𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 with @athclar
O coreto de Afrodite parecia completamente abandonado nos últimos dias, e ao contrário de seu chalé, aquele parecia o lugar perfeito para ler um de seus livros. Tinha algum tempo livre, e entre ficar em seu quarto pensando em todas as hipóteses do que poderia estar acontecendo com os campistas caídos, e esvaziar sua cabeça com um dos romances que tinha escondidos em seu quarto, a segunda opção lhe parecia a melhor. Sentada em um dos degraus, lia um romance de fadas em um mundo imaginário, uma saga que alguém lhe tinha recomendado e que realmente era boa demais para deixar esquecido debaixo da cama. Achando estar sozinha, se surpreendeu ao ouvir a voz do filho de Melinoe, a fazendo fechar o livro e o baixar sobre o colo. "O que foi que perguntou?"
“If you’re so sure it’s not haunted, why don’t you go over there and ring a doorbell?”
It Takes Two (1995) dir. Andy Tennant
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 for @kittymook; teste sua força
Depois de uma fila interminável e chegando a vez de Daphne e Kitty chegarem ao brinquedo, a loira entregou o martelo para a amiga, a deixando ser a primeira tentando. Adorava aquele tipo de joguinhos, mas também era suspeito. Tudo o que exigisse força, Daphne sempre estava pronta a experimentar. No entanto, sentia um pequeno friozinho na barriga, não era uma competição a sério, mas iria se sentir uma falhada se não conseguisse colocar seu nome na tabela da máquina. Não jogava pelo brinde, apenas para conseguir a melhor pontuação. "Tem algum brinde debaixo de olhos?" Perguntou com um pequeno sorriso, dando um passo atrás para deixar Kitty bater com o martelo na balança.
Daphne estava sentada em uma das poltronas, a perna apoiada em cima de um banco para a elevar enquanto fazia gelo na mesma, de modo a reduzir um pouquinho mais o inchaço com que tinha ficado após ter suturado. Quem conhecia a loira sabia perfeitamente o quanto detestava a enfermaria, ainda mais sabendo o quão atolada estava naquele momento, logo após o ataque, e Daph não queria ser mais uma para dar trabalho. Além disso, era apenas um corte, e o kit de sutura e o néctar que ainda tinha, serviram perfeitamente. Ouvindo a voz de Sasha, a semideusa ergueu a cabeça para o olhar, a agitação alheia mostrando a expressão preocupada em seu rosto. “Sasha! Como você está?” Perguntou, como se aquilo fosse amenizar a bronca que já estava à espera de ouvir do amigo. “Hey está tudo bem, foi apenas um corte, já tratei de tudo, só precisa de um bocadinho de gelo e amanhã está como novo!” Não estaria, e a loira teria sorte se não infetasse, mas também não precisava de partilhar essa informação, certo? “Senta aqui a meu lado, deixa olhar para você.” Pediu, se esticando para puxar a outra poltrona para mais perto. Tinha perdido o rastro a alguns dos amigos, por isso ficava aliviada ao ver que Sasha estava bem.
☠︎︎ starter with @wrxthbornx
¸ chalé de ares.
⭑🕯️ʿ a rapidez com que sasha entrou no chalé cinco poderia ser considerada invasiva se ele não tivesse esbarrada em um semideus de ares e perguntado não só se daphne estava por ali, mas também se podia vê-la. fazia apenas algumas horas que o drakon tinha sido morto e finalmente foi liberado da enfermaria, sua primeira parada se dúvidas precisava ser em busca da patrulheira. ele, que sequer era linha de frente, tinha se machucado... como diabos estaria daph então? os olhos azuis procuraram freneticamente a garota e só pareceu relaxar quando a avistou no pequeno espaço que parecia uma sala comum com poucas poltronas perto de uma lareira. um suspiro de alívio escapou do filho de Hades que perdeu automaticamente a tensão nos músculos ao vê-la ali bem desperta. “ ━━━ pelos deuses, eu não acredito que nem com um drakon surgindo do nada, você não vai pra enfermaria." era uma reclamação clara quando se aproximou dela. ouviu de longe curandeiros reclamando de semideuses que se recusaram a chegar até a ajuda e nem precisava de nomes para saber que a loirinha estava nesse meio.
