylla não conseguia aceitar os acontecimentos. Uma parte sua se sentia feliz por não ser uma ameaça, mas aquela definição ainda lhe era vaga, afinal poderia fazer coisas ruins se perdesse o controle.
A ruiva ria fraco com a piscadela. - Se posso ser sincera, apesar de ter estragado meus planos, você foi a melhor parte do dia... o que só mostra o quanto eu estou entediada - quando escutava o pedido ficava a frente do mesmo andando de costas, parecia ainda mais fácil com os sentidos aguçados. Tem uma grande responsabilidade, só depende de você fazer isso ser uma maldição ou uma benção... se lembraria daquelas palavras como gravações em seu peito, era importante escutar algo assim, algo que lhe dava esperança. - Eu prometo! - fazia continência. - Ah não sei se sabe mais isso é uma saudação, um sinal de respeito... é como se tivesse acatado uma ordem com prazer - explicou, para os lobos saudação era uma reverencia, para mundanos haviam varias outras e para shadowhunters... bom Xerazade não fazia ideia. - Bem vindo ao covil dos lobos! - disse assim que as orbes avistavam o grande potão de entrada. A floresta poderia parecer um lugar sem fim e era tudo tão parecido que dava pra se perder, felizmente a localização de sua nova casa fora a primeira coisa que aprendera.
leonid-zherdev:
Leo observava a lobisomem e reconhecendo os mesmos sinais animalescos que um Lobo faria, viu logo que a amiga estava bem, a deixando ir de seus braços em direção as roupas. Sabendo exatamente o que aquilo significava, ele olhava para o lado e cobria a visão da região de onde Aylla estava com a palma da mão, um pouco embaraçado, só ouvindo os sons da transformação retrocedendo. Quando ele ouvia a pergunta de Aylla, ele olhava para mesma, para se deparar com a ruiva ainda só de camiseta, ficando instantaneamente corado - Si… Sim, estou… - dizia olhando para o lado, tentando, sem sucesso, parecer descontraído. Ele aceitava o auxilio dela se levantando, tentando evitar olhar para as pernas, muito brancas, da policial, com medo de ser rude. Era quase como instinto, ele alcançava a calça da amiga jogada e entregava para a mesma com um sorriso um pouco sem graça, sem falar nada, antes de se virar para o Warlock que estava guardando a seção restrita, pigarreando para voltar a soar sério - Muito bem, posso saber quem era aquele cliente? - dizia em um tom um pouco impaciente -Ele é procurado por matar u–
-Aqui não somos delatores, caçador! - cortava o Warlock de forma ríspida, expressão de nojo ao rosto - Que você e a sua namorada lobisomem se virem com os seus problemas em outro lugar!
Leo levantava as sobrancelhas com uma expressão formada de incrédulo com as palavras do Warlock. Ele olhava do feiticeiro para Aylla, com a mesma expressão, começando a rir - É mole? - ele continuava a rir, olhando de volta para o Warlock e então se virava, ainda rindo, na direção de Aylla, rindo até que ele percebia que o Warlock estava achando aquela situação muito embaraçosa. Aproveitando-se da oportunidade, Leo virava violentamente, ainda se valendo da runa de velocidade, levantando o feiticeiro com o colarinho e o empurrando até a parede mais próxima, fazendo as costas do mesmo bater com força -Escute aqui, amigo, não estamos aqui para resolver nenhum problema nosso, mas de todo mundo aqui - A voz de Leo era firme, tinha um tom de ameaça, mas não chegava a ser um grito, era possível ver a presença e a autoridade do mesmo em seu ato - Aquele que acabou de destruir a sua droga de loja é um ser procurado pela polícia mundana… Quer mundanos se enfiando na sua loja?
O Warlock havia ficado estarrecido com o ato de Leo e agora estava quase em choque, olhos arregalados, em completo silêncio, perdido, sorte do mesmo, Leo não era do tipo normal de Shadowhunter, o tipo normal já teria enfiado uma lâmina serafim na barriga daquele downworlder, mas ele havia mexido onde não devia, o feiticeiro não estava auxiliando em algo contra o unseelie Ogro que havia acabado de machucar Aylla e ainda estava criticando os dois de forma racista… Leo havia ficado nervoso.
