A vida Cobra
Nós somos os mortos no futuro, e os mortos de hoje foram os vivos no passado. Os mortos do futuro somos nós no presente.
Somos amanhã corpos imóveis sendo carregados para um velório, pessoas chorando, e flores para criar aura colorida no funeral, seremos pó e o tempo soprará a nossa existência até das mentes dos entes, deixaremos de fazer falta, às pessoas se adaptarão sem nós .
Não se ensoberbece!
Nós somos os nossos Pais no futuro, e eles são filhos no passado, portanto nós somos aquela desavença do futuro com os nossos filhos na inversão que hoje fazes para os seus pais. Somos o pai presente no presente sendo presenteado por filhos presentes no futuro.
Cuide bem de seus pais!! Repito, Cuide bem de seus pais!
Nós somos o doente no futuro com o fígado que já não metaboliza os nutrientes, porque este é o fígado do adolescente de hoje que excede no álcool, e em alimentos ácidos.
Todos morremos, mas não aprece a sua morte!
Os empregados do futuro são desempregados e frustrados no presente andando de um lado para o outro sem esperança de um emprego.
Ninguém nasce trabalhando!!
Os Intelectuais de hoje foram em tempos pessoas ignorantes, tudo têm seu tempo e seu contexto.
Muita humildade!
É tudo Karma, é tudo uma questão de Equilíbrio Cósmico.
~Ab Binadre WZ
A casa assombrada
Olhei de relance para a Janela e ví um reflexo, levantei-me e escutei passos firmes causando sussurro no encontro dos pés ao chão, prestei atenção, e percebi que também a torneira estava aberta, olhei para o relógio - eram 2 horas - saí do quarto e gritei com o bastão em riste: "eu não tenho medo de ti seu cadáver".
Mostrei postura contundente, mas no meu coração naufragava medo extremo.
Andei um pouco, cocei o meu sagrado rabo no encontro a porta. O ruído de passos e o chovoalhar da água desapareceram, mas ouvia-se, claramente, o vento frio movendo galhos das árvores na janela. Olhei por baixo da porta da sala e era como se uma mão fizesse um esforço para entrar, com medo voltei ao quarto.
O frio da madrugada batia em meu corpo nú, em meio à uma multidão de medos, cobri, então, o corpo todo incluindo a cabeça. Um silêncio moribundo aflorava-se, por isso o sono começava a se manifestar, entretanto acordei em prantos quando a queda de algo fez ecoar um barulho na sala. Falei com os meus botões: "de novo! ".
Meus pés descalços formigaram - voltei a sala - virei à esquerda e à direita, girei em círculos com o bastão em mão, mas ninguém à vista, pensei comigo mesmo, " se não está em baixo talvez esteja no teto, por isso, calmamente levantei a minha cabeça reclinada, 180° para cima, em direção ao tecto, porém, coincidentemente a luz foi cortada, cruzes! - como podia estar isto a acontecer - comecei a ver vultos passando por mim, eu pisquei e os vultos desapareceram.
Gritei: "ajude-me meu Deus?" Mas ninguém respondeu, porque apenas o diabo estava lá.
Isolei-me no vértice da sala à espera do clarear do dia, ouvindo o ponteiro do relógio como uma bomba relógio, é, é isso, o tic tac do relógio, batia, apertava e contava seus minutos para a minha libertação.
Pensamentos sombrios proliferavam na minha cabeça como nuvens grisalhas em um dia chuvoso. Era uma tempestade combinada de tudo o que eu mais temia, fazendo-me sentir a minha vida esvair-se dentre os meus dedos.
Finalmente, o sol veio clarear o dia, um, dois, talvez três vizinhos vieram até mim, eu tive medo de dizer o que se estava a passar, receando cair no ridículo, preferi dizer que tinham durante a noite ladrões, mas a vizinha retrucou:
- Nunca ninguém ficou nessa casa jovem, até os próprios filhos mesmo tendo essa casa disponível, preferem arrendar. Só que você é arrogante, não fala com ninguém por isso só te olhamos [...]
~Ab Binadre WZ
Bom dia Prezado Irmão e irmã.
Como forma de ajudar aos nossos irmãos em África, em Moçambique, concretamente na EP de Muanandou (Zambézia-Inhassunge), pedimos o vosso apoio, cá os alunos estudam em situações precárias e sem um aparato melhorado.
Vimos em nome da vossa solidariedade, pedir encarecidamente, a doação do que estiver ao seu alcance.
Pastas, cadeiras, cadernos, canetas lápis.
Ou envio de valores para o seguinte terminal.
