“A gente cresce ouvindo que perdão é bonito, altruísta, e de fato é, mas não precisa perdoar se você não consegue. Não tem problema nenhum ficar longe de alguém que te feriu, te humilhou ou te inferiorizou. Você precisa de saúde emocional, não de um Nobel da Paz.”
— Autor Desconhecido.
Uma carta aberta para mim mesmo:
Eu já me abdiquei de tantas coisas nessa vida e continuo indo nesse caminho, é como se eu não tivesse interesse em seguir os meus planos e sonhos, me lanço no mundo e simplesmente nem olho pra onde eu tô me lançando apenas vou seguindo, eu preciso deixar de ser o vilão da minha própria história quero que daqui pra frente minha narrativa seja sobre o quanto eu evoluí e o quanto eu consegui alcançar fazendo tudo o que eu sempre quis e sem me preocupar com a opinião dos outros.
Eu sou meu próprio vilão
A pior parte do rompimento, é quando os corpos ainda estão próximos
William Martin
Não sou um simples William, tem algo a mais aqui, lá no fundo, pena que a grande maioria enxerga apenas o superficial.
Onde me coube? Em todos esses anos qual lugar ocupei na sua vida? Ou melhor, no seu coração? Onde é que eu tava e porque eu não estava enxergando nada? Falávamos a mesma língua? Hoje talvez, eu não caiba na sua realidade…tampouco você na minha…
Prazer, Bia!
encontre alguém que ande na mesma frequência que você.
(leia isso quantas vezes for necessário.)
Ergo-me do túmulo
Se sentia como o deserto após uma tempestade de areia, não havia resquícios de que algo residiu por ali. Tudo estava diferente, mesmo que essencialmente ainda fosse o mesmo. Era um novo vazio, vasto e desconhecido.
Suas mãos pálidas apertaram o tecido sobre o qual se deitava, precisava se segurar a algo, puxar-se de volta a realidade amarga e estranhamente necessária.
Pelas horas constatou que já era dia, mas ao levantar-se e livrar sua visão externa do tecido grosso da cortina notou o luto no céu. O sol havia morrido e a noite clara se perdurava, sem estrelas, sem brilho, apenas um escuro sensível e acinzentado reivindicava àquela vastidão.
O gélido ar o trouxe de volta, mas não por completo, sabia que seria sempre escravo de seu deserto, estava preso ao vazio, livre de amarras e de fugas.
Aprender a aceitar a sua realidade interna era tão difícil. Parecia um asmático tentando puxar o ar para seus pulmões, era inútil, porém insistia em tentar, sem de fato acreditar em uma motivação que o levava á isso.
O desejo animalesco e irracional de viver era o que fazia o ar entrar de fato pelos pulmões. Arrastando-lhe para a miséria da existência, que não precedia nada além de um satisfatório sofrimento, que conquistava corações masoquistas, provocando sorrisos banhados à lágrimas.
- Daten-shii
Éramos milhares e fomos reduzidos a menos da metade, éramos livres, mas fomos vítimas da leviandade, tínhamos dignidade, hombridade, e respeito, mas fomos tratados como mercadoria, dentro de um navio negreiro, assim como o povo escravo no Egito, nos fizeram um animal a ser perseguido. E essa é a maldição da metrópole, que exalta o malfeitor maldito, mata o guerreiro de alma nobre. Dos quilombos, nos restaram as favelas e da escravidão, uma falsa liberdade, um racismo disfarçado, cruel e covarde, um passado de opressão, a ingratidão da nação, à disparidade.
Estamos às margens da sociedade, tratados como escória, onde está a tão discutida igualdade? Por que somos obrigados a viver de esmolas?
Isso que fizeram com a nossa liberdade, ainda somos escravos nessa selva de pedra, padecemos de fome, de sede e de frio, destruíram nossa religião, nossa cultura, se apropriaram de nossa identidade, e de nossos corpos, e nos vendem seu deus, seus credos, os mesmos que legitimaram nosso massacre. A voz da África ecoa dentro do navio.
“Eu não quero ser a paixonite de ninguém. Se alguém gosta de mim, eu quero que goste de mim de verdade, e não pelo que pensam que eu sou. E não quero que carreguem isso preso por dentro. Quero que mostrem para mim, para que eu possa sentir também.”
— As vantagens de ser invisível