-E… Eu… - tentava responder algo o Warlock, balbuciando em terror
-”E… Eu…” - parodiou Leo, antes de jogar o feiticeiro em cima de uma das prateleiras viradas pelo Ogro e afundava a cara deste no conteúdo de um frasco, que havia quebrado, tendo é claro a certeza que não havia nenhum caco de vidro ali, mas só o conteúdo - Como vai explicar pra polícia mundana essas coisas? Ahn? Acha que eles sabem o que raios é “Bile de Leopardo”? “Fígado de baleia”? Vai falar o que, que isso aqui é a droga de uma loja de especiarias!? - Leo virava o feiticeiro para cima, para que olhasse para ele, se deparando com o mesmo em pleno pavor… E… urinando em sua calça
-Ok… eu… Eu Falo! - dizia quase chorando o feiticeiro que momentos antes estava agindo daquela forma egocêntrica
Leo e Aylla saiam da loja um tempo depois, um papel com um endereço anotado por Leo, ele entregava para a lobisomem - Muito bem… reconhece esse endereço? De acordo com o nosso amigo ai - dizia apontando para a loja - É a casa do nosso “homem”
Aylla tentava conter a risada levando a mão a boca, não achava que o amigo ficaria tão embaraçado, ela tinha que parar de fazer isso… até parece, estava no sangue, era alguém livre demais e não podia deixar de ressaltar que gostava de causar aqueles efeitos, fazia tempo que não conhecia alguém assim, algo que parecia despertar algum tipo de cuidado com o outro, Leo precisava aprender um pouco mais sobre a vida, não precisa ser tão cauteloso com ela. - Não tem problema olhar, não vou te bater - Movia as pernas de forma descontraída, as vezes era melhor ser assim do que a polícia seria, aqueles casos eram exaustantes e nada melhor que algum tipo de “distração” não prejudicial. - Que bom, não gostaria de te ver machucado por minha causa - Dizia com um certo pequeno sorriso, havia um peso em suas palavras, odiava ser a causa de algo ruim e não estava acostumada a ter aquela atenção, proteção, tinha passado a vida tendo que se cuidar sozinha, tinha se acostumado a ser assim e agora com Leonid a ajudando, bom teria que se acostumar. Sacudia a cabeça distraída com os pensamentos e então pegava a calça com um sorriso sem graça, a vida na alcatéia estava a deixando desacostumada, até porque as outras espécies não aceitavam tão fácil toda aquela liberdade e vida mais “selvagem” e descontraída, lobos eram intensos de todas as formas então as vezes eram um pouco desajeitados quando se tratava de controle, não sabiam a hora de parar. De qualquer forma Ay tinha entendido o recado silencioso do outro e assim que o mesmo virava vestia a outra peça de roupa, arrumando o resto dos acessórios como a arma que voltava a ficar no suporte em sua coxa. - O que tá olhando? - Resmugava semicerrando os olhos e rosnando pro feiticeiro, certo gostava de olhos sobre si mas não quando estes tinha algum tipo de repúdio, não conseguia entender aquele tipo de pessoa, o pior era que aquilo havia em seus dois mundos, os do mundanos e os da sombras, era horrível saber que o preconceito estava tão presente nos humanos daquela forma, a vida se tratava de mais do que apenas rótulos, pelo menos para a ruiva.
De fundo era possível escutar algumas tosses, aquela insinuação foi um tanto inesperada e a detetive havia se engasgado com o próprio ar. - Como é? - o tom fora um pouco mais alto, incrédula com o warlock, talvez passar aquele tempo com Leonid a fez esquecer dos preconceitos que havia até mesmo nos submundanos, qual era o problema de um shadowhunter andar com uma loba? Ela estava um pouco embaraçada pelo simples motivo de que não tinha boas recordações de quando era chamada daquela forma por alguém mas pior ainda por alguém achar que era errado ela se envolver com alguém que não era da sua espécie, por acaso a existência do amor implicava com um DNA? Porque ela tinha sangue de demônio e ele de anjo? Aylla podia explodir de raiva como de costume, suas respiração estava acelerada junto com os batimentos e ela segurou com toda a força os punhos para não mata aquele desgraçado, provavelmente a única coisa que a acalmou foi a risada de Leo, ela sentia um alívio tremendo por ele ter levado aquilo de alguma forma como uma brincadeirinha. - Namorada? Acho que ele não é tão sortudo assim - Relaxava o corpo se jogando contra a parede com cuidado, ela era cabeça quente e sorte que o amigo não tinha perdido o juízo também, afinal porque levar as coisas tão a sério? Aquilo nunca aconteceria mesmo, não exatamente porque Leonid não poderia lhe conquistar de alguma forma, ele era muitas coisas que ela gostava mas relacionamentos tão fortes não era algo que ela queria agora, Aylla se entregava de corpo e alma aquelas coisas e agora como lobo podia ser bem pior. Respirou fundo apenas observando a cena a sua frente com um pouco de animação, Leonid sabia ameaçar alguém fácil, ela por outro lado precisava de um pouco mais, afinal ela conseguiu por medo em alguém? Riu fraco com os próprios pensamentos antes de sentir o celular vibrar no bolso e verificar que era um dos parceiros de polícia. - Eu vou deixar os dois homens resolverem isso, se precisar só chamar amorzinho - Ela dava dois tapinhas no ombro do shadowhunter e ria brincando com a ideia absurda do feiticeiro então ia para fora, atendendo a chamada para saber se tinham novidades, nada que ela já não soubesse.
