É tão atraente quando alguém presta atenção nos pequenos detalhes de você.
— Monalisa.
“Catarina, tenho sonhado propositalmente com você. Pensar em você faz a vida parecer fácil de se viver, e eu penso demasiadamente. Tenho criado inimagináveis cenários no qual eu te encontro numa avenida qualquer, e caminhamos sem rumo e conversamos muito sobre coisas improváveis e impossíveis. E por falar em impossibilidades, não se apaixonar por você é uma delas, Catarina. Minha garganta anda seca, e eu tenho bebido muito para suportar a rotina e as obrigações insuportáveis, e eu ando querendo desistir de tudo e pegar o próximo trem e ir ao seu encontro e te ver, e namorar até tarde debaixo de uma sete copas e ver o sol se pôr e descobrir qual o perfume que você banha o teu corpo. Catarina, você foi a melhor coisa que o meus olhos viram em vida. E o que sinto por você é genuíno, aqui te confesso paixões guardadas a sete chaves de um coração cansado e triste dessa vida, mas com um espaço para receber também dos seus afetos. Quando eu te peço para me contar algo eu quero saber no fundo se você também anda pensando em mim, e se também sente o que ando sentindo. Catarina, você também escreve confissões de amor e não me envia? Eu torço para descobrir que você guardou declarações de amor para a minha pessoa, mas torço também para que você leia as que eu tenho guardado para o seu coração. Essa, por exemplo, não chega nem perto do que ando escrevendo em segredo para você, são cartas íntimas que desmascaram o meu coração e desejo, cartas que fariam você corar e talvez, talvez, sorrir como sinal de reciprocidade.”
— Catarina.
Que tal praticar?
“Escrevo-lhe com sinceridade, na certeza de que você lerá minhas palavras e compreenderá, pelo menos em parte. Desejo ardentemente um café distante da cidade grande; preciso, com urgência, de um café longe da agitação urbana e de uma tarde de conversas intermináveis com você, se possível. Seria um alívio poder, mesmo que por alguns momentos ou horas, fingir que o mundo externo é apenas uma possibilidade e não uma realidade insuportável.”
— Cartas à Cidade de Ana.
Ótimo filme
Querida eu,
Neste instante, observo você, consciente do fardo que carrega. Deitada solitária nessa cama, esse peso em seu peito parece insuportável. Você se sente perdida, não é mesmo? Essa tristeza reflete em seus olhos vazios.
Parece que sua vida é moldada por outros, enquanto suas vontade e anseios são ignorados, como um nada. Mas por que não tomar as rédeas? Está sem forças? Não levante, senta-se, não há necessidade de levantar. Se as lágrimas fluírem, deixe-as cair, mas lembre-se de que será você mesma que as enxugará.
Você anseia por escapar para algum lugar, mas os refúgios que imaginou parecem inalcançáveis no momento. A obrigação de compreender tudo pesa sobre você, mas entender a todos é difícil, quando não fazem questão de te entender.
Neste momento, faça algo por si mesma,minha flor. Toque seu próprio ser, sinta cada centímetro de seu corpo, respire a essência de sua pele. Cante, ouça sua própria voz , dance ao ritmo de sua própria melodia. Não sei ao certo o que te espera, mas desejo profundamente que se sinta viva,mesmo que seja a última vez , que reuna todas suas pétalas perdidas por esse caminho,e se torne completa.
Talvez tenham feito você sentir repulsa por si mesma, mas olhe bem ,agora você é tudo o que tens.
-passosnaareia