Podia inventar uma desculpa qualquer para justificar ter aprendido a dar pontos nela mesma, mas a única razão era mesmo porque detestava ir na enfermaria, e detestava ainda mais ter que depender de outras pessoas quando sentia que ela mesmo poderia resolver o problema. Claro, se fosse algo demasiado grave teria que ir à enfermaria, sim, mas para feridas? Evitava. "É só porque quanto menos tempo eu passar na enfermaria, melhor. No início as minhas também ficavam assim..." Tinha duas, uma na parte de trás do braço, quase não se notava, e outra no pé. "Mas pedi para me ensinarem e bem, a prática leva à perfeição." Não dizia que eram os melhores pontos do mundo, mas dependendo do sítio, sentia que conseguia fazer um trabalho bastante decente. Fazendo sinal com a cabeça para que viesse consigo, Daphne começou a andar em direção ao chalé cinco. A careta em seu rosto foi perceptível ao ouvir a história de Archie. "Ouch, essa deve ter doido, e bastante." Murmurou, a loira até tinha alguma tolerância à dor, mas como qualquer um, tinha seu limite. "Tenho algumas, outras são apenas coisas idiotas feitas em treinos." Ou que tinha ganho de algum irmão mais velho quando Daphne era pequena, tanto tempo ali no acampamento tinha dessas coisas. "Combinado então."
ㅤ。ㅤㅤㅤO convite soou irresistível aos ouvidos de Archie, que buscava aliviar o incômodo causado pelos ferimentos, as fisgadas persistentes ao longo de seus braços. Ele duvidava que conseguisse manter um sorriso nos lábios depois que a adrenalina se dissipasse completamente da corrente sanguínea. Embora soubesse que outros semideuses estavam feridos de forma mais grave, cada um tinha seu próprio limite de dor para suportar. Archie podia suportar qualquer tipo de dor, mas sabia quando era hora de recuar, e isso pesava mais em sua mente do que fisicamente. Naquele estado, ele teria que abrir mão das longas horas que adorava passar na cozinha, o que o deixava frustrado. O acampamento estava cheio de prioridades, mas dedicar um tempo naquela pequena cozinha não prejudicaria sua rotina. Ao retirar as mãos dos bolsos, Archie observou atentamente os cortes em seus braços, onde o fogo deixou suas marcas. "É surpreendente que você mesma se dê pontos. Não tenho medo de agulhas, mas não costumo fazer isso sozinho. Tentei uma vez durante uma missão. Acabei com uma cicatriz horrível e grossa no quadril, uma queloide terrível." Seus dedos automaticamente foram ao local mencionado, onde o relevo às vezes incomodava. "Foi causado por uma gárgula que ganhou vida assim que percebeu minha presença em um pequeno museu onde eu estava em uma missão. A criatura foi rápida e cruel. Suas garras agarraram minha barriga e me jogaram ao chão como se eu fosse um pedaço de papel." A cena era vívida em sua mente, fazendo-o reviver parte da dor que sentiu naquele dia. "Você poderia compartilhar mais histórias de suas aventuras. Como filha de Ares, deve ter várias cicatrizes com histórias interessantes. Podemos fazer isso enquanto eu a assisto com os pontos e depois com o meu pequeno problema. Se não for um grande incomodo."
Não podia dizer que sua afinidade para com os filhos de Hecate tinha voltado ao normal depois da descoberta do suposto traidor, e muito menos agora que tinham ficado a saber que ele tinha sido "forçado". No entanto, tinha mudado sua estratégia, em vez de uma abordagem mais hostil, Daphne iria se mostrar amigável, quem sabe algum deles se revelaria já que não confiava em nenhum deles por enquanto. Ao se aperceber que Pietra tinha reparado em seu livro, mordeu os lábios. Era apenas mais um dos seus inúmeros romances que mantinha longe dos olhos dos irmãos, e talvez a praia não tenha sido o melhor lugar para o ler, ainda mais um romance de cowboys. "Na parte em que ela volta a andar a cavalo..." Murmurou com um pequeno sorriso, tentando não parecer forçado.
A morena abriu um sorriso para a filha de Ares levando a a mão até a altura do olho para poder enxergá-la melhor na claridade. Podia não ter a figura física do sol, mas ainda assim a luz e o calor eram perfeitos para dar aquela falsa sensação de que estavam nas Baharamas "Relaxa, esse livro parece bom demais. Tá em que parte?" perguntou curiosa se sentando para garantir que tinha sido sim um dos livros que já tinha lido.
A vontade da loira era mandar os deuses para todos os piores lugares imagináveis, a inação e inércia que pareciam demonstrar deixava Daphne com tamanha raiva, especialmente agora que campistas tinham caído na fenda, mas se continha. "Sim, melhor deixar os comentários para mim mesma..." Murmurou com um suspiro pesado, detestava sentir-se inútil, e naquele momento? Não poder fazer nada e apenas esperar a estava matando. "Não, nem um arranhão por incrível que pareça." Afinal, os monstros pareciam ter ignorado alguns semideuses, e ela tinha sido um deles. "E você? Como está?"
𓂅 ˙ ˖ ⠀ ⠀ ❪ 𝐂𝐋𝐎𝐒𝐄𝐃 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 ❫
com: @wrxthbornx
após o ataque dos monstros e o fechamento da fenda
ela disse: " you won't judge me for the things i say."