Assim que Leo saia da loja ela pegava o papel com o endereço escrito, um sorriso de deboche se formando em seus lábios porque era bem a cara de um Ogro viver em um lugar tão ruim como aquele, ela sentia o estômago protestar só de lembrar do cheiro que o homem tinha. - Sei exatamente onde é mas… - Ela se afastava um pouco com certa malícia e balançava a chave que havia pego sem permissão do mesmo, as mãos eram delicadas o bastante para passarem despercebidas pelo toque, bom pelo menos quando controlava a temperatura quente que tinha. - Eu dirijo - Deu de ombros, esperando que o outro não ficasse irritado e se ficasse bom seria só uma vez. Em poucos minutos, talvez por dirigir mais rápido do que devia, era uma ótima motorista e sabia disso mas as vezes precisava ser precisa e rápida em perseguições. Assim que chegavam ao local, parava um pouco distante, poderiam ter uma boa visão do local e tinham a vantagem de pegar o assassino de surpresa. - Precisamos verificar o perímetro, vamos nos separar, se precisar de ajuda tenta me chamar - Dizia não como uma ordem mas uma aviso então saindo do carro, a mão no revólver e os olhos mais fixos em qualquer movimento, precisaria se concentrar um pouco mais daquela vez, deixar seus instintos a frente. Ela ia na frente parando na porta e sussurava apontando pra Leo entrar. - Primeiro as damas. -
leonid-zherdev:
Leo deixava passar as primeiras falas da lobisomem, ela ser chata ou não, não era relevante - Eu acho que seria mais estranho… fantasmas não existem - dizia forçando um sorriso e apertava a mão da jovem em resposta - Leonid Zherdev, Shadowhunter a vida inteira - seu tom beirava uma brincadeira, mas seu humor não estava tão bom com tudo o que havia acontecido ultimamente -Policial mundana? Reconheço as similaridades, mas também as diferenças - presumia e dava de ombros, antes de ouvir o protesto d licana, levantando uma sobrancelha e cruzando os braços - Foi só jeito de falar… calma - sinalizava com a mão para a mesma não se exaltar tanto, mas não a culpava, parecia que todos estavam exaltados com o que havia acontecendo - Você é mesma nova… É um demônio menor, pensa como um soldado raso… é problemático, muda de forma, tem veneno… mas nada muito complexo, depois que você pega o jeito, ficam previsíveis - ele tentava explicar com até uma atenção, repudiava as atitudes de pessoas como a de sua família que tinham preconceito com qualquer submundano - mas porque está aqui sozinha? Você não tem uma matilha? - tentava não pensar nas coisas que o irmão poderia ter feito com os lobisomens
- Eu acho que não em Harry Potter e Gasparzinho, eles são bem divertidos - uma risada escapava dos lábios rosas antes de se lembrar que shadowhunters não conhecia seu mundo. - Mas é obvio que você não deve conhecer filmes mundanos - negava com a cabeça se alto recriminando por ter esquecido daquilo. Quando faziam o cumprimento acabava apertando mais do que devia a mão do mesmo já que a super força ainda não era aperfeiçoada. - Deve ser sido difícil - sabia das grandes responsabilidades que pessoas como ele tinha. - Bom deveria ter mais cuidado com o que diz, Senhor Zherdev, as pessoas podem interpretar errado - piscava algumas vezes voltando a ter os olhos nos tons naturais. - E... eu estou calma, se acha que isso é um lobisomem irritado está ferrado - dizia com certo humor cruzando os braços abaixo do busto - Achou que eu está brecando? - arqueava uma das sobrancelhas com a constatação do homem sobre ser novata, mas logo prestava atenção em suas palavras tentando gravar a informação. - Entendi, acho que preciso gravar os nomes dos demônios logo ou vou ter problemas - mordia o lábio pensando em uma resposta, não podia falar mais do que devia, sua nova líder deixara claro isso. - Claro que tenho, ouvi fala lobos solitários e não gostei muito - não se via aceitando tudo aquilo sozinha -Só estou dando um tempo pra respirar, as coisas estão confusas pra mim ainda, foi tudo muito rápido...