*Chave pix:*
12981802742
Banco: Nubank
Nome: Yuri Paulo Jossias Estevão Libombo
Contacto:+258844328264
E-mail: binadreabacar90@gmail.com
*Uma História Para Dormir*
Cocei o rabo e puxei os dedos pr'as minhas narinas, claro, cheirava o óbvio, catinga ao mais alto nível. Abri a porta, meus pés descalços tocaram o chão gelado da minha casa. As gotas de chuva escorriam por minhas roupas e gotejavam no piso de mármore. Eram 23:12 minutos, tomei banho quente e quando saí, a porta estava aberta, falei com o meu Eu-lírico, "talvez eu tenha esquecido", fui a cama, e despertei pelo berro do trovão que clareou o meu quarto, e mais uma vez percebi que a porta estava aberta, arrastei uma cadeira e encostei à porta, todavia ao acordar às 6 horas a porta estava novamente entreaberta, olhei no meu lado esquerdo e tinha lá uma carta, escrita com sangue, com os seguintes dizeres:
-Porquê sempre fechas a porta? Eu gosto de te ver"....
~Ab Binadre WZ
*Uma História Para Dormir*
Cocei o rabo e puxei os dedos pr'as minhas narinas, claro, cheirava o óbvio, catinga ao mais alto nível. Abri a porta, meus pés descalços tocaram o chão gelado da minha casa. As gotas de chuva escorriam por minhas roupas e gotejavam no piso de mármore. Eram 23:12 minutos, tomei banho quente e quando saí, a porta estava aberta, falei com o meu Eu-lírico, "talvez eu tenha esquecido", fui a cama, e despertei pelo berro do trovão que clareou o meu quarto, e mais uma vez percebi que a porta estava aberta, arrastei uma cadeira e encostei à porta, todavia ao acordar às 6 horas a porta estava novamente entreaberta, olhei no meu lado esquerdo e tinha lá uma carta, escrita com sangue, com os seguintes dizeres:
-Porquê sempre fechas a porta? Eu gosto de te ver"....
~Ab Binadre WZ
Se for emprego, é bom que aceites.
Violência baseada no Homem
Um jovem aparentemente calmo fez-se ao carro que fazia o troço Recamba-Mucupia, todos estávamos parados, mas no decorrer da viagem percebi que ele ostentava uma malcriadez abominavelmente calculada à detalhe para caprichar a grande dose do líbido que pulula a sua lascívia.
Ele aproximou-se e abraçou-me pelo abdômen para garantir o equilíbrio naquele sobe-desce dos solavancos que se estendem da AquaPesca aos Abreus, era escusa, mas de nada valia insurgir-me, sentia desconforto, mas de nada valia perpetuar gélido rancor.
Ele não tirou palavra alguma, sequer saudou, apenas se esparramou por cima de mim, em instantes arrastando para cima vagarosamente a minha camisa de linho, mas eu bloqueei-o, seguidamente desculpou-se, entretanto depois de um tempo flexionou a perna à minha como se quisesse interlaçá-las às minhas, olhei-o, mas ele fingiu estar atento à grande mata nas laterais da estrada, e por mais que eu quisesse me impôr, os seus músculos e a sua altura eram ameaçadoras, por isso preferi suportar a respiração quente e morna que ele exalava abraçar desconfortavelmente o meu pescoço.
Pasmem-se! -ainda estávamos a passar Mussama - e o caminho ainda era longo [...].
(...) Sinto o pênis retezado nas minhas nadegas, o movimento encosta-afasta acompanhava o balançar leve do autocarro, facilitando assim as suas intenções. Ele mostra não perceber, enquanto finge estar mergulhado em pensamentos.
Ele acarecia-me com delicadeza, sem chamar a menor atenção, não é recíproco mas o sodomazoquismo que está perpetuado no seu consciente põe nele convicção da possibilidade de cedência da minha parte, porém sei com todas palavras que estou a ser alvo de um fratterismo ao céu aberto.
Finalmente em Mucupia, desço em frente à Macanjí, embora a paragem final está à 20 metros, tornarava-se distante, prefiro caminhar que continuar a aturar o abominável, ademais para o meu espanto o jovem olhou-me e mostrou-me a palma da mão e de seguida o indicador, como quem diz " espere-me alí", ignorei, contudo enquanto andava alguém riu-se das minhas calças, preocupado olhei-as, porah!! Às minhas calças pretas estavam brancas em lugares identificados, peguei, e era nada mais que algo estranho como ranho, branco como
lanho... [...]
Sinto-me imundo quando relembro, sinto-me subalterno e o meu corpo se tornou objecto de dúvida, vêm em mim a percepção de que a posteriori homens fortes irão parar em matas, e calculosamente violar sem piedade homens fracos até a morte, pois é, cenários como o de uma rasteira no beco escuro, deitado de barriga, uma catana afiada no pescoço, e só Deus para nós acudir...