" Já falei coisas bem piores em momentos mais delicados, se me lembro bem. " ainda se lembrava da conversa que tinha tido com a garota nas estufas e de como tinha sido tolo em dizer certas coisas. " então fique a vontade para xingar os deuses se desejar, mas cuidado com aqueles mais temperamentais. " acrescentou, pois dependendo do deus, ela sairia dali com uma maldição tal como a que ele carregava. " você se feriu muito dessa vez? "
Daphne continuou olhando para a amiga, observando como ela parecia absorta em sua pesquisa entre as páginas dos livros. Não a queria perturbar, mas não a via desde o fechamento da fenda e queria saber como ela estava. Claro, suspeitava que estaria ocupada em procurar tudo o que houvesse sobre aqueles anos e memórias perdidas, mas não achava que estaria em um nível tão intenso. "Desculpe, não a queria distrair." Murmurou, talvez aquela não fosse a melhor altura para procurar a companhia da filha de Atena, não quando ela parecia tão dedicada à sua causa. "Nem uma pequena menção? Nada?" Perguntou se aproximando da mesa, os olhos percorrendo os vários livros abertos. Todos pareciam preocupados e atarefados naquela busca incessante. "E-eu posso voltar mais tarde se preferir..."
Charlie não havia tirado os olhos dos livros desde a revelação sobre os anos que haviam sido apagados da memória do Acampamento. O cômodo principal do Chalé 6 havia se transformado em um anexo da biblioteca; livros e registros espalhados pela mesa, os filhos da deusa da sabedoria sendo orientados pelos irmãos estrategistas e pela conselheira em relação ao que procurar, como procurar. Não haveria folga naquele chalé até encontrarem algo que fizesse sentido. Suspirou com a pergunta de Daphne e só então parou completamente o que fazia para olhar para ela, afastando uma mecha cor-de-rosa dos olhos e a prendendo atrás da orelha. "Registros do Acampamento dos anos perdidos, qualquer coisa que nos dê um norte em relação ao que realmente aconteceu. Mas é em vão", confessou frustrada e exausta. "Não importa o quanto eu procure, não encontro nada."
𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐚𝐥𝐥
escolha uma frase daqui, aqui ou deste post para um starter relacionado (6/10)
Ao ouvir a filha de Eros dizer que estava na hora de parar, Daphne suspirou. Não queria admitir, mas sabia que ela tinha razão. Não sabia há quanto tempo exato estava ali na pista correndo, mas tinha chegado no nascer do sol, e ele agora já ia um pouco mais alto. "Não é nada que nunca tenha feito antes, e preciso de limpar a cabeça de tudo o que tem acontecido." Queria refutar ainda mais, dizer que precisava treinar sua resistência, puxar um bocadinho mais longe, mas sabia era inútil. Estava suada, cansada e provavelmente com as faces vermelhas de tanto se esforçar, não tinha exatamente como a contrariar. "Obrigada." Murmurou pegando a garrafa de água e abrindo para beber alguns goles devagar. Se surpreendeu com o espelho colocado à sua frente, não esperava que a loira andasse com um para onde fosse, mas pelos vistos era o que acontecia. Se olhando, realmente não tinha o melhor aspeto, mas na verdade já esperava isso. "Ok ok já entendi." Apontou, baixando levemente o espelho de sua frente. "Acho que vou deixar você escolher, estou fedendo assim tanto que precise de um banho primeiro."
Não era tarefa de uma Conselheira cuidar do bem-estar dos campistas? Independente de seus parentes divinos? Ou melhor, foi o que Candace pensou depois de uma hora admirando o treino puxado da filha de Ares. Não era raro se ver assim, dispersa nas áreas comuns, sentada casualmente com seus óculos escuros. Usando a distração visual para colocar seus pensamentos em ordem, suas próprias ideias do porquê de tudo estar acontecendo daquele jeito. ╰ ♡ ✧ ˖ Eu disse: está na hora de parar! ♡ ˙ ˖ ✧ Não ajudaria nenhuma das duas ficando isolada na arquibancada. A filha de Eros contornou e foi para a pista, a mão tirando da bolsinha a tiracolo uma garrafa de água gelada. Ainda não tinha bebido, seu treino não tinha sido tão pesado. Quando ofereceu, adiantou-se, a outra mão já pronta para obrigá-la a segurar. ╰ ♡ ✧ ˖ Sabe o que acontece quando você força demais um brinquedo? Brinca, brinca, brinca? Ele quebra. Então pare de fazer tão pouco caso de si e descanse trinta minutinhos. E se não acredita... ♡ ˙ ˖ ✧ Espelho era o que não faltava nas posses de Candace. Um esmaltado, em formato de coração, erguido na altura dos olhos da semideusa. ╰ ♡ ✧ ˖ Vê? Isso não é uma guerreira. É uma morta-viva. Você tem duas opções, Daphne, ou vem comigo para almoçar ou para os chuveiros. Qual vai ser? ♡ ˙ ˖ ✧
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
196 posts