leonid-zherdev:
-É… existem… mas é um pouco complicado… E na verdade esse tal de Blutbad é exatamente como você! - Leo apontava para a pagina e a virava, mostrando um lobisomem completamente transformado - É apenas como ele chamava os Lobisomens e desenhou uma transformação intermediária e… - Leo olhava para o lado quando Aylla comentava sobre ficar sem roupas com a transformação, para falar a verdade, havia completamente se esquecido desse detalhe dos pobres lobisomens, virou o rosto para o outro lado porém, voltando a se concentrar no livro, tentando afastar os pensamento e imaginações que as palavras haviam o levado a ter. Ele ria junto de Aylla, negando com a cabeça, a ruiva era simplesmente muito espontânea. Lendo as informações no livro sobre o ogro, tentava identificar o que poderia causar a mudança na aparência, mas ainda ouvia as palavras da policial - Acho que quanto mais conseguirmos, não sabemos o quanto vamos precisar… Nunca lutei com um ogro antes, mas…. - ele continuava a ler a pagina tentando procurar informações importantes, as lendo em voz alta - Sensibilidade na nuca… Lâminas serafim são efetivas… Ataq– - ele decidia ler a ultima parte mais alto - “Ataques por outros Submundanos são efetivos também”! Ouviu isso, Ay? Agora só precisamos descobrir como ele se esconde… Eu chuto… Hmmm… - A ideia vinha na cabeça do caçador, o fazendo estalar os dedos, antes de fechar o livro e o depositar na mesa - esquece a espingarda, Podemos com ele com os nossos próprios ataques. Vamos ao Baú do Caçador, precisamos de um removedor de ilusão, tenho certeza que ele está usando uma receita que Musashi-sensei usava para se fingir de mais velho quando ele ainda estava “vivo” para os mundanos - dizia se virando para a porta e a abrindo, aguardando a atitude da ruiva
- Acho mais melhor ser chamada de Blutbad, afinal não só totalmente um lobo minha consciência é humana mesmo transformada, Blutbad soa como um meio termo entre humano e animal, é alemão? - Aylla observa a figura, os dedos passando pela folha formando o contorno do lobo alí desenhado.- Eu nunca me vi se transformado, tipo de frente a um espelho, é um pouco assustador, afinal sou uma espécie em um livro de monstros - Ela não gostava muito daquela ideia e agora ela pensava na ironia que era estar sentada com um homem que poderia lhe mantar, ele tinha livros que diziam todos seus pontos fracos e ainda assim estavam juntos para pegar outro submundano, o quanto aquilo era extraordinário? - Obrigada por me trazer aqui - Segurava brevemente a mão do mesmo - Me deixa mais segura saber que mesmo sendo uma... blutbad isso não implica em quem eu realmente sou, é como aquela historia da fera não é, ainda a uma pessoa lá dentro então mesmo quando estiver com garras ainda vai ser eu, só menos bonita - Ela ria então percebendo que o mesmo não a olhava. - Tudo bem? Parece desconfortável e eu não acho que deveria, sou eu que acabo sendo flagrada nua não você, mas isso não seria ruim também, pra quem ver - Dizia em tom brincalhão, esperando que o amigo não reprovasse seu jeito de levar as coisas, não ligava realmente se causar pensamentos ou tê-los em sua cabeça, em sua opinião não era uma imagem ruim. Ela ouvia as palavras atentamente tentando decora-las em sua cabeça, precisariam daquilo mais do que tudo. - Então eu vou ser mais útil do que pensei, sinceramente não imaginei que usaria a licantropia em meu trabalho - Seu tom era um tanto animado, bom suas emoções eram confusas e intensas então era normal. Franzia o cenho ao perceber que o outro tinha tido uma ideia, ela não fazia ideia da onde era o tal Baú do Caçador mas sabia alí teria o que precisavam então se levantou e se aproximou do shadowhunter. - Bom... me guie - Disse esperando o mesmo abrir o caminho para que o seguisse.
