Self-indulgent little edit
If you know, you know
Magical Animals✨ A few magical familiars / celestial witchy animals for u 💫 would you like to see more animals in my illustrations? they’re my fave but i rarely draw them 😭 which is your fave from these btw? mine is the mouse i think 🐁💗 🦊🦌🐁🐿️🦇🐇🐈⬛🐍
Pumpkin Spice tea party with a few tiny friends ☺️
Oh Daisy,
You are so beautiful!
I found you the other day
In the park, blooming all by yourself
And your beauty, astounding
Impossible to look away
But tell me, dear
Why is a delicate flower
Such as yourself
Doing in a place like this?
There’s no one here
That can admire you
As much as I do
Me, there is only me
Only I am capable of loving you
Admiring you, idolizing you
And this holy blade I carry
Is going to free you
Calm down, dear
It will hurt just a little
I do it for your own good
Because, remember, I am the only one truly capable
of loving you
Trust me
It’s better this way,
I only do what’s best for you
So as I say, my sharp blade
Tears you apart
In a merciful act
And now your sap
Slides smoothly
Sparkling, delicate
Embracing your velvety stem
Dear Daisy, can’t you see
How much of a blessing is my presence?
Can you imagine all the wicked things that would happen
If it wasn’t for me watching over you?
Shush now, everything is okay
You are safe in this vase
As I put you in display, so pleasing to see
To idolize, only for me
The days have passed
Why did you do this to yourself?
Why did you do this to me?
Your appearance, once exuberant
Is now corrupted
Oh Daisy,
You were so beautiful!
Tell me, Daisy
Why do you rot?
Can’t you see I gave you everything?
A vase, a home
My support, my love
And even after all
How dare you wither?
Your petals, once vibrant
Have fallen, faded
Your scent, once heady
Now is just a memory
No, Daisy
This is not my fault
You are the one that didn’t appreciate my love
And tell me, Daisy
Now what?
What is left for me?
A dry stem
So fragile that a simple touch
It crumbles to pieces,
To a small remnant of you
A fraction of the memory of what you once were
Farewell, Daisy!
Your body spoiled
Go live with the rats
That’s what you deserve
You ungrateful brat
And now here I am
At the park, once again
Looking for another flower
That will deserve my love again
Mercúrio, meu cabrão: Tu que alinhaste a melena de ouro em jeito de aviso à queda, que penteaste teu cabelinho todo para trás antecipando o encontro: Não poderias ter soltado pelo menos um conselho? Meu grandessíssimo filho de um deus velho, seu moleque mimado: não dava pra, sei lá, escrever recado nos anéis do vovô ou enfiar à socapa uma mensagem no mapa topográfico de Alicante? Qualquer coisa servia, M. Tu que puxaste o lustro às sandálias e às asas das tuas sandálias, que ajeitaste o paletó de herói e te lavaste os pés: tu já sabias no que isso dava. Meu grande sacana, tua obrigação era subir na boca de um megafone dourado e dizer: "Cuidado rapaziada, tenham atenção a esse nó que acontece no estômago no preciso momento em que esperam por vosso amante na pracinha junto à igreja. Ou é úlcera ou é amor."
CAMPILHO, Matilde. Jóquei. São Paulo: Editora 34, 2015. p. 24-25.
Welcome home
Dust kitties :)
[ID: fist image: a digital drawing of a black fur ball with tiny triangular legs, triangle kitty ears, one cat eye in the middle of it’s face and a small tail.
second image: the same creature as described before drawn with pencil, there are five of them, in the upper left corner it is yawning, showing off the sharp cat teeth it has, in the upper right corner it is looking up, looking interested, in the middle it has a “smiling” eye, lower left corner it’s playing with a yarn ball, pupil dilated, lower right corner it is sleeping, curled up, eye closed. end of ID]
tea leaf
watercolour, ink, washi tape
Eu não sabia se gostaria desse livro. É claro, eu fiquei feliz em ganhá-lo; como muitas pessoas formadas em humanidades, eu já conhecia a Chimamanda: assisti a um dos TedTalks dela em sala de aula e li Para Educar Crianças Feministas, também sabia que ela era romancista. Mas eu não sabia o que esperar, então comecei com cautela, da forma como entro na piscina quando desconfio que a água está gelada. A princípio, foi uma leitura um tanto morna, e definitivamente hesitante. Contudo, conforme avancei, percebi que tinha entrado não numa piscina, mas no mar, e já estava totalmente mergulhada.
De repente, eu estava em meio à correnteza, encantada por Ifemelu, atraída por sua personalidade, sua desinibição, e emaranhada em seus problemas. Mas não foi só a escrita de uma personagem cativante que me conquistou, embora aos poucos; a experiência dela nos Estados Unidos foi o que de fato me prendeu. Eu costumo comentar com amigos como a literatura, o cinema e videogames são exercícios de empatia, e isso se torna ainda mais verdadeiro quando se é uma mulher negra, porque parece que nada é sobre nós. Assim, quando eu esperava não encontrar nada em comum com seu período de imigrante, me surpreendi com as situações nas quais a raça se fez elemento fundamental de conflito.
Todo o seu processo de descobrimento do cabelo natural, do big chop e dos produtos adequados (num blog, ainda por cima!) me trouxe memórias cálidas de algo pelo qual eu também passei, mesmo não tendo feito um alisamento permanente e, à época, sendo jovem demais para perder oportunidades de emprego por causa disso. Por outro lado, me senti levemente cutucada pelo tanto que me vi no academicismo e na disciplina de Blaine. Contudo, um dos momentos que mais pegou em um ponto delicado foi o Ex-Namorado Branco e Gostoso; ou melhor, como essa foi uma relação permeada de silêncios para Ifemelu e como me identifiquei facilmente. Se você não é um homem (cis/het), deve ser relativamente fácil entender, porque você provavelmente aprendeu que existem assuntos a serem evitados e coisas a não serem ditar para manter a paz. Mas quando um relacionamento, seja com amigos, romances ou familiares, é interracial, parece que esse silêncio cresce até formar um abismo. E nem sempre é falta de acolhimento; por mais que muitas dessas pessoas tenham consciência racial, leiam Fanon e sejam antirracistas, existe uma solidão intransponível, uma dificuldade de comunicar tantas coisas íntimas e importantes, mas que jamais seriam compreendidas. Escrevendo agora, mais de uma semana depois de ter terminado o livro, percebo que a minha surpresa com a leitura foi essa intimidade inesperada.
Enfim, é meio óbvio que este texto não é uma resenha, nem tem a pretensão de ser. Chego a acreditar que nem poderia. Por isso, vou me aproveitar para não escrever uma conclusão. E não me entenda mal, já escrevi resenhas de diversos livros que me tocaram de várias formas, das acadêmicas aos posts de blog, mas nesse caso não parecia o certo a se fazer. Eu simplesmente queria falar sobre esse livro, como faria em uma conversa com amigos, porque percebi que fez sentidos onde eu não esperava.
Aparentemente, eu voltei pra esse site. linktr.ee/esseextraneum
139 posts