~Ab Binadre WZ
Espinhos em abraços Frios
A era glacial foi um período em que às temperaturas de todo o planeta baixaram e se mantiveram assim por um longo tempo. Em razão disso, sucedeu a expansão dos mantos de gelo continentais e polares, há quem diga que era possível andar sobre o Gelo de Zambézia à Gaza, sim, isso mesmo, de Inhassunge à Xai-Xai. O grande contra-senso paradoxal foi o de terem morrido animais mais fortes e sobrevivido animais aparentemente frágeis e vulneráveis. Estranho, não é? Mas o que ditou a extinção foi a falta de união dos animais mais grandes para se aquecerem, por se considerarem auto-suficientes. Em oposição à eles, os porcos-espinhos convocaram uma assembleia e nela decidiram que a única maneira de não morrerem passaria por juntarem-se e apertarem-se, mesmo isso significando dor extrema e furos profundos por causa dos espinhos.
Três anos se passaram, a era glacial teve o seu fim, o sol veio timidamente, e aos poucos o que era gelo virou pradaria. Os grandes dinossauros morreram, mas os porcos-espinhos sobreviveram, contudo nunca mais foram os mesmos.
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Convenhamos! Todos nós já tivemos feridas provocadas pelos “nossos iguais”, na família, nos relacionamentos, na escola, e no trabalho, todos nós, esse é sem dúvidas o dilema das emoções humanas.
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Lição 1: Mesmo com às picadas alheias, é sempre melhor trabalhar em grupo.
Lição 2: Ninguém é forte sozinho.
Lição 3. Às punhaladas que te são dadas, podem passar, mas levam parte da tua bondade e humanismo. Portanto, vivos por fora e com os corações frios.
Lição 4. O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas sem espinho, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os espinhos do outro.
Lição 5: A pessoa que escreveu este texto está vivo mas o seu coração tornou-se frio pelos dilemas próprios da convivência humana.
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E o que dizer dos humanos, o enredo conta que foi a partir daí que os Abraços tornaram-se culturais, não havia etnia nem tribo, apenas Moçambicanos caçando calor, e bastava ser humano para abraçar e trocar calor... E até hoje endossa-se o abraço, mesmo em tempo quente, em homenagem à união entre os homens.
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Bem haja a união entre nós.
~Ab Binadre WZ
A traição da Saravi
A iluminação pública do poste facilitavam a visibilidade dos gestos apressados dos amantes ao tirar às roupas. O marido da Saravi abriu a porta, deu um passo para frente e outro para a direita, abriu ligeiramente as pernas para se apoiar, então viu o que fazem nos filmes adultos, mas desta vez ao vivo, bateu a catana contra a parede. O amante pego em flagrante está de boxers pretas com listras azuis, os olhos bem abertos, que denunciam desespero. O corpo da mulher expressa um panorama incompreensível, entre uma excitação que se deteora lentamente na vergonha misturada ao medo. Até aquí só se passaram 30 segundos, mas os segundos têm duração e intensidade indescritíveis com palavras.
O marido parece desnorteado, fora de si, ele só sabe que tem que decidir rapidamente o que fazer, o tempo está agindo contra ele. Ele nunca esteve em uma circunstância similar, só ouvia cenários do gênero em conversas de bares com amigos.
Num ápice, se vê com a catana apontada para o amante da esposa. Mas antes liga a luz, isso mesmo, mirou que o tal amante até deixou o relógio na mesa de cabeceira, lembrou, sobretudo, que ele não entrou à força, alguém o deixou entrar, aliás, até combinaram, deram-lhe um sinal. Ele não é o mais culpado da situação? Pois é, para ele a maior culpada era a esposa.
Por isso a adúltera deve pagar com a morte. Entretanto, lembrou também da sua amante que vive à dois quarteirões da sua casa, sensibilizou-se com o amante da sua esposa, virou a catana brilhante e afiada para esposa, mas antes a sua consciência gravitou no racional, " E o que aconteceria se eu a matasse?"-pensou ele.
Olhou para o outro lado da cabeceira, e tinha lá a foto deles de casamento, pensou com os seus botões, "Como é possível que eles façam isso logo ao lado dessa foto?".
Nada mais faz sentido, o marido sentou-se na cama, chorou com a cabeça reclinada para baixo, e sem esperar entra o vizinho na casa tentando acalmar, nesse instante o marido traído faz a coisa mais inesperada diante dos olhares estupefatos de todos, puxa a catana até a sua têmpora lateral e imprimi com pressão a catana na testa do vizinho. Agora não há testemunhas externas, e ninguem sabe da traição, os três ocultam o cadáver, e cada um vive a sua vida.
_#Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência._
~Ab Binadre WZ