leonid-zherdev:
-Posso saber o que está acontecendo aqui!?- dizia a voz rígida e nervosa do caçador das sombras vindo de trás dos dois submundanos que ali estavam, não vendo o rosto de Aylla em razão do capuz - Duas crianças acabaram de passar gritando por mim dizendo que haviam visto monstros de verdade - as mãos do caçador estavam sobre as suas lâminas presas em seu cinturão - Se eu souber que qualquer um de vocês está atacando mundanos…
- Não ataquei ninguém, na verdade até queria que aqueles gritos fossem por minha causa mas esse idiota aqui roubou minha deixa - levantou as mãos em rendição e apontou pro outro submundano, antes de se virar. - Sabe eu não sou a pessoa mais assustadora do mundo e finalmente posso ser, queria aproveitar um pouquinho, isso é um crime? - as orbes esverdeadas rolaram com a reclamação logo vendo quem era, infelizmente devia uma aquele homem então tentou abrir um sorriso. - Não está acontecendo nada, só estamos assustando alguns pestinhas nada demais, você nunca participou de um Halloween estilo mundano? - tirava o capuz mostrando quem era, talvez a reconhecesse pelo cabelo já que estava com o rosto pintado. - E querido Leonid, não acha que tem ameaças maiores hoje a noite pra cuidar do que crianças levando sustos?
nikxivanovitch:
Nikolaj deu alguns passos preguiçosos depois de ter certeza de que ele não estava interrompendo nada. Ele estava meio esperando que outra pessoa estivesse lá com ela, mas não, ela estava sozinha. Ele olhou, meio divertido e muito brincalhão, com a testa franzida. “ Kaspar sabe que você está fazendo isso?“ ele cruzou os braços, parando antes de se aproximar muito dela. ” Eu sei que você é como uma irmã pra ele, mas ele não é muito natalino. “Ele acrescenta como um esclarecimento, de alguma forma pensando que ele precisava fazer isso e não acabar parecendo apenas um chato e maluco, por sugerir que ela parasse. ” Opa, precisa de ajuda ai? “Ele aponta a cabeça para o lado e ri quando ela deixa cair alguns enfeites. ” Está ficando muito bonito a propósito, espero que ele goste da sua iniciativa, vocês se conhecem a quanto tempo? É, eu sei estou falando demais não é? É que todo mundo saiu pra fazer alguma coisa e eu vi você aqui e pensei que poderia me fazer companhia.“ ele explicou com um aceno de cabeça e olhou para ela de cima a baixo. ” Então, ainda falta muito com essa decoração? “
“Não, eu pensei nisso de ultima hora, não conte a ele” ela deu um sorriso torto. “Eu sei, é que queria esse ano fosse diferente, é uma péssima ideia né? Devia ter comprado algo ou escrito uma carta, faz muito tempo que eu não... não faço essas coisas, mas diferente dele esse dia é importante pra mim” a ruiva suspirou se jogando na cama do amigo, havia um peso em suas costas, aquele desejo de ver os pais mais uma vez, dizer que os amava, as vezes se perguntava se eles se sentiriam orgulhosos se ver tudo que era tinha feito até agora, de alguma forma sabia que eles diriam algo que precisava ouvir, talvez uma bronca de sua mãe ou um mimo de seu pai, a vida era um tanto vazia sem uma família. “Preciso, pode por isso alí? Você é alto alcança mais fácil que eu” entregava alguns enfeites ao mesmo por no canto do teto. “Obrigada.” As orbes verdes observava o trabalho e acabava contendo uma risada com as palavras do outro, ela intimidava tanto? Ou ele tinha medo das pessoas? “Não, por favor pode falar, eu não quero passar o Natal sozinha, talvez a gente possa fazer companhia um pro outro, que tal?” dava uma piscadela divertida. “Respondendo sua pergunta conheço o Kaspar a quase 10 anos.” dizia com certo carinho pelo mundano. “Um pouco mas se você me ajudar terminamos rápido” franziu o cenho com o outro do outro sobre si. “Tem algo de errado comigo? Além de estar mais bagunçada que esse quarto.”
Nyx: What's your favorite nighttime activity?
Sabe é coisa de lobo mas eu gosto de correr na floresta transformada, me ajuda no alto controle durante o dia torna as transformações menos dolorosas com o tempo e é fantástico, sei que é esquisito mas me da a sensação de liberdade, me sinto invencível, só é complicado pra achar alguma roupa depois sem ninguém me ver nua.
Aylla Xerazade 25 eyers werewolf I'M DO WHAT I WANT, SAY WHAT YOU SAY.
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